O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Jornal Nota 09/05/2020

7 motivos (e dicas) para ler O Som e a Fúria, de William Faulkner
Quando eu li o livro pela primeira vez, tive muita dificuldade com a passagem dos tempos, os nomes dos personagens e o caminho da narrativa. Tive que parar algumas vezes para procurar artigos e resenhas para me auxiliar na leitura. Por isso, resolvi fazer um pequeno mapa com 7 pontos que podem ajudar qualquer um na leitura de O Som e a Fúria.

Matéria completa no link!

site: http://notaterapia.com.br/2020/05/03/7-motivos-e-dicas-para-ler-o-som-e-a-furia-de-william-faulkner/
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Aerial 30/06/2020

Pensei que esse livro seria um grande desafio pra mim devido ao estilo literário dos 2 primeiros capítulos, mas confesso que amei gostei muito e só me incentivou a querer ler ainda mais e ir juntando as peças do quebra cabeça.
Antes de começar a leitura, é bom ler um pouco sobre ela, ou até assistir alguns vídeos no YouTube que falam sobre a obra, assim você não fica tão confuso nem tão perdido, só tenham cuidado com os spoilers.
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Luigi.Schinzari 07/07/2020

A Fúria de uma narrativa perfeita
O Som e a Fúria (1929), romance mais conhecido e referenciado do autor norte-americano William Faulkner (1897-1962), não é um livro fácil. Muito pelo  contrário: a narrativa dividida em quatro partes longas, sem pausas narrativas em seu meio, cada uma narrada por uma personagem diferente (respectivamente Benjy, Quentin, Jason, irmãos da família protagonista, os Compson, e, ao fim, um narrador onisciente, nos moldes mais tradicionais) e, para dificultar ainda mais, com o uso do fluxo de consciência, método que busca se aproximar do pensamento humano, com digressões e fatos confusos em cada parágrafo, como em nossa mente -- enfim: tudo isso converge para afastar o leitor. Mas isso é um demérito? De forma alguma. É justamente o elemento que faz a obra ser uma experiência única dentro da literatura.

A história do declínio de uma família do sul dos Estados Unidos no começo do século XX é palco para todos os conflitos postos nas páginas de Faulkner: Benjy, o primeiro narrador (e justamente do capítulo mais complicado de se entender de primeira), um homem com problemas mentais graves, dependente dos esforços da mãe e dos empregados e que vê tudo de forma lúdica e irreal; Quentin, o segundo narrador e filho em que foi depositado muito da economia da família para poder estudar em Harvard, motivo este dos problemas financeiros dos Compson e que possui dilemas em relação a sua irmã Caddy; Jason, o terceiro narrador e filho turrão e cínico, responsável por liderar a família após a morte do pai e, em sua narrativa, sempre justificar seus erros; além deste elenco, temos também a matriarca da família, os empregados negros, encabeçados por Dilsey, mulher simples e que dedicou a vida a família, sendo praticamente parte dela e, aparentemente, a fonte de sensatez e bondade em meio a todo o declínio daquele cosmo caótico (um paradoxo, talvez). Cada personagem, seja ela narradora ou apenas mais uma falante pela obra, tem sua forma específica de falar, tem sua voz, motivo este para o infortúnio dos tradutores e também para a recomendação, aos falantes de inglês, para a leitura na língua original.

Em meio a aparente muralha existente para adentrar o mundo criado por Faulkner, deve o leitor curioso se atentar a uma coisa: relaxe. A leitura é, inicialmente, confusa, justamente por conta do fluxo de consciência e da mentalidade de Benjy prejudicada por sua condição mental debilitada, mas é uma barreira a ser derruba com a leitura calma e concentrada. O Som e a Fúria, não à toa, é um dos maiores clássicos mundiais; valorize-o: deixe seu celular de canto; desligue o som ao seu redor e ouça aquele que vem do seu título (inspirado em uma passagem de Macbeth de Shakespeare, aliás). A atenção minuciosa a cada palavra colocada -- E muito bem colocada! -- por Faulkner na mente de seus narradores é necessária pois estas foram também necessárias; tudo que ali está é proposital. Faulkner não desperdiça uma palavra sequer ao longo de toda essa jornada rumo ao poço lamacento de desgraças sem elas serem cruciais para o caminho ao fundo. E, por conta deste fator, o romance têm motivos para releituras incansáveis ao longo dos anos: cada retorno o agraciará com detalhes novos.

