Xógum

Xógum James Clavell




Resenhas - Xógum


71 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Adriano 27/03/2011

A cultura japonesa é algo que me intriga e gosto muito de estudá-la e ler livros inspirados em sua história.
Xogun é um livro extraordinário. A longitude do livro, com mais de 1000 páginas, é deveras pequena para a grande história de se descortina. A narrativa se passa nos anos 1600, quando o piloto inglês John Blackthorne chega ao Japão. Um Japão em guerra pela disputa do xogunato, o mais alto posto militar. Este é o contexto do livro, e junto com Blackthorne vamos apredendo aos poucos sobre a cultura japonesa, uma cultura exótica, com seus códigos de disciplina e honra, muito diferente da ocidental. Mas também é uma cultura que está entrando em contato com o ocidente através da atuação da Companhia de Jesus, que chega ao Japão em meados do século XV. A partir daí, os jesuítas passam a influenciar muito a tomada de posição política japonesa.
Ponto positivo no livro é a utilização com habilidade por parte do autor, do contexto histórico da época, misturando personagens reais com ficcionais. O daimyio (um senhor feudal) Toranaga é uma analogia a Tokugawa, que se tornará mais tarde xogun. Blackthorne é inpirado em William Adams, que foi o primeiro inglês a chegar no Japão e que, graças ao seus conhecimentos náuticos se torna conselheiro do xogun.
Além dos personagens, acontecimentos reais também são manipulados pelo autor, como as navegações, a inimizade entre portugueses/espanhóis e ingleses, os jesuítas. O autor mostra ter um amplo conhecimento da história do século XVI, mesmo que algumas vezes cometa deslizes históricos. Com por exemplo, com relação ao Brasil. O autor escreve: "Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil em 1500, por isso Portugal é dono do Brasil, destruiu toda a cultura nativa e os dirigentes locais e enriqueceu com o ouro e a prata extraídos das minas e pilhados dos templos nativos." Ouro só foi achado em quantidade decente a partir de 1700. Prata nunca foi o forte da Terra de Vera Cruz. E quanto à templos nativos? O autor fez uma confusão achando que a civilização maia ficava no Brasil. Misturou américa espanhola com américa portuguesa.
Afora isto e outros anacronismo, a história é bem cativante. Navegações, samurais, combate marítimos, coespirações, ninjas; todos estes elementos tornam este livro muito especial. Um romance histórico para ser lido e relido.
Fato interessante é que o livro acaba justamente na batalha de Sekigahara, que define tudo na história do romance e também onde começa outro grande livro, “Musashi”.
comentários(0)comente



Yuri 12/03/2011

Um grande jogo de xadrez.
Esse livro é ótimo. É impressionante o conhecimento do autor sobre o Japão. Muita coisa sobre o Japão feudal está reunida nesse romance. Xógum é um prato cheio pra quem gosta da cultura japonesa.

Um romance muito inteligente. O jogo político é muito marcante nesse livro. Praticamente tudo é analisado como um grande tabuleiro de xadrez. Cada peça tem função crucial para o objetivo do jogo, que, no caso, o objetivo do livro: A vitória.

Com muito gosto dou 5 estrelas nesse livro.
comentários(0)comente



tadeufm 04/03/2011

Sensações e reações
Excelente livro. O livro estava jogado aqui em casa e felizmente peguei para ler. O estilo do escritor é bem popular, com nada de surpreendente (a não ser pela guerra mental comparada ao "Lobo do mar", mas a história surpreende por ser sobre uma cultura muito diferente em uma epóca remota. O livro para alguns podem ser cansativo, mas para mim não foi. O que me prendeu a história foi a luta mental que os personagens travam, onde nesta cultura parece ser fundamental. O personagem Toranaga neste quesito é surpreendente. Blackthorne (personagem principal) me conquistou como herói, mas não me surpreendeu como Toranaga. Os personagens são muitos e o escritor se dedica a cada um, encaixando todos nos detalhes da história, tornando o livro mais próximo de uma novela do que um romance. E o final consegue surpreender na maneira que é escrita e até mesmo no que eu esperei.
comentários(0)comente



Pappa 01/03/2011

A história é comprida, mas em linhas gerais conta a chegada ao Japão de um navio de estrangeiros vindos da Holanda com um "piloto" (capitão) inglês. Eles chegam a uma terra que até então, excetuando-se aos portugueses, era totalmente desconhecida na Europa. O capitão, John Blackthorn, ao contrário dos demais tripulantes sobreviventes, usa sua perspicácia para conseguir se aproximar dos japoneses e, devido ao seus conhecimentos (marítimos, bélicos e afins) e também ao extremo esforço para se adaptar aos costumes locais, acaba conseguindo chamar a atenção do daimio local, e posteriormente cai nas graças do mais poderoso daimio, Toranaga.

