Muito Barulho Por Nada

Muito Barulho Por Nada William Shakespeare




Resenhas - Muito Barulho Por Nada


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ntampinha 27/12/2016

Esta é mais uma obra de leitura rápida de Shakespeare, ideal para àqueles dias que você não tem nada programado, mas quer um entretenimento bacana. Apesar de ser classificado como comédia, a história em si não chega a ter graça, muito pelo contrário, é eletrizante e com um enredo mais sério do que Sonho de uma Noite de Verão, por exemplo.

Nesta história, o cenário é a cidade italiana de Messina. O jovem Claudio apaixona-se por Hero depois que volta vitorioso de uma campanha em nome do nobre Dom Pedro, contra seu meio-irmão Dom João. Ele a toma como noiva, enquanto seu amigo Benedito mantém um relacionamento raivoso e cheio de ofensas com Beatriz, prima de Hero.

Em seguida, com o intuito de se vingar de Cláudio, Dom João planeja sabotar seu grande casamento, caluniando Hero e derramando sobre a pobre menina, a desonra e a humilhação. Paralelamente a isso temos Cláudio e Dom Pedro, que decidem unir forças com Hero para transformar Benedito e Beatriz num verdadeiro casal.

Agora vamos as minhas partes preferidas:
- Gostei das brigas de Benedito e Beatriz, ambos são muito inteligentes e rápidos em seu raciocínio, fazendo assim com que cada palavra dita se tornasse uma adaga;
- Gostei bastante da armadilha preparada para Benedito e Beatriz, que os fez vacilar em sua ferocidade e olhar um ao outro com novos olhos. Há quem diga que os dois tiveram um envolvimento mal resolvido no passado e que, por isso, caíram na armadilha de amor tão facilmente. Confesso que também tive esta impressão, apesar do texto não falar tão claramente sobre isso;
- E também gostei muito do conflito principal envolvendo Hero. Admito que fiquei arrasada com a humilhação que Hero sofreu, ela é uma personagem verdadeiramente doce e teve que passar de um momento terrível, no dia que era para ser o mais feliz de sua vida. A reação de seu pai ante a calúnia me chocou muito, mas felizmente, neste ponto da história surgiu um personagem que me agradou bastante, o padre, cuja mente sagaz e personalidade justa me surpreenderam positivamente.

O desfecho é bem bacana, falando principalmente de perdão, mas admito que foi o clímax principal que me fez adorar e recomendar esta história. O título refere-se à bagunça criada pelas fofocas e calúnias, que geraram grande confusão e contenda por algo que não era real, ou seja, foi feito Muito Barulho por Nada.

>>> Mensagem: Através dessa história podemos fazer uma reflexão interessante sobre o que a interpretação rasteira de uma situação pode fazer com nosso senso de julgamento. Às vezes, quando nos deparamos com algo aparentemente ruim, somos tomados por sentimentos de raiva e furor e na maioria das vezes, não nos aprofundamos na situação para saber se ela é realmente ruim, agimos impulsionados pela raiva e pela nossa interpretação superficial, correndo o sério risco de sermos injustos com alguém, como ocorreu na história... A lição que tirei desta história é que precisamos presenciar a situação na íntegra para obtermos uma interpretação completa, ou ao menos conferir ambos os lados de um conflito para fazer um julgamento correto, senão, correremos o risco de ferir um inocente de forma irremediável. Cuidado com o entendimento rasteiro das coisas e principalmente, com o sentimento que o guiará em seguida.

>>> Opinião Final: Muito legal, vale a pena conferir. Depois que o conflito principal estourou, a leitura se tornou viciante...
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z..... 28/11/2015

Dois casais e um alarido entre eles, justificativa do título, expresso na desfaçatez sarcástica de sentimentos em um e na armação difamadora e invejosa em outro. Coisas que se apequenam quando se interpõem e se encontra o real amor, mensagem final da obra em minha visão.
Beatriz e Benedicto são hilários e carismáticos no jogo de palavras. Queria ter me divertido mais com eles, mas o casal vai perdendo espaço para o drama de Cláudio e Hero. Coisas de Shakespeare.
Li a edição da L&PM de 2002 (tradução de Beatriz Viégas-Faria) e gostaria de entender o critério utilizado em substituição da referência de Dogberry para Corniso. Afinal, pelo que li posteriormente, o nome ficou marcado na Literatura Inglesa como sinônimo de trapalhão com as palavras, é preservado na maioria das traduções e a própria personagem ilustra a capa desta edição.
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Milla Carvalho 18/06/2015

"A amizade é constante em tudo, menos nos assuntos do amor."
Faz um tempo que não lia Shakespeare e mais ainda desde que li Muito Barulho Por Nada. Esta peça é uma das minhas favoritas, não só pelo lado tragicômico, mas pelas discussões sagazes de Benedicto e Beatriz. Eles são simplesmente PERFEITOS!

