Su 20/05/2014
Hilário, envolvente e viciante
"I'm nobody! Who you are?
Are you nobody too?"
(Emily Dickinson)
Já imaginou ficar cara a cara com Madonna? Ter um papo com Beyoncé ou Cameroz Diaz? Ganhar um buquê de flores em agradecimento da cantora Christina Aguilera? Ou então caminhar em um lugar tranquilo e isolado com nada mais, nada menos do que Brad Pitt? Ou que tal essa opção: ser confundida como a nova namorada de Ben Affleck?
Esta é apenas Jancee Dunn em um de seus papéis principais da sua vida: entrevistadora de celebridades da música, cinema e TV da revista Rolling Stone.
Sinceramente nem sei por onde começar essa resenha, pois esse livro me ganhou de uma forma que nem sei explicar ao certo. Ele mistura todos os ingredientes na dose certa, conta sobre como a entrevistadora e V.J., Jancee Dunn, passou a compor a equipe de uma das revistas mais conhecidas e respeitadas do mundo e que fala sobre diversos temas, como: música, cultura e política.
A história é separada em duas partes, basicamente: uma que conta sobre a vida profissional e sentimental de Jancee; e outra em que ela dá dicas de como se comportar em situações que envolvam fatores como os astros da música e dos cinemas, além de bebidas e drogas. Mas, para ficar ainda mais interessante, é tratado de uma forma muito bem humorada. Várias vezes me peguei rindo sozinha do jeito como ela abordava fatos de sua trajetória em cada parágrafo. Como esse trecho.
"A mulher que pilotava o avião passou a viagem toda falando animadamente com os passageiros que estavam atrás dela, permanecendo virada de costas quase todo o tempo. Enquanto isso, o co-piloto ficou com a cara enterrada em um livro. Então me veio a pergunta: Quem exatamente está pilotando o avião? Deus, talvez! Ou um computador! Bem, eu sabia que os DC-10 possuíam computadores de bordo, mas esse aviãozinho não me passava nenhuma confiança. Dei uma olhada nos passageiros do vôo só para localizar o mais robusto, no caso de o avião se espatifar e termos de comer alguém." (pg. 36)
E para quem deseja um dia, sendo jornalista ou não, entrevistar ou apenas fazer uma pergunta de curiosidade a uma das inúmeras e famosas celebridades e não quer cometer qualquer gafe, ela dá dicas de como fazer isso. Por exemplo: como controlar o pânico ao entrevistar alguém absurdamente famoso; como abordar um cantor de R&B quando se é a maior branquela da face da terra; como esquecer um ex-namorado com a ajuda do maior de todos os conquistadores.
Como jornalista, recomendo essa obra de olhos fechados. E como leitora e viciada em livros, classifico a história com cinco estrelas (ou até mais, se puder), pois o enredo é interessante, envolvente, curioso e muito engraçado. E o humor, na minha opinião, deixa a leitura muito mais prazerosa e instigante, pois é justamente o que falta em nossos dias: rir e dar muitas gargalhadas das situações em que nos metem e em que nos metemos, e de nós mesmos.
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