Ao Coração da Tempestade

Ao Coração da Tempestade Will Eisner




Resenhas - Ao Coração da Tempestade


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Cinara... 10/06/2021

"- Estamos em uma jornada... A vida é uma viagem daqui até lá!
- E onde fica LÁ papai?
- Lá é onde estoura o trovão... Longe daqui!"

Estou apaixonada pelo Eisner! H.Q autobiográfica, conta como foi viver nos Estados Unidos uma família judia, ao mesmo tempo que estava acontecendo a segunda guerra, preconceitos, dificuldades financeiras e a relação entre os familiares.
Traço incrível! Poderia ter mais páginas, Nova York me acostumou mal! No final fiquei com a sensação de quero mais! ?
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Guilherme.Monteiro 25/08/2021

Meu primeiro contato com a obra do Will Eisner e já deu pra entender logo nas primeiras páginas o porquê dele ser considerado um dos maiores mestres da narrativa nos quadrinhos. O jeito em que ele usa os flashbacks e fazendo fusão de quadros é fascinante, dá uma fluidez ímpar que funciona do início ao fim por não ser repetitivo, mas sim sempre inventivo.
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Yvan 09/12/2020

Muitas lições interessantes, como: história, amizade, guerra, família, preconceito e etc
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Sidnei 18/05/2021

Coisa Linda!

Bem, o que se pode dizer de um cara que seu nome leva o maior prêmio dos quadrinhos do mundo? É um gênio.
Em Ao Coração da Tempestade Eisner faz um relato dramático de sua infância em NY, das dificuldades familiares e o preconceito de todos por sua origem judaica. Coisa mais linda de se ver.
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Emmy 07/08/2014

A Willie
Caro Willie, foi bom ter te conhecido. Foi diferente ter viajado a um passado distante e ter visto um mundo ainda em branco e preto, ou em tons de sépia pelos olhos de um judeu. Engraçado... Isso me parece ter sido a décadas e ainda é tão atual quanto as notícias do jornal. Tanta diferença entre as sociedades e tantas mentes ainda presas ao passado. Mas quero deixar aqui registrado também meu caro Willie; que já conseguimos emergir um pouco desse mar escuro que você construiu mais que um barco para navegar. É amargo saber que tantos ainda estão afundando nessa mesma água suja que os homens chamam de sangue. Justificando seus erros e crimes, medos e falhas de caráter atrás de máscaras incólumes, brancas e sem silhueta definida. E por fim, quero dizer que temos algo em comum. Aliás, muito em comum. Também sonhamos acordados os mesmos sonhos... Um dia, caro Willie, espero que receba essa carta e a guarde como uma lembrança e uma lição para ser ensinada aos netos: Virá o dia, em que a humanidade conhecerá a verdadeira paz, a paz que nenhuma religão humana foi capaz de alcançar.
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Renan 25/08/2020

Uma volta ao passado
Conta a vida de uma família judia nos EUA no contexto da segunda guerra mundial. A forma como a história é construída, mostrando cenas do passado de cada membro da família deixa a narrativa muito interessante. A arte é bonita, tive dificuldade de identificar os personagens em algumas passagens, mas nada que comprometa a leitura.
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EduardoCDias 31/07/2022

Vida de judeu
Autobiografia em quadrinhos da juventude de um dos maiores de todos os tempos: Will Eisner. Seu pai, um judeu fracassado nos negócios, mas sonhador, imigrou da Austria para os EUA, submetendo a família à uma vida errante. Mas sempre enfrentando o preconceito contra os judeus.
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Jorge243 05/05/2023

"Daqui pra frente é só pra trás"
O quadrinho mais parece uma série de comédia da Fox. Não pela comédia (longe disso, aliás) mas pelos flashbacks.
Não que isso seja ruim (nas séries enche um pouco o saco, mas enfim...), na verdade acho que funciona muito bem quando se chega ao final da HQ.

Uma coisa que achei engraçada é que o pai dele, se fosse brasileiro, receberia a alcunha de trambiqueiro.
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Andrizy 16/08/2019

"Uma jornada muda uma pessoa", diz o pai do protagonista em uma certa passagem da história. Não consigo apontar nenhuma sentença mais certeira do que esta. Olhando pela janela do trem, a caminho da Segunda Guerra Mundial, o jovem soldado Willie confronta seu passado. É como se a janela se convertesse em um telão onde são projetadas as memórias de sua infância e adolescência.

Ao Coração da Tempestade, do mestre dos quadrinhos Will Eisner (criador de Spirit), é uma verdadeira aula de história que apresenta ao leitor as principais transformações sociais e econômicas pelas quais passaram Europa e América durante a primeira metade do século XX, através do olhar de um jovem e carismático protagonista. Recorrendo ao recurso do flashback durante toda a trama, a graphic novel versa sobre o preconceito e o antissemitismo do qual Willie e sua família de imigrantes judeus foram alvos durante toda a vida. Bem como a luta deles para sobreviver em meio à depressão econômica.

