Resenhas - Sete Faces da Ficção Científica

Jose.Neto 26/10/2022

Prometeu e entregou.
Comecei a ler pois estava procurando uma história que havia lido na juventude mas não lembrava qual o nome do livro/autor e que felizmente faz parte de uma das histórias da obra (Aqui não existem nuvens).

As outras histórias também são otimas, ainda mais pra quem curte demais o gênero.

Joninha 14/05/2021

O livro abandonado que resolvi ler.
Como você viu no título, eu deixei para ler os livros que estavam "jogados" aqui no meu armário e peguei esse.
Esse livro é extremamente curtinho (você lê em horas) e é divertido! Ele cria um pequeno conto e desenvolve ele de uma forma nem acelerada e nem arrastada (obviamente, afinal, ele é curtinho he he).
O meu conto favorito é o do Genghis que é fenomenal - É uma espécie de terror cósmico que brinca um pouco com o conceito de criador e cria - E o meu outro conto favorito foi o Aqui Não Existem Nuvens, que é super interessante e reflexivo (inclusive, aquele final explodiu a minha cabeça).
Eu coloquei o livro com essa classificação, porque eu não achei ele um masterpiece talvez pelo seu formato narrativo. Mas em geral, ele é bem completinho e divertido.

Bruno Pereira 06/07/2014

Rôbos, experiências e viagem no tempo
O livro reúne um arsenal dos clássicos da ficção científica. Atenção especial para os contos: "Aqui não existem nuvens" e o "Expresso Oriente está fora do horário".

Em "Aqui não existem nuvens" a história se passa em uma utopia onde agentes são comandados por uma organização para vasculharem o céu à procura de uma fissura. Isso mesmo, pois as pessoas desse mundo vivem sob uma cúpula e a fissura dessa cúpula resultaria no fim da humanidade, porém o agente Karmel com apenas uma frase tem sua percepção da realidade alterada e assim ele e sua parceira iniciam uma busca para encontrarem a verdade sobre aquele mundo. O enredo é fantasticamente original e o final totalmente inesperado. Em minha opinião o melhor conto do livro.

O "Expresso Oriente está fora do horário" conta a história do casal Nartan e a gracinha Yuli que está viajando em um trem no planeta de Marte que pode fazer viagens para o passado. Ir para o futuro é totalmente proibido e quando algo dá errado nessa viagem é que a história toma outro rumo. Uma mistura de humor com ficção científica torna essa história a minha segunda favorita do livro.

Ogro 03/05/2014

O esforço é válido mas...
A iniciativa é boa - ficção científica BRASILEIRA é algo tão raro de encontrar quanto Amendocrem 250 gramas ; pensando em termos de apresentar os leitores ao gênero a produção nacional na área há que reconhecer o esforço mas são contos , em sua maioria, que a FC é mero pano de fundo, às vezes um pano meio esgarçado.

Comentando conto a conto:

Ai , que delícia de Robô : a semelhança com o conto Lenny de Isaac Asimov é tal que não pode ser mera coincidência. Mas se substituir o robô da estória por um dálmata falante o resultado seria o mesmo. Está mais para uma fábula do tipo "o amor vence" ,para contar para crianças robôs.

Quatro Chances para a Terra : mesma situação que o anterior - é mais um conto moral sobre escolher o caminho da temperança do que outra coisa - pense em Alladin com um único desejo apenas para si: quatro pessoas têma acessoa a uma poção que lhes dará UM super-poder.Mas ficaria ótimo como parábola para o Greenpeace angariar novos membros.

Pílulas para a Paz : lembra de um conto do Stephen King, A Chuva creio,cuja idéia era a mesma - acabar com a violência do ser humano. Conto enxuto levando à conclusão óbvia.

Genghis : máquina criada para ser auto-suficiente e adaptável no espaço corta comunicações e cientistas vão em resgate. Lembrei-me quando li , de um diálogo de um conto cujo autor não lembro que era mais ou menos assim:

"- Existe Deus? - digitou o cientista
- Agora sim - veio a resposta na tela."

Aqui não existem nuvens: o melhor de todos - um cidadão desconfia que vive num ambiente artificial e trama sua fuga- imagine o Mundo de Truman em escala microscópico ou se preferir Kandor ao infinito.

O Expresso oriente está fora de horário : uma tentativa, bem desastrada, de fazer um conto de viagem no tempo; no tempo do Júlio verne talvez funcionasse o texto .

Silvestre III : existe um conto chamado O ùltimo presidente dos Estados Unidos ue fala da posse do último presidente HUMANO numa época de super-computadores. Já esse é no Vaticano. É um texto muito bom e divertido. A melhor parte é:

"João XXIII olhour firmemente para os programadores e ordenou:
- mandeme sta coisa para o Catecismo!"

Não é uma leitura RUIM, apenas uma leitura insatisfatória para quem já leu obras clássicas do gênero mas que pode servir como aquecimento para quem nunca leu nada do assunto.