A Normalista

A Normalista Adolfo Caminha




Resenhas - A Normalista


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Andynho 07/01/2021

Uma obra atemporal, infelizmente!
A 'Normalista' de Adolfo Caminha é uma das obras clássicas da Literatura Cearense que se conhece sem precisar ler, tanto pelo enredo chocante e violento, o que torna a história marcante, quanto pelo sucesso, um pouco tardio, que consagrou Caminha como um dos expoentes do Naturalismo, tanto no âmbito local como nacional.
Além da coragem do escritor em narrar os constantes assédios sofridos pela normalista Maria do Carmo, cometidos pelo seu próprio padrinho, o que escandalizou Fortaleza da época, como uma crítica à hipocrisia dos conterrâneos ?corretos?, ?cidadãos de bem? e ?educados", mas que escondiam vários pecados e crimes, destaca-se também a maestria de Caminha em evidenciar as mudanças de costumes que estavam ocorrendo na sociedade fortalezense.
Embora de conhecimento geral, a trama de 'A Normalista' continua crível e atual como no séc. XIX.
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Afranio.Cunha 13/12/2020

Um digno representante do Naturalismo Brasileiro
Adolfo Caminha descreve em seu livro a Normalista um Fortaleza provinciana do final do Séc. XIX com seus ares de cidade pequena e suas fofocas familiares. Uma sociedade em formação que a vida privada ainda despertava interesses bem maiores que a vida pública. Encontramos os traços de uma cidade que ainda reconhecemos nos dias atuais, mesmo ficando cada dia mais distante, pois Fortaleza hoje é uma cidade muito grande e profundamente desigual e daí muito das suas mazelas atuais. Mas o que mais me chamou atenção nesse romance foi Maria do Carmo a morena com olhos cor de azeitonas. Uma Normalista muito bonita que não teve a mesma projeção da Capitu de Machado de Assis.
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Bia 31/08/2020

Nojo
Foi o que eu sentir lendo esse livro, é uma leitura bem difícil mas ao mesmo tempo fascinante. Foi escrita a muito tempo atrás , porém é tão atual ,o abuso sexual , a mulher sendo julgada pela sociedade e como uma casamento pode fazer a mulher ser bem vista e o homem sempre conseguir sair imune .

Eu já tinha lido antes, mas não tinha me apegado tanto a história como agora.

Com certeza uma leitura que vai fica marcada na minha memória.
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Sara 01/07/2020

Nostálgico ler sobre Fortaleza de antigamente. Gostei da abordagem sobre a seca, que aconteceu antes dos acontecimentos envolvendo o arco principal da normalista. É uma história triste, mas importante.
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Maycon.Felipe 17/06/2020

A Normalista é um daqueles livros que você se sente indignado e ao mesmo tempo fascinado com histórias de pessoas comuns e ao mesmo demasiado humanas.....
Um livro para seres ingênuos, como Maria do Carmo ou para seres ignóbeis, como João da Mata.
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z..... 03/04/2018

Adolfo Caminha foi muito preciso no retrato que procurou mostrar, destacando elementos que ainda são encontrados na atualidade, referentes ao abuso infantil e preconceitos entre classes.
Maria do Carmo personifica o primeiro e mais importante retrato, com descrições que se repetem hoje sobre abuso no lar, partindo de pessoas em quem se confiava e imaginava-se que seriam protetoras. Quando trabalhei em um abrigo de menores, as histórias que se apresentavam sobre abuso tinham sempre essa caracterização.
A outra ilustração está na oposição do pai de Zuza ao namoro do filho com moça de classe social diferente, julgando-a inferior.
É nisso que se constrói o livro, sem grandes reviravoltas ou valorização de um texto melancólico. A história desperta essa consciência no relato dos fatos.
Descrições notórias a todo leitor. Faço o mesmo registro também.

