Elite da Tropa

Elite da Tropa Luiz Eduardo Soares




Resenhas - Elite da tropa


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Leitora Viciada 11/11/2012

Elite da Tropa é o livro que deu origem ao filme Tropa de Elite, um fenômeno dos cinemas brasileiros que consagrou o ator Wagner Moura como o moderno herói brasileiro Capitão Nascimento e trouxe à tona o debate sobre a segurança pública, violência, política e corrupção existente em nosso país. O roteiro foi escrito por José Padilha (também diretor), Bráulio Mantovani e Rodrigo Pimentel (coautor do livro Elite da Tropa)
Destacando a Tropa de Elite, sem deixar de mostrar o dia-a-dia do combate ao tráfico de drogas e armas, as polícias contra o crime organizado e a guerra existente, as facções criminosas e seu domínio sobre as metrópoles brasileiras (e que controla o interior também).
O duro treinamento do BOPE, suas táticas de guerrilha e seu cotidiano na prática. A verdade que nos aflige de que a corrupção está presente em todas as áreas, incluindo a da segurança pública.

O livro realmente é a origem do filme, porém devo ressaltar que apenas a ideia central e seus principais detalhes foram retirados dele e colocados na versão cinematográfica. Quem assistiu ao filme e espera que ele e o livro sejam idênticos está enganado. O livro é incrivelmente fascinante e tão impactante e duro quanto o filme, mas não são as mesmas histórias. Algumas situações são as mesmas, no entanto, imagino que ao levarem a ideia para a telona o roteiro não foi uma adaptação do livro; o roteiro é uma nova e diferente história, o livro foi utilizado apenas como base principal e inspiração.

Primeiramente lemos a introdução dos autores, onde explicam que apesar de o livro ser ficção e tudo recriado, nomes e locais modificados, é baseado em fatos reais, mas que jamais poderiam ser contados de outra forma que não fictícia. Então eles se reuniram, separaram as ideias e histórias e resolveram reproduzir tudo de uma forma ficcional, inventando nomes e coisas a mais.
O resultado é assustador. Porque o leitor sabe que quase tudo é verdade. Que esta é a dura e incontestável realidade brasileira, principalmente a do Rio de Janeiro, onde a trama ocorre. Quem conhece o cotidiano das favelas de verdade, não apenas pelas notícias da mídia reconhece a verdade no livro; certamente autoridades, policiais, profissionais da área de segurança e integrantes do BOPE imagino que também identificam o realismo das páginas.

Falar abertamente da guerra contra o tráfico e sobre Comando Vermelho e Terceiro Comando, criticar a corrupção que vai da PM até o Governador do Estado, dos "arregos", não é tarefa simples. Falar sobre o cotidiano das operações realizadas dentro das favelas, da violência, dos erros e acertos da PM e do BOPE, não é algo fácil. Criticar fortemente e apontar os maiores culpados dessa violência toda é ousado.
São as classes mais ricas da sociedade. O mesmo "playboy" ou "patricinha" que estuda em boa faculdade e possui até carro próprio são os principais consumidores de drogas e os que sustentam esse mercado negro violento. E são os mesmos jovens que participam de passeatas contra a violência e choram porque sofreram assaltos ou sequestros relâmpagos.
Não é qualquer um que tem a coragem de expor tão claramente isso, assim como o envolvimento da patente mais alta da segurança pública, incluindo políticos como deputados e governadores, com os traficantes chefes.
A crítica não se prende às drogas e armas. Não foram poupadas outras redes lucrativas e ilegais como as máquinas de caça-níqueis, a prostituição e o jogo do bicho.
Com certeza houve um cuidado por parte dos escritores e uma clareza - embora o livro seja ficção.

Após a introdução bastante esclarecedora, existem duas partes e um epílogo. Este estrutura é essencial para a compreensão da obra. Não é um livro fácil de ser digerido e absorvido, não é para qualquer leitor, embora a escrita seja simples.

