O pintor de retratos

O pintor de retratos Luiz Antônio de Assis Brasil




Resenhas - O pintor de retratos


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thexanny 14/07/2022

O pintor de retratos
Eu peguei esse livro na biblioteca, achei o nome interessante, porém não achei a história cativante. Talvez seja porque não tenho muito interesse por fotografias e quadros. O livro não é ruim, até pq é bem escrito, mas ele não foi memorável para mim.
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Matheus.Donay 19/06/2017

Li sem pretensão, até esperava que iria parar a leitura no meio do livro. Porém, do início ao fim o texto é bem escrito, tem uma narrativa que te prende, desperta curiosidade. Uma viagem no tempo ao século 19, que passa pela Itália, pela França, por Porto Alegre e pelo interior gaúcho. Tudo isso sobre o pano das contradições que marcaram o surgimento da fotografia em contraponto à pintura e as diversas reflexões sobre a arte e sua relação com o ser humano, marca registrada do livro.
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Andressa 24/10/2012

A obra O pintor de retratos, do gaúcho Luiz Antônio de Assis Brasil, narra as aventuras de Sandro Lanari, um pintor de retratos italiano do século XIX. Sandro sai da Itália, vai para França e posteriormente vem ao Brasil. O avanço da fotografia estava tirando o emprego dos pintores. Contrariado porque as pessoas adotaram as fotos em substituição às pinturas, que para ele registravam também a alma dos retratados, o pintor acaba fascinado ao ver uma foto da atriz Sarah Bernhardt, no ateliê do fotógrafo Nadar.

Querendo ganhar a vida muda-se para o sul do Brasil, onde a fotografia ainda não havia chegado e se torna o pintor favorito dos grandes fazendeiros. Quando começa a revolução gaúcha é pego pelos soltados e chamado para fotografar as batalhas e, assim, abandona a pintura. Após ter captado em uma foto o momento em que um homem é degolado, “A última imagem, aquele que o desgraçado levaria para a eternidade dos séculos foi a de Sandro Lanari, o braço erguido, na atitude de quem deseja impedir algo” (p. 135), que mais tarde a chama de “A foto do Destino”, rende-se a fotografia, que, antes, tanto rejeitava. Mantendo sempre como seu trunfo “A foto do Destino” bem guardada num cofre, transforma-se em um fotógrafo de sucesso.

Com o falecimento do pai, Sandro Lanari retorna à Europa, e pede a Nadar que o fotografe, depois, mostra-lhe “A foto do Destino”, chocando o velho fotógrafo acusa Lanari de culpado por não ter salvo a vítima. Se ao longo de toda a sua vida perseguira o “ser artístico”, primeiro na da pintura, depois na fotografia, sente-se agora derrotado. Voltando para o Brasil, rasga e joga fora a imagem pela janela de um trem. Afirmando que ele não precisava mais da aprovação e nem das fotos do velho Nadar, afinal, ele, Sandro Lanari, fotografara a verdadeira face da morte com ou sem alma. No outro dia, alguns meninos recolheram as partes da foto até que chegaram à conclusão de que era a foto de um homem aos pedaços...
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Ladyce 28/04/2012

O medo do novo e o conhecimento
O novo, o encontro com o desconhecido, sempre causa ansiedade. O mundo é mais confortável, a vida é mais segura se sabemos o que nos espera, como agir e que reação ter em diferentes circunstâncias. Assim como hoje debatemos o futuro do livro em papel por causa das publicações digitais, no século XIX, com o aparecimento da fotografia, os pintores, antes de descobrirem como essa nova tecnologia iria auxiliá-los, temeram por seu futuro profissional. É nessa virada de tecnologia, quando a fotografia parece interferir com a pintura, que se enraíza o romance O PINTOR DE RETRATOS, de Luiz Antonio de Assis Brasil, [LPM:2001/2005, 5ª edição].

Luiz Antonio de Assis Brasil sempre me cativa com sua linguagem despojada, quase seca, em que consegue em uma frase, não muito longa, passar um mundo de informações e capturar sentimentos. Com excelente domínio da narrativa, com poucos traços e não mais que duas centenas de páginas, ele conta a vida inteira de um homem, um pintor de retratos, italiano, que confrontado com a fotografia, perde a noção que tem de si próprio. Diante da devastadora imagem, cara a cara com aquele retrato de si mesmo, fotografado pelo grande Félix Nadar, nosso herói se desintegra emocionalmente e num momento de desvario, emigra para o Brasil, onde se estabelece na mais meridional das províncias, na terra das revoluções. O Rio Grande de Sul o acolhe desconfiado, mas é lá que finalmente acredita renascer, crescer e finalmente apresentar a imagem exterior que, fotografada, mostraria ao mundo como ele é, ou o que ele pensa de si mesmo. Se consegue ou não, o leitor só descobre no final, mas como toda boa história é o meio, é o processo que fascina.

Arraigado à pintura por tradição familiar, treino e medo da nova tecnologia, Sandro Lanari chega à letárgica Porto Alegre determinado a ganhar a vida como pintor e obcecado pela imagem de Sarah Bernhardt que viu em Paris fotografada por Nadar. Quando consegue fixar sua atenção numa jovem que se parece com a atriz francesa, entreabre-se o caminho do crescimento, mas terá ainda muito chão a percorrer até se conciliar com a vida no Novo Mundo. Só quando aceita trabalhar, vagando de estância em estância, retratando senhores da terra, começa sua verdadeira introdução à vida brasileira, ao novo continente e a si próprio. Mergulha em um mundo tão diferente daquele em que foi criado que acaba por se despir dos conhecimentos profissionais, reconhecendo-os válidos exclusivamente para o solo europeu. Na água do banho vão também seus preconceitos. A caminhada brasileira, por ironia do destino e pela própria sobrevivência, transforma-o em fotógrafo.

E vai ser como fotógrafo que conseguirá a essência do que desejava expressar em seu trabalho. Num campo de batalha gaúcho, fotografando o lado vitorioso, Sandro Lanari vence uma batalha pessoal, consegue a expressão máxima de sua arte, uma obra que o faz, finalmente, poder erguer a cabeça com orgulho: capturou o lampejo de vida nos olhos de quem fotografava. Daí por diante, pazes feitas com a fotografia, tem sucesso garantido. Torna-se um respeitado membro da comunidade, pai de quatro filhas, imigrante abastado. Para ter certeza de seu sucesso, só lhe falta a última e única constatação de sua legítima identidade, uma nova visita a Félix Nadar.

Com um final inesperado, O pintor de retratos nos faz refletir sobre a autoestima, a visão que temos de nós mesmos, contrastada com a imagem que os outros têm de nós; sobre o preconceito e o medo do novo, do desconhecido; sobre a nossa própria aceitação. Tudo isso colorido pela paisagem gaúcha de antanho, pelos costumes peculiares de época, com um sabor histórico na medida certa. Uma leitura que nos enriquece e deleita.
Renata CCS 21/10/2013minha estante
Outra resenha atraente! Preciso parar de acompanhar o Skoob ou meu salário irá somente para livros!




Thais Lehmann 17/01/2012

A narrativa, por vezes, é bem interessante. Pra quem curte fotografia até pode ser uma boa distração, no mais, não passa de um livro como qualquer outro.
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Déh 15/01/2011

Li por causa do colégio e achei interessante.
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Mandy Porto 12/11/2009

Li somente para a faculdade. Não curti muito.
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