A história é baseada em personagens reais e ocorre em um momento de muita turbulência pré-guerra civil. O ponto forte da trama é todo o background político que envolve a narrativa. É como um jogo de xadrez, você quer ver quais serão os movimentos de cada lado (Ishido x Toranaga).

Conforme vai avançando, temas clássicos da cultura japonesas vão sendo inseridos e desenvolvidos: samurais, ninjas, gueixas, monges, ronins, teatro nô, bushido, xintoísmo, budismo... enfim, culturalmente o livro é bastante rico e interessante.

Apesar de extenso, o livro não é cansativo. Você sabe que vai demorar pra ler, mas fica preso de uma forma, querendo saber os próximos passos de cada personagem, que não vê a história passar.

O livro faz parte de uma série de James Clavell que tem a Ásia como palco. Na ordem: Xogum, Tai-pan, Gai-jin, King Rat, Casa Nobre e Turbilhão. Já li os dois primeiros e posso dizer que são muito bons, recomendados.
Ronai 14/06/2012minha estante
Já leu Musashi?


Pappa 14/06/2012minha estante
Sim, já li Musashi e é um dos meus livros favoritos.




Marlon Teske 12/01/2011

Samurai XV
Xógun reúne numa única história três temas que eu particularmente gosto muito: cultura japonesa, piratas e táticas de guerra. A trama tem início com Jhon Blackthorne, o primeiro inglês a cruzar o Estreito de Magalhães graças a um portulano comprado a preço de ouro de um piloto Português. A Holanda e a Inglaterra estavam em meio a uma terrível guerra religiosa entre católicos e protestantes luteranos.

Forçado pelo Piloto-Mor a permanecer tempo demais no Estreito, até ser alcançado pelos seus inimigos portugueses e espanhóis, foi obrigado (nem tanto na verdade) a rumar para as águas desconhecidas em rumo a lendária Catai e ao Japão, onde nenhum não-católico jamais esteve. Após duzentos dias de navegação ( E morte de praticamente todos os tripulantes por escorbuto) eis que o navio chega a costa japonesa em meio a uma tempestade.

Dai pra frente tem inicio o choque de culturas. Os japoneses civilizados indo contra os europeus "bárbaros" impressionantes, como nunca nenhum japonês já havia visto, com cabelos dourados e olhos azuis de gato. Sofreram humilhados com a tortura e a morte espreitando de perto pelos primeiros dias, até que o piloto do navio, Jhon, descobriu a forma de sobreviverem e com sorte retornarem: assimilar os seus costumes e língua o quanto antes para poder negociar diretamente com eles pelo comércio da seda chinesa.

Em meio aos planos de Blackthorne – renomeado como Anjin-san, ou senhor Piloto devido a pronuncia de seu nome real ser impossível para eles – tem inicio uma série de escaramuças entre alguns senhores feudais, os daimios e dois dos mais poderosos regentes do Japão, Toranaga e Ishido – ambos empossados pelo maior líder de todos os tempos, o poderoso (e agora morto) Táicun.

Tanto Ishido quanto Toranaga querem (ou dizem querer) que o filho do Táicun, Yaemon, sobreviva aos oito anos que lhe separam da maioridade para assumir o Império Japonês, conforme as ordens do antigo suserano, mas secretamente aspiram ao posto de Xógun, o líder supremo sobre toda a Terra dos Deuses.

A história é muito boa mesmo, e nos leva através das cidades de Yedo, Osaka, Nagazaki e Kyoto, entre tantas outras apresentando detalhes incríveis sobre os costumes do povo que teme a desonra muito mais do que a morte, o bushido dos samurais e os milhares de rituais que mantém o wa, a harmonia de todo o reino intacta. Valeria a pena apenas pela quantidade de informação histórica que contem. Mas Xógun é beeeem mais.