A primeira parte do livro é uma narrativa em primeira pessoa feita por um integrante da Tropa de Elite. Um negro que estuda na PUC. A narrativa possui como principais características a simplicidade, a dureza e sinceridade. Ele é muito direto ao contar fatos ocorridos durante sua passagem pela PM ou pelo BOPE. A maioria, claro, inquietante e estarrecedora. Até macabra. A todo momento você pensa como é tudo verdade! Embora não exatamente ao pé da letra, mas tudo acontece com frequência.
Eu ainda achei que em certos pontos, o livro (assim como o filme) é brando. Conheço histórias verdadeiras de dentro da favela muito mais assustadoras que essas.

Gostei da forma como ele narra os acontecimentos. Como se ele chegasse, sentasse à sua frente e começasse a desabafar. Como se o leitor fosse um psicólogo e estivesse escutando confissões íntimas, secretas, chocantes.
Algumas situações foram vivenciadas por ele diretamente, outras indiretamente. Outras são ainda histórias ocorridas com amigos ou que ele ouviu os comentários. Ele reproduz o que ele presenciou, seja pessoalmente ou escutando os amigos.
Nessa primeira parte, cada relato está em forma de um capítulo com um título. Eu considero um excelente apanhado de contos. A cada conto lido, informações sobre o cotidiano da segurança pública.

O destaque fica para o treinamento do BOPE, mas é resumido se compararmos ao filme, onde essa preparação possui mais destaque. Algumas situações foram aproveitadas no filme, tornando-as clássicas, enquanto outras estão apenas no livro.
Interessante também como esse relato longo do protagonista contém observações peculiares, explicações de gírias e de como as coisas funcionam. Percebi que em muitos momentos ele sente um enorme peso, não exatamente culpa, mas uma necessidade em expor, em colocar para fora os segredos.
Muitas passagens dessa primeira parte me marcaram ao ponto de eu reler e marcar para ler para meu marido em voz alta (agora ele que quase não lê quer ler o livro logo).
A parte da cavalgada, da comida no chão, das armas escondidas, da tortura "golfinho", da medicação pesada, e muitas outras situações nunca mais serão esquecidas. Muitos contos da primeira parte ficaram na minha cabeça.

O texto é limpo, direto, realista e cheio de palavrões. É bem escrito, estampa a verdade crua e nua e se os palavrões, gírias e palavras chulas estão presentes em toda a narrativa do protagonista é porque é estritamente necessário. Como ele mesmo prova (e se preocupa em comprovar) é um homem letrado e com inteligência acima da média, conhece Literatura e possui um excelente Português, mas é impossível não se expressar livremente sem o uso de um linguagem coloquial e pesada. Não seria possível manter a originalidade dos fatos se ao reproduzir os diálogos ele censurasse palavrões e afins. Não costumo aprovar esse tipo de escrita, porém nesse caso, se fosse o texto seguisse outro padrão soaria superficial e falso.

Ao terminar de entregar ao leitor toda a verdade de suas lembranças, resolve escrever um livro. Essa ousadia não sai da cabeça dele. Ele se sente na obrigação de escrevê-lo.
Assim se inicia a segunda parte do livro. Não existem mais capítulos com contos, nem narrativa em primeira pessoa. É uma ficção em terceira pessoa, um narrador de fora dos acontecimentos.
No começo existe um guia em ordem alfabética com os nomes de todas as personagens. Ao lado de cada nome, uma breve explicação sobre quem é quem. Importante marcar essa página para consultar durante o início da leitura da segunda parte, até se acostumar com o excesso de personagens. Sim, achei que existem personagens demais, mas no entanto, é necessário.
Existem pausas e no início de cada subparte (que seriam os capítulos) está escrito o local, data e horário do acontecimento.
Esse é o livro propriamente escrito pelo protagonista da primeira parte. O negro estudante da PUC que integrou a PM e o BOPE e desabafou páginas após páginas, conto a conto realmente escreveu um livro de ficção e muita ação - a segunda parte.

