O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Corquiola 19/03/2023

?
Tem um porque deste livro ser considerado um clássico e Faulkner um gênio, e entendi o porque, passando os capítulos e tendo a sensação de que cada um deles foi escrito por alguém diferente; percebi quando lia e procurava as "migalhas" pelo caminho e quando ao juntar as peças desse quebra cabeça, partes da história ia sendo revelada para que a surpresa e muitas vezes a indignação tomassem conta de mim.
Essa leitura além de prazerosa foi muito enriquecedora, pois retrata toda uma época, seus costumes e absurdos, além de vermos estas personagens percorrendo caminhos tortuosos da decadência de toda uma família em uma trama prá lá de envolvente!
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Evelyn.Christine 02/03/2023

Difícil dizer qualquer coisa
Este é um apelo sincero: alguém me explica porque esse livro ganhou o prêmio Nobel?

Uma narrativa muito difícil para uma trama bem simples. Andamos, andamos bastante e aonde chegamos? Pois é, eu também não sei
Leonardo.H.Lopes 01/07/2023minha estante
Este livro não ganhou Prêmio Nobel, livros não ganham o Prêmio Nobel. Quem ganha é o autor e pelo conjunto da obra, por ter produzido "no campo da literatura o trabalho mais notável em uma direção ideal".




JanaAna90 22/02/2023

Um livro com milhões de Bis
Se a primeira resenha foi desafiadora, pense que uma segunda é maior ainda, mas penso que meu maior desafio foi não amar Faulkner e eu perdi; então tudo mais é lucro.
O primeiro obstáculo foi vencido burlando o aplicativo SKOOB, que não nos permite fazer resenha em releitura, venci usando uma outra versão livro.
Em seguida foi ler com calma e sem surtar algumas confirmações que tinha marcado e que percebi na primeira leitura e não enlouquecer com fatos que passou despercebidos.
Porque fiz a releitura, vamos lá, o livro cresceu e muito com ela, pois o narrador entra em fluxos de pensamentos que não sabemos quando o fato se deu, se são só ideias da cabeça dele, ou fato real. Além disso a narração é atemporal e isso nos confunde um pouco, nos acende um alerta, que nem sempre é verdade. Ainda tem um detalhe importante, fatos essenciais que aconteceu com alguns personagens que são lançados na história que nos pega tão de surpresa que a gente diz, como assim? Quantas vezes tive que voltar a ler e surtar porque não esperava e o susto foi grande. (Rsrs).
Faulkner, nos coloca não só como expectadores mas como críticos do que está acontecendo com essa família em decadência, e que cabe a nós, ou a ninguém em especial, ter ciência e analisar os fatos narrados.
Na releitura os dois primeiros textos narrados tornam-se mais compreensíveis e esclarecedores, ampliando nossa compreensão da história. O que posso dizer que foi ainda mais doloroso ler alguns fatos chocantes da história quando já tinha consciência do que aconteceu e a leitura cresceu ainda mais no meu conceito.
Não entendia porque algumas pessoas diziam que é importante a releitura, agora entendo perfeitamente e, inclusive, aconselho a quem quiser ler, já se programe para isso.
Quem não gosta de quebra cabeça e de desafios, não irá gostar do livro, não porque é um livro difícil mas sim pela indisposição de construir fatos sobre uma linha do tempo atrás do fluxo de pensamentos. Por não ter marcações do tempo, por não existir um futuro, já que o indivíduo ou está no passado ou no presente.
Assim como nós, o som e a fúria nos indica que somos seres atemporal, que o futuro ele é construído com o passado e o presente. Faulkner nos dá a possibilidade de olhar para o tempo, o nosso tempo de vida, sob uma outra ótica.
?Foi-lhe este relógio não para que você se lembre do tempo, mas para que você possa esquecê-lo por um momento de vez em quando e não gaste todo seu fôlego tentando conquista-lo.?
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Erika 20/02/2023

O SOM E A FÚRIA
Bem vamos lá, eu gostei? Recomendaria? Não.