Os diálogos envolvendo estas duas personagens são tão bem delineados, que fica impossível de não se encantar com a forma que o Bardo os fez. Inclusive, tenho a leve suspeita de que ela e Benedicto já haviam tido algo. Não sei, pode ser uma suspeita tola, mas fico com minha dúvida. (risos)
Bela história. Divertida, intrigante, mas curta.

#DessafioDeLeitura2015 #item47 #UmaPeça #SuperRecomendo #VaiBeatriz
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Fabio Shiva 05/01/2013

não é barulho o lindo canto dos pássaros!
Não pode ser chamado de “barulho” o que impressiona os sentidos como um belo canto de pássaros. Pois tal foi a sensação que tive ao ler esse livro: se alguma vez palavras humanas soaram como o canto dos pássaros, isso aconteceu em uma peça de Master Shakespeare!

Que delícia! Nisso consiste, creio eu, o segredo da grandeza de Shakespeare: a constante disputa entre a forma e o conteúdo, para ver quem será o mais belo. Pois é assim que o Bardo nos tira o fôlego: ele expressa lindamente as ideias mais belas!

Quem ainda não leu nada de Shakespeare pode muito bem começar com “Muito Barulho Por Nada”, um texto leve e rápido, que mostra bem a força e o lirismo da prosa de Shakespeare.

Diversão e arte!



***

Aproveito para convidar você a conhecer o livro O SINCRONICÍDIO:

Booktrailler:
http://youtu.be/Umq25bFP1HI

Blog:
http://sincronicidio.blogspot.com/

LEIA AGORA (porque não existe outro momento):

http://www.mensageirosdovento.com.br/Manifesto.html

Venha conhecer também a comunidade Resenhas Literárias, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
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http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/
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http://www.facebook.com/groups/210356992365271/
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http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
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Maria Luísa 28/02/2013minha estante
Assisti ao filme, mas confesso não ter lido esta obra. Através de sua bela resenha, fiquei interessada na leitura.


Fabio Shiva 28/02/2013minha estante
Oi querida, valeu pelo comentário! Leia sim, é uma deliciosa leitura!!!




Cíntia Mara 15/03/2012

Divertido
O livro é muito legal, eu amei os personagens e torci muito pelos dois casais. Beatriz e Benedicto me lembraram um pouco de Lizzie e Darcy, o que significa que eu me identifiquei bastante com ela e gostei dele. Hero é meio apagadinha, mas Cláudio também é legal. Só Dom John que é um crápula despeitado e invejoso, mesmo. Corniso e Vinagrão são muito engraçados, falando tudo errado.

O enredo é bem comum, mas um comum que eu amo. Lembra um pouco A Megera Domada, mas gostei mais deste. Achei mais descompromissado e divertido.

Só não dou 5 estrelas porque o final foi muito abrupto.

[www.cintiamcr.com.br]
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erika 01/12/2011

Neste caso, fiz o procedimento inverso (embora não goste nada disso): assisti ao filme (que é de 1993) e, motivada por ele, fui atrás do livro – adquirido em sebo por 5 dinheiros, ó só! A versão cinematográfica me agradou muito (dirigida pelo ótimo Kenneth Branagh – que também interpreta Benedicto), mas a leitura é sempre algo mais enriquecedor para mim, pois me proporciona os momentos para refletir, reler algumas passagens, rir sem a preocupação de perder algum detalhe da próxima cena, esse tipo de coisa. Essa obra de Shakespeare me chamou muito a atenção por conter arquétipos os mais variados para a análise de gênero. Há perfis de homens e mulheres para todos os gostos, capazes de contemplar os mais diferentes estudos. E isso é muito interessante, principalmente no que se refere às figuras femininas, pois as reviravoltas do enredo, ambientado na cidade italiana de Messina, mostram muito claramente o valor da mulher naquele contexto sócio-histórico e como ela era utilizada como moeda de troca, sendo o casamento um acordo cujo objetivo era enfatizar a honra e a superioridade do homem, valorizando-o por meio da virgindade feminina (sinônimo de pureza nesse tempo) e de sua submissão. Ah, e, é claro, não podemos esquecer de observar o casamento sob a perspectiva de um contrato, uma vez que, junto com a esposa, o homem também era beneficiado com o dote da família da esposa. Enfim, por trás do suposto romantismo, das canções e dos poemas de amor, nem tudo são flores na trama armada por Shakespeare. Genial!
Marta Skoober 12/02/2013minha estante
Muito boa a sua resenha, Erika!




