Aventuras na História Nº 41 (Janeiro de 2007)

Aventuras na História Nº 41 (Janeiro de 2007) Editora Abril



Resenhas - Aventuras na História - nº 41


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z..... 20/08/2019

Janeiro de 2007
Que capa bonita! Representa Maria Antonieta, a última rainha da França antes da Revolução Francesa. Sua história é também atrativa, sendo ela uma espécie de Lady Day do seu tempo, por sua beleza e símbolo que se tornou em sua sociedade, mobilizando diferentes opiniões. É o que a reportagem aborda, em texto instigante e belamente ilustrado.
Em termos gerais, mostra sua origem austríaca (de cultura refinada e um tanto puritana), o casamento arranjado entre França e Áustria (com as nações em busca de vantagens), o contexto da nobreza na França (cheia de luxo e luxúria, sendo Versalhes o maior símbolo) e a projeção que teve nesse cenário.
O último aspecto é o que achei mais interessante, em que propositalmente investiu na imagem pomposa a que era associada, tornando-se símbolo de moda e glamour, segundo o texto, muito além de qualquer soberana anterior. Esse direcionamento teria sido forma de centralizar as atenções nessas coisas, em um contexto cheio de difamações, fortalecendo imagem bem quista e valorizada, sempre em evidência. Os penteados e roupas que usava eram pra lá de inusitados... melhor dizendo, fashion! Por outro lado, com o fortalecimento das revoltas populares, tornou-se também símbolo da superficialidade, diante de uma sociedade em miséria.
O desfecho de sua história deu pena, na cruel e afiada lâmina da guilhotina, em julgamentos que, a exemplo de injustiças a que era associada (enquanto nobre), também foram injustos em muitas coisas.
Deu para perceber cenário de extremos. Nos desperdícios e custos (da nobreza), na miséria do povo explorado, na revolta crescente e na justiça que se instalara nos primeiros momentos da revolução. Tudo muito visceral...

"O senhor do tempo" trata do taylorismo, que expressa o planejamento entre tempo e trabalho, em busca de eficiência e melhor produtividade. Tudo passou a ser definido em um padrão cronometrado. Foi elaborado pelo americano Frederick Taylor, no final do século 19, dinamizando a industrialização gerada no século anterior pela Revolução Industrial. A revolução estimulara o consumismo e o taylorismo veio para potencializar a produtividade. Uma fatia a mais na formação do capitalismo...

"Gangues do Rio", sobre a capoeira no período imperial. Era temida pelas autoridades e, com o advento da República, foi oficialmente proibida entre 1890 e 1937 (primeiros momentos da república e Estado Novo implantado por Vargas, que revogou).
O que me pareceu mais relevante é que a contenção no período imperial foi facilitada pela desunião entre os grupos capoeiristas. É o que o texto informa, da seguinte maneira: "capoeira" referia-se a um cesto de palha que os escravos no Rio usavam para transporte de mercadorias diversas; uma das coisas em destaque era a busca diária por água; os encontros nas fontes tinham rixas, resolvidas "no paranauê"; e essa desunião facilitava a repressão pela polícia (que tinha receio dos lutadores). Acho que dá para dizer, se a união faz a força, o contrário só dá em fraqueza... mesmo diante de uma potencialidade.
Devaneios...

Como dica de leitura, vou deixar em registro "As cruzadas vistas pelos árabes", publicado em 1983 pelo libanês Amin Maalouf. A percepção é de barbárie e a leitura parece bastante interessante.

Legal também a nota histórica informando sobre regiões que lutam por reconhecimento como estado e independência. Foram referenciadas 12, com mapa de localização, partes envolvidas, estimativa da população e origem do quiproquó. Destas, o negócio está bem sério ainda em Caxemira, Palestina e entre os Curdos e Bascos.

O infográfico trouxe mais uma das "Sete Maravilhas do Mundo Antigo": o Zeus no templo de Olímpia. Era uma verdadeira joia, com muito ouro e pedras preciosas. A construção em Olímpia representou uma sacada turística por conta da popularidade dos jogos olímpicos.

Finalizando, o "Dito e Feito" trouxe a etmologia das expressões "Cair a fichar" (entender algo) e "Queimar o filme" (negativar alguém). Tem relação com tecnologias antigas que as gerações daqui a alguns anos talvez não entendam: o uso de fichas no orelhão (que só dava ligação quando a ficha caía) e o uso de rolos de filmes em máquinas fotográficas (em que qualquer descuido com excesso de luz podia causar dano, e assim queimava o filme de alguém). É tipo aquela de "girar a manivela" (será que alguém ainda usa essa expressão?). Ah, mais sei de uma tecnologia antiga que o pessoal ainda usa em certa frase: "olha o passarinho!".

Com essa edição completei 100 resenhas na revista Aventuras na História. Para completar a coleção "só falta" quase o mesmo número de revistas. Não é grande coisa, escrevi muita bobagem, mas gostei do caminho de aprendizagens ou equívocos. E vamos adiante. Ainda fecho a coleção...
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Volnei 31/07/2018

Aventuras na História
Esta revista tem como personagem principal Maria Antonieta, rainha da França que foi guilhotinada no século XVIII durante o período da revolução

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
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