Rangel 30/06/2015
A Magia como Dogma
O livro “Dogma e Ritual da Alta Magia” de Eliphas Levi é dividido em dois volumes, que tem como prefácio a questão do simbolismo hierático, que fala sobre a luz diante do ceticismo e do fanatismo. No discurso preliminar, menciona-se sobre as tendências filosóficas, morais e religiosas, que unem religião e ciência de todos os profetas, que são os segredos dos magos. A palavra humana é a palavra de Deus, diante da maravilha da criação, o que faz compreender a harmonia. “A verdade está acima de todas as opiniões e de todos os partidos” – que é a vida de prova de todo movimento e a religião deve ser razoável e a razão é santa. Em síntese, o homem é decorrente de Deus, escravo das suas necessidades e ignorância, que busca se libertar através do estudo e do trabalho. Sua onipotência relativa da vontade faz o homem ser livre como filho de Deus. Os magos são aqueles que tomam o cetro da ciência, que é o cetro de Salomão (báculo da caridade e cajado do Bom Pastor). Na introdução, faz-se alusão das alegorias hieráticas e místicas dos antigos dogmas, que muitos estão nas trevas, mas os iniciados nas Sagradas Escrituras e nas ruínas de Nínive e Tebas entendem as esfinges de Assíria e do Egito, os livros védicos da Índia, bem como entendem as sociedades secretas, as cerimônias da alquimia, a doutrina da filosofia esotérica de reis e padres sacerdotes, a poesia e a filosofia da Grécia, os cálculos de Pitágoras. A magia de Zoroastro, Manés, Orfeu, Apolônio e os conhecimentos ocultos de Alexandria alarmaram os cristãos, que só consideraram os evangelhos e a vivência do amor. Ignoraram o conhecimento dos magos do Oriente que visitaram o Menino Jesus, e com seus apóstolos, após sua ascensão, condenaram o mago, conforme narram seus Atos na Bíblia. Na verdade, a Igreja Católica sempre condenou a magia porque o mago se faz sacerdote pessoal (faz o próprio dom seu imanente em sagrado), o que alarmou ameaça e influência de poder em relação às pessoas. Na Escola de Alexandria, a magia e o cristianismo se unem em dogma de Hermes e nos escritos de Diniz, que fazem o Tratado dos Sonhos. Eles auxiliam nos hinos da liturgia da Igreja de Swenderberg e do reino filosófico de Juliano Apóstata. E assim se atribuiu poderes e privilégios, que são revelados nas letras hebraicas: Aleph (ver e conversar com Deus face a face), Beth (acima das aflições e temores), Ghimel (reinar no céu e vencer o inferno), Daleth (dispor da saúde e da vida das pessoas), Hê (não ser surpreendido pelo infortúnio), Vô (saber a razão do passado, presente e futuro), Zain (saber o segredo da ressurreição e da imortalidade), Cheath (achar a Pedra Filosofal), Teth (ter a medicina universal), Iod (conhecer leis do movimento perpétuo e poder da quadratura do círculo), Caph (mudar o ouro e outros metais e materiais, até a terra), Lamed (dominar animais ferozes e encantar serpentes), Mem (arte notória da ciência universal), Nun (fala sabiamente sobre todas as coisas), Samech (conhecer a profundidade da alma dos homens e coração das mulheres), Hain (fazer a natureza se manifestar), Phe (prever acontecimentos futuros das ações humanas), Tsade (dar conselhos salutares), Coph (triunfar sobre as adversidades), Resch (dominar o amor e o ódio), Schin (ter o segredo das riquezas), Thau (governar os elementos, cessar tempestades, curar os doentes e ressuscitar os mortos). Muitos acusam que tais poderes são charlatanismo e loucura, contudo, tais poderes são decorrentes de iniciações e ritos, com chaves alegóricas mágicas penetrar no Santuário da Cabala, que ensina o dogma da lógica. Todas as religiões do mundo se originam na Cabala e voltam a ela. Assim a obra se divide em dogma cabalístico e mágico na sua totalidade e no culto à magia