Sa 24/06/2022
Apaixonantes
Não me arrependo de ter julgado esse livro pela capa e comprado ele por isso. Ok que a sinopse foi levemente curiosa, mas foi menos da metade da razão para eu ter levado ele comigo.
Ele sai completamente da minha zona de conforto ao mesmo tempo que não.
O livro conta a história de um zombie. Um zombie que nas primeiras páginas pude notar que não era um cabeça de vento como em um filme seria, apesar disso ele não sabe o que aconteceu, não sabe seu próprio nome, nem sua história de vida.
Ele não tem absolutamente nada. Apenas uma sensação de fome, um instinto primitivo do novo ser que ele se tornou. E ele acha que seu nome começa com R. Então assim é.
Não acontece muita coisa até que finalmente ele - e nós - conheça a tal da Julie, a humana por quem o R se apaixonou.
Eu achei a história muito bonita. A escrita do autor vai ficando cada vez menos leve. Eu paro de pensar no R pra pensar em tudo. Na Julie, no mundo deles, como vai ser o fim da história.
O autor traz uma razão pra aquilo tudo. Eu não entendi muito bem, mas quem conseguir pensar melhor que eu já vai pegar a moral da história. Mas nem por isso eu deixei de rir.
No livro tem cenas divertidas, mesmo que, por vezes pareça um tema um pouco longe desse tipo de banalidade, no fim eu entendi que essa é a razão para estarmos vivos. Apenas viver.
E por ser um pouco aberto a questionamentos, tem várias respostas pra qual seria a moral de tudo. Mas essa é a graça, o livro vai se adaptar a quem quer que esteja lendo na hora certa.
Ou talvez eu vi sentido em lugar onde não tem kkkk.
Mas enfim, o R é sim apaixonante. Pisou na bola uma vez, mas se não fosse aquele momento, nem conhecer a Julia ele iria. Fiquei chateada na hora... Talvez alguns capítulos depois eu ainda estivesse pensando sobre, mas tanto faz agora.
A Julie é uma personagem maravilhosa também. Ela parecia a única a fazer sentido sempre. Ela quase me fez chorar na cena do carro? Sim, mas tanto faz agora.