Zombicorns

Zombicorns John Green




Resenhas - Zombicorns


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/QMD/ 20/06/2013

Henrique não gosta de milho.
Apesar da capa e do título que pode ser entendido como um trocadilho, Zombicorns não é sobre unicórnios e nem tem zumbis propriamente ditos. A história é sobre Mia e um apocalipse causado pelo milho. Sim, milho. Mia é uma das poucas pessoas que não comem milho e, por isso, acabou não sendo infectada pela mutação genética a qual o grão passou. Combustível, açúcar, salgadinhos, plástico... Tudo vem do milho! Logo, a sobrevivência é até difícil.

Como não estão mortos, os infectados não chamados de Zumbis, mas simplesmente de Zs. Estes trabalham duro para plantar, cultivar, colher e distribuir o milho por todos os cantos do mundo, a fim de disseminar a cultura de milho a todos. Aqueles que não estiverem infectados devem tomar cuidado, pois quando um Z morde um humano normal, passa a mutação ao outro.

O único integrante não-Z da família de Mia é o Mr. President, isso considerando que o cachorro faz parte da família. A protagonista teve que matar o pai e a mãe (para salvar-se) e, sempre que pode, se encontra com a irmã mais nova para entregar-lhe doces, mesmo ela sendo infectada. No mais, ela conhece Caroline, que também não sofreu a mutação e planeja seguir para Chicago por achar que o clima frio não propicia o cultivo do milho e do vírus, que acaba se tornando companheira de Mia neste apocalipse.

Me simpatizei bastante com Mia, principalmente pelo fato dela ser praticamente um homem. Toda essa história de sobrevivência transforma os pensamentos dela numa coisa viril e feroz. É até engraçado imaginar alguém assim. Mais uma vez, John Green me surpreendendo com seu senso de humor.

Ah, o humor! O livro é engraçadíssimo. Arrisco dizer que esta foi a coisa mais engraçada e inteligentemente escrita que li nos últimos dias. As piadinhas, narrações, comentários, diálogos... Tudo tem um bom teor de comédia, mas sem ser idiota ou forçado. John Green sendo John Green.

Ainda temos as referências e citações que Green nos dá através do livro. Em Zombicorns, um certo conteúdo sobre romanos e Descartes no é dado da forma mais bacana possível. Quem dera aulas assim na escola, porque né! Os pensamentos filosóficos sobre os humanos e seu estilo de vida também são ótimos e provocam um monte de perguntas na nossa cabeça. Vários "E se?" onde podemos encaixar uma quantidade imensa de respostas e teorias.

O tamanho da obra é um problema à parte. A história começa e termina. Pronto. Não há enrolação, não há tramas paralelas, não há uma quantidade exagerada de personagens. Zombicorns é tão enxuto que, quando você começa a empolgar, o livro acaba. São somente 72 páginas! Uma continuação com ainda menos páginas (48!) foi lançada e eu realmente não sei o que esperar, já que não vejo como uma coisa pode puxar outra.

Apesar de você achar que o fato dos zumbis não serem zumbis, os unicórnios não serem unicórnios e o milho ter invadido o espaço dos dois ser algo muito diferente e inimaginável, devo salientar que achei a história deveras previsível, o que tira alguns pontinhos, sim. A amizade de Caroline e Mia e o apocalipse zumbi foram pros rumos que eu já havia descoberto nas primeiras páginas.

RESENHA COMPLETA: http://www.quermedar.com/2013/06/zombicorns.html
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