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L'étranger Albert Camus




Resenhas - L'Étranger


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Mario Miranda 03/10/2018

A Inexistência de Valores
A história inicia-se contundentemente com o falecimento de sua mãe, passando ao restrito círculo de contatos do personagem, culminando com um crime realizado por Meursault sem motivo algum aparente.

Meursault é um personagem desconstruído, no sentido que inexistem nele quaisquer valor/ideia/sentido que possam justificar suas atitudes. Meursault é alguém que Existe simplesmente por Existir, sem razão ou religião prévia. É um autômato que apenas responde a percepções sensoriais básicas (calor, sol, mar), onde nem mesmo a Liberdade lhe significa algo - no sentido Sartriano de sermos condenados a liberdade, Meursault é capaz de se desfazer até mesmo deste seu último direito.

Ao longo de um processo Kafkiano, onde o personagem comete um crime porém é julgado por outro, o condenado - aqui com uma relação intrínseca à ?O último dia de um Condenado?, de Victor Hugo - prodigaliza seu último embate Existencial ao discutir com um Capelão argumentando não crer em Deus, e ao ser questionado a razão, justifica dizendo que não faz diferença: se Ele existe, pouco me importa ou tampouco compreendo-o, logo, Sua Existência equivale a não Existir para o indivíduo.
Mario Miranda 03/10/2018minha estante
Ah! Para os que buscam uma leitura em Francês: importante ter boa base com Imparfait, Conditionnel. O vocabulário não é complexo, mas necessita-se de um apoio em dicionário.


@mulheres.e.literatura 12/03/2019minha estante
Eu tenho nível b2 e minha unica dificuldade na leitura era vocabulário ocasionalmente. Achei um ótimo livro. ??


Mario Miranda 13/03/2019minha estante
Que bom! Fez DELF já? Rs


@mulheres.e.literatura 14/03/2019minha estante
Fiz TCF TP ?


@mulheres.e.literatura 14/03/2019minha estante
Fiz TCFTP e apesar de ter nível b2 na aliança fiquei com c1 na prova


Mario Miranda 19/03/2019minha estante
Parabéns e Sucesso. Estou na perseverança de um DALF C2. Quem sabe nos próximos anos...? rs




Wamarisen 03/02/2024

Há spoiler
Gostaria de apontar que o meu favoritismo não deve ofuscar a beleza que por si só essa obra tem.

É fantástico o jogo de palavras precisas e simples narradas pelo personagem Meursault que construíram uma narrativa cheia de camadas e fluída. Há muitos modos de ler essa obra.

Meursault é desapegado e indiferente a muitas coisas e não seguiu a norma padrão da sociedade. Essa personalidade o levou a morte, literalmente, o julgaram mais por sua insensibilidade do que pelo seu crime. Ao entrar em um momento de desespero Meursault refletiu sobre seu passado e, conclui que sua mãe faleceu pronta para aceitar a morte, livre. E que ninguém tinha o direito de chorar por ela, afinal ela morreu feliz e livre, enquanto há vivos infelizes e presos por aí. Para mim foi algo tocante, em tão poucas palavras demonstrou um imenso respeito e carinho por ela que antes parecia inexistente.

"maman devait s'y sentir libérée et prête à tout revivre. Personne, personne n'avait le droit de pleurer sur elle."

Também tem o fato de que em muitas cenas marcantes Meursault observa a temperatura KKKK no início pensei que fosse um detalhe de ambiente mas não vejo mais dessa forma. Contudo, também não tenho base concreta, apenas meu achismo. O sol e o calor são descritos por Meursault em várias passagens marcantes como se eles fizessem parte do mesmo não apenas como um detalhe de ambiente. Meursault sente calor num tribunal ventilado e após isso diz ter vontade de chorar após ser visto de forma negativa por todos naquele salão.

Será mesmo apenas um detalhe ambiente ou para dizer que está tenso? Uma forma única de dizer que estava queimando por dentro? Se for, que baita criatividade, e se haver outra explicação eu quero muito saber.
Fabio 05/02/2024minha estante
Livrão, ainda mais na língua original!!!


Wamarisen 05/02/2024minha estante
Concordo 100%




rafaelgoncalves 03/02/2023

Livro super curtinho mas com uma densidade filosófica gigante.

Além de uma narrativa e enredo muito bem elaborados, diga-se de passagem, Camus dá luz a uma série de questionamentos centrais a respeito da vida e seu valor.

Os acontecimentos na vida do personagem escalonam para um ápice aterrorizante mas que é suavizado pela aparente resignação deste frente a todos os problemas e conflitos que os códigos sociais lhe exigem.
Diler1 03/02/2023minha estante
Tmb amo esse, mas ler no original


Diler1 03/02/2023minha estante
, aí é outro nivel




Fimbrethil Call 22/10/2009

Estranho
Pra falar a verdade, eu não gostei muito desse livro. Tive que ler para um curso de francês, e achei muito estranho, o personagem principal parece que não tem personalidade nenhuma, é tudo meio enevoado o tempo todo, a história é descrita pelo ponto de vista dele, quase como Tom Cruise em Guerra dos Mundos, bem neurótico e tenso.
Realmente bem estranho...
Luhhh ^___^ 21/03/2010minha estante
Legal a tua resenha =)

Tb vou ler por causa do curso de FR, é q pedi um romance em francês p/ eu ler, para treinar o francês, nunca li nenhum romance em francês e me indicaram esse...





Jacques.Bourlegat 18/09/2016

L'étranger
Quando era adolescente costumava de relance, nas livrarias, ler a sinopse do livro de Albert Camus e, só a questão do personagem principal ser acusado de assassinato e condenado à morte não me interessava. Ainda lembro que pensava comigo mesmo "que drama!!". Hoje...alguns anos depois (uns rsrs) li com interesse esse romance. E muitas reflexões brotaram. Sobre o ser (indivíduo) e sua atuação (ou não) na sociedade. Sobre a razão da existência do ser e suas interações com os outros numa existência que passa num piscar de olhos! Portanto esse livro não é para qualquer um...nem para qualquer idade!!! Isso já é uma primeira constatação! L'étranger fala como o personagem principal (Meursault) está alheio à vida e aos sentimentos proporcionados por ela. Sua experiência de vida acaba nos parecendo insossa. Daí podemos nos questionar qual o sentido de nossa existência? Nascer, comer, beber...morrer! Trabalhar, casar, amar, o que nos move? Ganhar mais dinheiro é suficiente para realizar-nos? Cada um terá uma resposta diferente... Talvez o outro não entenda e será estrangeiro/estranho. Talvez em algum momentos de nossas vidas somos l'étranger para os outros.
Thamires 27/08/2017minha estante
Sua resenha me motivou a ler :)




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Pedro 22/12/2013

L'Étranger
O livro é muito bom! Muito bom mesmo. O Sr. Meursault é absolutamente louco, e toda a história se desenvolve a partir das atitudes frias e pouco refletidas dele, o que é interessantíssimo. Estamos acostumando com personagens sentimentais, apaixonados e dramáticos, e Meursault aparece como um tapa na cara. Não compreendemos ele, não gostamos dele, nem mesmo achamos ele interessante, e mesmo assim, torcemos por ele até o fim! Recomendo sem dúvida.
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Nati 07/02/2015

Le livre suscite des réflections: on doit condamner à mort tous les individus qui ne souhaitent pas le bon fonctionnement de la machine? Cela est un côté défectueux? D’où vient l’obligation de collaborer moralement? Qu’est-ce qu’on considère une bonne organisation? L’humanité doit suivre son chemin sans accroc?
Monsieur Mersault attend la réponse à son appel et continue à vivre une vie subordonnée et sans éclat. Au chemin de son execution, il affirme que les sirènes qui hurlaient « annonçaient des départs pour un monde qui maintenant m’était à jamais indifférent ».
Le chaos souffert par le personnage expose l’apathie en face de l’absurde de l’existence et de la solitude de l’être humain vis-à-vis l’universe.
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marciofleury 21/02/2016

