Macunaíma

Macunaíma Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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vasilisamorozko 13/02/2022

Oficialmente Não Vou Reler Esse Livro, Joguei A Toalha Ele Não É Para Mim
"A Máquina era que matava os homens porém os homens é que mandavam na Máquina... Constatou pasmo que os filhos da mandioca eram donos sem mistério e sem força da máquina sem mistério sem querer sem fastio, incapaz de explicar as infelicidades por si. Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranha céu com os manos, Macunaíma concluiu: - Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate."

#33 - Não me vejo relendo esse livro outra, mesmo que tenha saído uma nova versão da Antofágica (devia ter pegado ela, mas fui burra), eu não gosto desse livro e admito que meu problema seja ao fato de ser superficial ao ponto de não dar a mínima pra o que o escritor queria passar, sim eu sei, tem todo um conceito mas pra mim tem certas coisas que não descem na garganta, prefiro até beber prego, sinceramente.

Desde que li em 2016 pra escola, eu não me dou bem com essas história, na primeira leitura achei confuso e fiquei meio irritada com certos trechos, nas releituras de 2018/2019 achei problemático e meio sem sentido, já nessa releitura achei chato e cansativo apenas, eu não gosto do Macunaíma ele é um personagem que não me agrada, ele é irritante, "meio" nojento e desagradável, segui-lo em sua jornada foi um constante "porque eu to dando outra chance pra isso? ai deus que chatice" sério, foi como se eu tivesse na escola outra vez.
Esse livro não conversa comigo, e a única coisa que tenho de bom pra falar sobre ele são os pontos sobre a natureza e referência cultural, mas fora isso é uma leitura que não me convence.

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eriik 01/06/2023

é uma bomba, mas eu entendo a proposta do Mário. eu coringuei tantas vezes lendo isso que pelo amor de deus
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Ivonete 14/06/2023

O Brasil, por Mário de Andrade
Aqui está um livro que foi um desafio. Cheguei até a página 125, e tive que recomeçar a leitura porque percebi que não tinha entendido nada.

Então humildemente voltei para o início e me propus a pesquisar e anotar todos os termos e lendas que não conhecia. Preenchi umas boas páginas do meu caderno e umas boas lacunas no meu conhecimento (superficialmente, confesso, mas satisfatório para concluir a leitura).

Santo Google que sana nossas dúvidas!

Macunaima não é um livro para ler procurando uma lógica, mas um livro para ler procurando uma lenda.

Ele é repleto de seres folclóricos e mitológicos brasileiros, a leitura é difícil pois não conhecemos a nossa própria cultura em sua totalidade.

Como uma leitora livre e descomprometida, me despi de qualquer forma de julgamento sobre Macunaíma, o herói da nossa gente. Aceitei como ele é, e acompanhei sua jornada pela busca da Muiraquitã perdida.

Esse herói sem nenhum caráter (não mau e nem bom caráter, veja bem, apenas Sem caráter) enfrenta monstros, percorre longas distancias, morre, ressucita, se transforma...parece que ele está o tempo todo fugindo, e assim, percorre todo o Brasil, sem se ater ao tempo ou espaço.

Há muito a ser dito sobre esse livro, usado em vestibulares ou leituras obrigatórias nas escolas...o que faz ele ser temido e odiado, tenho certeza.

Sou apenas leitora e não acadêmica. E essa leitura descompromissada me proporcionou um prazer de poder gostar do livro pelo horizonte que ele descortinou aos meus olhos. Eu vi um Brasil que não conhecia, e senti vontade de saber mais sobre ele.

Creio que essa foi um pouco da intenção de Mario de Andrade. Que nossos olhos se voltassem para a nossa terra. Ele pode não ter sido o mais feliz em sua intenção (em suas palavras, ele produziu uma "obra prima fracassada"), o livro quase precisa de uma tradução de tantos termos que não conhecemos! Mas abriu um horizonte de uma parcela de nossa cultura. Nem Mário de Andrade seria capaz de abarcar em um livro toda essa miscelânea que é o nosso jeitinho.

E mais do que nunca a frase preferida de Macunaíma é parte do que eu penso:

- Ai que preguica! de quem julga sem saber, das opiniões sem fundamento, da mesquinhez de desprezar sem conhecer.

