Os Condenados da Terra

Os Condenados da Terra Frantz Fanon




Resenhas - Os Condenados da Terra


36 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3


Bia 25/08/2023

"A Europa está agonizando! Porque insistimos em segui-los?!"
Essa edição é ótima porque traz o prefácio escrito por Sartre somente no final do livro e isso o deixa de um refino incrível!
Fanon inova em vários aspectos ao falar diretamente para o seu povo sem se importar se estava sendo notado pelo colonizador: ele não o teme.
É um livro difícil, carrega sinceridades que o povo colonizado precisa encarar pra conseguir trilhar seu caminho de forma autônoma.
Incrível, assertivo, franco, ácido, e acima de tudo apaixonado pela revolução.
comentários(0)comente



thami 09/08/2023

"O colonialismo não é uma máquina de pensar, não é um corpo dotado de razão. É a violência em estado puro, e só se curvará diante de uma violência maior."

que livro!!!! acredito que sem dúvidas a minha leitura envolvendo história/sociologia favorita do ano. É incrível a escrita do fanon pois conseguimos perceber a revolta em cada palavra escrita.

o livro vai falar principalmente sobre o colonialismo e suas consequências para o colonizado, além do racismo, preconceito, revoltas, entre outros temas.

a conclusão é um manifesto, nos chamando para a luta

é um livro indispensável para pessoas que nasceram e/ou vivem em países que foram colonizados mas também os que foram colonizadores

não vejo a hora de poder reler.
comentários(0)comente



Kinos0 07/08/2023

Não tem mais volta
Eu tenho vivido esse livro já por alguns meses, sempre voltando às primeiras páginas. Não termino voluntariamente mas a cada pausa tantas coisas fazem sentido que sou obrigado a voltar. Nascemos com um ódio tremendo dentro dos nossos corações, quando se torna explicito, renegamos, como se não fosse digno sentir e isso adoece de um jeito silencioso. Fanon é o psiquiatra dos colonizados ele tá ali pra mostrar que depois tanta crueldade abrir um sorriso e estar contente é a verdadeira doença mental, espero ter muitas consultas com esse meu irmão de ódio.
comentários(0)comente



Igor.Costa 23/07/2023

Um livro para todos, para aqueles que vivem à sombra da violência colonial independente de qual lado.
A roda da história se move, ainda estamos distantes de ver brilhar a luz da liberdade, da emancipação do ser humano, estágio em que entre mulheres e homens não hajam mais exploradores e explorados. Fanon consegue descrever toda a dor do colonialismo, a miséria, a falta de humanidade, os disfarces, as pseudos teses criadas por monstros brancos que, sem perceber escrevem muito mais sobre si mesmos.
Nessa obra ele apresenta como se comportar diante dos colonos, como lutar para a vindoura libertação, expõe o conceito de descolonizar, é preciso refundar o espírito da terra, se reinventar, extirpar o mal implantado nas mentes humanas.
A Argélia é o grande palco, e Fanon ilumina e desmistifica as bizarrices sobre o povo africano, imagina se quisessem vingança? A luta é por reparação, por vida própria, por liberdade de ser quem se é. Faz-se necessário ter estômago para essa leitura, tal como em Escritos Políticos o autor escancara as atrocidades, mas aqui demonstra os caminhos a percorrer, as táticas e técnicas necessárias.
Vencer a colonização é refundar o pensamento, reestabelecer-se consigo, com o outro, conectar-se com a terra e cultura local, se libertar das mentiras coloniais, descolonizar.
Um livro extremamente necessário para entender a parteira do mundo, para se estabelecer como ser humano e, para muitos enxergar os desvios desse caminho. Se almejamos a elevação da espécie, precisamos nos entender como natureza e agir tal como demanda a nossa espécie, somos cooperadores.
comentários(0)comente



Trapp 10/07/2023

Obra que mostra toda a maturidade de Fanon
A vida de Fanon foi marcada pela luta anticolonial e pela luta de libertação dos povos dominados pelo imperialismo. Neste que é a última obra do autor, escrito um pouco antes de sua morte, ele descreve como uma nação dominada se liberta dos seus opressores, exemplifica casos de traumas caudados pelos europeus e mostra que se libertar das correntes não é uma tarefa simples, mas necessária.
Os condenados da terra trás toda a potência, mesmo que breve nesse mundo, de um dos maiores e mais combativos comunistas da história
comentários(0)comente



Ma Passos 22/06/2023

Os revolucionários vivem
Logo da primeira vez que ouvi falar sobre esse livro eu já fui atrás, fiquei muito ansiosa para ler e mesmo assim ele superou minhas expectativas.

É uma leitura diferente do habitual, pois é um livro que aborda a cultura Africana da década de 50, focando principalmente na Argélia, é muito interessante adquirir conhecimento sobre outras culturas.

Se você é de um país que foi colonizado, leia, porque necessário manter sempre vivo aqueles que lutaram pela independência da nossa pátria, além de entender como foi formado certos aspectos da sociedade. Se você é de um país colonizador, leia, porque é necessário entender que a posição privilegiada de seu país veio da exploração e genocídio de outras nações.

Frantz Fanon era genial, é uma escrita que aborda temas fortes e que traz uma reflexão que provavelmente muitas pessoas nunca tiveram. Fica muito claro as marcas que a colonização causou quando um livro de 70 anos ainda é atual.

