Graziely8 31/12/2023
Ao ler a história dos Estados Unidos à luz de sua Literatura, não deixei de pensar na semântica "correntes literárias". Se pelo termo, configura a noção de tempo, vivências, estética e o fazer literário, o termo acentua paralelamente a ideia de que, os Estados não tão Unidos, continuam acorrentados ao seu passado religioso e dogmático.
O Puritanismo e o colonialismo que delinearam esse novo mundo, marcam uma literatura inicial voltada à natureza e a seus nativos, esses objetos de idealização, e cujas vozes tardariam a ecoar, sobretudo, por conta da intolerância religiosa inicial. Aliás, alicerce desse país, cujos sermões ainda guiam uma nação delirante, arraigada em princípios fanáticos e patriotas.
Essa pátria que no mais tardar pariu gênios como Edgar Allan Poe, Walt Whitman e Emily Dickinson, cada qual com seu estilo, escrevem respectivamente, sobre o fantasmagórico e as angústias humanas , o exaltar da Democracia americana, ou cria seu próprio caminho no fazer poético.
Como não mencionar o preconceito racial, arraigado nessa terra desde sua fundação, uma das maiores covardias dessa autoproclamada ?terra dos livres?, que ainda se ilude com os seus falsos ideais.
Apesar da escrita fluida e muitas vezes apaixonada, Nabuco não deixa de transparecer uma relação de afeto com os Estados Unidos, lugar que passou a adolescência, a própria autora não nega tal relação.