Primeiras estórias

Primeiras estórias João Guimarães Rosa




Resenhas - Primeiras Estórias


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karina 26/01/2017

O universo do "esmarte" Guimarães Rosa
Nesse pequeno livro de 21 contos, o "esmarte" Guimarães Rosa nos introduz ao seu amplo universo de histórias e palavras. Li cada conto 2 vezes, sempre consultando o dicionário.

Os temas são diversos, como também o cenário, que transita entre elementos rurais e urbanos. São histórias fantásticas em sua simplicidade. As que mais me encantaram foram as que as que tinham crianças como protagonistas - "A menina do lado de lá" (que triste!) e "A terceira margem do rio", "Pirlimpsiquice", "Partida do audaz navegante" e "Os cimos" (que bonitinho!). Guimarães Rosa consegue transmitir os sentimentos das crianças com extrema ternura, sem perder uma de suas características que é o rico vocabulário.

Também gostei dos contos que se situam numa época e num lugar, com referências a fatos do "nosso mundo", como "O cavalo que bebia cerveja" (que traz uma personagem que participou da 2ª Guerra Mundial) e "Sorôco, sua mãe, sua filha" (referência ao manicômio de Barbacena). Também gostei de "Um moço muito branco", que me surpreendeu e me levou lá longe refletindo sobre extraterrestres.
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Victoria.Marques 21/10/2016

Primeiras estorias
O livro que eu estou lendo chama-se ''Primeiras estorias''.Indico esta obra porque é muito legal e o autor descreve a historia de um menino que ia viajar com seus tios para a grande cidade.
E lá ele fez várias coisas como brincar no quintal com as galinhas e com os perus,mas ele se encantou com o peru de lá e se apegou muito a ele.
Lá também tinha uma menininha chamada Maria. Ela era toda miudinha com olhos grandes e cabelos enormes. Ela não falava,a mesma tinha tinha um dom de saber quando vinha chuva, seca ou algo parecido, a garota era bem doentinha e logo com 4 anos ela morreu.
Todos ficaram triste, porém passou a vida mudou e o menino começou a se espelhar em pessoas leais, trabalhadoras e virou alguém no futuro.
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Wilton 20/06/2016

Primeiras Estórias. Histórias inesquecíveis

Primeiras Estórias é o primeiro livro de contos de João Guimarães Rosa. O cenário escolhido para as suas narrações é bem dele: uma região rural habitada por personagens excêntricas. A linguagem flui com neologismos e palavras empregadas fora do contexto primitivo. O leitor vê-se num ambiente mágico onde tudo é possível. O estilo é exclusivo de Guimarães Rosa e quem se arriscar a imitá-lo, certamente passará por grande decepção.
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Bruno Oliveira 25/01/2016

Muito acima de minhas capacidades
Um livro bastante complexo o qual exige um leitor bem sofisticado para captar suas minúcias. Particularmente, tive muita dificuldade em manter a atenção em vários contos ou mesmo em compreender certas coisas.

Evidentemente, um nível superficial de leitura é possível, não é difícil entender os enredos e coisas banais assim, mas o modo como o autor usa a linguagem faz com que esse tipo de compreensão seja muito básica perto daquilo que o livro pode oferecer.

Há contos mais "tradicionais" como "A terceira margem do rio" ou o belíssimo "Soroco, sua mãe, sua filha" que, respectivamente, encantam pela aura metafórica e pela ausência de qualquer aura em torno de si, contudo, esses são apenas os contos mais acessíveis ou, ao menos, aqueles que o leitor acha que entendeu e pôde se encantar.

Considerei muito frustrante minha experiência com o livro e sinceramente não consegui apreciar muita coisa. Foi como ficar trancado do lado de fora da experiência que ele poderia me proporcionar. Guimarães é aquele tipo de literato que te mostra que literatura não é brincadeira e nem está aberta a todos. Há níveis e níveis de leitura, e muitos deles demandam muita sofisticação para que sejam alcançados.