A arte primorosa se destaca pela qualidade e elegância do traço e, somada à uma narrativa densa e inteligente, delineiam precisamente o cenário histórico. O preto e branco bem trabalhado e o ótimo jogo de luz e sombras conferem um contraste que ressalta a melancolia da trama e a crueldade dos personagens. Outro item que não posso deixar de citar é a preocupação com os detalhes, especialmente no tocante às manchetes de jornais que sempre aparecem fazendo necessárias e ilustres figurações.

O quote e o quadro que encerram a história apenas confirmam que o leitor está diante de uma obra-prima. Se equilibrando em uma tênue linha entre a ficção e a autobiografia, tendo sido baseada nas memórias do próprio Eisner (ele mesmo a descreve na introdução como uma mal-disfarçada autobiografia), Ao Coração da Tempestade é indispensável na coleção de qualquer amante dos quadrinhos

site: bloggallerya.com
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Danius.Maciel 31/03/2022

Sempre curti HQs, mas me faltava uma obra do Eisner...bem faltava....HQ foda!
Profunda, vom temas que ainda são super atuais e que nos fazem refletir....super recomendo
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Marcos774 01/04/2023

Lembranças da guerra!
Gostei dessa HQ. Com uma história envolvendo judeus e a segunda guerra mundial, essa HQ nos faz refletir sobre diversas maneiras e uma delas é: por quer para alguns é tão difícil acreditar que a arte é um tipo de trabalho como outro qualquer?
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Marcorigobelli 22/05/2011

Ao Coração da Tempestade
erry Siegel e Joe Shuster criaram um mito, Stan Lee deu luz a um universo. Will Eisner nos deixou um legado.

Eisner (1917-2005) dispensa apresentações, considerado por muitos (inclusive este que vos fala) como o maior quadrinista que já viveu, ele praticamente viu as histórias em quadrinhos nascerem nos Estados Unidos, para não dizer que participou de sua concepção. E é em Ao Coração da Tempestade que o próprio autor nos conta parte dessa jornada.

Publicada originalmente no começo dos anos 1990, a história em quadrinhos chegou pouco depois ao Brasil em duas partes por intermédio da editora Abril, então grande potência do país em quadrinhos. Desde então, não tivemos nenhuma reedição em anos, até que a Quadrinhos na Cia., selo de quadrinhos da Companhia das Letras, presenteou a todos nós neste último mês de novembro a obra com a nova tradução e edição completa com ótimo tratamento. Confira a opinião do Puro Pop sobre uma das graphic novels mais importantes na carreira de William Erwin Eisner.

Ao Coração da Tempestade (To the Heart of the Storm, no original) é uma obra autobiográfica onde acompanhamos a história do jovem Willie desde o encontro e juventude de seus pais até o momento em que é convocado para integrar o exército americano na Segunda Guerra Mundial; nesta HQ ele traça um retrato do preconceito e das dificuldades que os judeus sofriam mesmo nos EUA, então Terra da Liberdade. Aqui sabemos da infância sofrida que sua mãe teve, a vida profissional conturbada do pai, os problemas com intolerância que ele sofria das outras crianças e a interrupção abrupta que a guerra impõe em sua carreira como quadrinista.

O álbum começa com Willie em um trem a caminho do campo de treinamento militar durante o princípio do envolvimento americano na Segunda Guerra. Logo de princípio vemos o domínio do autor ao apresentar seu protagonista sem que ele sequer se manifeste com mais que algumas palavras; o diálogo é conduzido por outros dois homens que, não intencionalmente, traçam o perfil do personagem e nos apresentam o plot da história – preconceito – que não é esquecido em momento nenhum desde então. E, diferente do que isto nos faz pensar, não torna a obra em momento nenhum repetitiva ou cansativa, muito pelo contrário.

Não notamos de começo, mas Eisner fez questão de nos apresentar o preconceito de maneira gradual. Não por medo de chocar o leitor, mas para dar a aqueles não tão familiarizados à essa boçalidade uma compreensão mais profunda. Então vemos algo próximo de uma discussão filosófica e a agressão física e psicológica típica das crianças em suas relações umas com as outras, ambas situações de fácil digestão e intencionalmente didáticas, apesar de não tratarem o leitor como idiota. Coisa que poucos além dele são capazes de fazer.

Então o enredo toma o caminho de um grande flashback onde acompanhamos a infância, adolescência e começo tanto da idade adulta quanto da carreira como quadrinista do autor. Entre esses momentos, voltamos para a conversa dentro do trem que é usada agora como um escape, um espaço para que possamos digerir tudo que nos foi apresentado e refletir sobre a história até agora e, como o leitor poderá notar sem dificuldade, o protagonista torna-se quase um efeito de decoração nessas páginas – apesar de eventualmente sermos lembrados de que ele é o centro das atenções.

Somos apresentados também as histórias de vida dos pais de Willie, mostrando os efeitos do antissemitismo nos EUA e na Europa do começo do século XX e a vida difícil que tanto imigrantes quanto nativos daquela terra tinham. Aqui temos uma constante demonstração da genialidade do quadrinista, ele domina fundamentos básicos que nos imergem em cada uma de suas páginas. Sabe dosar com perfeição cenas de drama e humor além de dar a elas o clima e ambientação certa com naturalidade, sem fazer parecer forçado ou fora de lugar.

