O prisioneiro

O prisioneiro Erico Verissimo




Resenhas - O Prisioneiro


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Bruno Malini 25/04/2022

Bom
Bom livro. Preciso ler mais do Érico Veríssimo para conhecer e entender melhor o estilo da sua obra...
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Pepê 05/03/2020

A prisão que está dentro de nós
Este livro demonstra muito os conflitos internos existentes no período retratado. Sexualidade, Racismo, Machismo e Conflito Social. Vale a pena a leitura e o mais importante de tudo ficar atento(a) as entrelinhas.
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Craotchky 12/01/2018

Verissimo, eu, e uma nova fase
"Não estaria longe o dia em que os homens todos fossem apenas números num computador descomunal. E esse computador bem poderia então transformar-se no deus duma nova era."

Excetuando os livros da saga O tempo e o vento, Erico, se não me engano, publicou 11 romances (considerando Noite um romance). Já li 8 dos 11. O prisioneiro é o nono e o primeiro dos três livros com cunho mais político. Os outros dois (que lerei esse ano) são: O Senhor Embaixador e Incidente em Antares. Este é, portanto, o primeiro livro de uma nova fazer com o autor.

Penúltimo romance do autor, O prisioneiro foi lançado em 1967, enquanto aconteciam os conflitos no Vietnã (sobre os quais o livro versa). Na resenha de Saga eu admiti que não me apetece muito o estudo sobre Guerras, não consigo ter um interesse sincero pelo assunto e, por isso, não tenho mais que o conhecimento básico sobre elas.

Contudo, posso dizer que não existe a necessidade de conhecer amplamente o tema para ler esse livro pois Erico explora principalmente os reflexos do conflito em suas personagens. O que salta aos olhos não é tão somente as suas, por vezes, explícitas críticas sobre as questões políticas da guerra, mas também e sobretudo a mensagem e reflexão humanista presente na obra. Além disso há discussões de temas políticos, sociais, raciais, culturais, morais, ideológicos.

Acho que não há um livro de Verissimo que deixe de falar profundamente sobre o lado humano, sobre as pessoas e sobre as sociedades nas quais estas vivem. Esse certamente é o maior motivo para gostar tanto do autor; é isso o que mais aprecio em suas obras.

"— Mas acredita que este povo esteja suficientemente maduro para a liberdade?
— Não se trata de estar ou não maduro. Todo ser humano tem um direito natural à liberdade. E, afinal de contas, quem é que vai decidir no mundo que povo está ou não maduro, que tem ou não direito à liberdade? Vocês? Por quê? Porque são fortes econômica e militarmente? Ou porque são os representantes da vontade divina na Terra?"


Depois de eu pensar que o resto da narrativa se resumiria a contínua exploração psicológica dos personagens, sem quase nenhuma cena nova, veio a surpresa. Faltando algo em torno de 60 páginas para o fim do livro, a trama, quase nula como geralmente é nos livros do autor, dá uma guinada.

Uma série de pequenos acontecimentos culmina na determinação de um Coronel ao seu subordinado para que este faça um interrogatório. O Objeto desse interrogatório é um prisioneiro de 19 anos, que tem em seu poder uma informação capaz de evitar a morte de dezenas de civis.

Este livro não começou lá muito bom mas a história cresce com o virar das páginas até o ponto de tornar o livro excelente. Ah, e o final pode surpreender...
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Airton Alcântara 10/07/2023

A tragédia não foi feita para os gordos. Nosso destino é a farsa
Um livro de 1967, mas será atual enquanto houver guerra.
O autor sensibiliza contra os horrores da guerra e expõe as futilidades das motivações, em que todos os lados têm suas razões e convicções.
A sinopse é bem efetiva quando fala "dos dilemas de um homem em situação extrema". A tensão racial é bem presente.

Destaque para este trecho, não relacionado à temática, que o autor solta no meio da trama:
"Não estou tentando nenhuma chantagem sentimental, nem sequer pedindo compaixão! Tu me conheces. Posso ser tudo, menos trágico. A tragédia não foi feita para os gordos. Nosso destino é a farsa."
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Anienne 16/05/2021

O PRISIONEIRO
Mais uma vez me encontro de frente com a dificuldade que é escrever uma Resenha sobre uma obra de Érico Veríssimo.

Eu sou suspeita para falar porque para mim, Veríssimo está no topo junto com Machado, Lispector e Kafka.

Mas enfim, vamos tentar...

Nesse romance as personagens não tem nomes e são, geralmente, designadas por sua função ali.

Tudo vai girar em torno de um Tenente que tem uma história de vida difícil. Através dele vamos e de suas relações vamos descobrindo histórias de vida de outras pessoas... difíceis também... dolorosas... o que se torna pano de fundo para falar de uma guerra (sem pé, nem cabeça) direcionada a um pequeno país oriental por uma das potências mundiais.

Érico coloca na mesa os dois lados da situação, abrindo uma reflexão crua sobre os motivos e os motivos... Abre um leque riquíssimo para que a visão do(a) leitor(a) se amplie. As questões sociais, sempre presentes em sua obra e atualíssimas, são discutidas, embricando-se às questões pessoais e humanas.

Há um prisioneiro que dá nome ao romance e, no fundo, todos são (ou somos) prisioneiros e prisioneiras de nossas dores, de nossa própria história.

