Resenhas - Macunaíma

gduda 08/10/2023

Que loucura boa
Comecei o livro sem muitas expectativas, com dificuldade em compreender tantos termos e também o espaço-tempo da narrativa. Acontece que, com o desenrolar da história, essas dificuldades passam a ser admiráveis e entendidas como parte da magia do livro, sendo essenciais para onde ele quer chegar. É uma obra que com certeza ficará armazenada nos meus referentes literários, que não são muitos, em realidade.

Fernanda 07/10/2023

Não rolou
Ai, que preguiça! E digo isso não pra destacar o bordão de Macunaíma, o herói sem caráter, mas sim porque foi a minha sensação pra dar continuidade à essa leitura tão complicada.

Sinto muito que Mário de Andrade e eu não "nos entendemos" nessa obra, aliás, a segunda que a gente não se dá. Mas como eu sou curiosa, vou catar umas videoaulas pra tentar entender melhor.

Beta 06/10/2023

Nunca li nada tão ruim quanto essa história, metade eu não entendi e o que deu pra entender foi pura baboseira e lixo em forma de um personagem sem nenhuma qualidade humana, apenas um ser hediondo. Não quero nunca mais ler nada desse autor.

Gabriel 05/10/2023

Leia
Simplesmente, leia o Macunaíma. Estou certo de que você vai se encontrar ali. De alguma forma, somos todos esse livro.

Rodrigo 01/10/2023

Achei o livro de difícil leitura. As palavras antigas e fora do uso comum tornam a leitura um tanto difícil e complexa. Há também muita repetição de ideias e tudo isso fez a leitura se tornar bastante longa.

Por outro lado, as referências ao folclore, seja pelas lendas, por costumes ou frases que perduram gerações é bastante divertido.

O clássico tem seu encanto e termino ele com a certeza de que meu repertório se tornou um pouco mais vasto.

Méuri 29/09/2023

Mário, pra que esse exagero todo??!!
Chatíssimo, leitura demorada, super enrolada, exige muita atenção e interpretação pra entender tudo que se passa, até porque a maioria das coisas estão implícitas.
No entanto eu adoro as lendas e as histórias, e depois que se entende até fica legal, apesar do EXAGERO DE SINÔNIMOS QUE SE USA PRA TUDO (SOCORRO DEUS, PRA QUE???????????)
Mário realmente viajou MUITO com esse livro, mas só recomendo se tiver a fim de viajar junto c ele, ou se tiver uma análise ou algo do tipo que auxilie na compreensão dos detalhes do livro.

Tati.Lima 27/09/2023

Esse livro foi um surto do Mário de Andrade...
Misericórdiaaaaaaa!!! Q livro mais doido foi esseeeeeeee, meu povo!!! Uma aventura fantástica do protagonista TOTALMENTE anti-herói, em busca de um tesouro. Um clássico da literatura brasileira politicamente incorreto, porque o Macuinaíma é um cara absolutamente safado, cachorro e sem vergonha de carteirinha. O cara é o puro suco da falta de caráter, e suas aventuras são completamente fora da casinha. Mas ao mesmo tempo, é tudo apresentado de uma maneira tão incrível e criativa, q mesmo q o livro não seja essa Coca-Cola toda, como realmente não é, por conta de alguns capítulos extremamente maçante, mas é incontestável, a riqueza de culturas apresentadas por Mário de Andrade. E fecha o caos com o protagonista, começando a história negro e terminando branco. Como eu disse, o livro é um surto total, mas um surto descrito de forma interessante e divertida, porque o livro tem muitos momentos engraçados. A linguagem é um pouco complicada de entender, porq tem muito da cultura indígena e expressões regionais, mas nada q uma recorrida ao Google não resolva. Enfim, eu gostei, não amei, mas gostei bastante.

Maikoliveira 24/09/2023

Macunaíma, em busca de um caráter.
É evidente que, ao tratarmos desse livro, temos que levar em consideração o contexto da obra, uma obra confusa e estranha, ao modo como nos deparamos com essa personificação que é o Macunaíma, ao longo do livro essa personagem não só vai em busca de características como se apropria dela para formar seu caráter, obviamente uma analogia simbólica só brasileiro, que passa a sua vida em busca de um sentimento de pertencimento, mas, uma coisa que me fascinou nesta obra foi o fato de depois de tantas aventuras que o nosso herói passou para se firmar e construir sua identidade é o fato de o Macunaíma não ter conseguido formar seu caráter, assim como o brasileiro, afinal quem é essa figura, quem é o Macunaíma senão nós em nossas essência?... pouca saúde e muita saúva , os males do Brasil são !

Pequena M 21/09/2023

Achei o livro engraçado, de início ao fim, mesmo me perdendo diversas vezes no uso de palavras que eu nunca nem vi na vida, ainda foi fluído e tédio não enfrentei e até podia escrever mais, só que "Ah!...Que preguiça!..."

It's Gi (Taylor's version) 19/09/2023

Muito bizarro
Uma história completamente louca para descrever o mau-caratismo do povo brasileiro.
Realmente parece que Mário de Andrade escreveu essa obra quando estava bêbado ou sob efeito de dorgas, porque muitas coisas são incabíveis, mas também diria geniais, devido aos trocadilhos e piadas e o uso de termos de origem da cultura dos povos originários.
Quanto a leitura em si, até o meio do livro achei interessante e engraçado, depois as listas de termos, piadas e a própria história acaba ficando desinteressante e só queria acabar logo.
Uma obra com certeza polêmica, em que o autor explicita sua repugnação ao povo brasileiro mau-caráter. Leia por sua conta e risco.