"Muita saúva e pouca saúde os males do Brasil são. - tem mais não".
annikav.a 18/06/2023minha estante
Que resenha incrível! Decidi que vou dar mais uma chance, quando eu estiver mais livre e com cabeça.




Bruna.Bandeira 15/08/2023

MA-RA-VI-LHO-SO
Que delícia esse livro! Muitas palavras e expressões diferentes, mas a gente pega o jeito rapidinho. Muito poético o texto e o personagem principal é muito bom! Engraçado, divertido, amoral... Sensacional! Me perguntando porque demorei tantos anos pra ler...
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L Soares 19/08/2023

O livro conta a história de Macunaima, o herói, em sua jornada por todo o Brasil.

O livro tem uma narrativa bem folclórica, contando ou reinventando a origem de diversas coisas, da forma como nasciam e eram contadas as histórias no passado. E isso é um ponto muito bacana.

Me fez lembrar imediatamente dos flashbacks de Chicó no auto da compadecida, com suas histórias altamente fantasiosas e descabidas, terminadas em "num sei, só sei que foi assim".
Em especial as corridas sem fim pelo Brasil, em perseguições que levam os personagens por diversos estados e regiões, trazem cenas muito nítidas de histórias nas quais o fundo passa correndo enquanto os personagens correm parados, ou então correndo direto por sobre o mapa, sem nenhuma razão com a realidade das distâncias, o tom dessas cenas é bem divertido.

Mas esse livro não funciona bem pra mim. Um livro que incentiva o folclore e a contação de histórias e lendas, deveria ter uma escrita mais simples.

O livro utiliza milhares de expressões indígenas e de regiões variadas, a sensação que eu tinha lendo a maior parte do livro era de uma verdadeira cacofonia, uma confusão desagradável causada pelo excesso.

O livro conta uma história de absurdos, em um ritmo muito acelerado, e com uma linguagem muito peculiar, coisas que poderiam ser bacanas, mas nesse caso para mim o excesso em tudo não conseguiu me fisgar.

Li na adolescência pra escola, e fui reler agora para assistir um balé baseado na obra. Não consegui nem terminar de ler antes da apresentação, e me travou por muito tempo a fila de leituras, a leitura acabou bem arrastada por conta da forma de escrita.

No mais, gosto da ideia de "moral da história", e, "macunaíma, o herói sem nenhum caráter", é exatamente o que o subtítulo diz, forçoso chamar de herói.

Preguiçoso, arrogante, mentiroso, usa e trata mal seus irmãos, usa e descarta todas as mulheres que encontra, e na maior parte das vezes sem consequências, se safando de tudo, e reforça em alguns aspectos visões preconceituosas contra os indígenas, como sobre serem preguiçosos.

Tudo isso pesa bastante pra mim.
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Aline 04/04/2022

CÔMICO, MODERNO E FABULOSO!
Sem espaço e tempo definido, Macunaíma traz uma apresentação metafórica do Brasil: suas origens, seus mitos, seu povo, sua língua, ao mesmo tempo que também faz crítica ao consumo internacional de cultura, a gramática normativa e a falta de caráter (identidade) do povo brasileiro.
Pra entender Macunaíma, precisa entender o contexto que foi escrito, pois embora seja pequeno, sua linguagem não é tão simples para hoje, mesmo assim, livro clássico, engraçado e importante para nossa história!
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mari 22/03/2019

o anti-herói brasileiro
É extremamente difícil reduz Macunaíma a apenas uma estrela, principalmente tendo em mente as dificuldades do autor para publicar uma obra tão excêntrica e inovado em um país ainda sob domínio cultural estrangeiro. Digo para mim mesma que reconheço a importância desse livro para a literatura nacional, e que se não fosse os modernistas, famintos por conteúdos inovadores, essa obra, assim como diversas outras ao redor do país, poderia ter caído no esquecimento. Acontece que, mesmo tendo tudo isso em mente, essa foi uma das piores leituras da minha vida. Talvez eu não esteja madura o suficiente para apreciar Mario de Andrade ou talvez o fato de ter sido uma leitura obrigatória tenha piorada toda a situação, mas essa experiência não agregou muita coisa na minha vida. A parte folclore e algumas tradições indígenas foram os pontos altos do livro. Em relação a estrutura, diálogo e cenas, é meio confuso e na maioria das vezes, eu não fiz a mínima ideia do que estava acontecendo.
Essa obra me faz pensar que, nem tudo que os intelectuais brasileiros ditam como excelente, de fato é.
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nvelisy 09/09/2023

