Voorhees 01/01/2010
Stephen King começou a usar o pseudonimo Richard Bachman numa época em que, diante da popularidade de seus livros, os críticos diziam que até a lista de supermercado dele se tornaria best seller. Ou seja, usou outro nome para provar que era sucesso por sua escrita e não pela marca que virou seu nome. Li três livros assinados pelo Bachman, o "Stephen King sem consciêcia" - A Maldição do Cigano, A Auto-estrada e Os Justiceiros - e chego a conclusão de que o Stephen King faz melhor sendo só o Stephen King mesmo.
Como Bachman, Stephen King tem a estranha mania de esquecer que numa trama de terror, o mais importante são os personagens,já que é através deles que o público cria uma identificação com a história e sente medo por pensar que aquilo podia acontecer com eles. Em Os Justiceiros, tive a desagrável sensação de não lembrar o nome de ninguém, qual era importancia daquele povo toda na trama, fiquei perdido no meio de tanta gente, sendo que ninguém se destacava realmente. Seguinte, a história se passa numa rua suburbana dos EStados UNidos. São dez casas na rua, quase vinte pessoas morando lá e menos de trinta páginas para apresentá-las. Não dá tempo.
A trama em si é interessante, mas não nova, pelo menos para a galera que lê Stephen King. A intersecção entre ficção e realidade já foi usada por ele na série A Torre Negra e num conto genial chamado O Último caso de Umney. As sequências de ação são bem conduzidas, e os interlúdios entre um capítulo e outro são bem originais,mas é só isso.