O bom soldado

O bom soldado Ford Madox Ford




Resenhas - O Bom Soldado


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arthur966 31/05/2023

Nós todos temos tanto medo, estamos todos tão sozinhos, todos nós precisamos tanto do exterior para assegurar nosso valor parar existir.
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skuser02844 28/05/2023

Mediano
Peguei este livro sem pretensão nenhuma, única e exclusivamente por ter sido publicado pela Alfaguara, quando comecei a ler descobri que ele está naquela lista dos 1001 livros para ler antes de morrer, fiquei um pouco apreensivo porque, dos livros que li nessa lista não teve nenhum mediano, ou gostei muito ou penei para terminar, isso os que não cheguei a abandonar, mas como era uma história de amizade entre dois casais pensei, vamos nessa, o que de pior pode acontecer?
Fato é que não passou nem perto de ser um dos livros que amo, que marcaram minha vida e vou lembrar dele pra sempre, mas passou longe de ser o pior livro que li na vida, então agora sim posso dizer que li um livro dos 1001 que ficou ali na média, nem tão bom pra ser propagandeado, nem tão ruim pra ser escorraçado.
Aqui conhecemos John e Florence, um casal americano que conhece Edward e Leonora, um casal inglês que, assim como eles, são ricos o suficiente pra gastar a vida viajando. Edward é o bom soldado do título e juntamente com sua esposa formam o casal perfeito e feliz... ou é isso que parece de início. Os dois casais firmam uma amizade bastante íntima, até que a verdadeira face de cada um começa a se revelar.
Logo percebemos que a vida feliz e apaixonada que levam é muito mais fachada do que realidade, enquanto sentimentos despertam e tomam lugar daqueles que são encenados vemos algumas muralhas caindo e relacionamentos tomando rumos diferentes.
É um livro interessante, sobre amizade sim, mas também sobre admiração, paixão e muita, mas muita hipocrisia e críticas as vidas de aparências que as pessoas costumam levar.
Como eu disse está longe de ser uma obra prima, uma joia rara e preciosa da literatura, mas é interessante, no mínimo. Enfadonho e meio constrangedor em alguns momentos, mas se você vestir a sua capinha de velha fofoqueira do bairro e fingir interesse em quem está "pegando" quem até que dá pra passar pela leitura de forma agradável. A narrativa contribui muito pra isso, já que é mais direta, pra não dizer crua, e com pitadas de melancolia que transparecem melhor o vazio da vida dessas personagens.

site: https://hiattos.blogspot.com/2023/04/opiniao-o-bom-soldado-ford-madox-ford.html
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denis.caldas 16/04/2022

Um bom livro
Inepto que sou, quando comprei esse livro em uma promoção me iludi por causa de duas características: o título e a editora. Pelo título, porque pensei ser um livro sobre guerra; pela editora, porque sempre associei a Editora 34 com aqueles livros caros e densos de literatura russa, pois a edição de O Idiota da 34 é fenomenal. Ledo engano...

Trata-se de um romance, um psicodrama como classifiquei, onde a mente das personagens é investigada, mais pelo que foi dito do que pelo que foi pensado, em uma espiral de acontecimentos que levam à loucura, à tristeza e à mediocridade. Inesperado, como nas palavras do narrador em relação a pessoas tão nobres. Ainda tem essa palavra no dicionário?

Ao começar a ler, pensei que seriam aqueles romances baratos em papel jornal que vendem nas bancas de jornais; bem, embora nunca tenha lido algum, mas me parece que só fala de amores, adultérios, tabus etc. Mas o interessante é que, embora tendo um pano de fundo pitoresco da Inglaterra e dos Estados Unidos do começo do século XX, trata de uma narração sobre a psicologia das personagens, em um enredo que nos prende do começo ao fim, querendo saber afinal de contas que fim levou tão "nobres" criaturas, que de nobre muitas têm nada. Nem sei como consegui acabar esse livro, pois às vezes o fio da meada escorregava das minhas mãos, mas eis uma resenha não tão nobre, de um livro considerado obra-prima pela nobre crítica literária.
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18/07/2021

Embora pouco lido e conhecido, Ford Madox Ford foi um dos maiores escritores ingleses do começo do século XX. Fora amigo de Joseph Conrad, com quem escrevera algumas obras em conjunto. Considerado um autor modernista, seu romance "O Bom soldado" não segue as estruturas e as fórmulas dos romances tradicionais vitorianos oitocentistas.

