Anedotas do Destino

Anedotas do Destino Karen Blixen




Resenhas - Anedotas do Destino


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Helder 08/10/2022

Para mim não funcionou
Volta ao Mundo – 38º país – Dinamarca

Além do thriller nórdico, escolhi ler um livro de uma escritora dinamarquesa consagrada neste meu projeto de Volta ao Mundo pelos livros, mas infelizmente este livro não funcionou muito para mim.
Karen Blixen é famosa por ter escrito dois textos que viraram famosos filmes mundiais, e resolvi conhecê-la através de seus contos, sendo que nesta coletânea temos seu conto mais famoso que é a Festa de Babette, porém não fui realmente tocado por nenhum de seus textos desta coletânea.
Os textos me passaram sempre um teor religioso e isso me causou um certo estranhamento.
O Mergulhador, primeiro conto, já me trouxe esta sensação, e é o texto mais religioso do livro, onde um rapaz acredita que possa voar. Mas para mim foi tudo brisado demais.
Já a Festa de Babette é mais interessante, pois temos a história de um vilarejo onde de um lado temos pessoas extremamente religiosas que acreditam que abstinência e sofrencia abrem as portas para o céu e do outro lado temos Babette, que acredita que somente fazendo sua arte é que este caminho será aberto. Um texto bonito e que nos faz refletir, mas para mim ainda faltou me emocionar.
Depois temos A Tempestade, um conto com uma narrativa interessante, onde pessoas são guiadas em suas vidas pelo texto da peça A Tempestade de Shakespeare que estão se preparando para representar.
Já a História Imortal é o que tem o clima mais pesado e me prendeu muito na leitura, onde temos um homem rico que ouviu uma velha história no passado e sempre acreditou que ela fosse verdadeira. Quando seu assessor lhe diz que aquilo nunca aconteceu, ele decide usar seu dinheiro e influência para que esta antiga história realmente aconteça, nem que isso seja a última coisa que ele faça na vida. Motivo fútil, mas uma boa narrativa, porem um final sem grandes sensações.
Por fim temos um conto chamado O Anel que para mim nem precisava estar neste livro, pois não tem o mínimo desenvolvimento para ser considerado um conto. Achei que meu livro tinha perdido páginas.
Valeu para conhecer a leitura, mas acho que seus textos não são para mim.
Ainda sigo com vontade de ler seu livro mais famoso que é a Fazenda Africana, mas no momento confesso que fiquei com um pé atrás com a autora.
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Leila 03/09/2022

Lá venho eu de novo falar da Karen Blixen (me aguentem, porque quando gosto, gosto merrmo!).
O livro da vez é o Anedotas de destino que reúne 5 ?contos? entre eles o A festa de Babette que comentei essa semana com vocês numa ediçãozinha da finada Cosac Naify, Já disse e repito, vale a pena ler. Além desse gostei muito do Tempestades também, que me fez refletir sobre os "bens" que acumulamos na terra e a importância que damos à eles quando somos jovens e como a nossa visão vai mudando conforme vamos ficando mais "maduros", fantástica a experiência de leitura #ficaadica
Bom, sempre comento que acho difícil falar sobre livros de contos, e continuo afirmando isso, então inté mais
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Evy 13/03/2022

Eu gosto muito de livros de contos e acredito que seja uma forma bastante interessante de conhecer a narrativa de um autor. Foi exatamente o que me aconteceu com K. Blixen, esse foi meu primeiro contato com a autora e acredito que ter começado pelos contos tenha sido um ponto super positivo! Já quero ler mais da autora.

Anedotas do destino, o último livro da autora dinamarquesa e publicado pela primeira vez em 1958, nos apresenta cinco contos cheios de vida, dentre eles "A festa de Babette", seu conto mais conhecido e adaptado para o cinema. Já tinha ouvido falar demais dessa história e foi uma delícia conhecê-la. Blixen navega na tradição das narrativas populares, trazendo pra escrita a mágica da oralidade, algo que nos aproxima demais das histórias.

