Mary Elizabeth 29/05/2010
Intenso, angústia vira história, ousadia.
Diversos estudos foram abordados, pesquisados e encerrados desde os primórdios da ciência como instrumento, usado para o bem-estar e a qualidade de vida do ser humano, mas estes estudos por diversas vezes chegaram somente a um ramo desta complexa máquina que é o nosso cérebro, o que tentou até então foi descobrir o porquê de comportamentos diferentes dos ditos comportamentos normais, já que o ser humano e sua essência funcional e constituído pelos mesmos mecanismos internos e externos.
Deixemos os mecanismos e comportamentos externos de lado agora e vamos nos ater aos internos.
Por muito tempo o homem se viu indignado com a complexidade do cérebro humano (e até hoje se indigna com ele), sua estrutura, seu funcionamento e etc. E não sabia como ele retratava todos os nossos arquivos que guardávamos dentro dele, então a estudá-lo como forma de aprendizado e também descoberta.
Quando surge a loucura, ou melhor, a perturbação mental, o homem volta a se questionar o porquê deste comportamento um tanto quanto estranho e sem lógico até então.
O doente mental vem então sendo, observado, pesquisado e até deixado à margem da sociedade que ele vive, pois as posições tomadas foram sempre unilaterais e deixando de lado todo um aspecto mais abrangente do seu “comportamento louco”.
Os doentes mentais foram espécimes de pesquisas, estudos, isolamento, torturas e descaso social, nunca foram levados em consideração que mesmo em “crise mental” ali tem um ser humano com as mesmas sensações de outro ser humano dito normal.
Quando nos voltamos às questões psicológicas e damos nossas opiniões sobre esse ou aquele assunto, esquecemos que por detrás de um doente mental, também há uma pessoa doente, amedrontada e muitas vezes sem saída, pois se acha a escoria do mundo.
Por mais estudos que se faça, por mais pesquisas que haja, o homem como um todo jamais poderá ser tratado como um ser unilateral, pois até na sua loucura ele consegue compreender o que é delírio e o que é real (algumas formas mais amenas de loucura).
E por que não nos consideramos loucos também? Nós que nos achamos normais, pois não conseguimos entender o louco em sua loucura e tentamos os deixar fora de todos os assuntos da sociedade, afinal, por que privá-los disse se todos nós fomos educados a viver em sociedade aceitando e respeitando os diferentes, pois a loucura não é uma opção que a pessoa adquire para si, ela a adquire por uma disfunção do organismo em geral. O doente mental não divaga no seu próprio universo mental, como fuga da realidade e divaga no seu universo mental quando está em crise (sintoma da doença) assim como alguém que tem cálculos renais, as cólicas renais são os sintomas da dor que estes cálculos provocam então se toma as providências para aliviar essas dores. O doente mental tem esse mesmo direito de querer saber como aliviar essas crises, as neuroses, as perturbações emocionais, para poder viver em sociedade e também ser produtivo e a sua ressocialização é de extrema importância para que ele se sinta engajado na sociedade e procure à ajuda correta para o seu caso e possa conviver com sua doença sem grandes perdas e danos à sua vida e a vida dos que os cercam.
Indico o livro para todos leitores com idade acima de 18 anos que se interessam por temas que abordam a doentes mentais que assim como nós não os julgam por simplesmente não entendê-los e acharem “diferentes” do restante do mundo por isso.