Resenhas - O Sári Vermelho

DIRCE 13/05/2009

Biográfico
Não sei bem se a intenção do autor era escrever um romance envolvendo Sônia e Rajiv, mas, para mim, foi muito mais que isso. Foi um livro biográfico esclarecedor, já, que eu, podia jurar de pés juntos, que Indira Ghandi era filha de Ghandi – ledo engano. O livro vai muito mais além de um simples romance, ele relata a conturbada história política da Índia, sua cultura, os inúmeros idiomas, enfim, você acaba conhecendo um pouco desse país asiático sem ter que mergulhar em um livro didático.

Sally.Rosalin 16/05/2012

Uma história da Índia
Depois de ler As montanhas de Buda, do mesmo autor, me interessei por esse livro. O título se remete ao Sári Vermelho fiado por Jawarharlal Nehru em um dos vários períodos em que esteve preso e a peça de roupa, típica da Índia, foi usada no casamento pela sua filha Indira Gandhi, sua nora Sônia e sua neta Priyanka. O livro é um romance que aborda a história da dinastia Nehru-Gandhi paralela a história da Índia independente, começando pela morte de Rajiv aos 46 anos no ano de 1991.

Rajiv, marido de Sonia Gandhi, uma italiana de Orbassano, foi vítima de uma atentado terrorista. A mãe de Rajiv, Indira Gandhi e avô Nehru, também foram assassinados. Os três atuaram no cargo de Primeiro-Ministro da Índia e lutaram para manter o país independente. Um país repartido pelas religiões, crenças e costumes. Agora, o partido pede que Sônia assuma a presidência do maior partido democrático, porém ela é uma estrangeira e tem aversão à política. Enquanto decide e sente a dor do luto, Sônia lembra como conheceu Rajiv. O autor então descreve os períodos de cada um dos componenentes da família no espaço privado e público, descrevendo lutas religiosas, corrupções, intrigas familiares, relações internacionais e outros temas que ocorreram na história da Índia.

Um ótimo material para quem gosta de História e biografias. INDICO!

deboraj 22/06/2009

Muito bom !
Mais um livro emocionante de Javier Moro ! Uma história que reflete a verdadeira Índia.. muito mais que um romance... adorei ! VALE A PENA!

Karine Coelho 27/07/2010

Not a fairy tale.
Quem começou a ler O Sári Vermelho depois de amar Paixão India, e foi atrás justamente de uma história igual... errou feio! Eu me enquadro nesse grupo, dos que pensavam que esse livro seria parecido com o bestseller anterior de javier Moro. Ledo engano! Nesse novo livro, não há a ideia de conto de fadas: não há uma mocinha pobre que se apaixona por um príncipe exótico de uma terra distante. O que há, é a realidade de uma garota que se apaixona por um cara que conhece em Londres e descobre que ele é filho da primeira-ministra da India. Tudo bem, isso soa como conto de fadas, mas engana-se quem achou que a história seria focada apenas nesse romance entre um indiano e uma italiana.

O nome do livro já diz tudo. O sári vermelho da história não é só uma vestimenta, é um simbolo. É a herança da família Nehru-Gandhi, e o legado de seu destino, ou de sua maldição, se preferir. Ele foi fiado na prisão pelo então primeiro-ministro Nehru e dado de presente à sua filha, Indira, que o usou em seu casamento. Anos mais tarde, sua nora, Sonia, o usou também; assim como sua neta Priyanka. O símbolo de uma família cuja história se confunde com a da própria India. Uma família marcada e escolhida pelo poder, mesmo que não se deseje. O romance de Sonia e Rajiv é apenas o pano de fundo da saga dessa dinastia: sua ascenção, queda, tragédias e glórias. E o fato de tudo ter acontecido num passado tão recente tira ainda mais a sensação de conto de fadas.

O Sári Vermelho não é a narrativa de um romance, mas uma epopeia. Não é a história de Sonia e Rajiv, mas de Indira, de Nehru, de Sanjay e Maneka, dos bilhões de habitantes da India, porém tendo como protagonista a mulher tímida que saiu de seu país natal para levar nos ombros o destino do país que escolheu como seu, tendo como força apenas o amor que a uniu a Rajiv Gandhi.