De maneira não-linear, fragmentária e digressiva, o americano John Dowell, em tom de desabafo, narra os últimos acontecimentos trágicos que aconteceram em sua vida. Em várias ocasiões, ele afirma que é a história mais triste que ele já ouvira. Mas o grande protagonista desta história é o capitão inglês, e proprietário rural, Edward Ashburnham, "o bom soldado".

Dowell conhecera o capitão Ashburnham e sua esposa Leonora em suas andanças pela Europa, por conta da saúde frágil de sua esposa, Florence, que padecia de um problema no coração. Desde então, ambos os casais tornaram-se amigos e passam a percorrer o continente juntos por quase uma década.

Porém, durante, e um pouco depois, desse período, ocorreram alguns episódios trágicos na vida dos quatro personagens. John Dowell, no começo da narrativa, já nos descreve o desfecho de cada um deles, como a relação extraconjugal de sua esposa com o capitão inglês, juntamente com a morte de ambos. Após noticiar cada tragédia é que ele começa a desenvolver sua narrativa, explicando como as coisas chegaram aquele ponto, ora culpando, ora justificando alguns dos personagens pelo ocorrido. Por conta disso, muitos críticos o consideram como um narrador não confiável.

Apesar da traição de sua esposa com o capitão Edward, é digno de nota o fato do narrador prosseguir louvando o caráter e as ações deste último, embora o critique por seu sentimentalismo e romantismo. Em nenhum momento a amizade de ambos parece estar abalada e John reconhece que sua esposa era uma pessoa superficial e vaidosa. Outras personagens complexas da narrativa são a esposa de Edward, Leonora, devota ao catolicismo, e sua protegida, Nancy, que ora parecerão vítimas ora parecerão algozes de Edward.

De todos os modos, quer a história seja confiável ou não, quer o narrador esteja mentindo ou não, uma coisa fica bastante clara durante a leitura: Não existem vilões ou heróis, por mais que o narrador, em certos momentos, tente nos convencer do quanto as ações de a foram prejudiciais para b. A humanidade de cada personagem é reconhecida e não é difícil amá-los ou odiá-los completamente.

Como o narrador repete em vários capítulos, trata-se de uma história triste. Só conseguimos lamentar e ter empatia pelos sofrimentos de cada um. É uma verdadeira Tragédia!
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kiki.marino 06/06/2021

Tenho buscado não só sentir mas também observar nos livros este ' algo "a mais nas obras.Esta é mais uma obra sobre adultério, nada escandaloso pois acontece silenciosamente ,debaixo do rigor moral do período vitoriano/ Edwardiano. Com um narrador (marido traido) contando sobre fatos do passado e presente ,de forma cínica e fria sobre um adultério que envolve retratos psicológicos entre amigos. Um casal americano ,outro inglês, suas diferencas e semelhança quanto a este sentimento perigoso: o amor,desejos secretos, que aqui não é lindo,nem feliz .
Afinal pessoas boas ,amor,finais felizes só existem em livros?
Que poder a sociedade tem sobre o individuo que os leva a cumprir uma missao como bons soldados ,das leis e a moral, resignação em não ter o que desejamos.
Afinal ninguém teve seu final feliz ,mas os "vilões " tiveram sua punição, como toda história fictícia sobre amor/justiça idealizada.

Obs: Essas nuances psicológicas sobre casais e adultério, foi melhor desenvolvido aqui do que em Anna Karenina...
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Fabio Shiva 30/11/2020

enganos e disfarces
Fui atraído por essa que é considerada a obra-prima de Ford Madox Ford e uma precursora do modernismo inglês ao saber que Anthony Burgess, um de meus autores favoritos, a chamou de “uma das peças verdadeiramente importantes da literatura do século XX.”

Imbuído desse espírito de aprendiz, engajei nessa leitura repleta de idas e vindas no tempo e, principalmente, muitos enganos e disfarces. É nítido que o romance é minuciosamente construído, o que torna ainda mais impressionantes as falhas de julgamento e outros equívocos cometidos pelo personagem-narrador. Fiquei com uma leve sensação de heresia ao me deparar com alguns erros intencionais com que Madox pontua sua narrativa. Nunca havia aventado tal possibilidade em meus próprios escritos, e me causou grande deleite perceber como fiquei chocado com essa audácia em uma obra publicada há mais de cem anos!

Dito isso, apesar de ter admirado a fluência da escrita de Ford Madox Ford, achei a trama beirando as fronteiras da inverossimilhança. Não descarto a possibilidade de reler o livro no futuro, para descobrir como reagirei a ele depois de caminhar mais um pouco. Ou seja, mesmo sem ter gostado tanto, fiquei exultante pelo contato tal Literatura de primeira grandeza.

