Resenhas - Nostromo

Thiaguinho 31/05/2023

Lento
A construção de Sulaco e dos personagens são boas, mas isso acaba prejudicando a dinâmica do livro, fazendo com que a obra fique arrastada demais.

Locimar 29/09/2020

Denso
Me lembrou muito, quando li, do "Cem anos de solidão"!

jmhal 27/04/2010

Infelizmente, uma história atual.
Nostromo é realmente um livro único. Apesar de ser um texto de mais de um século, sua leitura continua fluente e acessível, mesmo em uma tradução. Acho que isso se deve ao fato do autor não ser inglês nativo, tendo aprendido a escrever em inglês na idade adulta. A facilidade de captar as emoções transmitidas talvez seja um reflexo da dificuldade inicial que ele teve ao descrevê-las em inglês. Em qualquer tradução, o resultado ainda está, inalterado.

Não vou falar sobre a história, afinal na Wikipedia o que não faltam são resumos. Gostaria de compará-lo a outros dois autores do nosso português. Eu achei a facilidade da leitura similar com a experiência que encontramos ao ler Eça de Queiroz. E a descrição detalhada do meio ambiente caberia muito bem nas páginas de Jorge Amado. E neste último as semelhanças não param, afinal apesar de supostamente ser vizinha da Venezuela, Costaguana poderia ser muito bem no litoral da Bahia, ou de qualquer região do Brasil. Assim como Costaguana, o Brasil é viciado em revoluções fantásticas em seus propósitos e medíocres no seu resultado. Assim como Costaguana, nossas revoluções são armadas e lutadas por um elite descendente dos europeus, enquanto a maioria mulata e indígena apenas assiste os espetáculos da elite com a firme certeza que nada será alterado na sua rotina de desgraça e pobreza. Uma história atual em uma América Latina de Chavez, agora o mote é a revolução socialista, mas não há como negar um Pedrito Montero dentro do Hugo Chavez.