cerimonial. O dogma da Alta Magia se inicia falando sobre o Recipiendário, que é a disciplina Ensoph Kethler, que Descartes recebeu a revelação “Penso, logo existo”, assim como Moisés recebeu “Eu sou aquele que sou” e João Evangelista, também, recebeu “No princípio existia o Verbo”. O princípio é a base da palavra e da razão, o ser em essência e inteligência. Na verdade, tais princípios se resumem em “Eu sou, logo o ente existe – o ser é o ser”. A magia que faz o Reino de Deus e o sacerdócio da magia realiza os princípios do mundo. Os reis da ciência são os padres da verdade, e o seu reino fica oculta na multidão. Um homem que é escravo de suas paixões e preconceitos, não pode ser iniciado. Se ainda o for, não será mago, mas feiticeiro. Pois, o mago dispõe do conhecimento e o feiticeiro abusa do conhecimento. Por isso que o mago domina o diabo, mas o feiticeiro é escravo do diabo. O mago é soberano da natureza e o feiticeiro é profanador da natureza. A magia é a ciência tradicional dos segredos da natureza. Saber, ousar, querer e calar são os quatro verbos do mago indispensáveis para sua inteligência e vontade. A razão suprema é o princípio invariável. A imaginação é o instrumento da adaptação do verbo, aplicada à razão e ao gênio humano, na multiplicidade das obras, verdade e razão da filosofia absoluta e universal. A unidade é o princípio dos números, do movimento e da vida. Todo o corpo humano se reume na sua unidade superior, que é o cérebro. Todas as religiões se resumem na unidade de um só dogma: afirmação do seu ser e da igualdade de si mesmo que constitui seu valor matemático. As colunas do Templo são Chocmah, Domus e Gnosis. O conhecimento supõe o binário: bem e mal, luz e escuridão, sabedoria e ignorância, vida e morte, e assim por diante. O binário é a unidade multiplicada por si mesma. O tetagrama de Adão e o ternário de Eva formam Jeová (Jodcheva), que é a unidade completa na fecundidade. O princípio criador é a inserção de phallus ideal com o princípio criado, cteis formal, vertical e horizontal, que foram os stauros dos gnósticos e a cruz dos maçons, que é o quaternário. Nos trigamas de Fohi, Yang é unidade e Yin é o binário. Bohas e Jakin são colunas simbólicas do templo cabalístico. O Triângulo de Salomão é o absoluto que se revela pela palavra, da esta palavra sentido igual a si mesmo e cria terceiro sentido desta palavra. O triângulo visível se compara pela razão com o triângulo invisível e juntos, formam estrela de seis raios, o signo sagrado do selo de Salomão, que significa o macrocosmo, ideia do infinito e ciência de todas as coisas. O dogma mágico é um em três, e três em um – Santíssima Trindade, o dogma universal, princípio de realização e adaptação, que é alquimia é incorporação e transmutação, e em teologia, é Deus, encarnação e redenção, e na alma humana, pensamento, amor e ação. Na família, pai, mãe e filho. Dois se procuram para formar três. Assim, conclui-se os mundos inteligíveis: natural, espiritual e divino, ou físico, metafísico e religioso. O dogma é divino e humano, ensinado pelo Mestre, que é o Homem-Deus, que se intitula Filho do Homem. Na revelação, Jeová mostra seu verdadeiro nome que é Ievá, quando exprime masculino primitivo e feminino maternidade. O tetragrama (Gerurah Chesed – Porta Librorum – Elementa) é o equilíbrio da única lei, o axioma cabalístico de Azoth e Inri, que significam monograma de Cristo, da palavra Rota, Tarot, que indica o circulo da palavra invertida, ciência mágica do conhecimento do segredo de conhecer e ousar servir da onipotência humana, que revela o direito da vida e da morte. Quando afirma que ente existe, o nada inexiste, que corresponde o segredo da natureza, que o progresso em razão direta da resistência – movimento de resultado