O som e a fúria

O som e a fúria William Faulkner




Resenhas - O Som e a Fúria


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Nilton 01/01/2021

O SOM E A FU?RIA
?O pai disse que o homem e? o somato?rio de suas desgrac?as. A gente fica achando que um dia as desgrac?as se cansam, mas e? o tempo que e? a sua desgrac?a (...)? (p. 108).
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Castrac?a?o, suici?dio, pedofilia, amores incestuosos, roubo, o?dio, fu?ria, questo?es como inclusa?o de pessoas com deficie?ncia e racismo, enfim, temas perfeitos para uma trama folhetinesca. No entanto, na?o e? a histo?ria so? que nos envolve neste livro, mas o estilo do autor. Foi um dos livros, dos quais ja? me aventurei, mais difi?ceis de ler. Isso na?o significa que na?o tenha me instigado. Ao contra?rio, cada linha da construc?a?o feita por Faulkner me levou a ler mais. E mais. E mais!
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A inspirac?a?o do autor e? a frase da pec?a #Machbeth, de #Shakespeare, ?A vida e? uma histo?ria cheia de som e fu?ria, contada por um idiota e que na?o significa nada.?
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A decadente fami?lia estadunidense, os Compson, apresentada por Faulkner, pertence ao ini?cio do se?culo XX. Tem quatro irma?os: Ben, Quentin, Jason e Caddy. Os tre?s rapazes sa?o os narradores dos tre?s primeiros capi?tulos. Caddy, a moc?a, permeia as tre?s narrativas. No entanto, o golpe principal que recebemos do texto e? o primeiro capi?tulo: sa?o 80 pa?ginas narradas por Ben, um rapaz que completa 33 anos no dia da narrativa. Ele tem deficie?ncia mental e na?o fala. Comunica-se apenas atrave?s de gritos e choro. O que lemos e? seu fluxo de conscie?ncia onde tudo se mistura: passado e presente. Desesperador! A histo?ria so? comec?a a se encaixar como um imenso quebra-cabec?a, onde as personalidades e cara?ter sa?o apresentados a? medida que o romance avanc?a. O exerci?cio que temos que fazer e? construir a histo?ria desmontada meticulosamente por Faulkner.
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Na e?poca em que escreveu (no entre guerras), o mundo na?o parecia ter um futuro, assim como o nosso. Isso evidencia-se no texto. O passado e? o refu?gio. E o passado e? a desgrac?a que os leva ate? aquele momento presente. O futuro existe, mas a esperanc?a esta? estilhac?ada como o pro?prio texto de Faulkner. O romance exige a presenc?a integral do leitor nesta experie?ncia fanta?stica.
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#OSomEAFu?ria #WilliamFaulkner #Literatura
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21º livro lido
11/09/2020
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Almeida 23/01/2021

Um livro furioso, que te consome por inteiro e não da folga até a última página, assim é som e fúria, um livro que demanda perseverança para ler, pois as peças se encaixam e o fluxo fica mais convidadativo só lá para o final. Um livro, com certeza, a frente do seu tempo.
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Nina 01/02/2021

Uma aula de literatura
Acompanhar a história dos Compson é, de fato uma leitura muito desafiadora: requer muita atenção e dedicação, mas é recompensadora.

A construção da narrativa é primorosa e supera o enredo, que poderia ser trivial não fosse a habilidade do Faulkner em contá-la.
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Juci 08/02/2021

Efeméridas são insetos que vivem como ninfas aquáticas até a fase adulta, quando ganham asas, alçam voo e morrem ao entardecer. Em O som e a fúria, romance do norte-americano Faulkner, acompanhamos o entardecer dos Compsons, a atual geração de uma antiga família escravocrata do sul, que como às efeméridas, perderam todo o glamour em seu longo voo pelo século XIX e se aproximam vertiginosamente do ocaso, que trará à eles decadência e aniquilamento.⁣

Dividido em quarto partes, Faulkner abre em cada seção janelas que revelam a consciência dos personagens. Mostra-nos a particular percepção de Benjy, um homem diagnosticado com um retardo mental grave e que perdeu, devido ao desequilíbrio financeiro dos pais, o seu espaço favorito: o amplo campo que circunda a casa, vendido para custear os estudos de seu irmão Quentin em Harvard. Também nos revela Quentin e Jason, outro irmão, ambos com vozes extremamente singulares no romance. E por fim, Faulkner narra na quarta parte a perspectiva de Dilsey, a empregada negra dos Compsons, que fornece as últimas pistas que faltam para que o leitor decifre o romance.⁣