Não foi um livro que me arrebatou, talvez porque não consegui me apegar tanto nos personagens, acho que faltou alguma coisa, as primeiras partes acontecem em partes de lembranças então fica difícil de se comover realmente, o único personagem que eu realmente gostei foi o Benjamin e a Dilsey. É isso não muito o que dizer, talvez leia novamente no futuro.
Evelyn.Christine 02/03/2023minha estante
Me explica o porque da nota tão alta considerando o que disse na resenha? Kkkkkkkk socorro


Erika 28/03/2023minha estante
Na verdade era pra ser 3 estrelas, não sei se da pra arrumar, acho que não peguei de verdade o que o autor tentou passar, foi como eu disse talvez eu releia no futuro e mude de ideia né




JanaAna90 13/02/2023

Essa resenha será a mais desafiadora das resenhas, e explico o porquê. Primeiro como traduzir em palavras o quanto o livro me envolveu, o quanto me fez voltar muitos trechos, o quanto me fez parar em alguns momentos do meu dia para pensar nele, enfim como dizer que fiquei imersa nessa leitura de forma tão prazeirosa? Segundo apesar de ser um livro difícil em alguns momentos, mas não era por isso que voltava a ler e sim por não acreditar no que estava lendo e para meio que confirmar o que tinha acabado de ler. Terceiro como dizer que fiquei tão apaixonada por esse livro que já quero e vou fazer uma releitura. Enfim, é como disse: traduzir em palavras o que Faulkner fez nesse livro é tentar ?pegar o sol com a peneira?.
Porém sigo nesse desafio.
O livro é dividido em 4 capítulos e mais um apêndice (não menos importante). E em todos a questão do tempo parece brincar com o leitor e colocar a prova nossa atenção e sensibilidade para perceber e entender os acontecimentos.
Conta a história de uma família em decadência. O pai Jason e a mãe Caroline, que tem 3 filhos e uma filha.
Os 3 primeiros capítulos são narrados pelos filhos e o último por um narrador que fica difícil dizer quem é e que, pra mim, até o fim decíduas possibilidades. Rsrs
O primeiro capítulo, para mim foi tranquilo, apesar da falta de uma cronologia e do tempo, a leitura foi fluida, no segundo começou o nó, não conseguia mergulhar e entender o que o narrador dizia, quando tentava absorver algo, esse algo escorria dos dedos. No capítulo seguinte vem o clarão das coisas, vem a maestria do autor em conduzir os fatos, e o que estava incompreensível fica evidente. No último como que fecha uma ideia, nos coloca em cheque o que foi posto lá no início da história.
O que mais amei foi a forma como questões chaves são jogadas de forma tão despretenciosa e sem aviso prévio; e que o leitor fica pensando: como assim? Será que o que estou pensando é o que estou pensando?
Assim como nossos pensamentos fluem o tempo todo e de forma desordenada e atemporal, assim é a construção dos pensamentos dos personagens em o som e a fúria. E como em uma colcha de retalho, o relato dos narradores vão nos dando as cores, os sentimentos, os acontecimentos e os fatos vividos por essa família em decadência e extinção.
Um livro desafiador e motivador para releituras. Como não amar aquele que tomou meus pensamentos e que fez meu relógio parar mesmo quando os ponteiros estavam em pleno funcionamento.
Najla 13/02/2023minha estante
Você escreve muito bem ??. A maneira como você descreveu o livro, com uma sinopse elaborada mesclado com seus sentimentos e impressões pessoais e sem dar um spoiler sequer, fez com que muitos que nem sabiam desse livro (com certeza eu) ficaram com vontade de ler e conhecer essa história.


13marcioricardo 14/02/2023minha estante
Livro com muita fama de ser difícil.. Mas com uma resenha dessas a gente fica com vontade que seja já o próximo rss Parabéns


JanaAna90 14/02/2023minha estante
Najla querida, obrigada por seu comentário. De verdade, foi a resenha mais difícil, porque o meu objetivo é convencer as pessoas lerem essa maravilha (Hahaha). Abraço.


JanaAna90 14/02/2023minha estante
Marcio, sério que te incentivei??? Já valeu a pena. Depois me conta o que achou. Abraço.


Edneia.Albuquerque 09/03/2023minha estante
Estou lendo o livro e fujo de resenhas longas para evitar quaisquer tipo detalhes do livro, mas a amiga comentou aqui nos comentários que você não deu spoiler, ?? agora sim, vou ler ?.


JanaAna90 09/03/2023minha estante
Neya, o livro é maravilhoso e, realmente fica melhor ainda sem os spoiler.