Por conta disso tudo, digo novamente: leia O Som e a Fúria de William Faulkner e descubra o porquê do autor ter ganho o Nobel de Literatura em 1949. Este texto é apenas um engajamento para você ir e descobrir, caso não conheça, essa obra de proporções colossais mas colocada em um núcleo familiar no afastado sul norte-americano dos anos 1910 (2 de Junho) e 1928 (7, 6 e 8 de Abril, respectivamente, durante o livro).
 
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Alan360 08/07/2020

Na lista dos livros da minha vida!
Que livro maravilhoso. Nele faz todo o sentido a utilização do fluxo de consciência e é usado de forma magistral. Tudo sendo revelado aos poucos. Personagens marcantes, escrita envolvente. Com certeza está na lista de meus livros da vida.
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lauracabral.t 18/07/2020

Denso mas incrível
Li e reli o som e a fúria durante a quarentena e compensei assistindo só comédia romântica barata.
O romance é dividido em quatro partes e o desenvolvimento narrativo simplifica a cada novo narrador, o primeiro sendo Benjy (antes Maury, info importante pra não se perder); o segundo, Quentin (existem duas personagens com esse nome no livro, o e a Quentin, você não estará lendo errado); o terceiro, Jason (filho); e quarto, um narrador em terceira pessoa onisciente.
Faulkner tem uma linha narrativa que atribuem à influência de James Joyce e ao conhecimento da teoria do tempo de Einstein, o que faz com que o fluxo de consciência seja único, e vá e volte no tempo de acordo com memórias e estímulos sensoriais (cheiro, som) dos narradores personagens. A partir dessa técnica narrativa, conhecemos de perto os personagens e sofremos e os odiamos como se fossem parte de nossa vida.
É uma leitura fundamental pra quem gosta de literatura americana.
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Valéria 01/09/2020

O romper de barreiras
A escrita de Faulkner é complexa, desestruturada, caótica, confundindo tempos e embaralhando personagens inseridos num mundo raivoso e violento, que grita por silêncio. Seu desencanto pode ser apreendido em cada linha que rompe com a linearidade de contextos enraizados. E com este jogo entre o real e o aparente, ele nos permite concluir sobre temas abstratos como o tempo, a existência, o trabalho, quem somos, a maneira como vivemos e a angústia da certeza da completa ausência de controle sobre nós e o mundo.

O Som e a Fúria é como a barreira do som, que uma vez rompida, não há mais estrondos - provocados pela fúria das ondas a se achatar -, pois, embora as frentes de ondas continuem a se propagar, elas vão ficando para trás deixando tudo silencioso. É sem dúvida um dos livros mais densos que já li e é maravilhoso.

"Até o som parecia falhar neste ar, como se o ar estivesse gasto de tanto carregar sons."
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Lara 03/11/2020

Leitura recompensadora
Amei cada parte do livro, inclusive a 3a parte, pois apesar de ser insuportavelmente maldoso, Jason tem um humor ácido e eu dei várias risadas com ele.
Achei a 2a parte, narrada por Quentin, a mais complicada de ler. A 1a parte é complicada no começo mas depois você vai entendendo melhor a situação e é até tranquilo.
O final me cortou o coração.
Foi muito realizador concluir essa leitura. O que mais gostei no livro foi essa mistura de diferentes tipos de narração, de mentes que funcionam tão diferentemente umas das outras.

Depois de ler eu assisti a adaptação cinematográfica de 2015 com o James Franco e achei perfeita!!! É muito fiel ao livro.

E uma frase da melhor personagem do livro, a negra Dilsey: ?Diz para essa gente que Deus não liga se ele é bobo. Só quem liga é essa gentinha branca.?
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Pedro Felipe 24/11/2020

"Nenhum nome vai ajudar ele. Nem atrapalhar. Ninguém fica sortudo mudando de nome"
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Hugo 21/12/2020

É muito prazeroso ler um livro e sentir o projeto de texto do autor. Essa obra não é considerada difícil atoa, não é um jogo de palavras para ser considerada intelectual e garantir prêmios internacionais. Difícil por difícil não vale a pena ser lido, isso seria nas palavras de Nietzsche ?turvar a água para parecerem profundas?.
Aqui Faulkner de uma maneira brilhante usa do fluxo de consciência para o leitor sentir exatamente como o personagem pensava/sentia naquele momento. Angústia, tensão, medo é muita dor permeiam todas narrativas. É impossível ler e não se emocionar diante de histórias tão particulares. A cidade ficcional do autor cria uma morada em seu coração e tudo parece ocorrer ao seu lado. É um deserto difícil de ser atravessado, mas tão valioso para quem consegue. Livros como este te moldam para sempre.
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Luiz Felipe 29/12/2020