Apesar de não ser narrador por ele, e sim escrito por ele, a segunda parte não é ótima como a primeira, mas é boa. Como eu disse, não é uma leitura para qualquer pessoa. Não tem nada a ver em ficar chocado com a verdade ou assustado com a dureza. A linguagem utilizada continua simples, direta, breve e rodeada de realismo e palavrões. O problema para alguns leitores certamente será acompanhar o quebra-cabeças de fatos e a complexidade das ligações, alianças e rixas entre tantas (muitas!) personagens. Não é qualquer pessoa que conseguirá estar atenta o suficiente para extrair o máximo possível do livro, que de forma geral é magnífico.
O "livro" escrito pelo protagonista é cheio de conspirações, planos, corrupção, violência, ação e perigo. Vidas se cruzando, traficantes, políticos, policiais, cidadãos. Cenários que vão de favelas, passando por prisões, chegando a gabinetes políticos e lares de famílias.
Não posso comentar muito sobre o "livro" escrito pelo protagonista para não soltar spoilers. Embora eu prefira a primeira parte e seu humor negro e macabro, reconheço a excelência e críticas expostas na segunda parte, afinal essa história dentro da história é essencial.
Após o término da leitura do "livro", ainda existe um epílogo. Voltamos à narrativa em primeira pessoa feita pelo protagonista-escritor e Elite da Tropa é finalizado com chave de ouro.

Resumindo: na primeira parte lemos os desabafos do protagonista como se ele estivesse diretamente contando ao leitor, inclusive ele fala diretamente com quem lê; na segunda parte lemos o livro que ele resolveu escrever para expor os problemas, acontecimentos e críticas, através de uma história de ficção baseada no cotidiano verdadeiro; e por último um breve epílogo, onde reencontramos o protagonista na narrativa para fechar o livro.

Repito: não espere encontrar o filme no livro, apesar de semelhanças. O filme foi baseado no livro, mas não é uma cópia, nem uma adaptação, na verdade. O livro serviu apenas como inspiração para o filme. No entanto, são mídias diferentes, e ambos são excelentes.
A leitura é muito simples, de vocabulário acessível, porém é complexa e densa. Nada entediante. Acredito que quem o achar enfadonho é porque não compreendeu a essência, o espírito do livro. O filme possui uma digestão mais fácil, pois tudo é entregue claramente; e foi feito para o povo de uma forma geral. Eu arrisco dizer que o livro, além de diferente não é servido diretamente ao leitor como o filme é para o telespectador. O leitor precisará estar mais atento e usar mais do raciocínio.

Não expus minha opinião sobre os assuntos abordados; apenas dissequei o livro para os interessados, sem spoilers. Para finalizar a resenha preciso ao menos, discretamente expor:
Concordo com muitas ideias transmitidas pelos escritores, principalmente sobre os culpados da violência serem os usuários de drogas, até mesmo os sazonais e a corrupção que se une aos traficantes e até os apoia.
Todos os corruptos, sejam policiais ou políticos - os que se envolvem direta ou indiretamente com o crime - são culpados pela violência urbana; tanto quanto os políticos que não sentem peso na consciência por "não se envolverem com o crime", mas roubam os cofres públicos, desviando verbas para saúde e educação (áreas carentes essenciais para ajudar no combate ao crime), também são culpados!
Até parte da mídia é culpada por abafar a realidade e se intrometer nas ações das polícias.
Assim como os consumidores de drogas, que acham que não existe problema em dar uma "cheiradinha" ou fumar um simples "baseado" - sim, todos são culpados pelo grande volume de crimes.
Ainda bem que ainda existem pessoas honestas e corajosas no Brasil. E elas mereciam salários e condições de trabalho melhores.

+ resenhas em www.leitoraviciada.com
Jairolenz 04/01/2013minha estante
Ótima resenha!




Spirit 14/09/2012

Na primeira parte do livro, concentram-se relatos impressionantes sobre o cotidiano dos policiais de elite. Na segunda, um dos nossos personagens seguirá numa trama envolvendo autoridades de segurança, traficantes, políticos e policiais - uma rede que tece alianças improváveis entre os vários atores deste cenário. Depois de cavalgar 100 quilômetros, sem arreio e sem descanso, mortos de fome e sede, eles têm licença para um descanso brevíssimo até que alguém anuncie que a comida está servida - sobre a lona, onde o grupo exaurido vai se debruçar para comer tudo o que conseguir, com as mãos, em dois minutos. Esta é apenas uma das etapas de treinamento da tropa de elite da polícia. Eles obedecem a regras estritas, as leis da guerrilha urbana. Na dúvida, mate. Não corra, não morra. Máquinas de guerra, eles foram treinados para ser a melhor tropa urbana do mundo, um grupo pequeno e fechado de homens atuando com força máxima e devastadora.
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Anderson.Pissinate 06/08/2012

