Universo de utopia 10/04/2017
Mihael Jackson, Universo de utopia
É um prazer imenso resenhar sobre o ? Rei do Pop? também conhecido como Michael Jackson, homem que moldou a cultura popular desde a sua existência.
Ainda me lembro com grande emoção do show ?Dangerous? transmitido pela emissora Globo no Natal de 1994, se a memória não falha. Cada detalhe de sua apresentação enchia meus olhos e me fazia sonhar. Pela primeira vez na minha vida aquilo era mais importante do que os presentes ganhados e da farta mesa na ceia da época (deu para mensurar o amor né?).
Não comprei os ingressos da última temporada e despedida em Londres, nem tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente quando veio a Salvador ? Bahia gravar o clipe ? They Don't Care About Us?, tudo era muito difícil e precário, mas acompanhava cada notícia, indignava-me com as injustas acusações atribuídas, e no dia de sua morte - 25 de junho de 2009 - foi um dos mais tristes da minha vida e chorei muito, podem rir de mim, mas carregava um afeto enorme por esse artista.
Este livro aborda sobre a biografia de uma das carreiras mais espetaculares e provocantes da história, inclusive os traumas, julgamentos e situações delicadas. Tudo que Michael fazia em sua vida causava tumulto e escândalo, era fato que nunca foi muito bom em se relacionar com as pessoas, mas no palco sabia o que fazia e desempenhava seu papel com muito talento.
Uma lenda que desafiava a previsibilidade começou sua carreira muito cedo e teve uma infância turbulenta com um pai rígido e bastante pragmático que ensinava os meninos a dançar e cantar durante os ensaios da banda The Jackson Five.
E desde seus oitos anos o Michael se destacava de seus irmãos e demonstrava seu talento na voz e nos pés. Era pequeno na idade, mas grande em sonhos e metas. E em 1970, pronto para enfrentar seu caminho, decidiu uma carreira solo, a qual teve alguns fracassos, mas um sucesso sem comparação.
Passou por duas cirurgias plásticas; tratamento com doença vitiligo; sérias acusações de abusos infantis; sofreu com isolamento, pois não era compreendido pela sociedade; ao tempo que se tornou o maior nome do ramo do entretenimento.
Foram grandes recomeços e tratamentos para melhorar a imagem, Michael era orgulhoso e ultrapassava seus próprios limites, ao mesmo tempo que tímido e intenso, demonstrava vulnerabilidade que beirava a fragilidade. Tinha uma sensibilidade sem tamanho, traduzida em suas músicas; preocupava-se com o social, prova disso que foi um dos artistas que mais contribuiu para caridade.
O solitário astro adulto ao que parece levou uma vida triste influenciada por uma infância que não viveu. Intitulava-se Peter Pan e criou sua própria Neverland e se dava muito bem no convívio com seus animais de estimação (lhama, cobra, macaco...), mas tinha muita dificuldade com os humanos.
Sua morte chocou o mundo e essa data ficará marcada para sempre nos corações dos fãs, o maior cantor e dançarino abandona a Terra sem um devido adeus e abala a todos com a notícia que muitos custaram a acreditar. A magia tinha se acabado e a cruel ironia é que o menino jamais irá crescer, mas isto parece ter lhe curado a alma