perpétuo. A profecia cristã contém a quádrupla revelação: queda do mundo antigo e triunfo do Evangelho, apostasia com a vinda de Anticristo, queda do Anticristo e retorno às leis cristãs e triunfo definitivo do Evangelho (segunda vinda) e do Juízo Final. A vida humana é formada em quatro fases: nascimento, vida, morte e imortalidade. A morte não é o fim absoluto. A Física Oculta revela: 1 (Azoth: Águia e Ar), 2 (Água: Homem e Mercúrio), 3 (Sal: Touro e Terra), 4 (Enxofre: Fogo e Leão). Das 4 formas elementares correspondem as 4 ideias filosóficas (espírito, matéria, repouso e movimento) e a ciência da inteligência são 3 (Absoluto, Fixo e Volátil). A Cabala se refere a própria ideia de Deus, razão absoluta, necessidade e liberdade, tríplice noção expressa nos livros ocultos dos Hebreus. Da unidade ao quaternário, revela-se o Hierofante. O Pentagrama (Geburah – Ecce) é o mais abstrato dos encantamentos, que anuncia os prodígios e revela coisas ocultas, exprime a dominação do Espírito sobre os elementos. Não há mundo invisível, mas vários graus de perfeição. Espiritual e corporal são palavras que exprimem graus de tenuidade ou densidade da substância. Na verdade, o pentagrama é o signo do microcosmo, na Cabala. O Equilíbrio Mágico (Tiphereth – Uncus) é necessariamente razoável, que é a inteligência suprema, Deus, que personifica a razão absoluta de determinar o ideal divino. Necessidade, liberdade e razão é o triângulo cabalístico, que faz a fatalidade, vontade e poder serem o ternário mágico, o que corresponde ao triângulo divino. Fatalidade é encadeamento inevitável dos efeitos às causas em ordem dada. Vontade é faculdade diretora das forças inteligentes para conciliar liberdade com necessidade. Poder é sábio emprego da vontade que faz a própria fatalidade à realização dos desejos do sábio. A lei é a guerra dos semelhantes e simpatia dos contrários. Todo esforço inteligente da vontade é projeção do fluido ou luz humana. A luz humana é magnetismo animal e a luz astral é magnetismo universal. Equilíbrio produz estabilidade e duração, causa primeira da vontade de Deus. No homem, é a liberdade, e na matéria, é o equilíbrio matemático. A liberdade produz a imortalidade do homem e a vontade de Deus põe em razão as leis da razão eterna. A Espada Flamejante (Netsah – Glaudius) se dispõe do setenário (símbolo da união do ternário e quaternário), que representa o poder mágico das potências elementares (alma servida pela natureza, Sanctum Regnum de Salomão). O cubo é a pedra filosofal. O sétimo é absoluto em magia, porque decide em todas as coisas. A Realização (Hod – Vivens) são causas que se revelam pelos efeitos, proporcionais às causas. Assim, compreende-se que Deus é homem infinito e o Homem é deus finito. Assim, magia difere do misticismo. Magia só admite o domínio das ideias, demonstrada pela realização da palavra. Um pensamento realiza a palavra, que esta realiza sinais e figuras, que por fim, começa o primeiro grau da realização. A luz astral é realização da luz intelectual, que esta é realização da luz divina. A realização verdadeira é dos magos e a realização fantástica é dos feiticeiros profanos e encantadores. A iniciação (Jesod – Bonum) é razão esclarecida pela inteligência (Lâmpada de Trimegistro, manto de Apolônio). Nove é o número dos reflexos divinos, mas pode ser superstição e idolatria, quando é luxo na crença. Ciência mágica é chamada de arte sacerdotal e arte real, porque a iniciação dá ao sábio o império sobre almas e aptidão governar as vontades. A Cabala (Malchut – Principius Phallus) são figuras dos sábios dos primeiros séculos do mundo e símbolos simplificados e até vulgarizados das letras das Escrituras com seus caracteres, que a Filosofia Oculta seus mistérios. Atribui-se a Enoque, o