Talvez esse talento para a contação tenha surgido dos dezessete anos em que viveu na África, numa fazenda de café no Quênia. Seus personagens saltam das páginas e criam vida própria, ainda que conduzidos belamente pela autora o tempo todo. Seus contos são pequenos livros, divididos por capítulos que nos envolvem.

Dentre seus contos, os que mais me chamaram a atenção foram: "A festa de Babette" que é tão encantador quanto imaginava e traz uma reflexão muito bonita a cerca da importância que devemos dar àquilo que realmente amamos fazer; "A Tempestade", onde um grupo de teatro com personagens super interessantes monta e interpreta essa peça de Shakespeare que é uma das que ainda não li, mas morro de vontade, e "A história Imortal" onde um senhor avarento inconformado em descobrir que algumas histórias contadas são apenas ficção e indignado por ter acreditado que uma delas era realmente verdadeira, decide que vai torná-la real.

Os contos trafegam entre muitas culturas que viagem da Noruega até a China em atmosferas enigmáticas e envolventes. Adorei conhecer a narrativa da autora e já estou ansiosa para ler mais... Recomendo a leitura!
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Heley 26/12/2021

O destino prega peças
O último livro da dinamarquesa Karen Blixen, Anedotas do Destino contêm cinco contos que envolvem religiosidade e mudanças bruscas no destino dos personagens. Meu conto preferido foi A História Imortal.
Não me animei muito com o livro, algumas partes chamavam minha atenção, mas no conjunto apenas um conto me prendeu. Apenas questão de gosto.
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Lopes 11/04/2018

A suprasimplicidade
Karen Blixen não se cansa de levitar nossos olhos quando eles se deparam com a forte simplicidade de seus escritos. Seus vínculos para com o que transcende parece buscar total vazão entre o físico e o espírito. Seus personagens encadeiam um corpo espiritual constantemente bonito, algo escapa ao físico, formando um corpo que parece incorporar arte - Shakespeare - e a religiosidade da fé -assumindo por vezes o corporativismo de algumas religiões de forma a identificar os costumes internos de cada um -, ambas construções de sensações nítidas aos olhos nus. O destino é a toada destes belíssimos contos, e dele não existem obstáculos obsoletos, aliás, nada em Blixen é alcançado, permanente ou antigo, simplesmente existe, o é. Tal força poética cria um manejo, um poder sobre tais destinos, algo parece clarear tanto que ficamos incompreendidos quando da leitura finalizada. Um olhar sagaz sobre a história da humanidade perfazem esses contos, não contrai e nem exagera nas ações nestes destinos inoportunos e cabíveis, somente são anuviadas as promessas e ensejos de forma a aproximar os que habitam tais contos. Karen nestas "Anedotas do destino", deixa tudo se desprender do material para nele retornar, essas idas e vindas, buracos que cada personagem busca nos jogar para compreender suas almas, são tão reais, e por que não nossos, que ficamos enfeitiçados pela naturalidade com que nos é dito. Nada avoluma, mas tudo aqui preenche o vácuo que nem sempre o destino conhece.
Ronnie K. 17/04/2018minha estante
Boas as resenhas heim.


Lopes 20/07/2018minha estante
Obrigado, Ronnie. :)




