Bárbara 13/12/2020Livro adolescente sobre Viagem no TempoEu amo viagens no tempo e o que me cativou e levou a ler Rudy Red foi a interessante mitologia que a autora criou para o tema - a qual, do meu ponto de vista, é bastante original. Entretanto, foi frustrante acompanhar a trama adolescente previsível. Sim, a eu de 15 anos teria amado, tenho certeza, mas a eu de 22 não teve muita paciência.
Basicamente: menina adolescente descobre que tem superpoderes, tem uma melhor amiga super legal, começa a viver umas aventuras e se apaixona. É o que eu disse: trama adolescente previsível, já tive minha cota na vida.
Pontos positivos são a originalidade da abordagem do tema e a capacidade da autora de construir a história sem deixar vácuos de informação ou cometer deslizes de coerência (o que em um livro sobre viagens no tempo, é muito difícil!).
Pontos negativos: achei a escrita sem graça, sem traço de originalidade; os personagens são planos, óbvios; protagonista fraca e sem personalidade; enredo previsível.
Também passei várias raivas com os machismos de época e seus ecos na atualidade durante a história e com a ingenuidade da protagonista. Creio que estamos em um momento histórico da nossa sociedade em que nossas produções culturais focam em valorizar a imagem da mulher e sua força, então é estranho encontrar personagens femininas tão apáticas. Mas 2011, época da publicação de Ruby Red, eram outros tempos, de toda forma e faz com que seja interessante observar esse ponto na escrita das publicações teen pop.
No mais, é divertidinho. Foi uma viagem no tempo para a minha adolescência de leitora compulsiva de mitologias que curtia esse enredo descobrindo-os-poderes-e-se-apaixonando. |Talvez a história cresça nos demais livros, mas nesse primeiro, achei pura enrolação, poderia ter tido mais acontecendo.