fundador e escritor do Livro Primitivo da Cabala, que se equivaleu a Tradição, o dogma único da magia, que são: Kether (coroa – poder equilibrante), Hocmach (sabedoria equilibrada na ordem imutável da iniciativa da inteligência), Binah (inteligência ativa equilibrada pela sabedoria), Chesed (misericórdia e força), Geburah (rigor pela bondade), Tiphereth (beleza luminosa do equilíbrio nas formas, mediador criador e criatura), Netsah (triunfo eterno da inteligência e justiça, Vitória), Hod (eternidade das vitórias do espírito sobre a matéria), Iesod (fundamento de toda crença e toda verdade, filosofia do Absoluto), Malchut (Reino, universo, criação inteira). As cartas têm símbolos hieróglifos do tetragrama que são Paus (Phallus dos egípcios e jod dos hebreus), Copas (cteis ou He primitivo), Espada (conjunção de ambos, lingham figurado Vô), Ouro (Círculo ou Pentáculo, imagem do mundo, He final do nome divino). Das figuras, Rei, Dama, Cavaleiro e Valete – 4 degraus da unidade. A Cadeia Mágica (Manus – Força) é o grande agente da luz astral, que é a alma da Terra, que para alcança-la, deve-se concentrar e projetar, fixar e mover, com entusiasmo e fé (querer com força indefinida), que é diferente de crença. A Grande Obra (Discite – Crux) é a criação do homem por si mesmo, conquista de suas faculdades, emancipação da sua vontade sobre matérias primas. Necromancia (Ex ipsis – Mors) é a evocação do mundo dos espíritos, que podem ser cativos, errantes ou livres. Transmutações (Sphera Luna – Sempiternum – Auxilium) são transformações noturnas, fenômenos relacionados a enfeitiçamentos. Magia Negra (Samael – Auxiliator) é afrontar diante de Sabbat, o bode de Mendes, também, considerado diabo, agente empregado para o mal de uma vontade perversa. Enfeitiçamentos (Fons – oculus – fulgur) são desejos impuros, vontade de fazer mal ou fazer-se amar para ser eficaz, com suas vítimas, considerados imorais. Astrologia (Stella – Inflexus) são as harmonias universais de todos os efeitos com todas as suas causas. Os Filtros e as Sortes são ciências mágicas da feitiçaria envenenadora (Justitia – Mysterium – Canes), que intimidam seus semelhantes. A Pedra dos Filósofos (Elagabala – Vocatio – Sol- Aurium) é uma pedra preta chamada Elagabala ou Heliogabala, que significa ser imagem dos astros, fundamento da filosofia absoluta, suprema inabalável razão. Ciência repousa sobre razão e experiência e Fé tem como base sentimento e razão. Medicina Universal (caput – ressurectio – circulus) é o poder do conhecimento sobre curar doenças físicas e morais. Adivinhação (Dentes – Furca – Amen) trata-se de desdobir ou encobrir o segredo terrível da vida e da morte, diante de um Arcano para conjecturar o que se ignora. Ao resumir a ciência dos princípios, analogia é a última palavra da ciência e a primeira da fé. Harmonia está no equilíbrio e equilíbrio subsiste na analogia dos contrários. A unidade absoluta é a razão suprema e a última das coisas. Para criar o equilíbrio, precisa-se separar os polos e unir pelo centro. Fazer misticismo da filosofia é atentar sobre a razão. Razão e fé se separam por natureza, mas se unem pela analogia. Analogia é o mediador entre o invisível e visível, finito e infinito. Dogma é hipótese sempre ascendente de uma equação presumível. No segundo volume, aborda-se sobre preparações, equilíbrio mágico, Triângulo dos Pentáculos, Conjuração dos Quatro Elementos ocultos e seu emprego, Pentagrama Flamejante, médium e mediador, Setenário dos Talismãs, precauções de grandes obras ciência, Cerimonial dos Iniciados (lei do silêncio para os mistérios da iniciação, ser chamado para concorrer como eleito, ser senhor de si próprio, submeter com disciplina ideias e desejos em comunhão com a religião, a religião deve ser universal, ser