Isaque 01/08/2018
SÓ LI POR CAUSA DO "NA NATUREZA SELVAGEM"
No livro “Na Natureza Selvagem” de Jon Krakauer que conta a história de Chris McCandless, vulgo Alex Supertramp cujo filme ficou muito famoso. Chris (“Supertramp”) cita 2 livros várias vezes: “O chamado da floresta” do Jack London e “Walden: a vida nos bosques” Henry Thoreau que o inspiraram a jogar tudo pro alto e “meter o louco” pro Alasca. Sendo que “O chamado da floresta” é ainda mais citado do que “Walden” e desde então fiquei intrigado com o tal do livro até que certa vez achei essa edição da coleção “o prazer da leitura” da Editora Abril.
Nunca tinha ouvido falar de Jack London cuja história é mais interessante que o livro rsrsrs (vale a pena dar uma googlada)... E descobri que ele é uma espécie de Júlio Verne americano, com vários livros infanto-juvenis consagrados.
Bom, vamos ao que interessa: li o livro com a expectativa de ter algum conteúdo filosófico nas entrelinhas ou tentando entender algo que cativasse alguém como Chris para jogar tudo pro alto e ir pro Alasca mas o que encontrei foi um apenas um livro infanto-juvenil com pouco a agregar.
Enredo:
Buck é um cachorro de um sítio de uma família de um lugar nos EUA chamado de Vale da Santa Cecília, não se identifica o estado no livro, procurei na internet rapidamente e não achei, vi em outras resenhas que fica na California, a única coisa que fala no livro além disso é que é no “sul”, sendo norte = Alasca/Canadá. Enfim, Buck é vendido por um caseiro de forma escondida onde ele viaja de trem para Seattle e de lá é comprado para ser levado ao Alasca de navio para ser cão de trenó, onde está tendo uma “corrida do ouro”.
(Fato que realmente aconteceu e que o autor Jack London participou e cita várias referências de lugares no livro. Ao redor do ano de 1897, acharam ouro no Alasca e vários americanos foram pra lá com o intuito de trabalhar como minerador e enriquecer, essa “corrida ao ouro” demorou uns 15 anos)
Então Buck passa por vários donos diferentes, convive com cães violentos e muda totalmente de um animal doméstico para um animal selvagem onde o livro conta vários episódios de perrengues, superação e adaptação do cão nesse novo ambiente e como seus sentimentos e atitudes vão mudando dentro da sua cabeça até que no final do livro ele ouve o “chamado da selva”.
Claro que tem outras resenhas aqui de gente citando darwinismo e alguma coisa de filosofia por trás do livro mas a verdade é que eu li garimpando essas coisas e não tive a sensibilidade de absorver muita coisa nas entrelinhas, o que me frustrou e me deixou sem entender como um simples livro infanto-juvenil fez Chris (“Supertramp”) largar tudo.
A leitura:
O livro é curto (111 págs.) e muito fácil de ler, cada capítulo tem em média umas 15 páginas, cheio de ilustração e linguagem simples, cada pegada eu matava pelo menos um capítulo. Essa edição da coleção “o prazer da leitura” da Abril em particular é muito boa, capa dura, prefácio com explicação da obra e vida do autor, ilustrações bonitas, apêndices com glossário, informações sobre a corrida do ouro no Alasca, fauna do Alasca e cães de trenó.