Lucy Nazaro 05/03/2010

Sari Vermelho. Um livro muito bom! Dá para conhecer um pouco mais sobre a história política de Indira Ghandi e ela, a mãe que fazia tudo por amor à Família e à Índia.
Amei este livro, eu já ouvia falar e via na televisão, quando eu era jovem, a Indira Ghandi- Primeira Ministra da Índia, nos anos 70-80. Lembro que foi assassinada. Mas não conhecia a sua história. O autor conta a história de Sônia, uma italiana que se tornou sua nora, casando-se com seu filho Rajiv e tiveram dois filhos, Rahul e Priyanka> Mas na verdade ele conta grande parte da trajetória política e familiar de Indira. Uma história comovente, de uma menina fraca, doente, que nem deveria ter filhos, filha de um rico indiano, Nehru, que acabou conhecendo Mahatma Ghandi e com ele a pobreza, a miséria do povo. Então aproveitou suas riquezas para ajudar os pobres da Índia. Passou a viver uma vida dedicada à libertação da Índia, tornou-se o Primeiro Ministro da Índia Livre. Sua filha Indira casou-se, mesmo contra a vontade do pai, e também contra a vontade dos médicos teve dois filhos: Rajiv e o mais novo Sanjay, que casou-se com a indiana Maneka, com quem teve um filho. Relata de forma clara, simples todos os obstáculos vencidos por Indira para permanecer tanto tempo no poder, como Primeira Ministra, conta sobre sua forma de governar e também como se deixou influenciar pelas idéias do filho mais novo que acabou levamdo-a à derrota. Mas ela sempre dava a volta por cima e retornava vitoriosa, pelas mãos dos mais pobres. O pai dela e ela mesma foram perseguidos, caluniados e presos várias vezes. Ela tomou medidas impopulares e através de Sanjay o "estado de sítio" se tornou um verdadeiro horror, quando ela teve que manter, mesmo contra seus ideais e de sua família. Tudo sempre era em prol dos mais pobres, em prol da liberdade e de melhoria de condições. Sua forte aliada, durante toda a vida política foi a nora estrangeira, Sônia, que se indianizou em todas as formas possíveis e viveu uma vida totalmente diferente da que vivia como ocidental, por amor ao Rajiv. Quando Indira foi assassinada, ela esteve com a sogra em seus últimos momentos, depois, mesmo sabendo que lhe valeria um sacrifício ainda maior aceitou que seu marido se tornasse Primeiro Ministro, no lugar da mãe. Foram tempos conturbados, vividos em clima de medo, de insegurança, culminando com o assassinato do filho de Indira. Também Rajiv foi morto antes dos 50 anos de idade E caberia à Sônia continuar o que a família começou.



Uma história linda que vale a pena ser lida. Voc~es precisam conhecer o final...



Ah! Ganheio o livro de minha nora Tatiana, em dezembro. Valeu o presente! Obrigada.
EU RECOMENDO!

Juliana Papi 11/08/2010

Não sei se esse livro se encontra exatamente como "romance". Mas, de qualquer forma, gosto de romances e "romances" que tragam como contexto das suas hisórias informações relevantes, que você realmente possa usar para formular outras opiniões. E achei esse livro fantástico nesse ponto.

Não acho que o livro seja centrado na história da Sonia e do Rajiv e sim de uma certa visão da história política da Índia. Até porque, durante boa parte do enredo que foca na Indira, os dois se encontram no quarto, com aparições a mesa nas refeições e coisas assim, apenas paisagem do contidiano.

Ás vezes, ele não parece ter uma narrativa de romance, e sim de tentar ser um livro de apenas relatos, e que o autor só faz juntar esses relatos com elogios colocados pontualmente. Mas mesmo assim, gostei bastante da narrativa, não é nada cansativa.

A Índia é um país dificil de entender. Sua política, então! São muitos partidos e formas de eleger o mandatário máximo diversa da nossa. Nisso, eu realmente gostei do livro. Já que ele contado em forma de romance você vai lendo e absorvendo certos fatos, e não foi uma surpresa quando eu me peguei no google para procurar melhor sobre algumas coisas ditas.

Por esses motivos, acho que posso dizer que achei um livro muito interessante e que recomendo.

Autora Dilma Barrozo 30/08/2010

A ÍNDIA DE INDIRA
Embora seja um romance, o que obviamente lhe confere todas as características ficcionais que podemos imaginar, torna-se uma boa oportunidade para se conhecer um pouco da história da Índia.É um livro longo, mas não cansativo. Se observarmos com um pouco mais de cuidado , vamos ver que todo o jogo político e suas implicações que aqui aparecem não se restringem à India. Na verdade refletem com perfeição o panorama universal. Alguns aspectos culturais como as castas, a rivalidade entre grupos raciais e religiosos , o fanatismo,
a xenofobia são bem focados ao longo de suas páginas.
Não é o livro da Índia.
É o livro da Índia de Indira e da sua família: pai,avô, filhos, noras e netos,mas isso não lhe tira o brilho.

