A Última Quimera

A Última Quimera Ana Miranda




Resenhas - A Última Quimera


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ceci :)) 23/03/2024

Eu adorei esse livro serio. meu favorito da ana miranda ate agora (so li 4 contando com esse??) eu achei a leitura bem mais fluida e me senti bem engatada na leitura! amei como ela trabalhou tao bem o real com a fantasia e manteve o leitor super engajado na leitura. ela pegou a maioria das fofocas envolvendo os personagens e so tacou no livro eu amei ?
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Nat 22/04/2021

^^ Pilha de Leitura ^^
Mais um livro em que Ana Miranda reconta a história de uma grande personalidade brasileira. A Última Quimera é narrado por um amigo de Augusto dos Anjos, poeta que ficou famoso apenas após sua morte. Além da vida do poeta, o livro também fala de outras personalidades, como Olavo Bilac e Raul Pompéia, bem como da modernização do Rio de Janeiro e várias disputas políticas. O livro é bem escrito, o início me prendeu muito, porém a partir do meio senti uma quebra de ritmo e a leitura ficou um pouco arrastada. Ainda assim considero um bom livro!

site: https://www.youtube.com/c/PilhadeLeituradaNat
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Mya 28/08/2016

Um dos principais poetas brasileiros Augusto dos Anjos, tem a vida romantizada pela autora Ana Miranda (que inclusive também fez isso com a história de Gregório de Matos), o livro é simples, com capítulos curtos que fluem com facilidade. A história permite que possamos entender um pouco mais de um dos poetas do pré-modernismo brasileiro, ser critico e que fazia uso de muitos termos médicos misturados com melancolia. O titulo da obra se remete ao seu poema mais famoso "Versos íntimos". Uma leitura rápida que vale a pena.
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Toni 31/01/2014

Quimeras em palimpsesto
Na obra de Ana Miranda há um recorte bem específico: o diálogo com a tradição literária brasileira. Quatro de seus romances constituem experiências de aproximação à obra de escritores de nosso cânone. A linguagem de cada autor influencia a forma e o conteúdo que o romance terá e, como num palimpsesto, o discurso é tecido de modo a encobrir apenas superficialmente a expressão original dos autores retomados. Incorporando ao seu texto poemas, cartas, crônicas e vocabulário característico daqueles escritores, a autora se relaciona com o cânone através de empréstimos em diferentes graus e engendra, com isso, narrativas que se transformam em recepção crítica estilizada de suas obras.

Três registros principais integram o discurso intertextual do romance 'A última quimera': a poesia de Augusto dos Anjos, a correspondência do poeta com sua mãe e amigos íntimos e a fortuna crítica de sua obra. O hipertexto é construído como a fala de um eu testemunha (Friedman) que arregimenta em um único discurso híbrido essas e outras vozes (admite-se que o narrador não nomeado do romance seja Orris Soares, responsável pela segunda edição do “Eu” (1920), e autor de “Elogio a Augusto dos Anjos”).

Desse amálgama de fontes surge no romance a velha imagem do poeta sofredor e incompreendido, vivendo nas “más condições daquele sobrado”, cercado por “uma sombra” e “voltado para seu passado” em “melancólicas peregrinações”. Uma rápida passagem pelas principais histórias da literatura brasileira confirmaria o sofrimento e a humilhação como constantes da vida de Augusto dos Anjos, sendo raros os casos que não remetam a um ou vários infortúnios do poeta para explicar o conteúdo de sua poesia. Essa compreensão expressa um ponto de vista fortemente presente em nossa crítica, atribuída por Antonio Candido a "nosso modo de ser (...) bastante romântico", "uma tendência quase invencível para atribuir aos grandes escritores uma quota pesada e ostensiva de sofrimento e de drama, pois a vida normal parece incompatível com o gênio".

Não obstante, o texto de Ana Miranda subverte clichês para apresentar um Augusto dos Anjos multifacetado, num movimento eminentemente pós-moderno de acréscimo e reavaliação: “Ele era assim. Achava que os sofrimentos vêm do inferno – e decerto vêm –, que são brincadeiras dos demônios. Tinha uma visão jocosa do inferno. Ao contrário do que pensam dele, era um homem surpreendentemente bem-humorado, em sua essência mais íntima.” Alimentada por uma tradição crítica constrangida pela impossibilidade de atribuir um lugar na história da literatura a Augusto dos Anjos, Ana Miranda posiciona o poeta contra as tendências da época: “Augusto estava fora disso, era um iluminado, sua poesia tem a centelha divina, não precisa da turbamulta dos escrivinhadores anódinos das confrarias e suas frioleiras. Ele sempre teve a liberdade de raciocínio, sua razão e seus sentimentos sempre foram soberanos.” (MIRANDA, 2000: 262).

Em 'A última quimera', Ana Miranda cria um Augusto com força poética e significado suficientes para criar sua própria escola literária: “Augusto partia do real e mergulhava no ideal. Nesta ascensão, tinha seu negror, sua sinfonia, sua alma tocada de luz. A poesia de Augusto não é simbolista, nem cientificista, nem parnasianista; é feita de carne, de sangue, de ossos, de sopros da morte; é ele, integralmente, na nudez de sua sinceridade existencial, no clamor de suas vibrações nervosas, na apoteose de seu sentir, nos alentos e desalentos de seu espírito. Seus poemas são lâminas de aço polido que refletem seu rosto descarnado (MIRANDA, 2000: 263)”. O arremate da autora, no turbilhão de considerações sobre escolas, tendências e estilos literários conclui a favor de uma leitura de sua poesia livre de rotulações, em que a literatura possa existir naquilo que tem de único e insondável. Nesse sentido reside a maior contribuição do romance: à medida que apresenta o poeta paraibano ao grande público, convida o leitor a questionar e refletir sobre seu lugar em nosso cânone.
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Jeff 25/07/2013