Em O som e a fúria não há um fluxo contínuo de acontecimentos e tampouco há uma progressão temporal ordenada. A trama, em que o passado e o presente se misturam, é marcada pelo eterno devir. Aliás, essa questão do devir é extremamente presente na parte de Quentin, que quebra o relógio para interromper o tempo que marcaria o seu último dia de existência. ⁣Nesse livro em que nada e ao mesmo tempo tudo acontece, o que mais me saltou aos olhos foi a escrita belíssima do autor, que descreve o melodramático declínio dos Compsons com “aquela espécie de delicadeza gigantesca com que um elefante pega um amendoim” (palavras de Faulkner, rs).
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Helder 15/02/2021

Um arduo caminho
Já posso dizer que li O Som e a Fúria, e não, ele não vai entrar para a lista de livros da minha vida como 10 em cada 10 leitores deste livro. Só vai entrar para a lista dos livros mais difíceis que eu já li, e acho que esta foi a intenção do autor: Fazer um livro difícil.
Sendo assim, mais do que um romance, O Som e a Fúria é um exercício literário. Um quebra-cabeças, onde o autor espalha todas as peças em cima da mesa no primeiro capítulo e segue juntando-as nos próximos. Porém...
William Faulkner resolveu escrever este livro após ter um outro livro publicado e que não fez muito sucesso.
Na época, James Joyce tinha lançado sua grande obra: Ulisses, escrito com um novo tipo de narrativa, que hoje os estudiosos em literatura chamam de Fluxo de Consciência, onde não existe uma narrativa linear nem um narrador onisciente, mas sim diversos pensamentos, ou seja, entramos na cabeça do narrador.
Então acredito que Faulkner pensou: Se Joyce fez algo assim, eu posso fazer algo melhor e mais complexo. E fez!
Tecnicamente O Som e a Fúria é um desafio e um primor!
Realmente existem lances geniais neste livro, mas também muitas coisas que me incomodaram.
Acredito que para começar Faulkner imaginou uma história básica que contaria o declínio de uma família americana no sul dos Estados Unidos. Esta é a família Compson, formada pelo casal Jason e Caroline, seus filhos Candance, Quentin, Jason e Maury, que depois se tornará Benjamim. E além deles temos os empregados negros que trabalham na casa, mesmo muito tempo após a abolição da escravatura. Dentre estes, temos a maravilhosa Dilsey.
Sua história tinha declínio financeiro, romances, ciúmes, racismo, machismo. Mas ainda estava leve, então que tal incluir incesto e até castração.
Nas mãos de uma escritora como Margaret Mitchell, que viveu na mesma época do autor, coisas assim se tornaram uma enorme saga sobre o declínio de uma família de forma linear que foi o livro E O Vento Levou, um dos maiores romances já escritos.
Mas não era assim que Faulkner queria contar sua história, e ele tomou todos os cuidados para que a gente de perdesse no tempo dentro de sua obra, já que seus personagens contam coisas do passado que se misturam com o presente.
Pelo que vamos percebendo, a família tinha terras e muitos empregados, mas com o tempo vai precisando se desfazer destas terras para poder pagar o casamento da filha e a faculdade de um dos filhos.
Mas como eu disse, nós vamos “percebendo” as coisas, pois o livro não nos explica ou explicita nada disso. Ele joga as coisas no ar, e você fica: Será que eu entendi isso mesmo?
Como disse Jean Paul Sartre em um dos anexos do livro na edição da Cia Das Letras “Em O som e a fúria, tudo se passa nos bastidores: nada acontece, tudo aconteceu”
