Pudima 24/09/2018Sobre "Anjo da morte".Antes de falar sobre o livro em si, preciso contar do meu caso sério de amor por Pedro Bandeira.
O primeiro livro dele que li foi "A droga da obediência", que me prendeu e tirou o fôlego do início ao fim. Que história maravilhosa, que escrita cativante, que vontade de ser um dos Karas!
A sorte fez com que eu anotasse a data da última vez que li o "anjo da Morte" e o acaso fez com que a releitura seja praticamente exatos 11 anos depois, o que me deixou muito pensativa, me trouxe novas percepções, e me manteve maravilhada com o autor.
Aos 13 anos, esse livro me deixou com vontade de ser aventureira. De desvendar crimes e salvar o mundo do "mal".
Hoje, percebo a crítica às coisas erradas do meu país. Sinto o descaso com nossas crianças abandonadas à própria sorte. Sinto a mesma vontade de salvar o mundo, mas percebo os tantos crimes que eu vejo diariamente.
Para sermos heróis, vejo que não precisamos ser, necessariamente, um dos Karas. Podemos ser nós mesmos, podemos fazer mais para que sejamos humanos melhores. Que possamos ser mais honestos, corretos. Que saibamos perceber o bem e o mal em cada pessoa (inclusive nós mesmos) e que não nos deixemos fraqueja. E, principalmente, que deixemos de ser cegos para o que está de errado na nossa frente e fingimos não ver. Obrigada de novo, Pedro.
Paz, amor e bem.