Julia Rabelo 01/05/2013Mais resenhas em bleeding-hist0ries.tumblr.comO livro logo no começo me encantou pelo nome, pela capa e pela sinopse, pois desde pequena eu me encantava com coisas elementais e de fantasia. Depois fiquei ainda mais impressionada pelo livro ser brasileiro e representado no Brasil, pois eu nunca havia vido um livro brasileiro que parecesse ser tão bom nesse tipo de história.
Quando comecei a ler, me afeiçoei bastante com Will e depois com o personagem Arthur, porque os dois me fizeram pensar em um personagem de um livro que escrevo.
Porém, depois de um tempo lendo, percebi uma coisa entre os personagens que me deixou um pouco… Não sei dizer. O fato é que há paz demais e bondade demais nos personagens. Na minha opinião, os personagens deveriam ter alguma característica negativa, algum defeito, afinal, mesmo sendo os guardiões que em vidas passadas eram Seres da Luz e tudo o mais, eles estão em uma encarnação humana, e uma coisa que vivem mostrando no livro são os defeitos humanos. A única que foi um pouco assim, foi Lisa, que era bem nervosinha, mas com um único pedido da rainha das sereias, ela mudou rapidamente, estando cheia de paz, sendo que com nós humanos, uma mudança desse tamanho não ocorre assim tão rápido.
Uma outra coisa, foi quando os casais se formaram. Ok, eu adorei os casais, e principalmente a história de desde sempre os espíritos deles, os seres que são terem se amado, em várias vidas, achei isso bem legal. Mas me pareceu que a escritora quis representar todo esse amor fazendo-os estar sempre colados, se beijando toda hora, sempre abraçadinhos, e isso se tornou um pouco meloso. Isso ficou um pouco forçado, ainda mais com os personagens tendo entre quinze e dezesseis anos, que é uma idade onde tudo é mais “liberal”, mais relaxado, mais solto. O amor entre eles foi bem legal, o amor verdadeiro, mas ficou um pouco demais em ficarem juntos.
Mas mudando o foco, eu admito que me deu vontade de chorar quando Will despertou o Elemental, principalmente porque pensei que não seria mais William Owen, aquele personagem em quem me afeiçoei tanto, que não seria a mesma coisa. Mas logo depois me acalmei, vendo que ele continuou praticamente o mesmo.
O final possui revelações realmente surpreendentes, e eu adorei a última cena, com Will e Jasmin e ela cantando e tocando no violão.