Não é difícil de ler, o entendimento é complicado em algumas partes, mas é essencial que haja reflexão sobre está leitura.

A parte que o autor traz a história de alguns de seus pacientes é a mais comovente, é uma mistura de revolta com tristeza.

Lerei mais do Fanon!
comentários(0)comente



Lavi 20/06/2023

Peguei gosto por ler os clássicos.
E que clássico gente, sério.
As partes finais onde apresentam casos clínicos relacionados a guerra, nossa prende ate o final.
comentários(0)comente



Lucas Leite 02/06/2023

Ler, reler e ler de novo
Terminei mais uma obra de Fanon com a certeza de que preciso reler todas elas. Nesse livro, em particular, a forma como Fanon descreve a luta anticolonial a partir lumpemproletariado e da burguesia mostra como existem muitos fatores para além da ?vitória? e consequente independência. A crítica a essa burguesia nascente e seu caráter mercantilista é essencial ainda hoje para entendermos a lógica do agronegócio e dessa elite pouca afeita à industrialização e a um projeto nacional de desenvolvimento.
comentários(0)comente



Ricardo de Andrade 30/03/2023

Sobre o mal do colonialismo.
É um livro pesado. Forte. Fanon não mede as palavras ao falar das amarras maléficas do colonialismo. Iniciei essa leitura com intuito de pesquisa para um longa-metragem. Saí com mais bagagem do que podia imaginar.

Seus escritos são focados no colonialismo africano, mais especificamente na Argélia, país que o autor defendeu contra a ocupação francesa. Ele começa falando do assunto de um modo mais geral e depois vai fechando até chegar na Argélia e sua experiência por lá.

A conclusão do livro é praticamente um manifesto. Um chamado a luta.

Leitura bem interessante.
comentários(0)comente



Rebeca 16/03/2023

Condenados
"O terceiro mundo não deve se contentar em se definir com valores que o antecederam. Os países subdesenvolvidos, ao contrário, devem se esforçar para revelar seus valores próprios, métodos em um estilo que é específico." Revolucionário em suas palavras Fanon é bem cirúrgico para sua época é surpreendente ler os escritos de Fanon tão bons para sua época aonde o racismo acadêmico era tão escancarado.
comentários(0)comente



daniel.vasco.716 07/02/2023

Ao analisar a situação colonial, Fanon tensiona política, sociedade e indivíduo, demonstrando de forma clara as estratégias e efeitos do poder dominante - o resultado da opressão é raiva, dor e loucura,com isso, o autor
desmonta a lógica colonial europeia - branca, brutal e racista -, e propõe uma "descolonização do ser", afirmando: "É preciso mudar completamente, desenvolver um pensamento novo..." Só assim é possível
criar um mundo realmente humano, onde a massa deserdada de homens e mulheres dos países colonizados e pobres - os condenados da terra - sejam os inventores de sua oróoria vida.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Luiza Pirajá (-) 18/01/2023

Sensacional é pouco para esse livro
Genial, incrível, sensacional.
A vontade é de reler logo depois de terminar. Vontade de compartilhar vários trechos, todo o tempo.
Super atual, várias partes parece estar falando do Brasil, dos tempos atuais. Que livro maravilhoso.
Já gostava de Fanon, mas esse livro é ainda melhor.
Amei DEMAIS.
comentários(0)comente



Maria.Heloisa 07/01/2023

Livro recebido através da parceira do Mesa de Leitura com a Cia. das Letras. Fanon é um importante autor para a esquizoanálise e para a reforma psiquiátrica.
comentários(0)comente



Charles Lindberg 29/08/2022

Indispensável
O intelectual martinicano fala dos processos de colonização, revolução nacionalista, guerra de libertação e identidade nacional nos países de terceiro mundo, especificamente na colônia francesa da Argélia, na África, em 1961. Partindo de abstrações generalistas, explora diversas possibilidades desses processos, apontando condições específicas que podem influenciar as direções do conflito, enquanto argumenta a favor da violência revolucionária, sem relevar as consequências destrutivas para a população.

Conquanto fale para os colonizados africanos, suas observações em grande medida se aplicam ao Brasil, na nossa condição similar de nação dependente de terceiro mundo. Especialmente quando fala da construção da identidade nacional, que tanto nos falta nesta colonização cultural que aceitamos tão acriticamente dos Estados Unidos.

Um detalhe interessante é que Fanon, mesmo não considerando nem por um minuto a possibilidade de um estado capitalista para a nação liberta, adota uma posição marxista crítica, e não poupa alfinetadas (bem-vindas) aos modelos socialistas e à esquerda radical. Seu foco está na descolonização. A construção do estado socialista seria uma preocupação posterior, ainda que míster. Infelizmente, a Argélia perdeu essa disputa, para hoje seguir um país de capitalismo periférico dependente, e o autor faleceu menos de um ano depois desta publicação, vítima de leucemia.

Para ser sincero, eu peguei este livro só porque achei o título muito foda. Mas, agora, considero uma leitura essencial, não necessariamente para estudiosos do socialismo, mas para qualquer um e todos que se prestem a discutir decolonialidade e nacionalismo. Sim, mesmo para nós, brasileiros.

Coincidentemente, ontem vi que a editora Zahar está lançando uma nova edição aqui no Brasil (esta que li é portuguesa).
comentários(0)comente



36 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3