Elite da Tropa

Elite da Tropa Luiz Eduardo Soares




Resenhas - Elite da tropa


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biaandradezz 10/04/2024

BOPE (batalhão de operações policiais especiais)
O livro Elite da Tropa foi a inspiração para o famoso filme Tropa de Elite.
Na primeira parte do livro vemos alguns relatos da rotina dos policiais do BOPE, eles tem um lema que na maioria das vezes é seguido: Na dúvida, mate. Não corra. Não morra. Porque para eles, ou você mata ou morre.
Na segunda parte conta um trama envolvendo políticos, policiais, traficantes, seguranças. Você acaba descobrindo algumas alianças que para alguns, seria impossível, mas há uma parte da polícia que é obscura.
Na minha opinião o livro é bom, interessante, durante a leitura você se depara com muitos palavrões, então se você se incomoda não recomendo a leitura.

Um dos cantos de guerra: ? Se perguntas de onde venho e qual é minha missão: trago a morte e o desespero, e a total destruição.?

?A polícia tem sido uma grande mentira, que afeta, em primeiro lugar, os próprios policiais. Para rasgar as cortinas e tirar as máscaras, nada como a verdade. Santo remédio. E não me venham com a velha história: a dose pode matar o paciente. Se não matar, paciência. Quanta gente já morreu nessa brincadeira. O que não aceito é que continuemos o joguinho, a farsa, em silêncio, fingindo que não está acontecendo nada.?
Jão 10/04/2024minha estante
Não vai descer ninguém!


Jão 10/04/2024minha estante
Ou é subir? Agora n lembro KKK


biaandradezz 10/04/2024minha estante
Kkkkk acho que é subir, mas na maioria das vezes eles devem só meter o tiro pra tudo que é lado. Acho que a polícia é mais pesada no Rio de Janeiro não é? Acredito que em São Paulo não tenha tanto, só na capital


Jão 10/04/2024minha estante
Pô, eu tenho a impressão que no Rio é mais pesado que SP mesmo. Mas aqui no interior é no máximo apreender veículo irregular KKK


biaandradezz 11/04/2024minha estante
Sim kkk, as vezes tem uns casos aqui no interior. Na capital tem de vez em quando também por causa das favelas, mas em comparação aqui é tranquilo


Jão 11/04/2024minha estante
Você é de SP tb?


biaandradezz 11/04/2024minha estante
Sim, mas do interior de sp


Jão 11/04/2024minha estante
Eu tb sou do interior de SP




MIZU 17/02/2012

Uma outra visão
"Elite da Tropa" Não está relacionado diretamente ao filme Tropa de Elite.
Na verdade são histórias paralelas contadas por ex-policiais do BOPE revoltados com a podridão corrupta que infecta a Polícia Militar.
Recomendo este livro para os intelectuais de ESQUERDA que acham que os policiais são injustos, violentos e corruptos; recomendo que revejam seus conceitos e percebam que aquele baseadinho que vocês fumam na casa de praia do papai faz um estrago do caralho na sociedade. "Quantas crianças terão de morrer para que um Playboy acenda um baseado?".

De nada adianta entupir o nariz de pó no sábado e fazer passeata pela PAZ no domingo; são vocês que financiam essa meRda!!!

Valorizem os nossos policiais, pois quando precisamos, eles estão lá para arriscar suas vidas. O policial QUER trabalhar e ser justo, o grande problema é o sistema sujo e corrupto do País.

By: Mizu
tai 26/02/2012minha estante
não são só esquerdista, é geral.


Marcos Souza 05/03/2012minha estante
O problema tembém é que eles ganham mal, se os pagassem melhor não estaria igual esta hoje


MIZU 08/04/2012minha estante
Verdade, é geral.
O salário é um dos causadores, mas não é o principal. Ao lerem o livro irão entender o porquê.




Cinthia G 12/11/2012

Elite da Tropa é o livro que deu origem ao filme Tropa de Elite, um fenômeno dos cinemas brasileiros que consagrou o ator Wagner Moura como o moderno herói brasileiro Capitão Nascimento e trouxe à tona o debate sobre a segurança pública, violência, política e corrupção existente em nosso país.
Destacando a Tropa de Elite, sem deixar de mostrar o dia-a-dia do combate ao tráfico de drogas e armas, as polícias contra o crime organizado e a guerra existente, as facções criminosas e seu domínio sobre as metrópoles brasileiras (e que controla o interior também).
O duro treinamento do BOPE, suas táticas de guerrilha e seu cotidiano na prática. A verdade que nos aflige de que a corrupção está presente em todas as áreas, incluindo a da segurança pública.