Marcos 23/09/2011

Muito barulho por nada traz a história de um casal (Beatriz e Benedicto) inteligente, muito bem articulado, espirituoso, com rapidez de raciocínio, que não dão chances ao amor e nem dão o braço a torcer. Porém, um lado trágico na história traz, um homem vingativo que, por cobiça ao amor de uma virgem (Hero) acaba por levantar falso contra sua conduta moral, tida como inadequada para a época, e, no dia do seu casamento, ocasiona uma grande fatalidade envolvendo morte e sofrimento.

Quer continuar lendo a resenha? Acesse: http://capaetitulo.blogspot.com/2011/09/resenha-muito-barulho-por-nada-de.html
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cfsardinha 26/07/2011

Este livro originalmente uma peça teatral, foi um dos inúmeros livros de Shakespeare que também virou filme. Conta a história de Benedicto e Beatriz, ambos inteligentes, bem articulados, espirituosos, sempre com respostas rápidas para qualquer tipo de pergunta. É um texto cômico onde os dois personagens principais duelam entre si com palavras. Mas não é somente de alegria que este livro está recheado. Existe, claro, o personagem vilão. Um homem vingativo, cheio de ódio, acusa falsamente uma donzela de ser rameira e aí começa o conflito... o muito barulho por nada, rs (se fôssemos nos preocupar com isso hoje em dia, hein... quantas de nós já teriam tentado suicídio, né? rs). Enfim, a história tem danças, baile de máscara, cerimônia de casamento, tem flertes, tem príncipes e condes, damas nobres e damas de companhia. Num enredo cheio de histórias de calúnias, desafios para duelos, confrontações verbais, cerimônia fúnebre, até morte e fuga. Ou seja, todos os elementos chave presentes em qualquer história Shakespearana.

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Coruja 23/02/2011

De todas as comédias do bardo, a minha favorita, sem sombra de dúvida, é Muito Barulho por Nada. Não pelo conjunto da obra, veja bem – para mim, o drama de Hero e Cláudio era totalmente dispensável -, mas sim pelas farpas trocadas entre um dos meus mais amados casais literários: Benedict e Beatrice.

De uma forma geral, gosto de casais que começam seu romance (e perduram, com menos intensidade, claro, e com mais humor) às turras, desafiando-se mutuamente de todas as formas possíveis e imagináveis, em geral, em duelos verbais que deixam todos os outros personagens de boca aberta.

Nunca gostei de romances muito melosos do tipo ‘meu docinho de abóbora’ ou ‘minha tapioca com doce de leite’ (O quê? Temos de valorizar os regionalismos!), ou aqueles lenga-lengas em que a mocinha passa o tempo todo chorando e sofrendo e esperando o príncipe encantado resgatá-la.

Pelo amor de deus, qualquer coisa, menos a inútil da Bela Adormecida!

Sim, mas onde eu estava? Ah, sim, Shakespeare. Bem, o caso é... gosto de personagens – e casais – fortes. E tanto Beatrice quanto Benedict correspondem à descrição.

Sempre tive para mim que alguma coisa aconteceu entre eles no passado – talvez da primeira vez em que o Príncipe e seus aliados estiveram na casa de Leonato, quando Claudio, mesmo com o coração voltado para tambores e espadas, percebeu a virginal Hero. A belicosidade que existe entre eles seria totalmente ilógica do contrário.

Para mim, a grande chave do mistério é esta afirmação que Beatrice faz para o Príncipe:


DOM PEDRO — Como estais vendo, senhorita, perdestes o coração do senhor Benedito.