Maluca e modernista.
Gostei muito da leitura! Queria ter um contato mais próximo com o tal do modernismo que eu estava vendo na escola e não queria ler o livro do Mario por achar que ia ser muito confuso, essa adaptações em quadrinhos foi meu "escape" e foi ótimo!
Adorei a história maluca e modernista do Macunaíma, e senti em muitas partes que ele é mesmo um ótimo reflexo do nosso país.
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Oliveira208 29/03/2022

"Brasileiro não tem caráter"
O melho do livro é o prefácio, no qual Mário de Andrade explica sua motivação para escrever esse livro. Não leria de novo.
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Rafael 06/03/2022

Folclore e oralidade
Em fevereiro, a Semana de Arte Moderna, marco oficial do Modernismo no Brasil, completou 100 anos. Um dos principais expoentes desse movimento literário foi Mário de Andrade, que viria a nos agraciar, em 1928, com o clássico "Macunaíma".

No livro, à margem do Uraricoera, um dos principais rios de Roraima, vemos nascer "Macunaíma, herói da nossa gente" (p. 18). Ao lado de seus irmãos Jiguê e Maanape, também filhos de uma índia tapanhumas, Macunaíma vive diversas aventuras em contato com outras figuras folclóricas da região amazônica (Curupira; Ci, Mãe do Mato; o gigante canibal Piaimã etc.), em grande parte motivado pela recuperação da sua muiraquitã, amuleto que recebera de sua companheira.

Nesse percurso lúdico, desenvolvido sem qualquer respeito às noções geográficas, aprendemos mais sobre nosso herói, visto como alguém preguiçoso, "muito safado e sem caráter? (p. 223). Mas embora seja uma pessoa que se lembra de "passar a doença nos outros pra não morrer sozinho" (p. 276), é o imperador que identifica os males do Brasil, quem inventa o futebol e se transforma na constelação da Ursa Maior por amor.

Nas páginas finais, com o desfecho da jornada de Macunaíma, vemos a importância da história oral como meio milenar de transmissão de saberes entre povos.

Foi uma divertida leitura! Porém, é perceptível na obra, e ainda mais na sua adaptação ao cinema, em 1969, a presença do odioso ideal do embranquecimento como parâmetro de limpeza e do belo, materializado na alegria que sente Macunaíma, que nascera feio e "preto retinto" (p. 18), ao se tornar branco, após banho em uma água encantada. Na ocasião, seus irmãos lamentam não terem a mesma ?sorte?.

Outra crítica reside no capítulo denominado "Macumba", em que se atribui a Exu, entidade iorubá, o rótulo violento e amedrontador de "Diabo", traço típico da perspectiva cristã colonial.

Curiosidade: aponta o pesquisador Frederico Coelho que Mário reconheceu que só 2 capítulos de "Macunaíma" eram de sua própria lavra; os 15 outros eram de "lendas aproveitadas com deformação ou sem ela". Conta-se que o livro "Vom Roroima zum Orinoco" (1917), do alemão Theodor Koch-Grünberg, foi sua principal fonte.
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Wellington 07/02/2023

Macunaíma – 4,5
Engraçado e interessante, bom para conhecer folclore indígena. Edição perfeita: glossário, epílogo do autor, arte, qualidade do material são algumas das benesses.

Não é meu tipo. Se a falta de caráter do herói tem sentido histórico (o brasileiro em busca de si mesmo) e faz rir, não deixa de ser imoral: Macunaíma trai, mente, rouba, mata, espalha doenças, extermina, maltrata. É só um egoísta. Não consigo simpatizar.

Pontos positivos: descrição provocativa de São Paulo; as máquinas são as pessoas, ou as pessoas são as máquinas? O folclore é único, nunca vi igual. Gostei que o Sol é mulher. Gosto que todo mundo vira estrela, lua, constelação; há conexão com o céu.

Escrita fluida, mas estranha; é esperado que o leitor não entenda metade dos termos empregados, um problema para quem mede palavras.