Maria Elegiani 07/08/2012

Maravilhoso!!
Não conhecia muito sobre a história de Indira Gandhi. Maravilhoso o livro, ótima leitura mesmo que sobre um assunto pesado como a política. Vale à pena ler, eu recomendo, muuuuiiiito!

Lucia 30/08/2012

Muito interessante a leitura ,que nos remete a riqueza Cultural da Índia!Personagens fortes e inspiradores.

Natália Caetano 18/10/2012

Um título que pode enganar aos desavisados. É uma história de amor, mas amor ao país.
A história de uma família que se dedica a servir, a fazer sempre o que acredita ser o melhor para o povo.Vidas que se encontraram e foram empurradas de encontro a um destino por vezes cruel,mas belo.
Realmente mostra o que é servir e que devemos nos sacrificar por aquilo que acreditamos.
Com Javier Moro foi possível visualizar essa parte da história da Índia (assustadora e fascinante) pelos olhos dos protagonistas e acompanhar suas lutas,sofrimentos, frustrações, decepções, pois a vida não é perfeita e nem sempre tem finais felizes, mas é cheia de recomeços.

cid 28/11/2012

"Todo poder é dever"- Vitor Hugo
Interessante o painel mostrado por Javier Moro, de uma India de muitas faces, muitas línguas, muitos deuses. Mas, J M bajula demais seus biografados, e a narrativa perde um pouco a credibilidade. Mas, como dizia Vitor Hugo , “Todo poder é dever”.
Gostei da citação de Gandhi: “Quando hesitar ou questionar, faça o seguinte teste: lembre o rosto do homem mais pobre e mais fraco que já viu e pergunte-se se o passo que está prestes a dar vai ser útil para ele. Ele ganhará com isso? Isso lhe devolverá certo controle sobre sua vida e seu destino? Então, você verá que sua dúvidas se dissiparão”.

Jobita 02/05/2013

A sinopse me fisgou desde o primeiro parágrafo e a leitura não me decepcionou, embora tenha sido um pouco árdua, eventualmente. Repleta de personagens fortes, marcantes e, ainda por cima, reais, o Sári Vermelho possibilita instigantes reflexões sobre a importância de cada existência, a força do amor, do dever, bem como acerca da política e suas motivações. Uma excelente leitura que cumpre o que promete e surpreende ao oferecer mais que o prometido.

Mural dos Livro 11/06/2013

A História Real da Mulher que Desafiou a Índia por Amor
Este livro comprei na Bienal de 2012. Confesso que ele estava sem abrir até agora (Abril/2013). Como são tantos livros pra ler, acabam que alguns ficam mais tempo na fila de espera... tá maior que a fila do SUS... rs... Quem é apaixonada(o) por livros sabe como é, a gente compra, compra, ganha, pega emprestado, compra novamente e vai administrando o tempo pra encaixar todos.

Este levei mais tempo pra ler que o normal. No final gostei bastante da história e indico com certeza aos amantes da leitura.

O Sári Vermelho é a história de amor por um país, por um povo...Uma história real que vale a pena conhecer.

Sonia Maino, era apenas uma estudante italiana, que aos 19 anos conhece o amor da sua vida, Rajiv Gandhi. Um jovem indiano pertencente a uma das famílias mais tradicionais, importantes e poderosas da Índia. Os dois juntos vivem uma linda história de amor em Cambridge, enquanto estudam. Mas Sonia com o passar do tempo tem que escolher entre casar-se com Rajiv e ir morar em um país totalmente desconhecido para ela, ou desistir do seu amor e ficar na Itália junto de sua família.

O amor fala mais alto, e Sonia Maino se torna parte da família Nehru-Gandhi. Então passa a conhecer uma Índia cheia de contrastes, onde a riqueza e a pobreza estão lado a lado. Começa a conviver com Indira Gandhi, sua sogra, que aos poucos aprende a amar, respeitar e ter orgulho. Sua sogra é nada mais, nada menos que a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe do governo indiana, a primeira-ministra da Índia.

Indira é ao mesmo tempo a mulher mais respeitada e odiada de seu povo, pois enquanto uns a idolatram outros a odeiam e querem tirar dela seu poder. Forte, persistente, estrategista, enigmática cheia de valores morais, procura de todas as maneiras fazer uma politica para o povo que é a verdadeira Índia. Mas diante do jogo dos partidos políticos existentes, onde cada um quer ser mais que o outro, e a maioria quer ser primeiro-ministro, sua luta é inconstante. Seus desafios são enormes diante da pobreza, da falta de alimento para um dos países mais populosos do mundo.

São mais de 23 anos de poder da família Gandhi, onde o cargo de ministro acaba sendo passado de geração a geração pelos indianos, que vota acreditando que a dinastia da família dê a eles um lugar melhor, com melhores condições de vida. Uma adoração sem limites, que beira o extremo de um povo.

