Milla 18/12/2012www.amorporclassico.comAcho que os únicos livros conspiratórios que eu havia lido foram os de Dan Brown (são conspirações, né?) e fiquei surpresa com o enredo de Senhor do amanhã.
Vanessa Bosso soube argumentar e convencer. Eu já disse por aqui que sou nacionalista (vide futura museóloga), mas eu não sou do tipo "recomende autores nacionais", eu acho que o certo é divulgar e recomendar bons livros.
2001. 11 de setembro. Ataques terroristas ao Pentágono e ao World Trade Center: Uma farsa.
Uma elite global vem colocando em prática diversos eventos com um objetivo: instaurar a Nova Ordem Mundial. Uma sociedade que ambiciona dizimar a população terrestre e dominar o mundo.
Helena é uma jornalista que junto a uns amigos de trabalho depara-se com a verdade; eles têm gravações, filmagens, fotos, pesquisas que a princípio evidenciam que as torres gêmeas e o Pentágono não foram atacados por aviões terroristas e sim por mísseis, mas logo eles percebem que este é um evento, muitos já foram realizados e muitos outros virão. Entretando a mídia está censurada, o governo é quem decide o que pode ou não ser divulgado.
Alguns agentes do FBI também descobrem algumas verdades acerda dos atentados, mas devem manter-se longe de tais assuntos.
As pessoas que insistem em investigar os acontecimentos pagam com a própria vida e é assim que Jack Miller, agente do FBI, perde seu pai que trabalha no Pentágono porque ele sabia demais.
Um grupo une-se para desvendar, divulgar e combater a 'Agenda Global' e quanto mais eles entram nesta trama, mais evidências surgem, eles descobrem que não podem confiar em ninguém e correm grandes riscos.
Não sei explicar o que define meu padrão de qualidade, mas eu gostei de Senhor do amanhã porque eu o vi de uma forma autêntica mesmo sendo um tema já usado anteriormente e tendo vários reflexos de 1984.
George Orwell anuncia uma época cuja sociedade vai se vigiada, dominada e alienada. Vanessa Bosso nos mostra o mesmo. E isso é algo que já vem da Bíblia (sinais do Apocalipse, marca da besta etc).
É verdade: nós estamos ficando cada vez mais alienados com as mídias, com o universo virtual.
Livros de suspense não são fáceis de serem elaborados e, ao virar as páginas de Senhor do amanhã, um quebra-cabeça foi se formando em minha mente.
Além de tudo isso, este poderia ser um livro que eu recomendaria para que as pessoas entendessem de forma prática a formação de memórias (um dos meus objetos de estudo, acreditem) e as relações de poder.
Os capítulos curtos fazem a história avançar aos saltos e a única coisinha que me incomodou foi o excesso de diálogos.