spoiler visualizarAmanda 06/10/2013
Bom para exercitar!
É intrigante como as ideias de um livro escrito há tantos anos podem ser aplicadas perfeitamente a qualquer negócio dos dias atuais. Isso se deve ao fato de que o mundo evoluiu e, junto com ele, a forma de pensar das pessoas. O que continua e cresce, na verdade, é a necessidade do consumidor em ser surpreendido.
O fundador e presidente da Creative Think (CA), empresa especializada em inovação e criatividade em negócios, Oech, aborda um tema frequentemente questionado na maioria das áreas. Grande parte das pessoas que possui um negócio, em algum momento chega a se perguntar o que fazer para ser mais criativo e destacar-se da concorrência. Alguns se perguntam e executam isso, outros não – esses são os que ruem.
Oech explora de forma clara e divertida 10 tópicos que frequentemente aprisionam as ideias das pessoas e, ao final de cada um deles, dá dicas de como livrar-se daqueles vícios, chamados pelo autor de “bloqueios mentais”, que podem ser mortais para uma empresa.
Com testemunhos próprios, explicita o pensamento criativo: sair do senso comum, tendo uma visão diferente de algo que todos enxergam da mesma forma.
É perceptível no livro que tudo gira em torno de dois pilares: pensamento difuso e pensamento concreto.
Toda a parte criativa, toda parte das ideias estão do lado difuso, ou seja, você está permitido brincar, imaginar, fantasiar, romper padrões, pensar de forma ambígua, usar paradoxos e estar completamente “fora de sintonia” para ter boas ideias. Elas podem surgir quando menos se espera e, para que sejam criativas, o idealizador precisa acreditar ser capaz de ter ideias criativas, pois muitas vezes acredita-se tanto em algo que isso acaba se tornando uma verdade e é isso o que deve acontecer com o pensamento criativo.
A parte de execução dessas ideias se encontra no pensamento concreto, no qual nos vemos muito mais regrados e limitados, além de conhecermos a necessidade sermos práticos.
O fato de o sistema educacional implantar o erro como algo sempre ruim é que deixa o indivíduo cada vez menos propenso a pensar diferente e de forma ousada e cada vez mais limitado a procurar uma resposta certa, sem saber que ele pode tirar algo proveitoso do seu erro e que nem sempre a primeira resposta encontrada é a melhor, a segunda ou a terceira podem estar certas também, tudo depende do ponto de vista e do empenho da equipe em fugir do frequente “pensamento grupal”, como foi muito bem colocado pelo autor.
Além disso, outro ponto de grande importância ressaltado por Oech, procurar desafiar-se e se arriscar é necessário. Adquirir cada vez mais conhecimentos pode ajudar a ter boas ideias, pode ser que em algum momento o indivíduo que tem um conhecimento em uma área x consiga aplica-lo em uma área y e aquilo fosse só o que faltava para atingir o objetivo. É preciso ter foco, porém também é preciso saber quando e como ter uma visão ampla do seu negócio. “A verdadeira chave para tornar-se criativo está no que você faz com o conhecimento que tem.” (página 18)
- Amanda Mâniga