E isso não está somente relacionado ao estilo narrativo, que é o mais famoso diferencial deste livro.
Até no final, quando a narrativa é linear, com um narrador em 3ª pessoa que está ali para nos contar a história, as informações são suprimidas aqui, para serem citadas de leve lá na frente.
Para quem ainda não leu a obra, fica até difícil explicar.
É um livro que requer material de apoio. Explicações, legendas, discussões em grupo.
O livro era tão complicado e aberto que o próprio autor depois escreveu um apêndice explicativo e pediu para incluir em outras edições.
OK! Faulkner era talentoso, mas eu não acho isso muito legal.
Concordo que literatura deve ser feita para que o homem saia de sua zona de conforto, pense, discuta, reflita. Mas acredito que isso deve ser feito com a mensagem do texto, e não com sua técnica narrativa.
O livro é dividido em 4 capítulos e um apêndice, e como um jogo, ele vai tendo seu nível de complexidade diminuído para que o leitor vá se sentindo recompensado.
O primeiro capítulo conta um dia na vida de Benjamim, o filho mais novo da família Compson. O autor nos coloca na cabeça deste personagem, e com o tempo percebemos que Ben é um homem de 33 anos com deficiência mental, portanto as primeiras 70 páginas do livro nos carregam em uma narrativa extremante truncada e complexa, onde Ben nos leva há 3 tempos diferentes, hora narrando suas lembranças de criança, hora de adolescente e hora de adulto. As vezes em uma mesma frase. E você leitor que lute para se situar de que época ele está falando.
No segundo capítulo, o autor volta no tempo e conhecemos Quentin, o filho da família que recebeu investimento do pai para estudar em Harvard. Mas Faulkner ainda não quer facilitar a vida do leitor, pois neste capítulo conhecemos um rapaz em depressão que se sente culpado por diversas coisas, e novamente a narrativa é feita de dentro da cabeça deste personagem, também misturando tempos e o é/foi real ou somente a imaginação de uma pessoa deprimida.
Já no terceiro capítulo voltamos a um dia antes do primeiro, e conhecemos Jason, o rancoroso caçula da família. Neste capítulo a leitura já é mais fácil, pois Jason narra acontecimentos de uma maneira mais clássica, no que é o melhor capítulo e com o melhor personagem do livro, mesmo sendo um dos personagens mais detestáveis da literatura americana.
Jason exala ódio e rancor, por motivos que até poderiam ser aceitáveis, mas ele é tão ruim que nada o redime. Jason foi feito para ser odiado.
Por fim, no último capítulo Faulkner segue narrando o dia seguinte ao primeiro capítulo, porém agora ele resolve usar um narrador onisciente, que passa a contar a história de fora, algo que torna leitura ainda mais amigável, mas que infelizmente leva a um final que não me agradou.
Como o livro era pura técnica, eu esperei ansioso que ele fizesse um final que explicasse tudo o que eu tinha “suposto”, mas ele não quis fazer isso.
A intenção era só mostrar um retrato do dia, mas com um narrador mais comum. Técnica e pronto!
No fim, fiquei com a impressão de que alguém encontrou os rascunhos do quebra cabeça dele numa gaveta e publicou sem ele saber. Sem ele ter acabado.
Algo que ele só fez alguns anos depois, escrevendo o apêndice que realmente explica muitas coisas não ditas na obra.
Muitas pessoas podem dizer que este apêndice não era necessário e eu discordo muito disso.
Para mim trouxe realmente a recompensa que eu busquei como leitor atravessando este árduo caminho, que eu acho que vale a pena ser desbravado.
Obrigado Sr. Faulkner!