sacerdote no mundo, deixar-se iluminar, regular as ações em razão da lei, da justiça e da imortalidade, querer e fazer o silêncio para ouvir a voz da razão, abandonar a vida anterior e dedicar-se ao ensinamento dos mestres, lutar para passar pelas provas, insistir na reflexão intelectual, estabelecer-se como novo na hierarquia, empreender para reconstituir a vida e superar a decomposição da morte). A chave do ocultismo está no simbolismo iniciático dos pentáculos adotados no Oriente, que é a chave de todas as mitologias antigas e modernas, para conhecer o alfabeto hieroglífico. Na Bíblia, a chave está nos 5 primeiros, no profeta Ezequiel e Apocalipse de São João. A Tríplice Cadeia do Mago Sacerdote são os modos pelos sinais, pela palavra e pelo contato. Os processos e o segredo da Grande Obra são de tríplice significação religiosa, filosófica e natural. O ouro filosofal da religião é a razão absoluta e suprema; em filosofia, é a verdade; na natureza, é o sol; no mundo subterrâneo, o mineral, sendo o ouro perfeito o mais puro. Por isso que falam que a grande obra é a Obra do Sol. Na necromancia, há o cerimonial para a ressurreição dos mortos. Nas transmutações, há meios para mudar a natureza das coisas através das palavras. O Sabbat tem evocações particulares, não recomendadas. Enfeitiçamentos e sortes tem seus cerimoniais e como se defender deles, como não temê-los, ocupar-se das curas interiores e exteriores, através da medicina universal. A escritura das estrelas pode ser lida nos céus, através do Planisfério de Gaffarel, que tem doze formas (Aries, Tauro, Gemini, Cancer, Leo, Virgo, Libra, Escorpião, Sagitario, Capricornio, Aquario, Pisces) ou Sataaram, Bagdal, Sagras, Rahdar, Sagham, Iadara, Grasgarben, Riehol, Vhmori, Sagadalon, Archer e Rasamasa ou Sarahiel, Araziel, Saraiel, Plakiel, Seratiel, Schaltiel, Hadakiel, Saissael, Saritaiel, Samekiel, Ssakmakiel e Vacabiel. Os caracteres dos signos dos 7 planetas são: Mago, Papisa (Ciência Oculta), Mãe Celeste (imperatriz), Imperador (Dominador), Papa (Hierofonte), Apaixonado, Carro, Justiça, Ermitão, Roda da Fortuna de Ezequiel, Força, Sacrificado (Suspenso), Morte, Anjo da Temperança, Typhon (diabo), Torre Fulminada, Estrela Rutilante, Lua, Sol, Julgamento, Mundo, Influência de Saturno, Influência de Vênus, Influência de Júpiter, Influência de Mercúrio, Influência de Marte, Influência de Diana, Influência do Sol e Louco do Tarot. Filtros e magnetismo têm sua composição, modo de influir sobre os destinos, remédios e preservativos. O magistério do Sol é o emprego da pedra filosofal, assim como conserva-la, dissolvê-la e compô-la. A taumaturgia terapêutica são insuflações quentes e frias, passes com e sem contato, imposição das mãos, virtudes diversas, vinhos e óleos, incubação e massagem. A ciência dos profetas é conhecer o pensamento mais secretos dos homens, penetrar nos mistérios do passado e do futuro, evocar de século em século, revelação dos efeitos da ciência exata das causas, o que alguns chamam de adivinhação. O Livro de Hermes tem a ciência oculta da antiguidade e do tarot. Enfim, o livro é bem explicativo e sincrético mito-religioso-simbólico, o que lhe confere caráter de conhecimento histórico a respeito de como os místicos observavam o mundo na época de Eliphas Levi, que foi de 1810 a 1875, o qual foi estudioso das ciências ocultas. Dogma e Ritual da Alta Magia foi publicado em 1854. Na sua biografia oficial, Eliphas Levi que quase se tornou padre, e viveu de conhecimentos e crenças esotéricas, após ter se desligado do catolicismo, no final de sua vida, voltou a frequentar a Igreja Católica e chegou a afirmar que a maior magia do universo é a consagração eucarística, da transubstanciação do pão e vinho em corpo e sangue de Cristo.