Como a Polícia Civil, com raras exceções, não investiga porra nenhuma, é a P2 que faz campana na entrada das favelas, grampeia os telefones dos traficantes e segue os suspeitos pela cidade. Por isso, os policiais lotados nas P2 andam em carros civis, com chapa fria.
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guibre 16/07/2012

Pareceu-me que o conteúdo desta obra é muito mais relevante do que a forma de sua exposição. Tanto nos "contos" da primeira parte quanto na "ficção" da segunda, encontra-se um retrato estarrecedor daquilo que comumente designamos por "segurança pública".
Indubitavelmente, muito do que é relatado no livro não é novidade.
Apesar disso, me parece inegável o significado da afirmação da tortura como meio não só eficaz, mas também necessário no cotidiano de uma autoridade (pretensamente) incorruptível. O enfoque dado a associação entre integridade moral, de um lado, e uso desenfreado da violência, de outro, torna possível o raciocínio de que a convivência entre os dois comportamentos seja não somente possível como aceitável. Tal raciocínio me parece lamentável, pois tal conexão não significa que a utilização desmedida de violência deixe de ser algo reprovável.
O mérito do livro, frise-se, é exatamente o de expor o cotidiano das autoridades estatais sem quaisquer eufemismos.
Isso é válido também, evidentemente, para as abordagens acerca das variadas formas de degradação moral das autoridades - de qualquer delas - que são mostrados no decorrer dos "contos" e especialmente na "ficção". A amplitude das conexões para a prática de ilicitudes entre os componentes do Estado ganha forma especialmente no enredo da segunda parte, enquanto componente de uma história que prendeu minha atenção do começo ao fim, mesmo com a profusão de personagens.
Indubitavelmente, trata-se de uma obra que inspira a reflexão e também o completo desânimo, de certa forma. Diante de um sistema tão contaminado, não se pode deixar de sentir-se impotente.
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MIZU 17/02/2012

Uma outra visão
"Elite da Tropa" Não está relacionado diretamente ao filme Tropa de Elite.
Na verdade são histórias paralelas contadas por ex-policiais do BOPE revoltados com a podridão corrupta que infecta a Polícia Militar.
Recomendo este livro para os intelectuais de ESQUERDA que acham que os policiais são injustos, violentos e corruptos; recomendo que revejam seus conceitos e percebam que aquele baseadinho que vocês fumam na casa de praia do papai faz um estrago do caralho na sociedade. "Quantas crianças terão de morrer para que um Playboy acenda um baseado?".

De nada adianta entupir o nariz de pó no sábado e fazer passeata pela PAZ no domingo; são vocês que financiam essa meRda!!!

Valorizem os nossos policiais, pois quando precisamos, eles estão lá para arriscar suas vidas. O policial QUER trabalhar e ser justo, o grande problema é o sistema sujo e corrupto do País.

By: Mizu
tai 26/02/2012minha estante
não são só esquerdista, é geral.


Marcos Souza 05/03/2012minha estante
O problema tembém é que eles ganham mal, se os pagassem melhor não estaria igual esta hoje


MIZU 08/04/2012minha estante
Verdade, é geral.
O salário é um dos causadores, mas não é o principal. Ao lerem o livro irão entender o porquê.




Daniela 30/11/2011

Sinceramente, impressionante. Achava que o livro retratasse a mesma história do filme, mas não é. Nada de capitão Nascimento. O livro é escrito pelo personagem Matias do filme, mas que no livro se apresenta apenas como um oficial negro do BOPE. É dividido em duas partes: na primeira, ele relata vários fatos que presenciou tanto na PM quanto no BOPE (algumas delas acontecem no filme, mas com outras personagens). Na segunda parte, uma história onde o BOPE aparece apenas como uma pecinha, citada aqui e acolá. Tanto o BOPE quanto o tráfico, são meras pecinhas manipuladas de acordo com os interesses políticos. Não há heróis, nem solução. Só uma complexa rede de interesses políticos, onde ninguém confia em ninguém, todos investigam todos e a qualquer momento, qualquer um pode ser fritado. Nenhuma novidade. Mas não deixa de assustar.
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Tata Lima 04/10/2011

Elite da Tropa (Elite feita para a elite)
É simples assim. Se você tem estomago leia. Caso seja sensível a vômitos não recomendo. Contudo, se quiser ir além de chamar o filme de facista e ter de fato uma crítica sobre sua cidade, polícia, segurança pública, corrupção, sistema, capitalismo e a entender em que cidade vive, então, controle a o enjoo e leia! Ah, e muito importante. O livro é bem difente do filme.