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Carina 01/03/2021

o som e a fúria com certeza não é uma leitura fácil. me pego sem saber dizer se gosto ou não do livro, uma vez que a narrativa (por meio de fluxos de consciência) tornam a experiência do leitor exaustiva por quase metade do livro com os primeiros dois narradores. a partir da metade, a narrativa se divide entre a voz de um personagem (odioso, diga-se de passagem) e o último capítulo com um narrador onipresente. por fim, há um apêndice acrescentado pelo autor anos após a publicação com o que se deu da vida das personagens (que não sei se contribui ou é dispensável).
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Klelber 18/03/2021

Releitura
A primeira vez que li em 2018 não tinha captado muita coisa não, mas a releitura ajudou muito a entender a história.
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Lara 21/03/2021

Som e fúria.
A narrativa se passa na década de 1920, ambientada numa casa-fazenda nos Estados Unidos. Ela é contada por cada irmão Compson (salvo algumas partes em que Dilsey, T.P, Luster, Fony, pessoas negras ao qual tiveram pouca chance de algo melhor)  descrevem suas vivências familiares e suas vidas particulares, onde por vezes me perdi nessa ansiedade de pensamentos/emoções, e pela incoerência semântica, que funde de repente memórias com coisas que estam presentemente sendo narradas. Suponho que deve ser proposital a gente se sentir igualmente meio confuso, a leitura empolga de um jeito que dá muita vontade de entender e desvendar o que está acontecendo com os Compsons. Juntamente com a bagunça mental, há diversas reflexões ótimas, é um jogo de palavras, onde sentimos como uma história real, atravessada por fortes emoções e brigas familiares. E pelo autor assumir a narrativa quase na mesma velocidade dos pensamentos, sugiro que leiam esse livro com calma, apesar da história ser excelente. 

Enfim, esse livro não é tão fácil assim a leitura em minha opinião, porque gosto de imaginar mais certinho os cenários, por mudar rapidamente as reflexões do personagem, fez com que me perdesse um pouco. Não obstante ainda assim, recomendo este livro que nos tira do conforto e nos apresenta uma fúria de emoções.
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Marcio Claver 23/03/2021

O Som e a Furia
"A vida é uma história contada por um idiota, cheia de som e de fúria, sem sentido algum.“
William Shakespeare
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Rosangela Max 07/04/2021

Desafiador.
A forma que Faulkner desenvolveu esta história é surreal!
No começo é tudo muito confuso com um monte de personagem surgindo do nada e sem uma identificação de quem eles são e nem de tempo passado, presente e futuro. E assim se mantém até um certo momento da história. Exige um esforço considerável para passar esta fase. Mas depois as coisas começam a clarear, embora algumas pontas permaneçam soltas.
Uma construção fora do comum, complexa, mas que manteve o encanto.
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Linhares 20/04/2021

O livro é uma experiência e tanto, um verdadeiro quebra-cabeças que vai se montando no decorrer da leitura. Mas recomendo só para leitores experientes, as duas primeiras partes são um pouco "indigestas" e a leitura não flui. Pretendo ler mais títulos do autor em breve.
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Erick Simões 23/04/2021

Razoável
Consigo entender quem gosta, porque ele tem seu estilo literário bem definido e é bastante diferente de quase tudo, mas para alguém que esteja acostumado a livros mais leves, eu acredito, que ler esse livro vai ser algo tal como tortura.
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Vivi 23/04/2021

"A vida é uma história cheia de som e fúria" - Macbeth
"Dou-lhe este relógio não para que você se lembre do tempo, mas para que você possa esquecê-lo por um momento de vez em quando e não gaste todo o seu fôlego tentando conquistá-lo".

Assim que terminei de ler, tirei o gato do meu colo, ajeitei minha coluna que estava em uma postura nada ortopédica, respirei fundo e pensei: MAS QUE...?? Quando virei a página, porém, me deparei com um apêndice, que simplesmente me mostrou que esse é um daqueles livros que se você não entendeu a culpa é totalmente sua e não do escritor, que, possivelmente, é um gênio.

Depois da iluminação advinda de tal apêndice, que não só contém esclarecimentos do próprio Faulkner, mas também uma ótima reflexão de Jean-Paul Sartre, compreendi que Som e Fúria não se trata da "decadência de uma família aristocrática do Sul dos Estados Unidos", tendo, na verdade, como personagem principal o tempo. Isso mesmo, o tempo.

A história dos Compson é um plano de fundo, um mero cenário, usado por Faulkner para mostrar com maestria que controlamos o tempo enquanto o tempo nos controla.

Perspicazmente, Sartre compreende o significado oculto nessa obra, especialmente quando afirma que nossas memórias não tem base temporal, "escoando para o fundo ou ficando na superfície dependendo somente de sua densidade".

Apesar de tantos elogios, não indico. Acredito que seja um daqueles livros que não devem ser indicados, mas descobertos, como aconteceu comigo.
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Lays @la.livros 29/04/2021

Conta a história de uma família sulista, rifa que fica pobre... A família é cheia de problemas. o livro é dividido em 4 partes .. 4 narradores... Com fluxo de consciência na maior parte confuso..
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Rosi Soares 04/05/2021

Fala sério!!!
O livro mais difícil que li até hoje... Li e reli praticamente. Difícil, complicado para no final entender o porque da fúria...
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