Algo que achei curioso na leitura é que o autor cita alguns livros e estes refletem o direcionamento da história.
"O Primo Basílio" é um deles, que chega às mãos da jovem normalista despertando curiosidades em paralelo à inocência em muitas coisas. Ecoa a transformação do padrinho João da Mata, adentrando sua vida lascivamente como abusador de sua inocência.
Outro livro citado é "Casa de Pensão", como preferido do Zuza. Não li ainda, mas pelo que sondei, tem algo da vida dele, mostrando um jovem protagonista em busca de identidade, até então sufocado pelo pai. Como disse, ainda não li, mas creio que vai por aí e isso reflete muito da vida de Zuza.
As obras de Victor Hugo são reverenciadas na preferência de Lídia e Maria do Carmo. Entre elas, "Os miseráveis". Claro que tem paralelo com a vida da normalista, referente a exploração de Cosette pelos Thenardiers. Embora não seja no contexto sexual, é um abuso da inocência da mesma maneira, através do trabalho escravo.
E de maneira geral, a Literatura Portuguesa é citada como algo avesso ao Zuza, por estender a elas, ainda que erroneamente, a percepção de exploração ao nosso país. Tem nisso um pouco de preconceito e evidencia-se rejeição ao contexto de exploração, coisas que Adolfo Caminha provoca em reflexão ao leitor.

Não achei empolgante ou que surpreendesse, mas cumpriu o papel de provocar reflexão em seu retrato e denúncia.
Samara 07/04/2018minha estante
Adolfo Caminha, grande escritor cearense, mas julgado mal no seu tempo


Samara 07/04/2018minha estante
Rogério, porque tu não colocaste todos teus livros lidos na estante?


z..... 07/04/2018minha estante
Oi, Samara? não entendi


Samara 07/04/2018minha estante
Assim, tu tens mais de 1000 resenhas e poucos livros lidos


z..... 07/04/2018minha estante
Samara é porque leio muitos quadrinhos e revistas, e faço resenha de tudo. Tanto os quadrinhos quanto as revistas não entram na conta dos livros lidos. E leio livros na minha media anual em torno de 100 o que para mim não é pouco com outras leituras em paralelo. todo dia estou lendo algum livro, mas demora mais para terminar que as revistas e quadrinhos, que geralmente são em um dia


Samara 07/04/2018minha estante
Entendi agora, também já li revistas e quadrinhos, mas coloco apenas livros. Há suas exceções, como um livro em quadrinhos por exemplo.


z..... 07/04/2018minha estante
Oh Samara! tenho mania de organização ( trabalho em biblioteca, né!) e é cada um no seu quadrado, com as especificações exatas. Fico ate invocado quando usuários mudam as capas originais dos livros para enquadrar com uma obra recente que leu, em vez de registra-la. Faço a resenha mesmo de obra que não gostei e que pareça insignificante. Acho que sou um dos poucos no skoob com resenha nas revistas.


Samara 07/04/2018minha estante
Acho que é mesmo, mas vc ler as revistas inteiras?


z..... 07/04/2018minha estante
sim, de cabo a rabo, mesmo que só renda algumas linhas para referenciar na resenha. Mas tem reportagem que não me instiga, então passo contentando-me com uma noção do que vá falar, só para saber o que tem na revista. Tenho também um jeito doido de ler as revistas. começo com as coisas menos importantes e aí encerro com a grandes reportagens. KKK! Cada um tem suas doideiras e pior que se as coisas não funcionarem nesse esquema acabo me sentindo perdido na leitura. TOC do brabo, mas realidade


Samara 07/04/2018minha estante
Já li muitas revistas também e até livros sobre a matéria História, mas lembrar? Cadê que lembro o nome kkk




Ana 07/02/2018

A normalista é um romance brasileiro que pode ser classificado como realista/naturalista, é um dos meus livros favoritos, do mesmo autor de Bom-Crioulo.
Neste livro, Caminha não poupa duras críticas à sociedade cearense da época, e seus casos de maledicência, mesquinharia, e abuso de menores.
Aliás, este livro narra o abuso sofrido por uma menina, Maria do Carmo, a normalista do título, que vive com o padrinho, homem malicioso e pervertido, que deseja seduzi-la e levá-la a se deitar com ele. Maria do Carmo não tem quem a proteja, pois
Dona Terezinha, mulher de seu padrinho, que se acredita uma pessoa virtuosa, prefere sempre acreditar na palavra do marido.
Quando dona Terezinha percebe as investidas de seu marido canalha, fica de péssimo humor, não raro descontando em Maria, que sofre com suas descomposturas.
Maria está entregue à sua própria sorte, não tem quem a ampare, e não tem em quem confiar. O livro nos mostra a realidade vivida pelas moças daqueles tempos (décadas de 1870/ 1880), em uma sociedade provinciana onde não tinham voz nem vez.