"é isso mesmo, a seleção policial segue o padrão do medo, instalado na ideologia dominante, que se difunde na mídia", pg146.

"como você vê, a cor da pele é nossa bussóla. E nisso, nós somos adeptos apenas da cultura brasileira", pg 147.

"Dica frio, Aleves. Desliga Porra. É nossa palavra contra a dele e não se esqueça que a justiça está sempre do nosso lado.você já viu algum auto de resisstência dá alguma merda?" pg 78.

"Enquanto a corda não arrebentar eu me mantenho secretário. Mas falando francamente (sic) em que é que eu mando? São bandos e grupos e gangues e barões feudais e políticos...Que secretaria é essa? (sic). Não são instituições. São campos de batalha. (sic)"

"então cara...para que escrever um livro você tem tantas coisas mais interessantes para fazer (sic). Porra cara se você via falar tudo (sic) como eu vou encarar o meu pai? (sic)", um policial conversando com um dos autores

Acontece algo...

"Porra cara publica logo essa porra", é o mesmo policial de antes...


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Moraes 01/09/2011

Vida de policial não é fácil
Sempre me interessei pelo trabalho da polícia, tanto militar como civil e quando vi o filme ''Tropa de Elite'' achei um dos melhores filmes que já vi.E isso acabou aguçando meu interesse pela polícia tanto que peguei este livro que estou resenhando ''Elite da Tropa'' para entender mais um pouco de como funciona o ''procedimento padrão da coisa''.
Comecei a levar em conta que policial é tão vulnerável e frágil como todos nós somos, que temos família, que temos medo de morrer.Notei também como as pessoas são corruptas até na polícia, o sistema é tão corrupto que acaba influenciando a própria polícia, a corporação que deve ser 100% justa.
É um ótimo livro que quando você começa a ler, percebe como funciona o sistema e acaba valorizando e respeitando os policiais.
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Gabriele Talaia 17/05/2011

É impossivel ler Elite Da Tropa sem lembrar do filme Tropa De Elite. Na primeira parte "Diário Da Guerra", é impossível não ler o relato do Santiago sem lembrar do Nascimento. E é exatamente por isso que essa é a melhor parte do livro, os relatos em cada capitulo que mais parecem crônicas que são interligadas ou não, prendem a atenção e eu simplesmente não conseguia parar de ler. O orgulho de vestir a farda e os "metodos" usados dentro do BOPE são bem descritos. Quando chega a segunda parte "Dois Anos Depois: A Cidade Beija A Lona", não que seja ruim ou coisa parecida, mas é preciso atenção para não se perder entre os 54 personagens citados (1- eu contei; 2- a quantidade de personagens justifica bem a lista de apresentação que vem antes de começar a história). Mas em si, essa parte também é boa, toda a rede de acontecimentos e as reações... Os unicos problemas que achei, foram o fato de não falarem o que aconteceu no fim. Quem se deu mal, quem saiu vivo... Faltou isso. E também alguns acontecimentos que achei que ficaram soltos, sem muita lógica na história. Não sei se foi falta de atenção minha ou se foi isso mesmo. O "Epílogo" tem seu momento engraçado e sua lógica, mas não vejo a diferença nenhuma em lê-lo ou não. Se a pessoa quiser fechar o livro assim que terminar a segunda parte, tanto faz. Outra coisa: o humor. Ele está presente desde as primeiras páginas. Esse aspecto é bem parecido com o filme. Só não sei se acho engraçado os acontecimentos por eles serem engraçados mesmo (fora os jargões usados!), ou por saber que é tudo real...
Enfim, livro recomendado.
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Melian 28/04/2011

