Candide

Candide Voltaire




Resenhas - Candide


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Jacques.Bourlegat 16/11/2020

Cândido ou otimismo
Nesta obra filosófica, Voltaire nos convida a uma viagem em companhia de Cândido, um jovem que fora educado de acordo com uma crença muito particular professado pelo seu tutor mestre Pangloss que acreditava que "tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis".
Voltaire faz uma crítica evidente ao otimismo de Leibniz que pensa que Deus é perfeito e produziu tudo de mais perfeito no mundo e que as poucas imperfeições serviam a um bem maior.
Voltaire trata de corroer essa tese em sua narrativa com valores iluministas fazendo com que Cândido seja confrontado a uma realidade muito distinta a qual estava habituado. Expulso do paraíso no qual crescera deparou-se com a violência, com a submissão degradante a outro ser humano, com a guerra, com desastres, com a perda de entes queridos, com injustiças, com insanidades do fanatismo de toda sorte. E quando pensava que seu destino era cruel encontrava coisas piores. Nada ia pelo "melhor dos mundos possíveis". É necessário um tour entre a Europa, as Américas e o oriente para que Cândido dispa-se de suas crenças ingênuas, falsas e superficiais afim de adquirir o entendimento de mais valor "cultivando seu próprio jardim". Ou seja, Voltaire empreende uma defesa que devemos cultivar nossa mente com os valores do pensamento crítico e do conhecimento científico que levam à verdade sobre a natureza (do mundo e da humanidade) através do experimento sem necessariamente apoiar-se na fé para alcancá-la.
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