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Henrique Fendrich 01/10/2017

De certa forma, um retrato duro e corajoso da vida provinciana do seu tempo. A leitura flui com naturalidade, mas não deixei de notar que em alguns momentos faltou ao autor objetividade e em outros sobrou! Assim é que há descrições absolutamente desnecessárias de paisagens, por um lado, e, pelo outro, há revelações importantes para a trama da história que são feitas à queima-roupa!
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Franco 24/11/2016

Surpreendentemente pesado.
O livro é bom, mas pesado. E confesso que por preconceito ou simples ignorância eu não esperava encontrar tanto 'peso' nesse livro.

Uma comparação? A Normalista seria como se Legião Urbana tivesse gravado Clarisse... lá no final do século XIX.

Sua trama e estilo de escrita lembram muito Machado de Assis: frases bem construídas para criticar e denunciar uma sociedade cheia de vícios e defeitos.

Contudo, Adolfo Caminha é mais, digamos, incisivo e incomodativo; sua crítica pesa, é crua, não tem aquela ironia fina com que o Machado de Assis enfeitava suas patadas na sociedade e conseguia assim um certo alívio cômico. Caminha descreve a violência e opressão de modo direto, sem firulas, e você dificilmente vai rir ao final.

Sim, confesso que fiquei bem impressionado com a trama, peguei uma empatia enorme pela protagonista, e, ao final, o gosto que me ficou era amargo e desconfortável (o que certamente é um sinal de que a obra é boa e imersiva).

O livro é um prato cheio para quem gosta de literatura que reflete criticamente a sociedade do final do século XIX, mas um livro com carga emocional um tanto elevada (imagino como foi à época do lançamento!).
Samara 14/02/2017minha estante
Eu li um pouco sobre ele por causa de um trabalho que fiz sobre o Passeio público aqui em Fortaleza, que ele tanto cita no livro e por meio desse lugar, existe a divisão de classes, cada espaço é separado de forma para que todos conheça seu lugar.




Dodo 23/12/2015

Clássico lido por prazer
Quando falamos de clássico literário temos, ao meu ver, que tomar muito cuidado. São livros com contextos históricos e importância muito delicados para analisarmos como se fosse um ''livrinho passa-tempo''. Confesso, eu gosto, mas dificilmente leio algum por prazer, embora sinta prazer lendo, por se tratar de uma leitura que deseja uma ''dedicação'' mais minuciosa.
Achei esse livro em minha estante e pensei ''será que devo ler?'' ... Tinha tantos best sellers ali, mas comecei o ler e enfim, terminei no dia seguinte. Achei incrível. É um clássico do Naturalista, movimento estendido do Realismo, e Adolfo Caminha, o autor, não deixa de criticar ''Luciola, Senhora'' e outros, já que esse movimento veio justamente para se opor ao subjetivismo do Romantismo.
O caso de Maria é muito delicado. As personagens são bem reais. O padrinho de Maria me dava nojo e ao final também tive essa sensação de nojo de Zuza, o ''flert'' de Maria.
Bem, não vou falar o que acontece, para não cometer spoilers, mas é um ''caso amoroso'' um padrinho safado com sua afilhada, que cuida porque os pais dela não tiveram condições.
Outras personagens que contribuem para a história:
Dona Terezinha, mulher do padrinho que ao final se desentende muito com Maria;
A filha de Dona Amanda, melhor amiga de Maria, que se casa com o carteiro;
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Vitoria Freitas 17/06/2015

A normalista
Maria do Carmo, é uma jovem que junto com sua família vão para fortaleza em busca de uma vida melhor longe da seca, porém sua mãe morre e seu pai vai embora para longe. Maria do Carmo passa a morar com o seu padrinho que se chama João da Mata e sua mulher Dona Terezinha.
João da Mata sempre mostrou muito afeto a sua afilhada.
Maria do Carmo conhece um jovem chamado Zuza e se apaixona, tendo assim planos de casar. A historia do possível casamento logo se espalha pela cidade e o pai de Zuza o proíbe de ve-la. Como todo romance eles continuam se encontrando escondido e a cada dia que passa a garota tem mais nojo dos “afetos” de seu padrinho.
João da Mata abusa sexualmente a garota. Obrigada, ela prefere aceitar. Se isola da sociedade e quando volta a vida normal descobre que Zuza retornou a Recife. Descobre então que está gravida, o que faz a menina ficar mais isolada e depressiva. A vizinhança gosta muito de fuxico e fica na especulação de quem seria o pai.
Para fugir das fofocas da cidade, ela se muda para uma casa distante e da á luz ao seu filho. Por conta de um parto mal sucedido, o bebe acaba morrendo.
Depois de tanto sofrimento, ela resolve voltar a cidade e recomeçar a sua vida.
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