PERFEITO!!!
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Edna 15/11/2009

O autor traça o perfil psicológico dos personagens, mostrando seus dramas, traumas, preconceitos... levando o leitor a entrar num outro universo. É uma crítica aos Estados Unidos, que por se acharem "donos do mundo", se meteram na Guerra do Vietnã, matando pessoas para proteger os aliados... em suma, o maior conflito no livro é o ideológico, onde os valores humanos são explorados... onde a cor predomina, onde há a eterna dúvida... razão ou coração?
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larissa dowdney 28/03/2013

Não tem jeito. Érico Veríssimo escreve maravilhosamente bem! Não esperava muito desse livro, mas a escrita de Érico me enlevou.

O livro meu doeu. Mas assim como a maioria dos personagens, não consigo parar de pensar.
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Nise 29/10/2020

Um livro que trata de guerra, morte, paixão, angústia e aborda várias questões acerca das atitudes humanas, mais uma vez Erico Veríssimo cria uma história recheada de críticas e reflexões.
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ºoOLuCiAnOOoº 12/10/2009

O Livro é um reflexo da visão humanística que Érico Veríssimo cultivava. Impressionante ficção de cunho realista que lhe transporta ao ambiente necrótico e perturbador do conflito vietnamita. O drama não possui protagonistas ou vilões, a história em si já o faz heroico e mal.
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Vitória 22/11/2021

É incrível que o autor descreveu o livro como " uma fábula moderna sobre vários aspectos da estupidez humana", e que inúmeras partes desse condizem com atualmente, mesmo sendo publicado em 1967.
Ana.moony 22/11/2021minha estante
Erico Verissimo é MUITO bom, tp sem condições


Alê | @alexandrejjr 24/04/2022minha estante
Erico foi um escritor singular. Era dotado de uma inteligência sagaz e profunda.




Augusto 13/01/2016

Qualquer semelhança com a "Guerra do Vietnã" não é mera coincidência
Após a leitura desse livro, Érico Veríssimo entre definitivamente na minha lista de autores brasileiros favoritos. Outros títulos do autor que eu já havido lido: "O continente", "Incidente em Antares" e "Olhai os Lírios do Campo".
Em "O prisioneiro" Veríssimo narra a história desse país fictício de terceiro mundo que está passando por uma guerra que envolve os interesses de duas potências mundiais. Qualquer semelhança com a "Guerra do Vietnã" não é mera coincidência.
Nesse livro Érico debate as consequências da guerra na vida das pessoas comuns, da professora, da prostituta, do tenente negro. Pessoas que a guerra acaba deixando incógnitas.
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Mekare 22/01/2014

Trechos e frases:

- Canseira do corpo e do espírito.

"Mas não serão, todas essas revoltas, lá e aqui, fragmentos da mesma luta provocada pela incurável estupidez humana?" 79

"...também vivem numa penitenciária que eles mesmos construíram com o feio cimento de seus preconceitos" 79

"Depois esse também seria apenas uma imagem na memória, uma figura que se iria desbotando aos poucos, lavada pelas águas do tempo. A vida era muito estranha..."

"Como podia pensar essas coisas que realmente não sentia?" 87

"Conseguiu sair da cama hoje. Isso te faz a pessoa mais forte que conheço. Acho que pode fazer quase tudo."
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Egídio Pizarro 29/08/2015

Não cita lugares, não cita nomes... mas todo mundo sabe do que o autor fala. Quem sou eu pra falar do Érico Veríssimo? Melhor citá-lo, nesse mesmo livro:

"(...) Acho que no fundo temos mais medo às palavras do que às coisas que elas representam, e isso nos tem levado a equívocos tremendos. Pense bem, a sombra da rosa não é mais bela que a rosa. A sombra do bandido não é mais perigosa ou cruel que o próprio bandido. Na minha opinião (permita-me uma metáfora) as palavras são as sombras das coisas, das pessoas, dos fatos e das ideias que representam. A fidelidade da sombra com relação ao seu objeto... quero dizer: o tamanho, a forma, a intensidade, depende da posição do foco de luz, isto é, o temperamento da pessoa e sua maior ou menor habilidade no uso da linguagem. Falei claro?"
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Karine 22/11/2019

Muito diferente da clássica saga O tempo e o vento, mas conservando o mesmo estilo crítico e fluído de escrita de Érico Veríssimo, essa história se passa na Guerra do Vietnã, e confronta os personagens, na maioria oficiais do exército americano, com dilemas morais capazes de levar um homem à ruína. Érico faz uso das personagens para verbalizar suas próprias opiniões sobre a insensatez e irracionalidade da guerra que ocorria à época. As críticas mais contundentes são direcionadas aos EUA, país que o escritor conhecia bem, tendo vivido lá por vários anos. O mais interessante é o paralelo que o autor traça entre a presunção do país norte-americano de ser aquele capaz de conduzir povos “menos civilizados” à liberdade (nem que para isso tenha que massacrá-los), enquanto internamente sua sociedade é assolada pela perseguição racial, conservadorismo religioso e outras formas de opressão que impedem que seus integrantes sejam, de fato, livres. Érico Veríssimo é um dos maiores escritores da nossa literatura e, ao mesmo tempo, sua linguagem é acessível, o que mostra que fazer bom uso dela não significa usar termos rebuscados e frases complexas. O importante é saber contar uma boa história.
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