Lendo Ao Coração da Tempestade constata-se que Will Eisner estava em seu auge como artista, quase não se nota erros ou momentos em que ele perdeu a mão no roteiro e mesmo essas partes, não são de se jogar fora. Creio que, de tudo, minha única reclamação fique na história de quando o pai do autor vivia em Viena, apesar de saber que ela é interessante para a construção do caráter do personagem ela parecia estar ali para encher lingüiça, aumentar o volume do livro. Tanto que ela é um dos trechos mais carregados de humor, quase não parecendo existir na mesma ambientação do resto do álbum.

Os diálogos são dignos da construção do caráter de qualquer um, e a relação entre os personagens é muito bem conduzida, o que é bastante complicado dada a quase obcena quantidade deles que aparecem na história. Mais outra especialidade do quadrinista.

O traço de Eisner é simples e cativante. Seu domínio do preto e branco é imenso e fundamental para a climatização de suas histórias. Notável como ele praticamente ignora os semitons a fim de diminuir a seriedade na arte já que o roteiro é suficiente para carregá-la e seu estilo quase caricato é expressivo e bem sucedido em conseguir a empatia do leitor.

Mas a cereja do bolo está no domínio que ele tem sobre a narrativa, tanto a ponto de não precisar definir os quadros com linhas e sim com a arte. Diferente do que normalmente acontece quando se tenta algo assim, a leitura não fica confusa ou cansativa. Ele usa os próprios desenhos e balões para conduzir o ritmo de forma natural, você inconscientemente sabe para onde seguir e qual balão ler. Pode parecer estúpido, mas esse é um erro de fundamento bastante cometido por profissionais.

Outra característica fundamental do autor é sua capacidade em não deixar a arte se impor ao roteiro e vice-versa. Tudo acontece em total sinergia, você consome e digere ambos sem precisar gastar algum tempo a mais em um ou outro (não que não vá acabar fazendo isso eventualmente), absorvendo a história em uma lida só.

Muitos kudos para a Quadrinhos na Cia. por essa nova edição de Ao Coração da Tempestade. Preferiram não arriscar e se apegaram ao (alto) padrão de suas publicações anteriores. Capa gostosa de pegar e mole o suficiente para não atrapalhar na leitura, mas que também não fica facilmente amassada em decorrência dela.

As páginas são tão prazerosas quanto e em ótima qualidade. Tanto que algumas vezes você vai sentir vontade de folhear o livro apenas para isso; folhear. A impressão está impecável, nenhuma falha no exemplar que recebemos – apesar da impressão anterior ter de fato saído com defeito da gráfica.

Não gostei da tipologia no título, mas isso é uma chatice minha, já que é a mesma usada na capa americana. Porém, as cores feitas sobre uma das cenas da HQ deram a ela toda uma dramaticidade fantástica.
Pontos também para a minibiografia de Eisner ao final do livro (sim, sou chato a esse ponto, me chupem).

A tradução ficou bem superior à desleixada publicada pela Abril há 17 anos, inclusive fazendo questão de não traduzir algumas expressões pelo simples fato de perderem todo o sentido no português.

De forma geral, não há absolutamente nada para reclamar nessa reedição brasileira de Ao Coração da Tempestade. Tudo foi bem trabalhado e fez jus à obra fantástica do mestre Eisner. Ganha nota máxima porque não há outra possível.
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Matheus 10/11/2018

Uma viagem de trem uma aula de narrativa gráfica
Por mais básico que seja, o comentário que norteia qualquer resenha sobre "Ao Coração da Tempestade" é qualidade da narrativa gráfica que o gênio Will Eisner traz para a obra. São quadros colocados de diversas formas, silêncios, sombras, interações de sonhos com balões, viagens entre quadros, correlações, é fantástico.
Feito essa ressalva. Vale dizer que o livro contra através de sonhos em uma viagem de trem a auto-biografia de uma fase da vida do próprio autor relatando a cultura xenofóbica, racista e radical dos Estados Unidos entre a primeira e a segunda guerra mundial. Um relato social fundamental que infelizmente ainda é muito atual.
Vale cada página, tem uma fluidez de diversas pequenas narrativas que compões uma grande historia fazendo seu consumo agradável e reflexivo sem dor. Nota máxima, mas mereceria ter uma capa dura!
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Hugo.Diniz 06/03/2022

O Mestre!
Will Eisner o que dizer desse gênio, uma HQ que retrata muito racismo, difículdades financeiras, você fica muito vidrado do começo ao fim, e... as vezes você tem que tomar a pior escolha pra sua vida, quando não a mais esperança.
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Braguinha 05/11/2023

A maior obra do velho mestre
Mais um obra-prima do grande mestre. Dessa vez, uma autobiografia, que conta o começo da carreira de quadrinista de Will e como pano de fundo, a relação da América com os judeus. Mais uma vez, Eisner se mostra um mestre em retratar através de quadrinhos e balões a alma do povo judeu enquanto norte-americanos, as relações sociais e até mesmo as complicadas relações familiares.
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