BEATRICE — É certo, milorde; ele mo emprestara por algum tempo e eu lho devolvi com juros: um coração duplo, no lugar do simples que eu havia recebido. Mas, antes disso, ele já mo havia ganho com dados falsos. Vossa Graça tem razão de dizer que o perdi.


Analisem com atenção o que ela diz: Benedict ‘emprestou’ seu coração à Beatrice; ele a cortejou em algum momento e ela devolveu com juros, ‘um coração duplo’, o que significa que ela também demonstrou interesse. Antes, porém, que algo mais pudesse advir disso, ele cortou a ligação.

Esse ‘passado negro’ que existe entre Benedict e Beatrice está presente, sutilmente, em toda a peça – desde o primeiro momento, quando ela pergunta por ele ao mensageiro que vem avisar da chegada do Príncipe, à forma como ele se aproxima dela no baile, reconhecendo-a (ao menos, fica implícito isso...).

As farpas que eles trocam são assim uma mistura de orgulho ferido, desejo, e, claro, inteligência. Eles são, como o próprio Benedict observa, ‘espertos demais para nos declarar-nos em paz’ – o grande defeito de ambos é serem demasiado orgulhosos, pois nenhum aceita capitular perante o outro, nenhum aceita se render primeiro.

É claro, óbvio e ululante que a ‘guerra de destreza mental’ que eles empreendem tem suas baixas – em mais de um momento, eles acabam por se magoar, cortando um pouco fundo demais nos cáusticos comentários. E nisto, não vêem esperança de atenderem aos desejos de seus corações, até que os outros atores da peça decidam lhes montar uma armadilha.

Beatrice e Benedict jamais teriam caído em todo aquele teatro; jamais teriam acreditado naquilo que ouviram, não fosse o fato de que ambos desejavam profundamente que aquilo fosse verdade.

E eis aqui o primeiro nada pelo qual se fez tanto barulho.

E aí partimos para o outro foco da história, o drama de Hero e Cláudio.

Já o disse antes e reafirmo: essa parte da peça era totalmente dispensável.

Depois de casal de briguentos, Sir John é meu personagem favorito. De uma forma geral, adoro os vilões de Shakespeare – eles são profundos, sombrios, cheios de nuances. Embora no momento, no tempo em que Muito Barulho por Nada se passa, ele me faça pensar em Dick Vigarista alisando os bigodes, há algo muito mais sinistro espreitando em seus olhos.

Acho que ele podia ter sido melhor usado – mas, bem, essa é uma das comédias mais ‘leves’ do bardo, então até entendo porque a ação de Sir John não vai muito além de armar toda a patacoada que é o clímax da peça.

O que realmente não me desce bem, é o Cláudio. Não vou com a cara dele desde o momento em que ele se inteira de que Hero é a única herdeira de Leonato:


CLÁUDIO — Poderá Vossa Alteza ora ajudar-me?

DOM PEDRO — Ao teu dispor o meu amor se encontra: dá-lhe lições, para que vejas logo quão facilmente tudo ele assimila, uma vez que te seja de vantagem.

CLÁUDIO — Leonato tem mais filhos, caro príncipe?

DOM PEDRO — Além de Hero, nenhum, que é sua única herdeira. Estás gostando dela, Cláudio?

CLÁUDIO — Oh, milorde! Ao partirdes para a guerra que ora se acha concluída, apenas olhos de soldado lhe pus, aos quais seu todo parecia agradável, sem que a rude tarefa com que então me defrontava dar o nome de amor me consentisse a essa impressão primeira. Mas agora, já de retorno, quando os pensamentos guerreiros abandonam seus lugares, desejos delicados e inefáveis afluem para aí, todos instando comigo sobre o encanto irresistível da bela e jovem Hero e proclamando-me que antes de ir para a guerra eu já a adorava.


Nunca acreditei muito nesse ‘eu já a adorava’ – Cláudio é um soldado, acaba de voltar da guerra, onde fazia sua fortuna... agora que a guerra terminou, não há mais despojos ou soldo para custeá-lo. Mas ali está a conveniente Hero, a única herdeira do nobre Leonato – e é bastante óbvio que isso não é muita coisa.