O livro realmente é a origem do filme, porém devo ressaltar que apenas a ideia central e seus principais detalhes foram retirados dele e colocados na versão cinematográfica. Quem assistiu ao filme e espera que ele e o livro sejam idênticos está enganado. O livro é incrivelmente fascinante e tão impactante e duro quanto o filme, mas não são as mesmas histórias. Algumas situações são as mesmas, no entanto, imagino que ao levarem a ideia para a telona o roteiro não foi uma adaptação do livro; o roteiro é uma nova e diferente história, o livro foi utilizado apenas como base principal e inspiração.

Primeiramente lemos a introdução dos autores, onde explicam que apesar de o livro ser ficção e tudo recriado, nomes e locais modificados, é baseado em fatos reais, mas que jamais poderiam ser contados de outra forma que não fictícia. Então eles se reuniram, separaram as ideias e histórias e resolveram reproduzir tudo de uma forma ficcional, inventando nomes e coisas a mais.
O resultado é assustador. Porque o leitor sabe que quase tudo é verdade. Que esta é a dura e incontestável realidade brasileira, principalmente a do Rio de Janeiro, onde a trama ocorre. Quem conhece o cotidiano das favelas de verdade, não apenas pelas notícias da mídia reconhece a verdade no livro; certamente autoridades, policiais, profissionais da área de segurança e integrantes do BOPE imagino que também identificam o realismo das páginas.

Falar abertamente da guerra contra o tráfico e sobre Comando Vermelho e Terceiro Comando, criticar a corrupção que vai da PM até o Governador do Estado, dos "arregos", não é tarefa simples. Falar sobre o cotidiano das operações realizadas dentro das favelas, da violência, dos erros e acertos da PM e do BOPE, não é algo fácil. Criticar fortemente e apontar os maiores culpados dessa violência toda é ousado.
São as classes mais ricas da sociedade. O mesmo "playboy" ou "patricinha" que estuda em boa faculdade e possui até carro próprio são os principais consumidores de drogas e os que sustentam esse mercado negro violento. E são os mesmos jovens que participam de passeatas contra a violência e choram porque sofreram assaltos ou sequestros relâmpagos.
Não é qualquer um que tem a coragem de expor tão claramente isso, assim como o envolvimento da patente mais alta da segurança pública, incluindo políticos como deputados e governadores, com os traficantes chefes.
A crítica não se prende às drogas e armas. Não foram poupadas outras redes lucrativas e ilegais como as máquinas de caça-níqueis, a prostituição e o jogo do bicho.
Com certeza houve um cuidado por parte dos escritores e uma clareza - embora o livro seja ficção.

Após a introdução bastante esclarecedora, existem duas partes e um epílogo. Este estrutura é essencial para a compreensão da obra. Não é um livro fácil de ser digerido e absorvido, não é para qualquer leitor, embora a escrita seja simples.

A primeira parte do livro é uma narrativa em primeira pessoa feita por um integrante da Tropa de Elite. Um negro que estuda na PUC. A narrativa possui como principais características a simplicidade, a dureza e sinceridade. Ele é muito direto ao contar fatos ocorridos durante sua passagem pela PM ou pelo BOPE. A maioria, claro, inquietante e estarrecedora. Até macabra. A todo momento você pensa como é tudo verdade! Embora não exatamente ao pé da letra, mas tudo acontece com frequência.
Eu ainda achei que em certos pontos, o livro (assim como o filme) é brando. Conheço histórias verdadeiras de dentro da favela muito mais assustadoras que essas.

Gostei da forma como ele narra os acontecimentos. Como se ele chegasse, sentasse à sua frente e começasse a desabafar. Como se o leitor fosse um psicólogo e estivesse escutando confissões íntimas, secretas, chocantes.
Algumas situações foram vivenciadas por ele diretamente, outras indiretamente. Outras são ainda histórias ocorridas com amigos ou que ele ouviu os comentários. Ele reproduz o que ele presenciou, seja pessoalmente ou escutando os amigos.
Nessa primeira parte, cada relato está em forma de um capítulo com um título. Eu considero um excelente apanhado de contos. A cada conto lido, informações sobre o cotidiano da segurança pública.

O destaque fica para o treinamento do BOPE, mas é resumido se compararmos ao filme, onde essa preparação possui mais destaque. Algumas situações foram aproveitadas no filme, tornando-as clássicas, enquanto outras estão apenas no livro.
Interessante também como esse relato longo do protagonista contém observações peculiares, explicações de gírias e de como as coisas funcionam. Percebi que em muitos momentos ele sente um enorme peso, não exatamente culpa, mas uma necessidade em expor, em colocar para fora os segredos.
Muitas passagens dessa primeira parte me marcaram ao ponto de eu reler e marcar para ler para meu marido em voz alta (agora ele que quase não lê quer ler o livro logo).
A parte da cavalgada, da comida no chão, das armas escondidas, da tortura "golfinho", da medicação pesada, e muitas outras situações nunca mais serão esquecidas. Muitos contos da primeira parte ficaram na minha cabeça.

