Maravilhas do Conto Humorístico

Maravilhas do Conto Humorístico Diversos



Resenhas - Maravilhas do Conto Universal


2 encontrados | exibindo 1 a 2


Mari 30/12/2021

Gostei
Diversos contos de vários autores.

Tem alguns contos bons, outros nem tão bons assim e alguns eu já havia lido.
comentários(0)comente



Henrique Fendrich 12/06/2019

Divertida essa seleção. Abre com o “Feuille D’Album”, da Katherine Mensfield, que tem um final dos mais engraçados. O. Henry com “Mamon e o arqueiro” também é uma boa peça, bem como “O vingador”, um do Tchékhov que eu ainda não conhecia. O húngaro Jenö Heltai, com o seu “Escola Berlitz”, também se sobressai.

O conto que mais me agradou no livro, no entanto, foi o de Karel Capek, esse surpreendente tcheco que, em “A empregada me rouba”, não faz apenas um conto de humor, embora também o seja, mas quem se atentar perceberá o quanto há de psicológico nesta obra.

Também merece destaque o Arthur Azevedo, com “De cima para baixo”. Trata-se de um escritor que precisa ser mais conhecido entre nós. Sua verve humorística é forte e seus textos são uma espécie de antepassados das histórias do Fernando Sabino.

Muitos contos são anedotas mais trabalhadas, caso do bom “A truta” de Jerome K. Jerome, ou de “Tudo vai sem novidade”, de Gervásio Lobato. Alguns contos são verdadeiras aventuras, mas repletas de eventos disparatados, como o curioso “O rapto de Bookie Bob”, de Damon Runyon, ou “Um repórter entre selvagens”, do Averchenko.

Max e Alex Fischer fazem em “Estela” um tipo de conto difícil de fazer, pois, em verdade, não há uma narrativa propriamente, e sim uma lista das despesas de um homem com o passar dos meses. É um tipo de construção que, aqui no Brasil, é mais comum à crônica humorística. Exige bastante criatividade.

Tipos singulares são descritos pelos brasileiros Aluísio Azevedo, em “Polítipo”, e João do Rio, em “O homem de cabeça de papelão”. É interessante que, nos dois casos, os escritores não estão interessados, meramente, em apresentar personagens inusitados que possam divertir o leitor, mas em fazer, através deles, análises sutis do comportamento da sociedade. No caso de João do Rio, a crítica é até mais direta e aberta, evidenciando tudo o que pode acontecer aos que ousam “pensar fora da caixa”. Já Aluísio trata de um sujeito comum que “se destacava justamente pela sua extraordinária vulgaridade”.

O célebre Mark Twain não poderia ficar de fora e comparece com “Como publiquei um jornal agrícola”, em que também, para além do humor, se percebe a crítica voltada à imprensa de maneira geral. Outra crítica associada à imprensa é a de Achille Campanile, em “O incêndio do Palácio Folena”, quanto faz um colunista social descrever com grande pompa um evento trágico.

Há ainda o August Strindberg com “Amor e pão”, único conto que aparece duas vezes ao longo da coleção “Maravilhas do Conto” – e é um conto muito bom, na mesma linha do “O feijão e o sonho” do Orígenes Lessa. Tadeus Rosewicz aparece com o “O casal ideal”, um daqueles contos que mostram que toda a felicidade atribuída a certos casais não resistiria a uma análise mais acurada.

Em suma, há histórias bem legais no livro, embora nem todas sejam tão engraçadas assim, e algumas sejam até estranhas.
comentários(0)comente



2 encontrados | exibindo 1 a 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR