O Grande Mentecapto

O Grande Mentecapto Fernando Sabino




Resenhas - O Grande Mentecapto


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nerito 11/08/2012

Um herói diferente
Muitos conhecem Fernando Sabino por suas excelentes crônicas, outros por sua notável habilidade como romancista. Mas uma coisa é certa: poucos fazem como Sabino, que consegue transformar em prosa todo o charme da juventude de Belo Horizonte e o típico sentimento mineiro, forte e intenso dos sertões das gerais, da mescla entre o local e a grandeza deste estado. E é esse sentimento que carrega o romance O Grande Mentecapto.
Escrito com um estilo sóbrio e ponderado, longe da subjetividade presente em outros trabalhos de Fernando Sabino, O Grande Mentecapto narra a vida de Geraldo Viramundo e suas aventuras pelo interior de Minas Gerais. Seu nome verdadeiro é Geraldo Boaventura, mas ele torna-se Viramundo por toda a sua vida de andanças. A narrativa acompanha a vida do protagonista desde seu nascimento e adolescência, assim como seu ingresso no seminário de Mariana, para tornar-se padre. Mas esse início assume um ar introdutório. Viramundo torna-se de fato o Grande mentecapto, dando início à narrativa, quando deixa o seminário incompleto e lança-se a uma jornada sem rumo por toda Minas Gerais.
As aventuras e desventuras de Viramundo são repletas de um humor leve e inteligente, que acompanha a demência genial do herói. Uma viagem inesquecível pelos encantadores lugares de Minas, bem reconhecíveis a todos os mineiros. O Grande Mentecapto é uma história digna de ser lida e, se não tirar lágrimas de seu leitor, com certeza irá garantir a ele boas risadas.

Mais resenhas em: http://oguardiao.blogspot.com/
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Marcello 16/05/2012

"E cumprimentou efusivamente o mentecapto.
-Como tem passado? Eu já ouvi falar muito de você, Viramundo. Pode contar-me entre os seus mais fiéis admiradores.
-Obrigado, doutor - respondeu ele, satisfeito, tomado de fulminante simpatia por aquele homem. - E mais não digo, pois quem de si faz alarde, o cu sem tardança lhe arde."
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Iva 24/04/2012

Viramundo: o Quixote brasileiro
Impossível não se apaixonar por Geraldo Viramundo e sua saga que -a exemplo do Cavaleiro da Triste Figura, de Cervantes- redefine as fronteiras entre loucura e sonho, permeadas pela presença do humor, da pureza e da essencialidade da personagem que faz rir, chorar e sobretudo encanta. Junto com Macabéa em "A Hora da Estrela" de Clarice Lispector ,"O Grande Mentecapto" pinta o retrato poético e trágico do Brasil dos pequenos, dos pobres de recursos e ricos de imaginação. Da poesia existente em pessoas simples, mas incomuns. Uma obra-prima!
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Morgana 22/04/2012

Como não amar este grande mentecapto?
Terminei de ler "O Grande Mentecapto" e estou naquela depressão típica de quando se acaba um livro particularmente bom. O romance que Fernando Sabino começou a escrever aos 23 e concluiu, em apenas 18 dias, 33 anos depois me ganhou logo nos primeiros desdobramentos, quando um moleque se propõe a parar um trem que nunca parava em sua cidade. Hilário e trágico, mas não pelos motivos óbvios.

Vi algo de Gárcia Márquez na narrativa de Fernando Sabino. É mais ou menos como Drummond disse: não se sabe ao certo onde está o absurdo. O caso é que ri muito com as aventuras e desventuras de Geraldo Viramundo e suas intermináveis* peregrinações pelas estradas e províncias de Minas Gerais. Sofri com suas angústias também, afinal sou do tipo que toma um personagem por amigo.

A narrativa é despretensiosa, ágil. E, em trechos eventuais, quando o leitor pensa “que chata essa parte”, Sabino logo se desculpa pela enrolação desnecessária. Achei uma puta sintonia. Ou puta genialidade. O livro também funciona como uma crítica social, retratando todos esses sofrimentos que o povo brasileiro carrega, mas sem aquele discurso chato e cheio de bossa, sabe? Mendigos, loucos, presidiários, putas, políticos, solitários, fantasmas, ingênuos, maldosos, manhosos... Parece que todo mundo está lá. Você, provavelmente, se encontrará, também.

(*) No livro está "inenarráveis peregrinações", mas eu acho "intermináveis" uma palavra mais bonita. E dramática.
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Cris Compagnoni 02/12/2011

Um livro recheado com aquele humor que só Fernando Sabino sabe fazer. Geraldo Viramundo é um personagem inspirado em Dom Quixote, e a mim lembrou muito Forrest Gump, creio que isso se deve a inocência e principalmente, a ingenuidade presente na personalidade de ambos.

Viramundo é um vagabundo sonhador que sempre se coloca em encrencas pelas ruas de Minas Gerais. Não têm um paradeiro, está sempre andando atrás de algum ideal; e a concretização do amor que ele sente por Marília, filha do governador de Minas Gerais, é o seu maior ideal.

Ele acredita que o sentimento que nutre pela jovem Marília é correspondido. Sua ilusão alucinada é reforçada pelos pseudo-amigos que o enganam com falsas cartas de amor e incentivam sua loucura mansa e seu sonho impossível.

A ingenuidade de Geraldo faz com que ele acredite em tudo e em todos que o cercam, em seus delírios o irreal e o real andam de mãos dadas, não há a separação entre o concreto e o abstrato, e por isso o herói não se abala física ou emocionalmente com nada com que se defronte: não teme os fortes, os violentos; não se assusta com fantasmas e nem com ameaças; aceita resignadamente o que a vida lhe reserva.

http://criscompagnoni.blogspot.com/2010/07/o-grande-mentecapto.html
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ralfe 16/10/2011

Excelente
Você lê e nao acredita que é na verdade a narrativa de uma historia real. Fica na duvida se é o Fernando Sabino que é um mago da escrita ou se é o Viramundo que uma pessoa totalmente intrigante. Ou os dois.
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Bruno Leandro 14/07/2011

Vira Viramundo, louco mais que o mundo
A história de Viramundo é uma história de doido. Literalmente!
Um garoto louco, capaz de fazer coisas de que até Deus duvida e parar um trem com o próprio corpinho. Viramundo nunca foi certo da cabeça e não falo isso como recriminação, mas como verdade. Sua vida é um mar de loucuras, ainda que algumas poéticas, e alguns que lhe seguem os passos não têm bons destinos.
Mas a história é grande, maior até do que o Mentecapto do título, e encanta. Viramundo é uma espécie de Peter Pan, parado no tempo, incapaz de crescer.
Triste e alegre, faz você rir, porque tudo o que Viramundo faz dá graça, mas faz você ficar com pena de algumas tristezas que também acontecem.
Este livro, é enfim, poético e profético, já que fala um pouco das loucuras que cada um de nós temos guardados em nossos interiores.
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cfsardinha 09/07/2011

Viramundo vive uma série de trapalhadas no Estado de Minas Gerais.
Puro e ingênuo, ele é submetido à várias artimanhas e maldades
Viramundo mete os pés pelas mãos na esperança de conquistar Marília, a filha do governador de Minas Gerais. Sua ilusão de conquista é
reforçada pelos falsos amigos que o enganam com cartas de amor de mentira e incentivam sua loucura mansa e seu sonho impossível. É um livro emblemático, além de ser ao mesmo tempo caricato e divertido, como Sabino sabe fazer.
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Gláucia 08/04/2011

As estripolias de Viramundo
Li esse livro duas vezes, a primeira vez aos 11 anos e gostei muito. Há uns 8 anos tive outra sensação na releitura, achei bobo, forçado, sem graça. Talvez por ter sido comparado por alguns com Dom Quixote, livro que considero sem igual no estilo picaresco.
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Mariana 06/04/2011

Esse foi um livro que não me pedia para lê-lo. Comecei a ler mas quando parava custava a voltar, apesar das histórias do "grande mentecapto" serem muito engraçadas. Depois de umas 3 semanas finalmente consegui chegar as últimas páginas e quando li o final eu gostei e olha que isso ocorre raramente. rsrs
Enfim, talvez na hora que as outras pessoas forem ler se interessem mais do que eu. Mas como o Fernando Sabino foi um autor sempre muito bom eu recomendo a leitura de todos os livros dele. :)
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João Gomes 15/03/2011

O livro é demais.
Apesar de este ser um livro brasileiro e eu tê-lo lido. Eu afirmo que este livro é demais e o recomendo. Não gostei muito do título, mas o livro junto com o auto me surpreenderam. Fernando Sabino é um escritor perfeito apesar de ter morrido, este homem deixou como herança coisa estupefatas que todos nós podemos aproveitá-las e acima de tudo lê-las.

O Grande Mentecapto é um livro com bastante informação e com muita comédia eu ri demais, rir horrores e sempre me lembro e conto para os meus amigos parte do livro que me surpreendeu.
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maysleituras 09/03/2011

Nobre Viramundo
Veja o material completo aqui: www.recordandopalavras.blogspot.com

Achei o livro bem interessante. Tanto pela escrita mais adulta, diferente do que estou acostumada a ler, quanto pela história em si.
Geralmente, gosto muito dos livros indicados pela escola. E com esse não foi diferente. Realmente adorei conhecer a história do Viramundo: vida cheia de injustiças e mesmo assim, ele não desistiu: teve seu amor não correspondido, chorou com isso. No entanto, seguiu em frente. Conquistou seus amigos e os perdeu de uma hora para outra, seguiu em frente. Mostrou sua inteligência e foi admirado várias vezes por muitas pessoas, porém, algo sempre dava errado. E o que ele fazia?! Seguia em frente.
Justamente por esse motivo e pelo seu jeito de ser, ficou guardado na memória de muitos. Assim como recebeu os mais variados nomes, apelidos ou hm... qualquer outra coisa do tipo. Veja alguns deles: Geraldo Merdakovski, General Búlgaro, Geraldo Rolamundo, Geraldo Carneiro, Geraldo Capítulo.
A história em si, como eu já disse, é muito boa. A personagem simplesmente te chama pro livro e te encanta, tornando tudo mais fascinante ainda. Tanto que ao final do livro, você fica com aquela dúvida: isso realmente aconteceu ou não?!
Certas coisas no livro me incomodaram só um pouquinho, como:
o título dos capítulos: eram grandes e falavam, resumidamente, os acontecimentos ocorridos com Viramundo. Portanto, você já sabia as coisas que estavam por vir, só não sabia como viria a acontecer. Isso me incomodou por acabar mais ou menos com minha curiosidade. Além disso, gosto mais de títulos curtos... ou apenas o número do capítulo, exemplo: 1, 2, 3, 4 ou 1. O Viramundo.
capítulos: alguns eram muito longos, deixou a leitura meio cansativa. Mas, eu que não sou acostumada com isso mesmo. Afinal, a maioria dos meus livros possui capítulo curto. Então eu estranhei um pouco :)
algumas interrupções feitas pelo escritor: em certos momentos o autor interrompia a história e fazia uma observação. Muitas não eram necessárias, pelo menos na minha opinião. Além disso, algumas eram naquele momento de é agora ou nunca... Aí cortava toda a emoção pela raíz ):
palavras complicadas: na verdade, foram poucas. Pensei que o livro inteiro seria complicado, mas, não é. Porém, alguns parágrafos faziam você precisar ler mais de uma vez para entender. Fora isso, nada demais!
Concluo então, que a maioria das coisas que eu não gostei muito, foram questões de estética, simplesmente por não estar adaptada a isso :)
E para amenizar um pouco, devo dizer: gostei muito da capa... simples e atraente. Geralmente, leio livros com fundo preto e algum desenho contrastando. Esse foi o inverso: fundo branco, com palavras pretas e douradas. Ficou bem legal essa combinação, eu gostei!
Recomendo o livro para todos. É bem divertido e você acaba se identificando uma hora ou outra.
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Bit 01/03/2011

Fernando Sabino começou a escrever este livro em 1946, aos 23 anos, como uma distração para a obsessão literária que então o sufocava. Dez anos mais tarde, preocupações de outra ordem levaram-no a escrever o romance 'O encontro marcado', que tanto sucesso alcançou, com sucessivas edições até os dias de hoje - além das crônicas, contos e novelas com que conquistou seu numeroso público desde então. Um dia, já em 1979, remexendo velhos papéis, encontrou algumas folhas amareladas pelo tempo, com o princípio da história do grande mentecapto Viramundo. Como um desafio, decidiu retoma-la e, em 18 dias de trabalho contínuo e ininterrupto noite adentro, deu por terminado o romance iniciado 33 anos antes. A sua impressão é a de que teve o livro dentro de si durante todo esse tempo, ansiando por sair. O certo é que nele reencontrou a sua vocação de romancista. Tamanho esforço redundou numa obra a um tempo hilariante e dramática, cuja ação, circunscrita a Minas Gerais, adquire uma dimensão universal, remontando às origens franco-ibéricas do romance picaresco medieval.
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Gus 31/01/2011

Como mineiro, acredito ser esta, a obra prima de Fernando Sabino, pois através do olhar avesso do Viramundo ele apresenta a verdadeira "cara" do interior das Gerais.
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@apilhadathay 16/11/2010

Aonde você vai?
"Para onde você vai?"

Depois de dez anos, permanecem vivas em mim algumas lembranças de Geraldo Boaventura. Primeiro, a do menino que parou o trem que jamais havia estacionado em sua cidade e segundo, as suas peripécias com os políticos, na idade adulta.

Mas o livro traz muito mais que isso: é a história de um Viramundo.

É uma história sobre o poder que há nos heróis infantes, na convivência com aqueles que você admira; é a narrativa dos limites a que se chega uma alegria e uma dor. Acima de tudo, é a tradução da beleza de uma infância e do que nos obriga a deixá-la para trás.

Geraldo aprontava todas, quando menino, mas a sua maior travessura, a história do trem de BH, que nunca parava em Rio Acima, culminou em tragédia e divisor de águas, especialmente em seu coração. Foi quando ele começou a bater perna pelo mundo.

Caminhamos com ele para Mariana, onde foi seminarista. Não é difícil compará-lo a Tom Sawyer, muito embora, perto dele, Sawyer fosse um santo. Dado o episódio da viúva Pietrolina, não posso deixar de exprimir revolta pela pressa que algumas pessoas têm em julgar. Ele é acusado de causar o tumulto de proporções gigantescas na cidadela, quando os verdadeiros causadores o estavam acusando – Geraldo só revelou o lixo embaixo do edredom.

Sabino revela as várias e infelizes alcunhas que Geraldo teve na vida, um para cada lugar por onde passou, e algumas são realmente hilárias. O autor tem o dom de criar graça nos trocadilhos, de uma forma que você demora a perceber quando ele está falando sério.

Uma das ideias que mais me moveu, na história, é a constatação da pitada de nômade que existe em cada um.

"Todos nós somos um pouco Viramundos, ou pelo menos trazemos no íntimo uma irrealizada vocação de peregrinos, mas o que nos faz largar um pouso é a procura de outro pouso. Disfarçamos com pretextos soezes a nossa viramunda destinação de nômades a deambular por este mundo de Deus, e nos tornamos viajantes, bandeirantes, itinerantes, emigrantes, visitantes, passantes, infantes, militantes ou tratantes."

Deslizamos pelas inúmeras amizades feitas pelo mentecapto na jornada, e também pelas desventuras do seu encontro com aquela que seria a sua eterna amada. Conhecemos a sua convivência com os estudantes mineiros e a prova de seus dotes artísticos. Vamos do infame episódio do baile do governador, que é uma das minhas memórias mais vivas, ao encontro de Geraldo com o intragável Herr Bosmann.

"Um pingo d’água, isto é, Viramundo, fizera entornar o caldo e os negrinhos sem saber cumpriram o seu destino, vingando a morte do avô a pétalas de rosa. Viramundo gritou ainda lá da rua:
_ Não ficará pétala sobre pétala!"