O texto é limpo, direto, realista e cheio de palavrões. É bem escrito, estampa a verdade crua e nua e se os palavrões, gírias e palavras chulas estão presentes em toda a narrativa do protagonista é porque é estritamente necessário. Como ele mesmo prova (e se preocupa em comprovar) é um homem letrado e com inteligência acima da média, conhece Literatura e possui um excelente Português, mas é impossível não se expressar livremente sem o uso de um linguagem coloquial e pesada. Não seria possível manter a originalidade dos fatos se ao reproduzir os diálogos ele censurasse palavrões e afins. Não costumo aprovar esse tipo de escrita, porém nesse caso, se fosse o texto seguisse outro padrão soaria superficial e falso.

Ao terminar de entregar ao leitor toda a verdade de suas lembranças, resolve escrever um livro. Essa ousadia não sai da cabeça dele. Ele se sente na obrigação de escrevê-lo.
Assim se inicia a segunda parte do livro. Não existem mais capítulos com contos, nem narrativa em primeira pessoa. É uma ficção em terceira pessoa, um narrador de fora dos acontecimentos.
No começo existe um guia em ordem alfabética com os nomes de todas as personagens. Ao lado de cada nome, uma breve explicação sobre quem é quem. Importante marcar essa página para consultar durante o início da leitura da segunda parte, até se acostumar com o excesso de personagens. Sim, achei que existem personagens demais, mas no entanto, é necessário.
Existem pausas e no início de cada subparte (que seriam os capítulos) está escrito o local, data e horário do acontecimento.
Esse é o livro propriamente escrito pelo protagonista da primeira parte. O negro estudante da PUC que integrou a PM e o BOPE e desabafou páginas após páginas, conto a conto realmente escreveu um livro de ficção e muita ação - a segunda parte.

Apesar de não ser narrador por ele, e sim escrito por ele, a segunda parte não é ótima como a primeira, mas é boa. Como eu disse, não é uma leitura para qualquer pessoa. Não tem nada a ver em ficar chocado com a verdade ou assustado com a dureza. A linguagem utilizada continua simples, direta, breve e rodeada de realismo e palavrões. O problema para alguns leitores certamente será acompanhar o quebra-cabeças de fatos e a complexidade das ligações, alianças e rixas entre tantas (muitas!) personagens. Não é qualquer pessoa que conseguirá estar atenta o suficiente para extrair o máximo possível do livro, que de forma geral é magnífico.
O "livro" escrito pelo protagonista é cheio de conspirações, planos, corrupção, violência, ação e perigo. Vidas se cruzando, traficantes, políticos, policiais, cidadãos. Cenários que vão de favelas, passando por prisões, chegando a gabinetes políticos e lares de famílias.
Não posso comentar muito sobre o "livro" escrito pelo protagonista para não soltar spoilers. Embora eu prefira a primeira parte e seu humor negro e macabro, reconheço a excelência e críticas expostas na segunda parte, afinal essa história dentro da história é essencial.
Após o término da leitura do "livro", ainda existe um epílogo. Voltamos à narrativa em primeira pessoa feita pelo protagonista-escritor e Elite da Tropa é finalizado com chave de ouro.

Resumindo: na primeira parte lemos os desabafos do protagonista como se ele estivesse diretamente contando ao leitor, inclusive ele fala diretamente com quem lê; na segunda parte lemos o livro que ele resolveu escrever para expor os problemas, acontecimentos e críticas, através de uma história de ficção baseada no cotidiano verdadeiro; e por último um breve epílogo, onde reencontramos o protagonista na narrativa para fechar o livro.

Repito: não espere encontrar o filme no livro, apesar de semelhanças. O filme foi baseado no livro, mas não é uma cópia, nem uma adaptação, na verdade. O livro serviu apenas como inspiração para o filme. No entanto, são mídias diferentes, e ambos são excelentes.
A leitura é muito simples, de vocabulário acessível, porém é complexa e densa. Nada entediante. Acredito que quem o achar enfadonho é porque não compreendeu a essência, o espírito do livro. O filme possui uma digestão mais fácil, pois tudo é entregue claramente; e foi feito para o povo de uma forma geral. Eu arrisco dizer que o livro, além de diferente não é servido diretamente ao leitor como o filme é para o telespectador. O leitor precisará estar mais atento e usar mais do raciocínio.

