Morreste-me

Morreste-me José Luis Peixoto




Resenhas - Morreste-me


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deborauni 14/04/2019

Morreste-me
Prosa poética, homenagem ao pai morto, relato da dor e trabalho de luto. Uma pérola de 62 páginas de um intenso amor filial.
Revelado por esse livro em 2000 e também autor de ?Cemitério de Pianos? nos emociona da primeira à última página criando cada vez mais o desejo de ler seus outros livros.
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Wal - Ig Amor pela Literatura 01/02/2019

Saudade
Um livro curto, mas dono de um sentimento imenso, difícil encontrar um texto que carregue tanta emoção em suas palavras. "Morreste-me" é lido em pouco tempo, porque é pequeno e, principalmente, porque é impossível largar essas páginas, tamanha a beleza da poesia que desfila triste diante da dor de saber-se eternamente distante de alguém muito amado. Lê-se em poucas horas, mas logo concluímos que irá reverberar para sempre em algum lugar dentro de nós.

“Tudo o que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei.” .

Peixoto parece querer gritar ao pai o tamanho da sua dor e a revolta por ter ficado aqui sozinho – sim!, sozinho!, pois às vezes o mundo parece eternamente solitário depois que alguém parte. Depois de... depois de...algumas pessoas apenas sobrevivem, não sabem ser sem aquela presença. Nesses dias, a vida feliz, vazia de uma presença, não percebe que alguém sente uma dor que quer silenciar o mundo. Tudo é soturno nos cantos cheios de ausência, os dias se despem da alegria que também se foi.

E o autor sabe falar disso como ninguém – “Pai. Nunca envelheceste, e eu queria ver-te velho, velhinho aqui no nosso quintal, a regar as flores”. .

Nesses momentos ninguém explica como matar a falta ou o que fazer com tudo que ficou por acontecer. A doença, a morte, o luto...a raiva da convivência forçada com tudo que sobrou, que agride e grita saudade.

Nesse texto tudo é poesia, uma poesia que machuca, cutuca a ferida, mas invade a alma e acalenta. Depois de fechar esse livro, ficamos em silêncio e percebemos que algumas pessoas nunca serão pretérito em nossas vidas...vivem em nós.

site: https://www.instagram.com/amor.pela.literatura/?hl=pt-br
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Karina.Agra 22/12/2018

Tocante!
Livro pequeno, pra ler de uma só vez... sorri, chorei, enfim fui tocada de todas as formas por esse relato tão bonito de lembranças vividas... e quando o assunto envolve pai sempre me toca e muito!

-Pai. Tudo que te sobreviveu me agride. Pai. Nunca esquecerei.-

Recomendo!!!
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Paty 23/07/2014

José Luis Peixoto é um gênio. Porque escreve bem? Não. Muitos escrevem bem. Mas poucos conseguem escrever a alma. E muito poucos conseguem escrever na alma do leitor. JLP invade-a.
Pedrinho 23/07/2014minha estante
Definição perfeita de JLP e sua obra!


Arsenio Meira 26/07/2014minha estante
Muito bacana, impregnada de poesia, Patty, o que escrevestes.
Abs.


DIRCE 20/12/2014minha estante
Paty, arrasou. Com poucas frases você conseguiu definir esse livro e a escrita do JLP.




Erika 13/04/2014

Nunca esquecerei
A começar pelo título, um livro pungente, escrito com a alma, ao mesmo tempo uma bela homenagem e um extravasar de sentimentos pela perda do pai; toda mágoa, dor, vazio, lembranças e sofrimentos expostos como que em carne viva.
Tão intima é a escrita em primeira pessoa de JLP, que nos permite uma proximidade sem precedentes de tamanha dor, tristeza, saudade, luto, revolta, até a resignação pela perda inevitável.
Morreste-me. Li-o como num só jorro, arrebatada que estava por dores tão nossas, tão humanas, por uma perda tão recente.
A morte nos toma de assalto aqueles a quem tanto amamos. Resta-nos o grito sufocado no peito e as lembranças eternas. Nunca esquecerei. Nunca esqueceremos.
Foi meu primeiro contato com a escrita de JLP. Impossível sair incólume.

"E este lugar que era mundo, agora, vazio oco quer ser mundo ainda. E, realmente, tudo se mantém suspenso. Tudo quer e tenta ser igual. Todos parecem acreditar. Sem ti, as pessoas ainda vão para onde iam, ainda seguem as mesmas linhas invisíveis. Mas eu sei, pai. Perderam-se as leis contigo. Perdeu-se a ordem que trazias. Pai." pág 28
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Jeciana 06/11/2011

Livro que me tirou o fôlego.
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DIRCE 06/11/2011

Espelho, espelho meu.
Morreste-me. Recordo-me que esse título, me deixou intrigada (uns meses atrás), porém ele ainda não havia sido lançado no Brasil ( e ainda não o foi).
Por quê não, tão somente, Morreste?Como um pronome (no caso pessoal) pode dar a idéia de um pronome possessivo? Eu já sabia a resposta antes mesmo de ler o livro, pois eu tinha perdido uma pessoa muito, muito querida, mas ainda assim queria muito ler esse livro.
E foi graças a generosidade da minha amiga Vivi que achou por bem ignorar minha recusa ao seu oferecimento de empréstimo do livro diante do meu temor que algo pudesse acontecer a ele.
Generosamente ela me emprestou 2 livros de JLP : Morreste-me e Antídoto( que a seguir comentarei) .
Durante a leitura do livro, tive a confirmação das respostas que eu havia dado as minhas perguntas acerca do “ME” acrescentado ao título.
Era mesmo: era a exposição dolorosa do sentimento de perda,uma perda que nos causa uma perturbadora indignação e revolta.
O livro ( de pouquíssimas páginas diga-se de passagem) é narrado na primeira pessoa - o que para mim já acrescenta muito ao livro, pois gosto muito de narrativas na primeira pessoa - na voz de um filho (pela dedicatória da para concluir que se trata do próprio JLP) que perde seu pai e que, quando regressa à casa onde viviam, vem à tona de forma pungente todo o sofrimento latente, e para atenuar esse sofrimento ele tem que ser extravasado e partilhado, e JLP com toda sua sensibilidade só poderia usar a escrita para falar dessa dor. Só que para quem já leu JLP sabe o que isso significa. Sabe que significa desfrutar da beleza de uma escrita de alguém que escreve com a alma, e no meu caso, particularmente, me sinto agradecida de ele também refletir o meu inconformismo, e depois a brutal constatação de que, quando a morte nos rouba um ente querido, só nos resta a resignação. Só nos resta afugentar os momentos de sofrimento que a doença nos impinge, e carregar conosco somente as boas lembranças. Se JLP leva consigo, o sorriso e também a voz de seu pai dizendo: orienta –te rapaz, eu levarei o: tá ruim, mas tá bom.
Levarei comigo (eu que sempre sou tomada por depressão pré- natalina) a alegria infantil da minha sogra preferida, da querida vó Rê , ao ver sua árvore de Natal de luzes a brilhar no seu jardim, e, mais umas outras tantas, na sua sala ( coisas da vó Rê) .
Levarei comigo a lembrança da bondade dessa pessoinha que foi tão especial na minha vida, e na vida de todos que tiveram a felicidade de conhecê-la.
Falar mais o quê? Falar mais o quê sobre um livro que quase chega a ser um espelho meu? Só resta agradecer muiiitoooooooo a Vivi, e colocá-lo na Estante dos meus preferidos, claro.

Viviane 06/11/2011minha estante
Disponha. ;)


Mariana Martins 21/07/2012minha estante
Linda resenha!!!




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