“E no entanto eu acredito que para cada homem surge por fim uma mulher – ou não, esta é a maneira errada de formular. Para cada homem surge por fim uma época da vida em que a mulher que colocou seu selo sobre sua imaginação, coloca esse selo para sempre. Ele não irá mais viajar para além de nenhum outro horizonte, nunca mais irá por a mochila sobre os ombros; irá se retirar desses cenários. Irá sair do negócio.”

“(...) acho que é a vaidade que nos mantém firmes, se é que seguimos firmes, neste mundo.”

“Florence era uma personalidade de papel – (...) ela representava um ser humano com coração, sentimentos, simpatias e emoções tão-somente na medida em que uma cédula representa uma certa quantidade de ouro.”

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/11/o-bom-soldado-ford-madox-ford.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Justi 28/04/2021minha estante
Querp ler


Fabio Shiva 29/04/2021minha estante
Salve amigo! Vale muito a leitura! Depois comente o que achou, ok?




Mario Miranda 20/08/2019

Conheci Ford Madox Ford durante a leitura da Trilogia autobiográfica do Prêmio Nobel de Literatural J. M. Coetzee, que teria se interessado pela obra de Ford durante os anos em que morou na Inglaterra.

Integrante da "Geração Perdida", escritores norte-americanos expatriados em Paris, com nomes de peso como Ernest Hemingway, Fitzgerald, Gertrude Stein, bem como autores de outras nacionalidades, como James Joyce e o Naturalizado Britânico T. S. Eliot, Madox Ford não atingiu o sucesso dos colegas, apesar da fama que ganhou após a escrita de O Bom Soldado.

O Bom Soldado narra a história de John Dowell, rico americano casado com Florence, que em viagem pela Europa conhecem um casal britânico, Leonora e Edward. Tornam-se amigos íntimos e acabam se envolvendo em uma trama de traição e infidelidade onde John é apenas um narrador e personagem passivo: presencia a traição de sua esposa com Edward - além de outros homens - sem ter uma reação.

A obra é toda contada por John, sem opiniões ou interferências externas, o que nos dá a sensação de uma meia-história (ou meia-verdade), uma vez que a obra só apresenta um ponto de vista: o do homem traído, que não chega a ter a absoluta certeza da traição (exceto ao término de tudo).

Apesar da notável fama, de uma questão psicológica com razoável desenvolvimento, a história em si não me agrada. Deixa uma sensação notória de faltar algo, de uma história não inteiramente elaborada. Talvez a decepção que eu tenho com a obra seja similar a que se apresentou a Coetzee, ao ser incapaz de elaborar algo refinado sobre Madox Ford, o que eventualmente não seria uma culpa a Coetzee, mas uma falha da própria obra.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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Maitê 23/06/2018

Meu segundo livro do autor, e me pareceu ser quase dois escritores diferentes, por serem narrativas em estilos tão diferente, mas mesmo assim com algo que os conecta.
Apesar de o titulo se referir a um dos personagens, e o narrador se propor a contar a sua historia, ao lembrar dos últimos 10 anos de suas vidas, mas ao mesmo tempo que ele lembra é forçado a rever todos os eventos com um conhecimento que afeta toda sua perspectiva e seus sentimentos. Fica a dúvida, como ele não sabia? Mas, como ele poderia saber?
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Taci 19/04/2015

Quanto mais e mais penso e repenso a respeito de O bom soldado, só consigo chegar a uma conclusão: é este o livro, mais do que qualquer outro, que eu gostaria de ter escrito. O estilo de Ford Madox Ford, o modo como ele conta sua história, aos meus olhos não é nada menos do que fantástico. Por fantástico não quero nem dizer que a trama é original, inovadora, ou qualquer coisa que o valha, mas toda a dubiedade dos personagens somada a narração de mestre proporcionada pelo estilo de Madox Ford, fizeram com que O bom soldado se tornasse uma das melhores leituras deste ano.

A história é narrada por John Dowell, um americano que vive viajando pela Europa com sua esposa Florence, até que numa dessas viagens acabam conhecendo um típico casal inglês, Edward (ex-militar e o bom soldado referido no título) e Leonora Ashburnham. E são esses dois casais que formam o quarteto central de O bom soldado, é a história do que aconteceu durante os nove anos de amizade entre esses dois casais que é contada por John Dowell, e magistralmente narrada por Madox Ford. “Uma história de paixão”, diz o subtítulo; “Esta é a história mais triste que já ouvi”, é a primeira frase. E um caminho bastante emaranhado ligando as duas orações.