Não expus minha opinião sobre os assuntos abordados; apenas dissequei o livro para os interessados, sem spoilers. Para finalizar a resenha preciso ao menos, discretamente expor:
Concordo com muitas ideias transmitidas pelos escritores, principalmente sobre os culpados da violência serem os usuários de drogas, até mesmo os sazonais e a corrupção que se une aos traficantes e até os apoia.
Todos os corruptos, sejam policiais ou políticos - os que se envolvem direta ou indiretamente com o crime - são culpados pela violência urbana; tanto quanto os políticos que não sentem peso na consciência por "não se envolverem com o crime", mas roubam os cofres públicos, desviando verbas para saúde e educação (áreas carentes essenciais para ajudar no combate ao crime), também são culpados!
Até parte da mídia é culpada por abafar a realidade e se intrometer nas ações das polícias.
Assim como os consumidores de drogas, que acham que não existe problema em dar uma "cheiradinha" ou fumar um simples "baseado" - sim, todos são culpados pelo grande volume de crimes.
Ainda bem que ainda existem pessoas honestas e corajosas no Brasil. E elas mereciam salários e condições de trabalho melhores.

Ps.: Nunca esquecerei as cenas transmitidas ao vivo pela Globo mostrando as centenas de traficantes fugindo da Vila Cruzeiro em dezembro de 2010. Aposto que se a mídia não estivesse filmando como um reality show a maior parte deles teria sido eliminada e o público saberia apenas de um leve boato. Se os matassem em massa perante as câmeras, a operação seria taxada como massacre desnecessário pelos defensores humanitários. Eu não veria problema algum em terem matado logo aquele bando de traficantes torturadores, estupradores e assassinos. - minha opinião sobre aquele caso.
Helder 15/06/2013minha estante
A segunda parte esta mais ligada com as criticas do segundo filme do que com o dia a dia mostrado no primeiro. A primeira parte é realmente muito boa, mas discordo do fato da segunda ser pior. Esta critica é importantíssima, principalmente quando o autor deixa claro o porque da necessidade de procurar um ambiente mais limpo de corrupção (no Bope). Mas parabéns pela resenha ;)




EddeDeka 21/12/2020

Muita ficcção????
Até a metade é uma leitura interessante, passou disso fica um pouco forçada...
emanuelly 05/05/2022minha estante
????




Livroseliteratura 20/05/2017

O filme é mais envolvente
Na primeira parte do livro, há relatos impressionantes sobre o cotidiano dos policiais de elite.
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Na segunda, um dos nossos personagens seguirá numa trama envolvendo autoridades de segurança, traficantes, políticos e policiais - uma rede que tece alianças improváveis entre os vários atores deste cenário.
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Depois de cavalgar 100 quilômetros, sem arreio e sem descanso, mortos de fome e sede, eles têm licença para um descanso brevíssimo até que alguém anuncie que a comida está servida - sobre a lona, onde o grupo exaurido vai se debruçar para comer tudo o que conseguir, com as mãos, em 2 minutos.

Esta é apenas uma das etapas de treinamento da tropa de elite da polícia. Eles obedecem a regras estritas, as leis da guerrilha urbana.
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Na dúvida, mate.

Não corra, não morra.
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Máquinas de guerra, eles foram treinados para ser a melhor tropa urbana do mundo, um grupo pequeno e fechado de homens atuando com força máxima e devastadora.
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Por ter sido o livro que inspirou o filme Tropa de Elite, eu esperava mais, bem mais.
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A primeira parte é até interessante, mas a segunda é confusa e até um pouco maçante. São inúmeros personagens, tem até glossário! Eu não consigo decorar tanta gente assim, termino lendo sem saber exatamente quem é quem.
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Apesar disso, tenho certeza de que não fora o excesso de figurantes que desabonou a leitura.
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Não é uma obra ruim, apenas não correspondeu às expectativas criadas após assistir aos filmes (lembrando que o livro nada tem a ver com o segundo filme).
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Se eu tivesse lido antes do lançamento da película, acredito que não teria despertado a vontade de ir ao cinema.
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O filme é bem mais envolvente e conta uma estória, diferente do livro, que se propõe bem mais a narrar episódios isolados. Na segunda parte, até há uma tentativa de apresentar um enredo único, mas, como mencionei, ficou confuso e não seduz o leitor da mesma forma que o filme nos seduziu.
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Dessa vez, eu fico com o DVD, mas indico a leitura para que cada um tire suas próprias conclusões.
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www.instagram.com/livroseliteratura
Kelvim Rocha 20/05/2017minha estante
"Si vis pacem para bellum".




Leitora Viciada 11/11/2012

Elite da Tropa é o livro que deu origem ao filme Tropa de Elite, um fenômeno dos cinemas brasileiros que consagrou o ator Wagner Moura como o moderno herói brasileiro Capitão Nascimento e trouxe à tona o debate sobre a segurança pública, violência, política e corrupção existente em nosso país. O roteiro foi escrito por José Padilha (também diretor), Bráulio Mantovani e Rodrigo Pimentel (coautor do livro Elite da Tropa)
Destacando a Tropa de Elite, sem deixar de mostrar o dia-a-dia do combate ao tráfico de drogas e armas, as polícias contra o crime organizado e a guerra existente, as facções criminosas e seu domínio sobre as metrópoles brasileiras (e que controla o interior também).
O duro treinamento do BOPE, suas táticas de guerrilha e seu cotidiano na prática. A verdade que nos aflige de que a corrupção está presente em todas as áreas, incluindo a da segurança pública.