A última quimera ou Amigo onça que quer pegar tua mulher ou O quase chifre de Augusto dos Anjos
Um romance mediano. A leitura é agradável e fluente. Tem a seu favor a tentativa de reconstrução da atmosfera da belle époque, do Rio de Janeiro com suas aspirações e contradições. A figura de Augusto dos Anjos é enigmática e carismática. A partir do livro sentimos vontade de conhecer melhor seus poemas. A autora explora o viés histórico - um filão cada vez mais explorado pelos escritores - destaque para Hillary Mantel e Andrew Miller, lá fora e João Ubaldo Ribeiro e Ruy Tapioca por aqui. Mas vale ler o comentário de Saer sobre romances históricos:

"Saer afirmou, em alguma ocasião, que não há romances históricos no sentido de relatos que tentam reconstruir uma época determinada do passado. Para o autor, a literatura não reconstrói passado nenhum, ela 'simplesmente constrói uma visão do passado, certa imagem ou ideia do passado que é própria do observador e que não diz respeito a nenhum fato histórico preciso'".


site: http://observatoriodacritica.com.br/arquivos/publicacoes/annegreice/Ensaio%20Anne%20Greice.pdf
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Thais 06/05/2013

É um pelo livro, faz o leitor se interessar pela história brasileira. Um romance marcado pela duvida do que é a vida. O narrador sem identidade se montra em conflito em relação ao amor, se realmente ama Ester porque se importa tanto com Camila?
Surpreendente, deixa claro sem vulgaridade o que sempre soubemos, a arte tem mais valor quando seu criador já morreu, triste mas verdade.
Augusto, incompreensível e fantástico, representa onde o sempre este o maior erro do Brasil, a desvalorização do professor.
Um bom livro!!
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Cris Porini 14/12/2012

Augustinho, o ilustre desconhecido
Poucas são as fontes sobre a vida de Augusto dos Anjos, daí todo o mérito de Ana Miranda.
A partir do momento em que recebe a notícia sobre o falecimento do amigo, o narrador relembra a vida do autor: a decadência da família, ainda na Paraíba; a promessa de o futuro ser recompensador para o intelectual da família; a 'expulsão' da Paraíba, seu berço; a fraca recepção de "Eu" no Rio de Janeiro; os sofríveis dias de penúria na capital, ao lado de Dona Esther; os poucos (e últimos) dias vividos em Leopoldina-MG. Um imenso panorama do caminho de Augusto dos Anjos é traçado, muitas lacunas se formam - talvez impossíveis de se preencher.
Percebemos aqui e ali alguns "gatos": divisão da narrativa em inumeráveis capítulos, todos curtos; desvio para o panorama do Rio de Janeiro, algumas vezes enfadonhos (o próprio narrador se questiona, num dado momento, por que passou tanto tempo pensando em Olavo Bilac). De qualquer maneira, é impossível se manter inerte frente ao padecimento de Augusto, ainda mais ao imaginá-lo, tímido como era, tentando vender apólices de seguro, batendo de porta em porta...
Mesmo assim, Ana Miranda, de novo, faz jus ao seu Jabuti pelo fantástico "Boca do Inferno". Vale a pena ler!
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Marcos Faria 02/12/2012

É estranho como “A última quimera” (Companhia das letras, 1995) e “Claros sussurros de celestes ventos” (Bertrand Brasil, 2012) são tão semelhantes e diferentes. Os dois partem de princípios muito próximos: Ana Miranda escolhe como protagonista o melhor amigo de Augusto dos Anjos, no momento em que recebe a notícia da morte do poeta e vai contar a novidade a Olavo Bilac; Joel Rufino dos Santos inicia seu romance mais ou menos na mesma época, imaginando uma visita de Cruz e Souza ao leito de morte de Lima Barreto. O desenvolvimento, porém, é bem diferente. Miranda opta por uma narrativa tradicional, apoiada na pesquisa e na historiografia, para chegar a uma conclusão algo melancólica sobre a inutilidade da poesia. Rufino mistura personagens históricos (como João Cândido, Lobato, Friedenreich) com outros tirados da obra de Lima Barreto (a Olga de “Policarpo Quaresma”), numa prosa delirante que atravessa o século XX para tentar explicar uma formação da nacionalidade brasileira um pouco mágica, um pouco trágica emuito poética. O primeiro é mais bem resolvido, amarradinho, mas o segundo leva vantagem por ser mais ambicioso.

(Publicado também no Almanaque - http://almanaque.wordpress.com/2012/12/02/meninos-eu-li-29/)
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Bruno 09/03/2011

Um olhar sobre a quimera.
Biografia romanceada sobre o excêntrico autor Augusto dos Anjos.Ana Miranda consegue em seu livro amarrar a ficção e a realidade com uma propriedade singular.Trazendo ao leitor, mesmo aquele que não conhece a obra do "poeta do nojo", uma análise pormenorizada da obra e da vida de Augusto dos Anjos.
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Dread 24/02/2009

Excelente
Lembro de ter escolhido esse livro na estante da biblioteca sem saber ao certo sobre o que ele falava, apenas para passar o tempo.
Conforme fui lendo, fui descobrindo a vida de um poeta póstumo, Augusto dos Anjos. Nesse livro foi passado com muita clareza a vida e obra de A. dos Anjos, incentivando a quem quiser saber mais sobre nossos poetas, terminar o livro e começar a ler o próprio Augusto dos Anjos.

A narrativa dos fatos, são muito bem feito, já que para poder escrever tal livro Ana Miranda fez uma grande caçada sobre todos os fatos que diziam sobre Augusto.
Uma boa leitura.
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