Cartas Exemplares

Cartas Exemplares Gustave Flaubert




Resenhas - Cartas Exemplares


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Marion 24/02/2023

A vida como ela é
Flaubert conta através de cartas tudo que está sentindo ao escrever seus livros. Todas as tristezas verdadeiras sem vitimismo.
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Cassia.Calfon 02/03/2020

Grande escritor, deixou grandes ensinamentos em suas cartas.
Então deixo ele descrever( trecho de uma das cartas do livro):
"Não há belos pensamentos sem belas formas, e reciprocamente. A beleza transpira forma no mundo da Arte, tal como acontece no nosso mundo com a tentação, o amor.
[...]
Suponha uma ideia que não tenha forma, é improvável; tal qual uma forma que não é prima uma ideia. Eis aí o monte de besteira sobre o qual a crítica vive. Reprova-se às pessoas que escrevem com estilo de negligenciar a Ideia, o fim moral; como se o fim do médico não fosse curar, o fim do pintor pintar, o fim do rouxinol cantar, como se o fim da Arte não fosse antes de tudo o Belo!"
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Carlos 04/05/2014

Um excerto de um texto que escrevi sobre cartas na Literatura depois de ler essas "Cartas exemplares"
É indispensável consulta as cartas de cada autor. Elas nos dão a imagem do escritor e a do homem: as cartas são uma biografia documental e retrato da alma dos que marcaram seu tempo pela arte ou pelo pensamento.
Uma coletâneas que há pouco encontrei foram as “Cartas de Amor” de Monteiro Lobato a Dona Purezinha (sua esposa). Nelas, encontramos o homem que foi Monteiro Lobato, longe do escritor. Vemos sua vida antes, durante e depois de seu casamento jovem ainda com apenas vinte e tantos anos que sofre por amor:
“Por que não me escreves atabalhoadamente, borrando, riscando o papel, sem ordem, sem estio, sem correção, sem nada desses estorvos gramaticais. Só assim se pode bem exprimir um sentimento”
Como se pode ver nesse trecho, Lobato não se preocupa com esses “estorvos gramaticais”, e isso se pode notar no próprio volume os erros, onde foram fielmente copiados das cartas que D. Purezinha guardava.
As “Cartas de Álvares de Azevedo” não trazem nada de interessante, uma vez que só mandava-as aos familiares (sobretudo sua mãe), contando seus dias de tédio em São Paulo. Mas o que chama atenção é o domínio que tinha sobre a língua inglesa e francesa.
Insignificantes são também as cartas de Machado de Assis (me refiro, não as da edição de seu centenário de morte, mas sim o de nascimento, 1939 M. Jackson). Agrippino Grieco diz que “não encontramos nelas o mestre pois nada se vê do intelectual, só o burocrata e o homem domestico.”
De todas as relações tortuosas de Franz Kafka, a que mais lhe pesou na alma foi a que teve com seu pai. Movido pela angustia desta relação, Kafka escreve uma “Carta ao Pai”, onde lhe chama por “deus”, “tirano”, “rei” e “regente”. Nesta carta decide desatar o nó em sua garganta e falar francamente com aquele que o reprime. Nunca foram pai e filho, partindo disso, da disputa que havia entre ambos, ele decide escrever esta carta para trazer paz entre eles :
"Essa tua maneira de ver as coisas eu só considero certa na medida em que mesmo eu acredito que não tenhas a menor culpa em nosso alheamento. Mas também eu não tenho a menor culpa. Se eu pudesse te levar a reconhecê-lo, então seria possível, não uma nova vida ? que para isso estamos ambos velhos demais?, mas o abrandamento de tuas intermináveis acusações."
O poeta Franz Xaver Kappus resolveu “endereçar a Rainer Maria Rilke minhas tentativas poéticas pedindo-lhe um julgamento”
Intensas, sinceras, simples e profundas são estas dez cartas escritas entre 1903 e 1908.
Os conselhos literários podem ser resumidos em poucas linhas, assim como Cecília Meireles vê, todavia não se pode dizer o mesmo dos conselhos de vida.
“Cartas Exemplares” é uma pequena amostra da obra epistolar de Gustave Flaubert, que compreende, em algumas edições 9 volumes. Mas infelizmente não temos senão este volume de pouco mais de 250 paginas. Contando com três capítulos que, cobre desde sua infância até “Bouvard e Pécuchet”, nos mostra um jovem que perdeu o amor á vida e se jogou “dans La litterature comme dans un orgie perpetuell.”
Agrippino Grieco ao falar das cartas de Machado, se refere as de Flaubert saudoso de todo aquele trabalho interminável, de toda a angustia, do desespero, da dor, das obsessões, triunfos e fracassos, que elas transparecem.
“Eu trabalho como uma mula há quinze anos. Vivi toda a minha vida nesta obstinação de maníaco, com a exclusão de minhas outras paixões que tranquei em gaiola, e que eu ia ver só para me distrair. Oh! Se algum dia eu fizer uma obra boa, terei ganho. Queira Deus que a frase ímpia de Buffon seja verdade! Eu certamente serei um dos primeiros”[“O gênio é apenas uma longa paciência.” Buffon].
Ainda não podemos deixar de apontar as cartas de Manuel Bandeira e Mario de Andrade, as de Fernando Sabino e Clarice Lispector, de Carlos Drumond e João Cabral de Melo Neto ou seus 1.812 correspondentes catalogados na Fundação Rui Barbosa.
Balzac escrevia falando de seus personagens como se fossem reais, Voltaire escreveu dez mil cartas e na edição definitiva russa da Obra Completa de Tolstói compreende-se 30 volumes de sua correspondência.
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Duanne 18/07/2013

marginália
Comentários feitos durante a leitura, pelo Twitter, compilados no Storify. Será atualizado até o fim da leitura.

site: http://storify.com/duanneribeiro/marginalia-cartas-exemplares-flaubert
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