Talvez eu me dê melhor com alguma outra obra do autor, mas no momento não estou interessado em tentar descobrir.
Lê Amâncio 11/01/2017minha estante
Tive a mesma infeliz sensação.
Fica pra depois esse.


Lene Colaço 13/04/2017minha estante
Senti o mesmo. Acabo de abandona-lo frustrada. Foi meu primeiro contato com o autor e esperava me sair melhor.


gabriel 23/10/2020minha estante
Resenha de uma honestidade ímpar, parabéns. Essa sensação de "ficar trancado pra fora" é horrível, a gente sente que perde muita coisa e se sente impotente em relação a isso. Eu acho que tive mais abertura a Guimarães quando jovem (quando qualquer um mais "espertinho" já bate nossa carteira e nos leva no gogó), então imediatamente comprei todas as inovações que ele fazia. Já mais velho e "chato", tive resistências. É uma excelente leitura, mas às vezes fico na dúvida se eu é que sou um leitor sem sofisticação, ou se é simplesmente o autor que passou do ponto e "desandou". Mas vai aí criticar figurões da literatura, é praticamente comprar briga com muita gente... ou seja, moral da história, Guimarães é genial, mas não é perfeito, seus experimentalismos nem sempre envolvem o leitor.




Felipe 16/06/2015

mesmo entendendo o contexto historico ainda achei bem fraco...
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Valnikson 24/04/2015

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: Primeiras Estórias
Os contos reunidos em 'Primeiras Estórias' constituem a melhor porta de entrada para o universo criado pelo escritor. O título da coletânea reflete a opção de Rosa em resgatar elementos imaginários típicos dos “causos” contados por nossos ancestrais. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2015/04/19/29-primeiras-estorias/
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Felipe 03/01/2015

Precisa de dicionário?
Neologismo é a arte de inventar palavras, e é também uma marca de João Guimarães Rosa nessas Primeiras Estórias. Como se já não bastasse as palavras que já existem e eu nem reconhecia.
Sopitados? Celha? Vinháticos? Confesso que até mesmo, durante a leitura, eu mesmo fiquei na dúvida do que era "famigerado".

Os ambientes que se repetem, numa fronteira entre a cidade e o campo, a vida ente a civilização e a natureza, retomando um universo que é real e mítico ao memso tempo. Tão mítico quanto a realidade o é.

Confos favoritos: A terceira margem do rio; Sorôco, sua mãe, sua filha; O espelho; Darandina; As margens da alegria e Os cimos.
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Luca Coelho 21/10/2014

Tem seus momento...lindos momentos. O último conto é um verdadeiro primor!
Mas, não se compara a Sagarana
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Aleksander 11/06/2014

Que tal uma leitura robusta?
Tive o cuidado de ler cada resenha e comentário aqui colocado. Muitas impressões já descritas são as que trago da leitura de Primeiras Estórias. Esse é o primeiro livro do Rosa que leio. Como alguns concordaram, a linguagem empregada não se trata daquela fluida e de fácil entendimento num primeiro momento. Nem em outros momentos, a bem da verdade. No entanto, é interessante, expressa a oralidade muito característica dos personagens e é proposital por parte do autor. Comum encontrarmos também onomatopéias, como o som dos cavalos em disparada em "Tarantão, meu patrão" e o som do tucano em "Os cimos".

É fato também que essa linguagem se altera de conto pra conto. Alguns apresentam maior dificuldade no entendimento, o que não se deve totalmente ao vocabulário empregado, mas também à construção das frases e idéias, fazendo-se necessária às vezes uma releitura de um parágrafo. Outros (contos), no entanto, apresentam um linguajar mais fluido e simples, de fácil apreensão, associado a um enredo mais simples, no sentido da construção do texto, e não da interpretação dele. Por exemplo, "A menina de lá" e "Substância", como dois contos com linguagem mais simples, delicada, assim como seus enredos. Contrastando com "O espelho"e "Darandina", por exemplo, de entendimento mais complicado.