Fabio.Nunes 10/02/2023

Você aí
Você aí já tentou escrever um livro com 4 capítulos cujas vozes narrativas são diferentes entre si? Já tentou se colocar na mente de um personagem com deficiência mental e escrever um primeiro capítulo em fluxo de consciência, esmagando a noção de tempo do leitor, deixando-o apenas com fragmentos de uma estória, forçando-o mentalmente a tentar entender o que diabos está acontecendo? Já tentou escrever um segundo capítulo em fluxo de consciência de um personagem inteligente, mas neurótico, melancólico e com tendências suicidas? Já se imaginou escrevendo um terceiro capítulo com uma escrita leve, que já situa o leitor na estória, mas apresentando um personagem que causa repulsa? E para finalizar, você já tentou escrever um quarto capítulo com um narrador, agora sim, heterodiegético, que te ajuda a montar as peças faltantes do quebra-cabeças? Já escreveu um livro situado no sul dos EUA, no início do século XX, mostrando um mundo repleto de racismo e misoginia? Já escreveu um livro que te deixou tão intrigado que forçou o leitor a relê-lo de forma a apreender a genialidade do escritor e a solucionar as dúvidas sobressalentes sobre a estória?
Você aí, já escreveu um livro literalmente genial?
William Faulkner sim.
E o texto de apoio, de ninguém menos que Jean Paul Sartre, nos ajuda a preencher lacunas e a entender por que devemos nos embasbacar com essa obra.
Este livro é um marco na minha trajetória como leitor.
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Danuza3 31/01/2023

Foi isso.
A leitura foi realmente... Instigante.
Digo isso incluindo as nuances trazida por cada narrador, os lapsos drásticos de recordações, que de vez ou outra flertava com a realidade, fazendo com que fossemos levados a pensar e repensar no que fora dito, discutindo com nós mesmo o que de fato aconteceu, pensando sobre o que fora aumentado ou deixado de lado, juntando datas marcantes e momentos visto de uma maneira similar, o que é de fato doloroso e maravilhoso! TODAVIA, entendo que para algumas pessoas pode acabar sendo uma leitura cansativa e até angustiante, tendo pouco ou até nenhum sentido em suas perspectivas. Essa leitura é uma faca de dois gumes, saibam disso.

Estando confortáveis ou não até aqui, digo que conforme as páginas vão passando o livro se torna menos "trabalhoso", porém, ainda assim lapidado de uma maneira interessante e trágica, tendo sim seus defeitos, acertos e peculiaridades.
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EduardoCDias 29/01/2023

Fabuloso
Uma família problemática e decadente, numa cidade do sul dos Estados Unidos, pós guerra de Secessão. Uma mãe constantemente enferma, um filho deficiente mental, uma filha perdida e mais dois filhos totalmente desajustados. Nesse panorama, a única pessoa centrada e ajustada é a cozinheira negra, que age como a verdadeira matriarca da família. Dos quatro capítulos, os dois primeiros são contados em fluxo de consciência e a dificuldade de leitura vai diminuindo com o passar das páginas. O tempo não é cronológico e as ações são todas mescladas. Uma obra prima e uma experiência prazeirosa de leitura.
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(Kesia) 29/01/2023

Li errado?
Eu gostei a experiência, estética do livro, é satisfatório ultrapassar os dois primeiros capítulos em fluxo de consciência para começar a entender de verdade o que se passou naquele núcleo familiar. Por mais que tenha gostado da leitura, não consegui favoritar, não duvido ser um livro importante para a história dos eua, mas, enfim, fui com muitas expectativas - como se fosse ler um clássico Victor Hugo - e frustrei.
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abibliotecadamica 15/01/2023