Resenha do Blog Mell Books
Li esse livro a uns dias e achei que seria interessante resenha-lo.
As vezes ele parece tão real que nos deixa na duvida se é uma ficção ou se é real.
O livro se divide em duas parte, uma parte são relatos de um policial do BOPE, onde ele fala as opiniões dele, conta coisas que aconteceu com ele, faz criticas conta algumas missões, dá alguns detalhes e conta algumas situações das quais nós vimos no filme.
Cosas pesadas messmo, não tão pesadas no livro mas como vi o filme primeiro acaba que relaciono as cenas. Conta sobre o treinamento do BOPE, de como sofrem e como são tratados, fala da honra de usar o uniforme com a caveira e da fama que os policiais do BOPE tem.
Eu que gosto muito de filmes policiais gostei bastante dessa parte do livro, detalhes sobre as missões, a tensão quando se invade uma favela, poucos homens contra vários jovens armados dentro das favelas guardando o traficante. Mas também relata situações tristes, por exemplo tiros por acidente, mãe que vê o filho ser morto, enfim, a realidade da favela.
Na segunda parte o livro parece uma outra história, trata-se de uma ação em cadeia, de um fato que desenvolve outro, tudo em volta da corrupção, grampos telefônicos, arrego do trafico para a policia,governador do estado, chefe geral da policia, até ex mulher de policial que trabalha em penitenciaria aparece na história. é uma parte do livro um pouco confusa, afinal tem muitos personagens, mas antes de relatar ele põe uma lista de quem é quem p/ ajudar a se achar nos relatos.
O livro é bom, recomendo a todos que gostam desse genero.
A escrita flui bem, li rápido, gostei da capa, mistura um pouco de soldado, aquela idéia de guerra, que é o que o BOPE representa, o guerra contra o trafico. O escritor por varias vezes usa um palavriado pesado, porem não ofende, e como ele mesmo diz, não quer fazer rodeios, quer apresentar a realidade, do jeito que ela é.

Leia resenha completa em: http://mellbooks.blogspot.com/2011/04/resenha-elite-da-tropa.html
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Flor Ka 21/04/2011

Resenha do livro “Elite da Tropa”, Soares, L.E.; Batista, A.; Pimentel, R. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006. O livro apresenta um panorama sombrio da segurança pública no Rio de Janeiro, explicitando que as "políticas" de segurança não prescindem da violência policial, que a corrupção está profundamente arraigada nas instituições e que existe uma forte relação entre violência e corrupção.
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Chewie 21/03/2011

É um livro bom, mas nada MEGA impactante.

Todo mundo sabe que a estrutura policial do Rio de Janeiro é decadente e está completamente comprometida. O autor reuniu o q cada um q mora perto de alguma comunidade dominada pelo tráfico já cansou de ouvir das pessoas que moram próximas.

Mérito ao autor por ter a coragem de publicar e por ser de uma pessoa de dentro da corporação, com certeza teve acesso a informações de forma muito mais confiável e clara apresentando também uma boa linha de raciocínio.

A parte mais divertida do livro são os capítulos iniciais onde ele apresenta pequenas histórias. São histórias trágicas se vc for parar p/analisar com foco crítico e, nas palavras do livro, com a babaquice esquerdista dos direitos humanos, mas se é o q acontece, então deve ser mostrado. O q tb ñ impede de ser engraçado né?!?!?!? u.u

E p/vc q viu primeiro o filme e tem vontade de ler o livro pensando q vai ler mais histórias do Capitão Nascimento como as do filme (como eu no início), sugiro mudar de livro ou repensar o seu foco. Pois ele tem a função crítica de expor as entranhas corroídas das polícias do Rio de Janeiro através de algumas histórias, muitas vezes nada "impactantes" como o filme, e nada além disso.
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Ju 17/03/2011

Não se engane: só estou dando 4 porque achei a parte final um pouco confusa. Tirando esse detalhe o livro merecia é 5. É um livro doentio, mas inteligente e que te bota para pensar de verdade sobre a situação do nosso país. Sobre como quem devia estar nos representando e protegendo tem menos moral que nós, meros mortais.
Estou tão chocada agora que acabei de ler. Não entendo quem falou que o livro é fraco. Eu achei bem forte mesmo. Só não vou falar forte demais, porque não achei defeito na realidade brutal que ele esfrega na nossa cara.
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