Sonia não é dada a politica, assim como seu marido Rajiv, mas o destino irá colocar os dois frente a frente com o poder quando sua sogra que tanto ama, sofre um atentado politico e falece, assim como todos os outros de sua família que passaram pelo poder/politica. Diante dá tragedia que se instala, o país clama por um sucessor.

Vidas que são empurradas de encontro a um destino cruel, mas belo ao mesmo tempo. Rajiv e Sonia irão ter que sacrificar seu amor por uma Índia destruída pela ganancia dos mais ricos e poderosos, lutar contra o poder politico, com o medo de outro atentado/assassinato. Rajiv entra para a política para se tornar o sucessor de sua mãe Indira, mesmo contra sua vontade no começo, e contra tudo que Sonia jamais sonhou para ele.

"...Sonia demonstrou, mais uma vez, que seu amor pelo marido importava mais que qualquer outra consideração. a lealdade era a essência do amor. Sempre o acompanhara. Deixara sua família e seu país por ele. Transformara-se em uma impecável nora indiana por ele. Se toda sua vida havia girado em torno dele, se um dia havia lhe prometido segui-lo até o fim do mundo, agora cabia cumprir aquela promessa. Acompanhá-lo-ia aonde quer que fosse, ao inferno da política, se necessário. mesmo que ambos acabassem ardendo em suas chamas..."

Mas novamente o destino trágico acontece nessa jornada, e Rajiv sofre um atentado e o país perde seu protetor. Novamente Sonia se vê sem chão, sem destino, sem o amor de sua vida.

"... Sonia Gandhi não consegue acreditar que o homem de sua vida está morto, que não mais sentirá suas carícias, nem o calor de seus beijos. Que não tornará a ver esse sorriso tão doce que um dia arrebatou seu coração. Tudo foi tão rápido, tão brutal, tão inesperado que ainda não assimilou o fato...Gostaria de morrer também. Queria estar com ele, sempre com ele, aqui e na eternidade. Amava-o mais que a si mesma..."

Agora apenas com seus filhos, Sonia tem que buscar manter vivo o legado de seu marido. São muitos os que querem vê la na politica, no poder, mas será que ela está preparada para se tornar a sucessora da família Gandhi?

Mostrar aos indianos que ela, Sonia, uma estrangeira, se tornou uma verdadeira filha da Índia, que ama sua nova terra e que busca com seu marido fazer da Índia um país a altura de seus antecessores que lutaram por justiça e igualdade.

"...No fundo, e isso Sonia bem sabia, é indiano quem se sente indiano. E ela repete sem cessar: Sou indiana. ao entrar nesta família, eu me tornei filha da terra de meu marido, filha da Índia..."

Sua coragem, honestidade e sua entrega acabarão transformando-a em uma deusa aos olhos de um sexto da humanidade. Sua busca constante por uma Índia melhor. Suas duvidas quanto seguir adiante ou desistir de tudo, e ficar apenas com seus filhos, sua saudade...

Só pra vocês saberem que a família Gandhi não é a mesma do Mahatma Gandhi, mas Jawaharlal Nehru e Gandhi lutaram juntos pelo movimento da independência da Índia. E por isso Nehru foi reconhecido como herdeiro político de Gandhi, se tornando Nehru-Gandhi.

Um livro que vale a leitura. Que nos transporta para uma Índia política. Uma Índia na luta por melhores condições para seu povo. A Índia dos indianos e de Sonia Gandhi.

Visite meu blog http://muraldoslivros.blogspot.com.br/

Luciana Sabbag 28/03/2014

Mais uma obra emocionante de Javier Moro
Uma mulher que a vida inteira fugiu do poder, é eleita pela Forbes a 21a. pessoa mais poderosa do mundo - e a 9a. mulher mais poderosa. (http://www.forbes.com/profile/sonia-gandhi/)
Que história apaixonante a de Sonia Gandhi e sua família! Quantos personagens fortes em "O Sári Vermelho"!
A história real da mulher - Sonia Gandhi - que desafiou a Índia por amor, só aumentou minha vontade de conhecer a Índia. É o segundo livro do Javier Moro que tem este país (de um sexto da população mundial) como cenário principal - e é a segunda vez que fico segurando meus dedos para não comprar uma passagem.
Javier tem o poder de nos fazer apaixonar por seus personagens (sempre reais). Seus livros não são historinhas de ninar. São biografias intensas, profundas, que não apresentam somente os fatos, mas também os sentimentos e emoções dos biografados. Sou apaixonada por este escritor. Mais um livro do qual eu vou sentir saudade.