100% desafiador
O som e a fúria conta a história do declínio de uma família aristocrática do sul dos Estados Unidos, e até aí tudo bem. A obra traz a perspectiva de datas diferentes da vida dessa família, sendo contada através do olhar de 3 personagens diferentes nos 3 primeiros capítulos, em fluxo de consciências, e, no quarto capítulo, narrada em terceira pessoa. O primeiro fluxo de consciência da obra é de um personagem que possui problemas cognitivos e, desse modo, mistura memórias de 3 diferentes ocasiões da vida da família Compson, pois a mente dele não consegue criar um fio condutor narrativo que seja claro ao leitor, existindo pequenas particularidades na formatação do texto e nos personagens secundários capazes de especificar a época que está sendo pensada por ele. No mais, existe personagem que muda de nome, e também repetições de nomes que deixam tudo ainda mais confuso e interessante. Depois de buscar muita coisa na internet eu consegui entender um pouco a obra, que é no final das contas sobre a decadência dessa família, além de trazer outros termas como a deficiência mental, a (des)valorização do ideal de pureza/virgindade feminina, racismo/escravidão, etc. Vale muito a pena a leitura e depois de vencer o primeiro capítulo o resto continua sendo muito complexo, porém interessante.
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Bianca674 31/12/2020

O clássico ?no começo parece que você não tá entendendo nada e no final parece que você tá no começo?. Personagens com o mesmo nome em épocas diferentes da história, períodos de tempo que se intercalam, o vai e vem, a linguagem confusa, os acontecimentos subliminares, tudo contribui para que a leitura de O som e a fúria seja extremamente truncada, daquelas que por vezes você precisa voltar ao início da página e reler muito mais do que uma vez pra entender completamente. Até hoje não sei entendi o livro inteiro ? mas certamente é uma leitura muito marcante e
indispensável.
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Nilton 01/01/2021

O SOM E A FU?RIA
?O pai disse que o homem e? o somato?rio de suas desgrac?as. A gente fica achando que um dia as desgrac?as se cansam, mas e? o tempo que e? a sua desgrac?a (...)? (p. 108).
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Castrac?a?o, suici?dio, pedofilia, amores incestuosos, roubo, o?dio, fu?ria, questo?es como inclusa?o de pessoas com deficie?ncia e racismo, enfim, temas perfeitos para uma trama folhetinesca. No entanto, na?o e? a histo?ria so? que nos envolve neste livro, mas o estilo do autor. Foi um dos livros, dos quais ja? me aventurei, mais difi?ceis de ler. Isso na?o significa que na?o tenha me instigado. Ao contra?rio, cada linha da construc?a?o feita por Faulkner me levou a ler mais. E mais. E mais!
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A inspirac?a?o do autor e? a frase da pec?a #Machbeth, de #Shakespeare, ?A vida e? uma histo?ria cheia de som e fu?ria, contada por um idiota e que na?o significa nada.?
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A decadente fami?lia estadunidense, os Compson, apresentada por Faulkner, pertence ao ini?cio do se?culo XX. Tem quatro irma?os: Ben, Quentin, Jason e Caddy. Os tre?s rapazes sa?o os narradores dos tre?s primeiros capi?tulos. Caddy, a moc?a, permeia as tre?s narrativas. No entanto, o golpe principal que recebemos do texto e? o primeiro capi?tulo: sa?o 80 pa?ginas narradas por Ben, um rapaz que completa 33 anos no dia da narrativa. Ele tem deficie?ncia mental e na?o fala. Comunica-se apenas atrave?s de gritos e choro. O que lemos e? seu fluxo de conscie?ncia onde tudo se mistura: passado e presente. Desesperador! A histo?ria so? comec?a a se encaixar como um imenso quebra-cabec?a, onde as personalidades e cara?ter sa?o apresentados a? medida que o romance avanc?a. O exerci?cio que temos que fazer e? construir a histo?ria desmontada meticulosamente por Faulkner.
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Na e?poca em que escreveu (no entre guerras), o mundo na?o parecia ter um futuro, assim como o nosso. Isso evidencia-se no texto. O passado e? o refu?gio. E o passado e? a desgrac?a que os leva ate? aquele momento presente. O futuro existe, mas a esperanc?a esta? estilhac?ada como o pro?prio texto de Faulkner. O romance exige a presenc?a integral do leitor nesta experie?ncia fanta?stica.
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#OSomEAFu?ria #WilliamFaulkner #Literatura
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21º livro lido
11/09/2020
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Almeida 23/01/2021

Um livro furioso, que te consome por inteiro e não da folga até a última página, assim é som e fúria, um livro que demanda perseverança para ler, pois as peças se encaixam e o fluxo fica mais convidadativo só lá para o final. Um livro, com certeza, a frente do seu tempo.
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