Excelente.
É preciso persistir e não se deixar vencer pela confusão inicial causada pelo primeiro capítulo deste livro maravilhoso. Com 78 páginas, o capítulo inicial é narrado através do fluxo de consciência de uma pessoa com deficiência cognitiva, o que torna o início um tanto incompreensível. Mas a partir do segundo capítulo a leitura começa a fluir de uma maneira magnífica, e todo o esforço para superar o início do livro é recompensado. A minha sugestão é a leitura do livro inteiro e, após o término, uma nova leitura do primeiro capítulo.
"O Som e a Fúria" é um clássico da literatura norte-americana que nos apresenta a decadência econômica e moral dos Compson, uma família aristocrática do sul dos Estados Unidos, através de uma narrativa não linear e saltos temporais. Dividido em 4 partes, narradas por personagens diferentes (sendo a última por um narrador indireto, o próprio Faulkner), todas são interligadas e vão formando o sentido da trama a cada elemento novo que é acrescentado à história. É uma obra pesada, desafiadora, cheia de personagens detestáveis, racismo, preconceito e misogenia. Quem estiver disposto a ler, deve se preparar para sentir raiva, ódio e indignação. Mas, sem dúvida, um livro que vale todo o esforço e a raiva sentida, pois te recompensa infinitamente com uma narrativa brilhante.
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Natalie.Coppola 15/01/2023

Eu adiei muito a leitura desse livro, porque achei que não ia conseguir. O começo é realmente difícil e oscilei entre amor e ódio até quase 30% da leitura. Fica um pouco melhor depois, mas ainda assim segui com sentimentos conflitantes. Na metade do livro eu realmente estava gostando, mas pensei que seria uma experiência única "ok li uma vez, foi bom, e já é suficiente" Mas aí conclui a leitura ja quase querendo começar a ler tudo de novo, pra ver se perdi coisas nas entrelinhas, se perdi ideias soltas e sentimentos ali misturados. Esse livro foi uma viagem muito bacana, entrou para os favoritos da vida.
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Fabielli.Rocha 10/01/2023

Orgulho por ter conseguido
Um dos livros mais difíceis e desafiadoras que já li, os personagens tem a complexidade psicológica aprofundada, o livro não entrega muito, e você acha que está pirando pq não entende muita coisa, as primeiras partes são de fluxo de consciência e diálogo interno, o que não ajuda muito, não tem ordem cronológica na primeira parte do livro e tem personagens com mesmo nome mas não necessariamente do mesmo gênero,  ou seja, uma bagunça que vai se "assentando" a medida que a leitura avança. O enrredo é simples, uma familia aristocrática que vai degringolando.


(contém spoilers)

O personagem que mais gostei foi o quentin, que foi traído pela própria natureza gentil e foi contaminado pela negatividade do pai, que via o mundo por uma ótica triste, não ficou claro pra mim mas acredito que o casamento da irmã foi um golpe fatal, embora eu não acredite que houve envolvimento incestuoso, havia um amor platônico (mais dele que dela).

A personagem que mais odeie foi Carolina, fraca (de espírito) e indelével e mesmo q anuncie sua morte aos quatro cantos parece que será a última coluna da família a se manter de pé, (vaso ruim não quebra) e apesar de durar mais, fez muito pouco pelos filhos, e por si mesma.

O mais injustiçado é o Benjy, sem dúvida, que não tem culpa da condição que nasceu, foi criado por terceiros, escondido e mal amado,  perdeu até o nome, que é nossa identidade primeira. Ele é bem sensível e parece que entende o mundo por imagens, cheiros e sons.

A cady não sei se gosto ou desgosto, ela é incompreensível, misteriosa e o ponto central da história toda.

Jason nem vale a pena sentir nada, mas acho que sinto pena, ele é o queridinho da mamãe, aquele que tem seus atos aplaudidos, mesmo os piores, e se tornam pessoas horríveis pq sempre justificam quem são por culpa de outros não se autoresponsabilizam por nada, são simples produto da maldade alheia.
Bruno Palmeiras 10/01/2023minha estante
Eu já parei uma vez, mas vou recomeçar


Fabielli.Rocha 27/01/2023minha estante
Sim, eu tbm parei uma vez, força q dá!




Grasi 08/01/2023

Vale uma releitura
O som e a fúria é um livro narrado em fluxo de consciência por 3 narradores e 1 narrador em terceira pessoa. Particularmente achei o primeiro narrador mais difícil, porém os outros fluem melhor.
Após concluir os textos de apoio que constam nesta edição, logo bateu a vontade da releitura.
Posso dizer que recomendo a leitura e uma releitura para aproveitar o texto.
P.S.: alguns comparam a escrita de O som e a fúria com a de Ulisses de Joyce.
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Walter.ARF 29/12/2022

Fantástico
É um dos melhores livros que já li na vida. A visão de cada uma das personagens e suas diferentes vozes trazidas com a maior originalidade que já vi.
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