O livro realmente é a origem do filme, porém devo ressaltar que apenas a ideia central e seus principais detalhes foram retirados dele e colocados na versão cinematográfica. Quem assistiu ao filme e espera que ele e o livro sejam idênticos está enganado. O livro é incrivelmente fascinante e tão impactante e duro quanto o filme, mas não são as mesmas histórias. Algumas situações são as mesmas, no entanto, imagino que ao levarem a ideia para a telona o roteiro não foi uma adaptação do livro; o roteiro é uma nova e diferente história, o livro foi utilizado apenas como base principal e inspiração.

Primeiramente lemos a introdução dos autores, onde explicam que apesar de o livro ser ficção e tudo recriado, nomes e locais modificados, é baseado em fatos reais, mas que jamais poderiam ser contados de outra forma que não fictícia. Então eles se reuniram, separaram as ideias e histórias e resolveram reproduzir tudo de uma forma ficcional, inventando nomes e coisas a mais.
O resultado é assustador. Porque o leitor sabe que quase tudo é verdade. Que esta é a dura e incontestável realidade brasileira, principalmente a do Rio de Janeiro, onde a trama ocorre. Quem conhece o cotidiano das favelas de verdade, não apenas pelas notícias da mídia reconhece a verdade no livro; certamente autoridades, policiais, profissionais da área de segurança e integrantes do BOPE imagino que também identificam o realismo das páginas.

Falar abertamente da guerra contra o tráfico e sobre Comando Vermelho e Terceiro Comando, criticar a corrupção que vai da PM até o Governador do Estado, dos "arregos", não é tarefa simples. Falar sobre o cotidiano das operações realizadas dentro das favelas, da violência, dos erros e acertos da PM e do BOPE, não é algo fácil. Criticar fortemente e apontar os maiores culpados dessa violência toda é ousado.
São as classes mais ricas da sociedade. O mesmo "playboy" ou "patricinha" que estuda em boa faculdade e possui até carro próprio são os principais consumidores de drogas e os que sustentam esse mercado negro violento. E são os mesmos jovens que participam de passeatas contra a violência e choram porque sofreram assaltos ou sequestros relâmpagos.
Não é qualquer um que tem a coragem de expor tão claramente isso, assim como o envolvimento da patente mais alta da segurança pública, incluindo políticos como deputados e governadores, com os traficantes chefes.
A crítica não se prende às drogas e armas. Não foram poupadas outras redes lucrativas e ilegais como as máquinas de caça-níqueis, a prostituição e o jogo do bicho.
Com certeza houve um cuidado por parte dos escritores e uma clareza - embora o livro seja ficção.

Após a introdução bastante esclarecedora, existem duas partes e um epílogo. Este estrutura é essencial para a compreensão da obra. Não é um livro fácil de ser digerido e absorvido, não é para qualquer leitor, embora a escrita seja simples.

A primeira parte do livro é uma narrativa em primeira pessoa feita por um integrante da Tropa de Elite. Um negro que estuda na PUC. A narrativa possui como principais características a simplicidade, a dureza e sinceridade. Ele é muito direto ao contar fatos ocorridos durante sua passagem pela PM ou pelo BOPE. A maioria, claro, inquietante e estarrecedora. Até macabra. A todo momento você pensa como é tudo verdade! Embora não exatamente ao pé da letra, mas tudo acontece com frequência.
Eu ainda achei que em certos pontos, o livro (assim como o filme) é brando. Conheço histórias verdadeiras de dentro da favela muito mais assustadoras que essas.

Gostei da forma como ele narra os acontecimentos. Como se ele chegasse, sentasse à sua frente e começasse a desabafar. Como se o leitor fosse um psicólogo e estivesse escutando confissões íntimas, secretas, chocantes.
Algumas situações foram vivenciadas por ele diretamente, outras indiretamente. Outras são ainda histórias ocorridas com amigos ou que ele ouviu os comentários. Ele reproduz o que ele presenciou, seja pessoalmente ou escutando os amigos.
Nessa primeira parte, cada relato está em forma de um capítulo com um título. Eu considero um excelente apanhado de contos. A cada conto lido, informações sobre o cotidiano da segurança pública.