Pior que isso é que Cláudio nada faz, em nenhum momento, para merecer qualquer consideração da pequena; é o Príncipe que a corteja por ele; quando ele a recebe, ela já está prometida e depois, enganado por Sir John, ele faz aquele papelão na cena do casamento – mais uma vez muito barulho e por uma mentira, uma ilusão, um estratagema ardiloso do vilão. Por nada, por nada... para depois aceitar a ‘outra’ Hero de olhos fechados.

Afinal, desde que ela venha com a herança, que importa que seja uma etíope, ou a mais horrorosa das criaturas?

Eis aí, talvez, a definição de amor que temos nessa peça: entre imprecações, engodos, ameaças de duelo e juras de morte, o amor não passa de muito barulho por nada. É talvez agridoce pensar assim, bem verdade, mas é a mensagem que se infiltra no meio do final feliz, das danças e da música.

Empolguei-me ao reler essa peça (e assistir o filme... e o capítulo correspondente na série Shakespeare Re-Told, que é ótimo!). Verei se escrevo uma resenha para A Megera Domada também...
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Ronnie K. 06/11/2010

Com o perdão da palavra, engraçadamente emocionante!
Um texto leve, divertido, emocionante e espirituoso! Em certo momento da leitura, lá pelo final, fiquei me perguntando por que poucos textos literários são simples, poéticos e densos como uma boa e velha peça de Shakespeare. Na superfície as comédias shakespearianas sempre serão uma leitura despretenciosa, esquemáticas na elaboração dos conflitos e no seu desenlace. Mas, quando menos se espera, sempre irrompe na boca de um personagem uma tirada imprevisível e sensaconal, uma verdade óbvia (mas que por serem óbvias muitas vezes passam despercebidas ou deixam de ser formuladas por outros meios), e nisso em grande parte reside o grande encanto dos textos do mitológico escritor: quando as palavras cintilam em pura emoção e poesia. Emoção de ódio ou de amor, tanto faz. E aqui, fica reforçada mais do que nunca uma constatação que tenho feito: as personagens serviçais, secundárias, a ralé, digamos assim, que figuram e têm participação fundamental em muitos de suas peças (sejam dramáticas ou de comédias) continuam sendo simplesmente formidáveis. Têm um sentido de sabedoria tão prática em relação às coisas e à vida, em detrimento de suas limitações (sociais, intelectuais, etc.), que somente as tornam a cada releitura mais simpáticas e humanas.
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Zooiioo0 01/09/2010

- Aurélio

Passei mais tempo lendo o didcionário do que o próprio livro :S
Leitura muito difícil, palavras meio que... formais demais.
Mas a história em si é muito legal, gostei pra caramba ;D

Só num dou 5 estrelas por ser muito embromado, de vez em quando. tive que ler um monte de vezes uma única página pra entender o que tava acontecendo..
Fora isso, ótimo livro! (:
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Sudan 30/05/2009

Muito Barulho Por Nada
Um homem e uma mulher. Os dois igualmente inteligentes, bem articulados, espirituosos, rápidos em construir respostas espertas a todo tipo de afirmação ou pergunta. É nas falas de Beatriz e Benedicto, dois dos personagens mais queridos do público de Shakespeare, que se fundamenta a parte cômica desta peça, Muito barulho por nada. Quando se encontram os dois, armam-se verdadeiros combates entre esses esgrimistas das palavras, dois alérgicos ao casamento, para o prazer do leitor ou platéia.

O lado trágico da peça nasce de pérfida intriga armada por um homem despeitado e vingativo, carregado de ódio, e que se descreve assim: "É mais condizente com meu sangue ser desdenhado por todos que pavimentar a estrada para roubar a afeição de alguém. Assim é que, muito embora não se possa dizer de mim que sou um homem honesto e bajulador, não se pode negar que sou um patife franco e leal". Com provas falsamente arranjadas, uma inocente donzela é acusada de ser uma rameira. A história tem danças, festa de mascarados, cerimônia de casamento; tem flertes, tem príncipes e condes, damas nobres e damas de companhia; e a história tem calúnias, desafios para duelos, confrontações verbais, cerimônia fúnebre, até morte e fuga que se revertem. A história tem dores e amores; a história é teatro e é Shakespeare.
ResenhasLeitoresEdições
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Inlectus 18/04/2009

Bom.
Uma estória cheia de lances inesperados, mostrando o quanto pode ser ruin, fazer-se tempestade em copo d´agua. William Shakespeare, realmente foi um fenômeno.
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