The Martian Chronicles

The Martian Chronicles Ray Bradbury




Resenhas - The Martian Chronicles


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Lili Machado 23/03/2013

“Não tento descrever o futuro. Tento preveni-lo. E evitar que as coisas aconteçam da maneira errada.” – Ray Bradbury
Nas Crônicas Marcianas, Ray Bradbury imagina um lugar cheio de esperanças e sonhos, com pilares de cristal e mares fossilizados – onde uma fina camada de poeira cobre as cidades vazias de uma civilização devastada.
Os terráqueos conquistaram Marte e por ele foram conquistados, enganados por perigosas mentiras de uma raça nativa misteriosa, de humanóides telepatas.
Nesta ficção científica clássica, Bradbury espõe nossas ambições, fraquezas e ignorância, quanto a um mundo estranho e encantador, ao qual o homem não pertence. Uma crítica ingênua e lírica, aos ancestrais comportamentos destrutivos do Homem.
Escrito em 1940, as estórias da colonização de Marte possuem uma atmosfera nostálgica do passado terreno.
Mas esse passado confortável se prova perigoso para os personagens – tanto para os marcianos de olhos dourados, quanto para os humanos. Os marcianos guardam seus mistérios, muito bem, mas são dizimados pelas doenças qu chegam com os foguetes da Terra.
Fugitivos de uma iminente guerra nuclear na Terra, várias expedições deixam a Terra para investigar Marte, sem nenhum respeito pela cultura que irão encontrar.
O livro é composto de capítulos – cada um deles, um conto diferente, versando sobre a colonização de Marte – e em ordem cronológica dos fatos. Na época, o mecado literário dava preferênia a romances – e ele tinha vários contos escritos – foi só um trabalho de alinhavar cada um – e vender aos editores no dia seguinte.
O livro cobre fatos e aventuras de 1999 a 2016.
As complicações das 4 primeiras expedições, surgem com o inesperado e intrigante relacionamento entre terráqueos e marcianos telepáticos e que podem ter uma segunda oportunidade de renascer.
Na verdade – nada de diferente do que aconteceu na conquista do oeste norte-americano e o genocídio de seus indígenas.
No fim do livro, há uma seqüência deliciosa de estórias sobre o significado da solidão.
Em “The silent towns”, o último homem em Marte ouve um telefone tocar e acaba num engraçado encontro às escuras, com a última mulher.
Uma outra estória considera a perda de uma família inteira e a forma que o pai encontrou para lidar com essa tragédia, criando clones que sobrevivem à sua própria morte.
A coletânea termina com a esperança da renovação, (The million-year pic-nic), quando uma família de novos colonizadores, desiste da Terra, por um futuro melhor, em Marte. E temos a resposta à pergunta inicial do livro? “Quem são os marcianos?”
Através de contos de ficção, o livro comenta racismo etnocentrismo, escravidão, casamento, etc.
Como exemplo de etnocentrismo, uma mulher marciana descreve os primeiros terráqueos a chegarem, Nathaniel York, como estranho, por ter cabelos negros, olhos azuis e vir de um planeta com excesso de oxigênio – portanto, para ela, inabitável.
As crônicas marcianas mostra como os humanos arrogantes e desrespeitosos podem arruinar um planeta lindo e pacífico, com sua ignorância.
“Nós, terrestres, temos um enorme talento para arruinar coisas grandes e belas. Vamos nos instalar e começar a emporcalhar tudo. A única razão pela qual não instalamos barracas de cachorro-quene no templo egípcio de Karnak foi porque não oferecia grande oportunidade comercial.” – Bom, pode ter sido pensado assim, em 1946, mas hoje em dia, tem mcDonald´s, KFCs e BurguerKings por volta das pirâmides.
Mostra, também, situações como as outras raças existentes no universo podem reagir a nós.
“A fé sempre nos deu respostas para todas as coisas. Mas tudo se perdeu com Freud e Darwin.”
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