Me surpreendo ao dizer que gostei do livro, porque no início, tendo em vista o que já citei acima, achei que nem terminaria a leitura. No entanto o recomendo. O livro como um todo apresenta algo de muito especial em suas histórias. São 21 contos, personagens simples, cenários em geral sertanejos mas alguns urbanos, estórias até certo ponto também simples mas com um sentido bem mais elaborado do que as aparências possam indicar.
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Bárbara 22/05/2014

Histórias inusitadas
O livro é composto por contos, muito bons, que nos levam à reflexão e deixam uma mensagem. No entanto, não é muito fácil de ser entendido, não consegui compreender tudo que Guimarães Rosa quis transmitir. A linguagem e a forma escrita também me chamaram atenção, termos diferentes, neologismos, e há trechos em que a história tem um ritmo que parece uma poesia, muito interessante mesmo. É uma ótima leitura, um belo livro, com contos por vezes inusitados, diferentes e que certamente, por trás de fatos estranhos, inexplicáveis, deixam uma mensagem, mesmo que de difícil compreensão. A existência humana, seus sentimentos, loucuras, angústias, buscas, entre outros, são abordados na obra. Alguns dos contos que mais me encantaram foram "A menina de lá", "Pirlimpsiquice" e "Os cimos".
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Cyssah 29/01/2014

Contos da Roça
VIAGEM PELO BRASIL EM 54 LIVROS
003/54

"Primeiras Estórias" é o sexto livro do mineiro Guimarães Rosa publicado em 1962.

Os contos são bem divertidos, todos se passam no interior e todos tem um doido ou uma criança como personagens principais. Os textos são ricos em descrições, mas também em palavras criadas pelo autor e frases que não seguem a ordem a qual estamos acostumados. Também tem bastante onomatopeia. Não é nada fácil de ler. Mas não deixa de ser uma leitura agradável!

Tem a história de um menino e seus amigos tentando esconder de seus colegas não participantes o enredo de sua peça de teatro na escola. Uma jovem que abre mão do amor de sua vida para cuidar do pai idoso e doente. Um homem cuja família é perseguida aonde quer que more por um encrenqueiro e pede ajuda de um delegado da nova cidade onde vive. Uma vaca fujona da trabalho ao filho de seo Rigério que se incumbe de levá-la ao dono original. O que se vê em um espelho, mais do que a física e a óptica podem explicar. Fazendeiro que perde a mulher e fica com quatro filhas para criar.

O inicio dos contos parece bem simples, embora não dê para saber exatamente no que vai dar, mas aos poucos eu ia me acostumando com as palavras do autor e ia decifrando a historia. Achei difícil, mas foi divertido. Minha mãe me ajudou com muitas palavras, ela é idosa e nascida no interior, então seu vocabulário engloba algumas das palavras usadas por autores antigos como o Rosa.

Há um filme chamado Outras estórias inspirado em contos de Guimarães Rosa, dirigido por Pedro Bial.
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Ulisses 04/09/2013

Informações básicas sobre o livro
Livro de contos que já traz algumas nuances da excepcional literatura de Rosa. A obra é composta de 21 contos que se inter-relacionam e se complementam.

1. As margens da alegria
2. Famigerado
3. Sorôco, sua mãe, sua filha
4. A menina de lá
5. Os irmãos Dagobé
6. A terceira margem do rio
7. Pirlimpsiquice
8. Nenhum, nenhuma
9. Fatalidade
10. Sequência
11. O espelho
12. Nada e a nossa condição
13. O cavalo que bebia
14. Um moço muito branco
15. Luas-de-mel
16. A partida do audaz navegante
17. A benfazeja
18. Darandina
19. Substância
20. Tarantão, meu patrão
21. Os cimos

lispector 10/02/2019minha estante
Por mais comentários assim,com os contos




Matheus 29/07/2013

O sertão é Rosa. Guimarães Rosa!
Não sei direito o que falar sobre este livro. Escrevo no meio da noite com o marteladas solitário de uma siriema distante, no pasto. A situação não poderia ser melhor. Deixo, pois, ao momento me ditar as palavras.