Criadora de conteúdo 18/09/2023

Macunaíma Editora Lá fonte
??RESENHA??

Livro: Macunaíma " O herói sem nenhum caráter" / Escritor: Mário de Andrade / Editora: Lá fonte / Gênero: Romance Histórico Clássico / Páginas: 190.

Nessa resenha é impossível falar sobre o livro sem ao menos explicar superficialmente a intenção do autor e o contexto histórico que estão inseridos. Porém, vou tentar explicar de forma fácil e instigante para vocês. ?

Todos sabemos que com a colonização, os indivíduos (índios) que habitavam nossas terras, foram obrigados a adotarem os princípios, cultura, religião e costumes (entre outras coisinhas a mais) de nossos colonizadores, perdendo assim, a essência de sua etnia.

Então, sobre esse contexto de colonização que Mário de Andrade, um dos fundadores do início do modernismo (Semana da Arte Moderna em 1922), retratou com uma visão crítica a cultura excessivamente voltada à cultura estrangeira em Macunaíma. Nessa fase as produções artísticas foram fortemente marcadas pela ruptura com o passado e a construção de uma literatura Nacional tendo a presença marcante do cotidiano como história.

Esta obra nasceu a partir de uma vasta pesquisa linguística do autor e narra, por meio da mistura de lendas, mitos e histórias populares, a identidade nacional arrancada pela colonização. O autor retrata o conflito do homem brasileiro entre a atração pela Europa e a fidelidade ao Brasil. É destacado também em várias partes do livro as mudanças drásticas que ocorreram no território brasileiro devido a modernização Portuguesa.
Precisamos destacar que "um herói sem nenhum caráter" não representa a identificação do homem brasileiro como amoral ou possuidor de mau caráter, mas trata-se da "artemanhas" de sobrevivência do mesmo.

A história do anti- herói nascido na selva amazônica, deve ser lida com atenção e dedicação, pois o autor colocou no papel a identidade linguística fidedigna dos índios, por isso o livro contém rodapé explicando várias palavras desse linguajar, possibilitando o entendimento da leitura.

??O jeito sátiro que o autor escreveu as críticas sócio culturais, a leveza dos diálogos e dos personagens e o desfecho faz juz da importância que a obra exerce.

geovanna785 15/09/2023

Macunaíma, um herói preguiçoso, mentiroso, egoista e trapaceiro.
Um exemplo de obra modernista, que inclui o folclore brasileiro, linguagem coloquial e a visão estereotipada do indígena.
É bem chato, difícil de entender, tem muitas palavras regionais que dificulta a interpretação, por mais que essa tenha sido a intenção do autor.

nvelisy 09/09/2023

Maluca e modernista.
Gostei muito da leitura! Queria ter um contato mais próximo com o tal do modernismo que eu estava vendo na escola e não queria ler o livro do Mario por achar que ia ser muito confuso, essa adaptações em quadrinhos foi meu "escape" e foi ótimo!
Adorei a história maluca e modernista do Macunaíma, e senti em muitas partes que ele é mesmo um ótimo reflexo do nosso país.

looh_36 04/09/2023

Puro suco brasileiro
Vejo muita gente reclamando do escrita, por não conseguir entender as palavras, mas o modo em que li (só aceitando que não ia entender as palavras em si), facilitou horrores.

Nunca me diverti tanto com um clássico, o Macunaíma é o que posso chamar de puro suco brasileiro, ele representa cada um de nós. E apesar das coisas bizarras que ele fazia, e assustava até mesmo os leitores, acredito que sem isso, não seria o que é. Também acho que esse fato de ser bizarro, é o que o Mário de Andrade queria, que as pessoas se assustassem com o bizarro, e funcionou perfeitamente.

Natalia.Canalli 01/09/2023

Pouca saúde e muita saúva, os males do Brasil são!
O que falar sobre esse ícone modernista sem pé nem cabeça?


Já comecei a leitura sabendo que não encontraria muito sentido na passagem do livro. O leitor encontra coisas impossíveis de acontecer em qualquer cenário real, mas não no de Mário de Andrade.
Macunaíma é o nosso querido herói brasileiro, caracterizado pelo seu jeitinho trambiqueiro de ser, e movido pela preguiça! Apesar do livro ser marcado por MALUQUICES, é possível encontrar sentido neste mar de loucuras.
O enredo é divertido e cômico,o que nos prende na leitura. Nos causa aquele sentimento de choque, como que pode afinal um herói ser tão mentiroso, safado, preguiçoso e desonesto? Bom, isso explica o famoso jeitinho brasileiro.
Ao longo do emaranhado de histórias, o herói (Macunaíma) explica como se originaram elementos populares da cultura brasileira, mas já adianto que é do jeito mais imprevisível e sem sentido o possível.
Mário traz ao leitor diversos vocabulários de diferentes regiões brasileiras, em busca mesmo de uma identidade nacional. Além disso, pelo fato de ser paulistano, não deixou de fora da obra seu olhar perante a São Paulo modernista da época, realizando uma descrição detalhada com um capítulo reservado apenas para isso.
Recomendo a leitura pelo fato da mesma ser leve, divertida e relativamente rápida. Porém aconselho ao leitor começar pela edição que possui glossário nos rodapés das páginas, pois apresenta um vocábulo extenso e de difícil compreensão.