Clássico com insights comportamentais mas leitura chata
Clássico da literatura francesa. Leitura simples, mas pouco cativante. História em si é um pouco chata. Trata-se de uma sequencia de fatos narrados do ponto de vista do personagem principal que aparentemente não parece ter envolvimento ou laço nenhum com o que se passa. Em termos de análises comportamentais, traz alguns insights, mas a leitura em si é pouco cativante
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Camila 24/09/2018

C'est ma primière lecture en Français!
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Arieska 17/03/2024

L'étranger
Eu achei uma leitura um pouco difícil de seguir porque geralmente gosto quando tenho uma identificação com o personagem.
Por causa da apatia e de certas escolhas que pra ele pareciam "indiferentes" eu senti um desconforto que dificultou a obra pra mim.
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Nivia.Oliveira 12/05/2019

Albert Camus demande: Quelles sont les valeurs morales? Pourquoi accepter les règles que la société nous impose comme bonnes? Pourquoi ne pas être vrai? Ne voulons-nous pas la vérité? Les gens sont cyniques: ils abandonnent ceux qu’ils aiment et le sont aussi. Nous prétendons ne pas voir les malheurs qui nous entourent, pourquoi il est plus facile que de les affronter.
L'auteur veut nous ouvrir les yeux sur la stupidité de nos fausses règles morales.
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Mariana 28/01/2020

cela m'était égal
Mia gente, que livro foi este? Não vou contar muito sobre o plot porque é o tipo de livro que se deve começar sem saber de muita coisa. Só lendo pra entender.

L'étranger é uma narrativa sobre o absurdo da vida, sobre como nada faz sentido. O protagonista e narrador, o messieur Mersault, é um cara absolutamente frio, passivo, amoral, que entende a vida como uma série de fatos sem muita importância. Tudo "dá igual".

"Il m'a demandé alors si je n'étais pas intéressé par un changement de vie. J'ai répondu qu'on ne changeait jamais de vie, qu'en tout cas toutes se valaient et que la mienne ici ne me déplasait pas de tout."

Diante das experiências do narrador, relacionadas a um assassinato e suas consequências, Mersault vai construindo seus pensamentos rumo a um destino final, que é comum a todos: a morte.

Conceitos como o desespero, a felicidade, ou aspectos morais perderiam diante desta falta de sentido da vida, cujo ápice do entendimento é captado pelo narrador no final.

"J'avais le désir de lui affirmer que j'étais comme tout le monde, absolument comme tout le monde. Mais tout cela, au fond, n'avait pas grande utilité et j'y ai renoncé par paresse."

De uma forma geral, é um livrão. Penei pra ler em francês mas valeu a pena cada página. Recomendo!
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Bookster Pedro Pacifico 01/03/2020

O estrangeiro, Albert Camus – Nota 10/10
Um clássico da literatura mundial, O estrangeiro é um romance sempre atual e com forte teor existencialista, abordando a solidão, o desapego do ser humano aos valores da sociedade e a sua indiferença com a rotina e as próprias emoções. Com uma narrativa em primeira pessoa, o leitor acompanha o cotidiano de Mersault, um cidadão comum, com um emprego comum e que apenas observa o passar dos dias – e da vida. Mersault vive em um constante estado de “Tanto faz”. Um dia, no entanto, o protagonista se envolve em uma briga e comete um assassinato. A partir desse momento, submetido a um longo julgamento que poderá, inclusive, condená-lo à pena de morte, Mersault começa a acordar para a vida (foi exatamente essa a sensação que tive!), se tornando cada vez menos alheio ao que se passa no seu redor. Gostei muito de enxergar o ponto de vista do próprio acusados que pode, a qualquer momento, ser condenado à pena de morte. Uma obra prima! Li a versão original, em francês, e pretendo fazer uma releitura em português daqui a um tempo!


site: https://www.instagram.com/book.ster
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