O destaque fica para o treinamento do BOPE, mas é resumido se compararmos ao filme, onde essa preparação possui mais destaque. Algumas situações foram aproveitadas no filme, tornando-as clássicas, enquanto outras estão apenas no livro.
Interessante também como esse relato longo do protagonista contém observações peculiares, explicações de gírias e de como as coisas funcionam. Percebi que em muitos momentos ele sente um enorme peso, não exatamente culpa, mas uma necessidade em expor, em colocar para fora os segredos.
Muitas passagens dessa primeira parte me marcaram ao ponto de eu reler e marcar para ler para meu marido em voz alta (agora ele que quase não lê quer ler o livro logo).
A parte da cavalgada, da comida no chão, das armas escondidas, da tortura "golfinho", da medicação pesada, e muitas outras situações nunca mais serão esquecidas. Muitos contos da primeira parte ficaram na minha cabeça.

O texto é limpo, direto, realista e cheio de palavrões. É bem escrito, estampa a verdade crua e nua e se os palavrões, gírias e palavras chulas estão presentes em toda a narrativa do protagonista é porque é estritamente necessário. Como ele mesmo prova (e se preocupa em comprovar) é um homem letrado e com inteligência acima da média, conhece Literatura e possui um excelente Português, mas é impossível não se expressar livremente sem o uso de um linguagem coloquial e pesada. Não seria possível manter a originalidade dos fatos se ao reproduzir os diálogos ele censurasse palavrões e afins. Não costumo aprovar esse tipo de escrita, porém nesse caso, se fosse o texto seguisse outro padrão soaria superficial e falso.

Ao terminar de entregar ao leitor toda a verdade de suas lembranças, resolve escrever um livro. Essa ousadia não sai da cabeça dele. Ele se sente na obrigação de escrevê-lo.
Assim se inicia a segunda parte do livro. Não existem mais capítulos com contos, nem narrativa em primeira pessoa. É uma ficção em terceira pessoa, um narrador de fora dos acontecimentos.
No começo existe um guia em ordem alfabética com os nomes de todas as personagens. Ao lado de cada nome, uma breve explicação sobre quem é quem. Importante marcar essa página para consultar durante o início da leitura da segunda parte, até se acostumar com o excesso de personagens. Sim, achei que existem personagens demais, mas no entanto, é necessário.
Existem pausas e no início de cada subparte (que seriam os capítulos) está escrito o local, data e horário do acontecimento.
Esse é o livro propriamente escrito pelo protagonista da primeira parte. O negro estudante da PUC que integrou a PM e o BOPE e desabafou páginas após páginas, conto a conto realmente escreveu um livro de ficção e muita ação - a segunda parte.

Apesar de não ser narrador por ele, e sim escrito por ele, a segunda parte não é ótima como a primeira, mas é boa. Como eu disse, não é uma leitura para qualquer pessoa. Não tem nada a ver em ficar chocado com a verdade ou assustado com a dureza. A linguagem utilizada continua simples, direta, breve e rodeada de realismo e palavrões. O problema para alguns leitores certamente será acompanhar o quebra-cabeças de fatos e a complexidade das ligações, alianças e rixas entre tantas (muitas!) personagens. Não é qualquer pessoa que conseguirá estar atenta o suficiente para extrair o máximo possível do livro, que de forma geral é magnífico.
O "livro" escrito pelo protagonista é cheio de conspirações, planos, corrupção, violência, ação e perigo. Vidas se cruzando, traficantes, políticos, policiais, cidadãos. Cenários que vão de favelas, passando por prisões, chegando a gabinetes políticos e lares de famílias.
Não posso comentar muito sobre o "livro" escrito pelo protagonista para não soltar spoilers. Embora eu prefira a primeira parte e seu humor negro e macabro, reconheço a excelência e críticas expostas na segunda parte, afinal essa história dentro da história é essencial.
Após o término da leitura do "livro", ainda existe um epílogo. Voltamos à narrativa em primeira pessoa feita pelo protagonista-escritor e Elite da Tropa é finalizado com chave de ouro.

Resumindo: na primeira parte lemos os desabafos do protagonista como se ele estivesse diretamente contando ao leitor, inclusive ele fala diretamente com quem lê; na segunda parte lemos o livro que ele resolveu escrever para expor os problemas, acontecimentos e críticas, através de uma história de ficção baseada no cotidiano verdadeiro; e por último um breve epílogo, onde reencontramos o protagonista na narrativa para fechar o livro.

Repito: não espere encontrar o filme no livro, apesar de semelhanças. O filme foi baseado no livro, mas não é uma cópia, nem uma adaptação, na verdade. O livro serviu apenas como inspiração para o filme. No entanto, são mídias diferentes, e ambos são excelentes.
A leitura é muito simples, de vocabulário acessível, porém é complexa e densa. Nada entediante. Acredito que quem o achar enfadonho é porque não compreendeu a essência, o espírito do livro. O filme possui uma digestão mais fácil, pois tudo é entregue claramente; e foi feito para o povo de uma forma geral. Eu arrisco dizer que o livro, além de diferente não é servido diretamente ao leitor como o filme é para o telespectador. O leitor precisará estar mais atento e usar mais do raciocínio.