Francamente, não sei nem como começar a falar sobre O bom soldado. Mas já que me propus o desafio, vamos lá! A começar pela narração, que é o ponto alto do livro. O nosso narrador-personagem, John Dowell, é quem relembra os fatos que passa a nos contar. E digo assim mesmo, nos contar, porque ele mesmo nos chama de “ouvinte silencioso”. Sabemos logo de início que dois personagens já estão mortos quando a história começa a ser contada. John Dowell é agora um viúvo, e o amigo Edward Ashburnham também já passou desta para uma melhor (ou pior, se você for pessimista). Começamos a ouvir sua história sem saber o que esperar, e somos muito bem recompensados quando passamos a descobrir.

A narração não é de modo algum linear. John Dowell passeia por suas lembranças ao mesmo tempo em que acrescenta atuais impressões a acontecimentos há muito passados. É uma narração cheia de digressões, que nos confunde e nos instiga cada vez mais até enfim elucidar nossas dúvidas. E nesse ponto não sei mais o que dizer além de que foi uma das narrações mais sensacionais que já tive o prazer de ler. John Dowell volta ao passado, passeia um pouco numa determinada memória, para em seguida explicar um outro acontecimento, que a princípio não parece ter ligação com o que ele estava contando logo no começo. E é fantástico! O que Madox Ford fez aqui, francamente, não consigo classificar de outra maneira senão fantástico!

O fato é que o tal casal tipicamente inglês, os Ashburnham, não são tão perfeitos como parecem. E é aqui mais especificamente que entra a dubiedade de que falei na minha introdução. Ao passo que vamos conhecendo esse casal, sob a visão de um narrador-personagem que isso fique sempre bem claro, percebemos o quão torturante e nada perfeita é a relação dos dois. A própria Florence Dowell (que a princípio somos levados a acreditar que morreu de um problema cardíaco) nos é verdadeiramente revelada pouco a pouco por seu marido. Toda a relação dos quatro é recheada de traições e mentiras das quais apenas o próprio Dowell não tinha conhecimento.

O bom soldado é definitivamente uma história de paixão. Ou, mais especificamente, das paixões de Edward, o nosso bom soldado. Uma pessoa que nos é mostrada como correta e boa, mas essencialmente emocional que sempre se deixava levar por seus sentimentos, até que entra em cena um outro elemento essencial à história, e é esse elemento somado a natureza sentimental de Edward que torna, nas palavras do nosso narrador, esta história a mais triste que ele já ouviu.

Madox Ford nos passa imensas emoções no decorrer da história, a cada momento nos sentimos de maneira diferente com relação às personagens e a dubiedade chega até a nós. São personagens tão essencialmente humanos, cometendo erros tão humanos, sendo guiados por sentimentos absurdamente humanos. E essas mesmas personagens não fazem esforço algum para tentar nos conquistar e mesmo assim somos levados para o centro de suas emoções! Definitivamente o ponto alto e forte deste livro é a narração de Madox Ford. O bom soldado é considerado uma obra-prima e não poderia ser diferente.

Sinto que ainda há tanto por ser dito que mesmo se eu passasse horas falando sobre este livro ainda assim me escapariam detalhes cruciais. Agora que reli meu texto percebo que está tão desfalcado que sinto até vergonha de postá-lo, mas, quer saber?, que seja! Eu apenas precisava falar de O bom soldado, precisava falar de como Madox Ford me conquistou de uma vez e para sempre com seu modo de contar histórias, precisava apenas compartilhar o quanto este livro é bom, mesmo que essencialmente não tenha nada de novo. Ford Madox Ford soube como pontuar absolutamente tudo e não deixar pontas soltas, mesmo com todas as digressões do narrador-personagem. No mais, livro excelente. Uma verdadeira obra-prima.
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Lista de Livros 22/12/2013

Lista de Livros: O bom soldado, de Ford Madox Ford
“Os exemplos de honestidade que se encontram neste mundo são tão incríveis quanto os exemplos de desonestidade. Depois de quarenta e cinco anos nos misturando com nossa própria espécie, devíamos ter adquirido o hábito de ser capazes de conhecer alguma coisa dos nossos próximos. Mas não se conhece.”
*
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adriano1979 02/09/2011

Estética perfeita
Devo dizer que Ford nos presenteia com um circulo de paixões desencontradas espetaculares.
A estética textual perfeita narrativa envolvente.
Ford com certeza merece e deve ser notado como um dos maiores de sua época.
Obra prima eu realmente recomendo muito acima da média
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