Uma das minhas passagens favoritas, especialmente pelo episódio que se seguiu. Ainda damos algumas das melhores risadas com a baixa temporada de Viramundo no hospício – lugar onde ele só se descobriu confinado no dia em que quis sair e não pôde – e o alívio que alcançou quando foi à forra nas costas de um rápido inimigo.

Passamos por sua rápida e singular experiência como candidato a prefeito, o que gerou promessas absurdas e um debate incrível, com um desfecho inesperado.

Somos surpreendidos pelo vasto conhecimento daquele que foi considerado vagante sem rumo, mendigo, viramundo e pobre coitado. Seus anos perambulando pelas culturas incrementaram o conhecimento que lhe foi de tanta valia, nas aventuras seguintes.

"Para tudo existe um jeito, quando por mal não foi feito."
"Quem tem o coração aberto, de Deus está sempre perto."

Somos convidados à experiência de Viramundo no exército, outras longas andanças e pontapés que se tornaram tão costumeiros. Somem-se a isto mais reencontros com velhos amigos e a aproximação de novos, como o cavalo que sabia falar.

Pegamos carona com os três generais que tanto me fizeram rir, na juventude e cujos nomes preservarei à surpresa, porque não quero estragar a graça da maestria de Sabino com os trocadilhos.

"Viramundo é apenas mais um entre eles. (...) Em seu olhar brilha apenas aquela luz mortiça dos que nada esperam e não têm mais para onde ir."

Pegos de surpresa pela perda do amigo Elias, e da forma como se sucedeu, entramos na fase de Viramundo em que ele se perdeu de vez: o menino dentro dele não morreu, uma vez que, até depois da morte, temos endereço certo e uma cova na terra. O menino Geraldo Boaventura desapareceu.

O que mais me impressiona nele é a sua total ausência de medo, seu desapego ao dinheiro e às recompensas, e o fato de que faz o bem puramente por fazer.

Atura qualquer pessoa e situação, desde não mexam com seus amigos. Talvez ainda carregue em si o sentimento de remorso pelo acidente que o fez sair da sua cidade?

Ele viajou e amou, andou e brigou, caminhou e pegou touro a unha, salvou donzela e viajou de novo. Ganhava a confiança das pessoas e ia saindo. Apanhou, passou fome e tornou a viajar. Viveu em cadeia, puteiro, rua, duas vezes em hospício, sem parar muito tempo em lugar algum. Foi do amor ao ódio em sua ligação com o Governador e encarou ideias governamentais que favoreciam o genocídio. Reencontrou vários velhos amigos em situações diferentes e organizou operação de guerra.

O mais curioso é quando você pensa em como a vida dele teria sido diferente se não tivesse cometido aquela pequena falta, no seminário. Digo, é muita hipocrisia condenar alguém a uma vida tão miserável se você é o diretor de um lugar que prega “espalhar a mensagem do amor e do perdão”. Muito curioso.

Terá ele buscado, no seminário e nas andanças, alguma forma de redenção?
Aceitava a tudo de forma tão compassiva que era de se pensar que resolvera escolher viver em pena para pagar a sua culpa pela morte de um pequeno. O desfecho da história, que é a maior surpresa, uma vez que não foi premeditado, pode corroborar o fato.

E, por mais que andem os nossos pés, a sina é o regresso ao lar. Encerro da forma que comecei, com a ideia que melhor traduz Geraldo Viramundo. Questionado sobre aonde iria em seguida, ele sabia que seu destino era um só:

"Para onde me levarem os meus passos."
Ricardo 16/01/2011minha estante
Excelente resenha, This! Li esse livro há muitos anos, mas também ainda tenho algumas passagens na memória. O Grande Mentecapto me marcou para sempre. É um livro que consegue ser engraçado, comovente e encantador ao mesmo tempo. E dizem que Sabino o escreveu com uma rapidez impressionante!


portallos 24/04/2013minha estante
quem quer se emocionar e rir com uma das melhores historias de fernando Sabino é obrigado a ler esse livro.


@apilhadathay 24/04/2013minha estante
Obrigada pelos comentários, Ricardo e portallos!
Este é um dos livros mais incríveis da nossa Literatura. Amo de paixão.


Marlon Hneda 02/12/2016minha estante
Simplesmente excelente a sua resenha!




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