Não expus minha opinião sobre os assuntos abordados; apenas dissequei o livro para os interessados, sem spoilers. Para finalizar a resenha preciso ao menos, discretamente expor:
Concordo com muitas ideias transmitidas pelos escritores, principalmente sobre os culpados da violência serem os usuários de drogas, até mesmo os sazonais e a corrupção que se une aos traficantes e até os apoia.
Todos os corruptos, sejam policiais ou políticos - os que se envolvem direta ou indiretamente com o crime - são culpados pela violência urbana; tanto quanto os políticos que não sentem peso na consciência por "não se envolverem com o crime", mas roubam os cofres públicos, desviando verbas para saúde e educação (áreas carentes essenciais para ajudar no combate ao crime), também são culpados!
Até parte da mídia é culpada por abafar a realidade e se intrometer nas ações das polícias.
Assim como os consumidores de drogas, que acham que não existe problema em dar uma "cheiradinha" ou fumar um simples "baseado" - sim, todos são culpados pelo grande volume de crimes.
Ainda bem que ainda existem pessoas honestas e corajosas no Brasil. E elas mereciam salários e condições de trabalho melhores.

+ resenhas em www.leitoraviciada.com
Jairolenz 04/01/2013minha estante
Ótima resenha!




Milena 15/09/2023

Boa sorte
Eu amei muito o início do livro, as narrativas, pequenas histórias e toda descrição fidedigna, entretanto do meio para o final mudou totalmente o formato da escrita, um livro que era gostoso e curto se enche de falas de pessoas que me deixou confusa, seria facilmente 2 livros distintos sobre o mesmo tema na minha opinião, pq eu não estava preparada para isso, o que me fez ficar arrastando a leitura e postergando outras
Então esteja preparado!


SPOILER!!!!


ESTOU AVISANDO!!!



ÚLTIMO AVISO!!!




A parte que mais me doeu do livro foi na hora que fuzilaram o barraco e mataram a menininha q estava atrás dos traficantes sem querer, isso doeu, pq um deles diz claramente que os traficantes estavam de costas para ela e com certeza foi uma das balas dos policiais que a atingiu.
Thales.Santos 03/01/2024minha estante
É porque, de fato, a ideia do livro é ser distinto do meio para o fim. O livro foi escrito por dois policiais que eram capitães do BOPE e por um famoso antropólogo e que tem uma vasta experiência na gestão pública.

Portanto, a primeira parte tem mais essa pegada de diário, um relato ali do cotidiano da corporação: operações, invasões a morro, chacinas, torturas, esquemas de sacanagem etc. Os dois autores que foram do BOPE, acredito eu, condensaram suas histórias em uma só através ali daquele narrador. Então a primeira parte é mais das experiências deles.

A segunda parte, é mais baseada na experiência do Luiz Eduardo Soares, o antropólogo que mencionei antes. Na área da Segurança Pública, ele é uma das maiores referências no debate, o que o fez ser escolhido para atuar como secretário de segurança do estado do RJ e também da secretaria nacional de segurança no governo Lula I. Falando isso tudo para mostrar que ele teve muito contato com essa parte da gestão da segurança pública e que, por consequência, viu de perto muita coisa envolvendo a polícia.

Inclusive, duas coisas foram bem marcantes quando ele foi secretario aqui no RJ. Primeiro que ele teve uma postura mais crítica em relação a atuação das polícias, sempre batendo na tecla a necessidade de um maior controle externo de suas atividade (ele mesmo chegou a denunciar alguns casos de corrupção policial) e, somado ao fato de que durante sua gestão as operações policiais truculentas foram substituídas por ocupações "pacíficas", o fizeram ser hostilizado tanto pela PM quanto pela PC. A segunda coisa é o episódio do Caso Salles (uma das famílias mais ricas do Brasil), onde descobriu-se que o João Salles dava mesadas mensais para o Marcinho VP, o traficante mais procurado do RJ e um dos mais procurados no Br, quando ele resolveu largar o tráfico. Na época, o antropólogo elogiou publicamente essa ação, o que foi um escândalo e logo depois foi demitido da sua função pelo governador Garotinho. Ele saiu Depois quando foi para o governo Lula I, também rolou uma repercussão e fizeram pressão para ele ser demitido.

Enfim, em geral é isso. Por isso essa segunda parte nós temos uma maior presença de atores políticos, porque é para mostrar mais esse lado da relação corrupta entre a polícia e a política institucional.