Cintia 15/03/2015

Anedotas do destino da minha Karen
Os 5 contos presentes no livro “Anedotas do Destino”, da escritora dinamarquesa Karen Blixen (1885-1962), além do tema comum sobre as mudanças bruscas do destino, há a religião que aparece em todos eles e fortes personagens que dificilmente poderemos esquecer.
O primeiro conto chama-se “O Mergulhador”. É a história de um jovem estudante de teologia que acredita que se conseguir construir asas para si mesmo, ele estará mais perto de Deus, assim como os pássaros.
O segundo conto é “A festa de Babette”. A religião aparece em torno da família onde vive Babette, uma excelente cozinheira que, após um presente do destino, resolve preparar um grande jantar. Tem um filme homônimo, que eu acho ótimo!
O terceiro conto, “A Tempestade”, é um dos meus preferidos, pois além de personagens interessantes, há a intertextualidade com a peça de Shakespeare, de mesmo nome. Um grupo de teatro monta e vive a peça shakespeariana.
Leio “A História Imortal”, o penúltimo conto do livro que mistura uma antiga história de pescadores com o desejo de um velho avarento em transformá-la numa história real.
O último conto, “O Anel”, mostra uma moça recém casada que, ao passear sozinha, vive um momento de terror, porém nega-o ao seu marido.
O conto que mais gostei foi da História Imortal, como eu tinha assistido o filme A Proposta (1998) então ajudou muito a visualizá-lo em personagens. (sim eu gostei do filme!).
Goste de Karen, agora embarcarei para a leitura de Sete Narrativas Góticas! Aqui vou eu!
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Toni 07/09/2011

Contra a urgência do conto
Em 'Alguns aspectos do conto', ensaio originalmente apresentado sob a forma de conferência em Havana por volta de 1962-3, Júlio Cortázar construiu os fundamentos para uma poética da narrativa breve cortazariana. Ainda que pareça a princípio impróprio chamar o argentino para fazer sala em resenha dedicada a uma escritora dinamarquesa, a menção logo se justificará pela necessidade de contraposição. Fazendo eco a outro contista que também se dedicou a examinar a própria arte, o Sr. Edgar Allan Poe--o que aquela exposição mais enfatiza é a urgência do conto. Partindo da noção de limite, esta forma breve se distinguiria do romance da mesma maneira que o cinema da fotografia. Enquanto que narrativas longas e filmes podem se estender cumulativamente, captando a realidade de maneira ampla e multiforme, “o fotógrafo ou contista se vêem obrigados a escolher e limitar uma imagem ou um acontecimento que sejam significativos, que não apenas tenham valor em si mesmos, mas que sejam capazes de funcionar no espectador ou no leitor como uma espécie de abertura, de fermento que projeta a inteligência e a sensibilidade em direção a algo que chega muito mais longe do que o episódio visual ou literário contidos na foto ou no conto.” Em síntese: um romancista ganha por pontos, ao passo que quem conta um conto precisa arrebatar como que por nocaute.

Os contos da Sra. Blixen em 'Anedotas de Destino', todavia, se movimentam no sentido contrário ao imaginado por Cortázar. Suas histórias se desenvolvem contra a urgência de uma forma espacialmente limitada, onde o princípio daquela 'leitura de uma sentada' que propunha Poe se desvanece no andamento de um passo lento e bem planejado. Essa impressão, certamente, é tributária da tessitura intertextual com que Blixen logrou fabricar todas as narrativas da coletânea, alimentadas por uma tradição que tanto lhes precede, alongando sua antiguidade, quanto lhes dá continuidade, estendendo sua vida por efeito de novidade. ‘A festa de Babette’, ‘O Mergulhador’, ‘Tempestades’, ‘A História Imortal’ e ‘O Anel’ são os cinco contos que dão unidade à essa obra, garantindo a seu leitor um verdadeiro passeio pelas entrelinhas da tradição, do misticismo, do anedotário popular e da memória, proporcionando um profícuo diálogo entre Shakespeare e os fiordes noruegueses, marinheiros e lendas subaquáticas, a Bíblia e o Corão--reverberando ecos do sempiterno conflito entre liberdade e destino, presos às malhas do imponderável na criação literária.
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Gláucia 09/07/2011

Anedotas do Destino - Karen Blixen
Seleção de cinco contos, alguns contendo elementos das lendas nórdicas, um deles ficou muito famoso após ter sido adaptado para o cinema: A Festa de Babette. Sensacional.
Marta Skoober 02/12/2012minha estante
Ainda não li, é mais um da imensa pilha. Mas, o filme é fantástico. Daqueles que é sempre deleite rever. Oxalá o conto seja assim...




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