Muitos são da opinião que Machado de Assis é o deus da literatura portuguesa, ou até universal. Assim também eu achava; até ler Guimarães Rosa. Provavelmente, só não é unanime a opinião de lhe conceder o posto de primeiro lugar na literatura, porque poucos são os que leem seus livros. Paira um ar intimidador sobre as obras desse escritor e a maioria das pessoas não se sentem capazes de pega-las para ler. No entanto, nada justifica esse receio e a intimidação dos livros de Guimarães existe mais pela conversa fiada de professores de literatura do que por um estilo difícil de entender. De fato, logo na escola os professores falam que, de inicio, parece estar-se lendo em outra língua, e a quase totalidade dos alunos caem no equivoco de pressupor que essa outra língua e impossível.

"Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto"
- A terceira margem do rio -

Sim, com certeza Rosa não escreve na mesma língua que os outros escritores brasileiros. Estes usam a linguagem técnica, formal, pensada e repensada... enfim, linguagem de livro. Rosa não. A sua é a da fala, a da alma e por isso mesmo seria impossível que carregasse a incompreensibilidade que lhe é erroneamente atribuída . Consigo perfeitamente imaginar um noite de lua, onde em volta de uma fogueira, sertanejos contam causos na linguagem de Guimarães. O escritor dos sertões é o equivalente aos impressionistas na arte visual. Estes estudaram os efeitos óticos da luz e do olho humano de forma a que pintaram espelhos da natureza sem precedentes, como nem Da Vici ou Michelangelo jamais sonhavam em conseguir; Já Guimarães Rosa estudou a língua de todas as formas possíveis e imagináveis, e conseguiu dar uma vivacidade tão absoluta a suas estórias que nem mesmo Shakespeare conseguira.

O cenário de Rosa, assim como sues personagens, não conhecem limites entre o mundo real e o do romance. Parecem trasbordar do livro. O sertão descrito parece frequentemente muito mais real do que a sala ou quarto em que o leitor lê o livro, e parece termos convivido pessoalmente com as personagens criadas, mais até do que com nossos amigos e parentes mais íntimos. Por mais extraordinárias e misteriosas que que sejam, em nenhum momento se duvida que a estória contada seja verídica - e de fato, elas parecem mais contadas do que escritas. Esse é o Gênio maior e inigualável de Guimarães Rosa!

"A Mãe queria, ela começou a discutir com o Pai. Mas, no mais choro, se serenou – o sorriso tão bom, tão grande – suspensão num pensamento: que não era preciso encomendar, nem explicar, pois havia de sair bem assim, do jeito, cor-de-rosa com verdes funebrilhos, porque era, tinha de ser! – pelo milagre, o de sua filhinha em glória, Santa Nhinhinha."
- A menina de lá -

Esse parágrafo é uma síntese de Primeiras Estórias, e mostra que o livro não foge do que eu falei acima. São vinte um contos que se unem de maneira surpreendente, apesar de não terem entre si nenhum vínculo claro. Há uma mágica comum a todas as estórias, algo entre a sabedoria milenar dos ascetas japoneses e o sobrenatural das fábulas e do folclore brasileiro. Todos os contos tratam de seres humanos excepcionais e talvez aqui esteja o Guimarães do livro. Assim como seus personagens são diferentes de tudo que os cerca, também seu criador possui o Gênio sem igual!
Gian 31/08/2014minha estante
Depois de ler este livro, fica difícil não colocar Rosa como o mais incrível escritor brasileiro, e o mais "inventivo" na língua portuguesa.




Jether 06/07/2012

Divertidíssimo.
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