Brunov 25/02/2017
Propositivo
Pretensioso, como sempre, Nietzsche se põem acima de nós mortais para vislumbrar toda humanidade e delineia um sentido maior em nossa história ignorando-se as multidões e eventos épicos em sua maioria para ater-se aos gênios, os quais resumem sua sociedade criando algo que transborda de seu tempo.
Fundamenta-se em um modelo romantizado dos antigos helenos que puseram sua vontade de conhecimento sob a força geradora da arte e pela utilidade da ilusão. Comenta sobre a necessidade de uma religião ter uma amor tremendo para criar uma sociedade culta e, ainda exalta, dentre os filósofos, acima de todos, o trágico, aquele que concebe o necessário para que o artista visceral opere.
Depois troveja acerca da vontade humana de verdade trazendo o livro para sua filologia, com a qual desconstrói a fixidez de conceitos sobre as palavras como convenções, então adentra para um rascunho de epistemologia em torno da condição humana relacionando alegria, verdade, ilusão, arte e o filosofar tomando sempre os antigos helenos como exemplo a ser seguido e situando a filosofia entre a arte e a ciência.
Em um certo verso ele insinua algo que lá em um dado Clube Elitista (chamemos assim) a respeito de como a humanidade só se diferencia dos grandes primatas e cetáceos pelos seus gênios, conforme subentendi da prosa. Pensamento do qual Nietzsche, se não partilha de todo, converge com sua exaltação a natureza das grandes pessoas.
E, como sempre, algumas contradições para quem fizer uma leitura mais analítica. No entanto de raro, ele quase ao fim deixa claro como não pode servir de exemplo ou guia de como as pessoas tem que viver suas vidas.