Élida Mercês 24/05/2020

Livro incômodo, porém necessário para quem quer compreender como o Brasil tem, de fato, funcionado.
Leitura e . 24/05/2020minha estante
Boom diaaa!!
Vim te convidar pra me seguir no Insta, caso ainda não siga, para acompanhar minhas leituras. Vou deixar aqui o link do sorteio que está rolando tbm!
??
Será muito bem vindX...

@leituraeponto

Obrigado... ?


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Nanda 30/03/2010

Prefiro Filme
O livro saiu antes do filme...
Mais foi o primeiro livro em que o filme é melhor do que a obra original.
A parte final do livro se torna massante demais. Deixando a leitura muito cansativa. E sem conteúdo.
Junior 16/08/2010minha estante
Estou com um problema na leitura desse livro. Na segunda parte da narrativa me perco sempre em razão da variedade de personagens.
Estou gostando muito do livro. Ele despertou em mim um senso crítico quanto a política das polícias e sobre a situção brasileira no mundo das drogas...Aconselho a leitura desse livro!!!




Lodir 09/01/2010

O livro é bom até a metade, e depois vira um porcaria. Só um livro que saiu no embalo de um filme de sucesso.
CR 12/08/2011minha estante
O filme foi inspirado no livro.




Oleiro 07/01/2009

Viva a liberdade de expressão!
Embora a narrativa não seja das melhores - exceto pela parte final do Luiz Eduardo Soares - este livro revela um pouquinho dos podres por traz das insituições brasileiras: polícia, poder executivo, faculdades-edução, classe média. Se você é uma pessoa que adora Paulo Coelho, Harry Potter ou Marion Keys, você deve ler esse livro para tentar entender que a sua bolha pode furar a qualquer momento!
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Chewie 21/03/2011

É um livro bom, mas nada MEGA impactante.

Todo mundo sabe que a estrutura policial do Rio de Janeiro é decadente e está completamente comprometida. O autor reuniu o q cada um q mora perto de alguma comunidade dominada pelo tráfico já cansou de ouvir das pessoas que moram próximas.

Mérito ao autor por ter a coragem de publicar e por ser de uma pessoa de dentro da corporação, com certeza teve acesso a informações de forma muito mais confiável e clara apresentando também uma boa linha de raciocínio.

A parte mais divertida do livro são os capítulos iniciais onde ele apresenta pequenas histórias. São histórias trágicas se vc for parar p/analisar com foco crítico e, nas palavras do livro, com a babaquice esquerdista dos direitos humanos, mas se é o q acontece, então deve ser mostrado. O q tb ñ impede de ser engraçado né?!?!?!? u.u

E p/vc q viu primeiro o filme e tem vontade de ler o livro pensando q vai ler mais histórias do Capitão Nascimento como as do filme (como eu no início), sugiro mudar de livro ou repensar o seu foco. Pois ele tem a função crítica de expor as entranhas corroídas das polícias do Rio de Janeiro através de algumas histórias, muitas vezes nada "impactantes" como o filme, e nada além disso.
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Ana Costa 1979 08/04/2009

O filme é bem melhor que o livro.
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Érika dos Anjos 30/03/2009

Vale o quanto pesa
Certamente, quase 100% das pessoas que leram o livro Elite da Tropa o fizeram por causa do sucesso estrondoso do filme. E, acredito, não se decepcionaram. Pois, o filme é basicamente uma cópia fiel do que está no livro, salvaguardando alguns momentos 'barra pesada' demais, que nem o Padilha conseguiria defender na telona.

No entanto, vendo pelo sentido literário, o livro é visivelmente escrito por um iniciante (s), que não conseguiu desenvolvê-lo uniformemente e o fez em duas partes: a primeira falando sobre os 'causos' do Bope e o cotidiano dos soldados da corporação, o que eles passaram para chegar lá e as dificuldades que enfrentam, assim como em qualquer profissão. Já na segunda parte, a história fica mais densa, já que envolve outros personagens, de maior escalão, em uma trama de traição e corrupção pura, como a que vemos em todos os jornais do país.

É claro que não se trata de um livro de cabeceira, senão ninguém conseguiria dormir, mas, é uma pauta interessante para se conhecer um lado que ainda era novidade para a sociedade brasileira, que a versão do policial. No meu caso, ainda tive uma ligação maior com a obra por conhecer bem a grande maioria dos locais descritos, o que dá uma melhor dimensão do conteúdo.

Enfim, é o livro que baseia o filme, mas que entra no hall da criatura que devora o criador, já que na tela a situação fica mais impactante e, se possível, mais cruel.
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Suzane 04/06/2009

A verdade da policia brasileira
Muito palavrão, cenas engraçadas, cenas tristes e de muito sangue frio..uma história que te prende do inicio ao fim, onde voce não sabe se ri ou chora depois de descobrir a podridão do nosso sistema captalista.
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