Bom livro, mas precisa de olhos mais despretensiosos que os meus.


site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
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Lucas 01/07/2020

MACUNAÍMA EM QUADRINHOS
Foi uma hq bem regular, bem regular mesmo,mas uma das coisas que mais gostei foi a representação dos personagens e da grande influência da cultura brasileira composta na hq, principalmente quando Macunaíma e seus dois irmãos vão em busca de uma vida melhor na cidade grande.
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Paulo Freitas 12/07/2020

Às margens do Uraricoera, na Floresta Amazônica, nasce o preguiçoso e vaidoso Macunaíma, que desde pequeno, não hesita em mentir e se transformar em outras pessoas para satisfazer seus desejos. Sua mãe logo o abandona e, em sua nova jornada, ele ganha um talismã da Mãe do Mato, mas o perde. Então, parte para o Sudeste do Brasil em busca do amuleto. Macunaíma é um marco modernista e uma reflexão do autor sobre a cultura brasileira. Mescla os dialetos e costumes de diversas regiões na narrativa e aborda a desigualdade social no país.
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Lucas.Pasqualini 02/08/2020

Criativo de mais
Genial e irreverente. O perfil do herói brasileiro é quase que uma caricatura.
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saoribooks0 28/08/2020

Honestamente, essa leitura foi uma das mais desafiadoras da minha vida de leitora, tanto por causa da linguagem utilizada na obra, quanto por causa do protagonista e do enredo.
Macunaíma é diversas vezes chamado de ?herói? no livro, mas, em sua obra, Mário de Andrade retrata um anti-herói. O personagem mente quase sempre que tem a oportunidade, trai outras pessoas, rouba as mulheres de seus irmãos e fala muitas palavras ofensivas. Trata-se de um mulherengo farrista e também muito preguiçoso, no mal sentido da palavra. Sonha em conseguir tudo o que quer, no entanto, da maneira mais fácil e conveniente somente para si. Não é à toa que o autor colocou a frase ?O herói sem nenhum caráter? como subtítulo de seu escrito.
No que diz respeito à narrativa, Mário inseriu propositalmente erros gramaticais em seu livro, como ausência de vírgulas, início de frase com pronome indireto, palavras sem acento ou escritas juntas, troca da letra ?E? pela letra ?I?, etc. O autor tomou essa decisão pois acreditava que facilitaria o entendimento das pessoas utilizando um vocabulário popular, mas comigo ocorreu o contrário. Esses erros de gramática me deixaram confusa e dificultaram bastante minha compreensão em alguns trechos, inclusive geraram ambiguidade em alguns casos.
Uma das características mais fortes de Macunaíma é o Surrealismo. O espaço e o tempo são arbitrários, os personagens conseguem ir de um estado do país ao outro em questão de pouquíssimos minutos e podem se transformar em diversas coisas também, como animais e objetos. Animais têm a capacidade de falar com os humanos e ajudá-los e vale lembrar que elementos como o Sol, a Lua, a Chuva também falam e são personagens muito presentes na história.
Senti falta de um pouco de objetividade nesta obra. A maior parte da trama constitui-se de acontecimentos ?soltos?, que não têm um objetivo na narrativa, não levam a lugar nenhum. Isso me incomodou um pouco, senti que o autor muitas vezes enrolava demais e o que era para ser o foco do livro acabou ficando um pouco de escanteio.
O desfecho da trama foi completamente desapontante. Fiquei profundamente decepcionada, afinal, Macunaíma estava em busca de sua muiraquitã desde o início da história, era de se esperar que houvesse um final mais emocionante e justo.
Apesar de tantos aspectos ruins, Macunaíma trouxe um ponto bom e que apreciei muito durante a leitura: riqueza cultural. Mário de Andrade fez questão de inserir em sua obra histórias, palavras e provérbios indígenas, uma característica que quase não encontramos nos livros contemporâneos.
Sinceramente, não recomendo o livro como lazer, apenas se for uma leitura obrigatória em disciplina como Literatura, por exemplo. Mas, claro, gosto não se discute e todos devem tirar suas próprias conclusões independentemente da opinião de outra pessoa. É um clássico que tenta definir o caráter nacional brasileiro e sua leitura é relevante.
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