Leiam, e se puderem, o quanto antes.

Lido em Março de 2006
comentários(0)comente



Luis Bessa 03/01/2011

James Clavell literalmente te leva numa viagem fascinante por uma das mais belas culturas do mundo, "Xôgum" é um livro fantástico dos personagens principais aos coadjuvantes, belíssimo do inicio ao fim.
comentários(0)comente



Jim do Pango 03/07/2010

Imperdível
Após ler as mais de mil páginas desse quase místico Best-seller, pensei na frase que o próprio Tolkien usou para definir o seu indispensável O Senhor dos Anéis: O livro só tem um defeito; é curto demais!

O Xógum de James Clavel merecia ter outras cinco mil páginas. Como seria prazeroso acompanhar o grande Toranaga na batalha de Sekigahara e seguir com ele até o Cerco ao castelo de Osaka, independente do destino que deveria ser reservado a John Blackthorn.

Clavel atribuiu nomes fictícios aos personagens reais da efervescente sociedade japonesa do início da Era Tokugawa e descreveu como ninguém os conflitos internos que culminaram na famosa Batalha de Sekigahara, que é o exato ponto onde Musashi, outra obra belíssima, tem início.

Impossível não relacionar as duas obras, mesmo porque o cotejo entre Musashi e Xógum está eternizado no prefácio daquele, feiro pelo professor de Harvad Edwin O. Reischauer.

Ousaria acrescentar uma importante diferença entre os dois livros: enquanto Musashi revela o Japão medieval do prisma do próprio japonês, o Xógum oferece a mesma visão do ponto de vista do conquistador europeu.

Impossível ler Xógum e não se debater acerca de importantes questões históricas como: de que maneira foi possível, no fim das contas, ao homem ocidental do período das Grandes Navegações, e a sua cultura, terem prevalecido diante da história milenar do Japão da mesma época, e de sua sociedade incrivelmente civilizada, levando-se em conta os próprios padrões europeus?

A toda evidência, James Clavell não se propôs responder esse tipo de questionamento. Antes, ele nos brinda com uma aventura repleta de perigos e emoções, ao melhor estilo hollywoodiano, recheada por um caso de amor impossível.

A dica para quem for ler Xógum é a produção para a TV de 1980, muito fiel ao original e com o astro Richard Chamberlain vivendo o papel de Blackthorn.
Baconzitas 13/02/2012minha estante
Por favor, o livro é maravilhoso,mas falar que ele é curto é demais pra mim HAHAHA Quando eu comecei a ler a história e vi que gostei, pensei "que ótimo ele ser tão grande, vai durar um bom tempo". Eu acho que foi o maior livro que eu li; de fato, se tivesse mais páginas eu leria, mas que ele é curto... haha discordamos ;p


Marcio Bovary 21/01/2013minha estante
Concordei com sua critica queria pelo menos mais umas duas mil paginas.
E obrigado pela dica vou procurar a produção para TV na Liberdade


Beth 30/08/2014minha estante
Excelente resenha! Li, reli e vou comprar para ler Xógum pela terceira vez em seis décadas e meia...


PedroK 11/12/2014minha estante
Comecei a ler esse livro e estou amando o jeito que o autor descreve os cenários e a forma que ele faz a gente entender tudo que está acontecendo.


Luciano.Machado 25/06/2016minha estante
Li duas vez é um ótimo livro!


Marlon 29/08/2017minha estante
Melhor romance que já li. Desde que comecei a ler fiquei apreensivo e curioso com essas suas palavras e realmente tens razão, fiquei com sensação de coito interrompido ao ler a última página.




KINHA 24/04/2010

DIFICIL
Foi o livro que mais demorei pra ler. Sei que a edição de 1972 com suas letras pequenas e tortas não ajuda muito, mas o livro demora muito pra embalar a narrativa. Depois disso (umas 300 páginas), fica uma delicia.
Recomendo a quem gosta de historias do japão medieval e sua cultura
comentários(0)comente



Ariadna 16/12/2009

Fantástico!!
Um dos melhores (senão o melhor) livros que já li até hoje em minha vida. E embora ele seja grosso, já li tantas vezes que nem lembro. O autor sabe passar não apenas os sentimentos dos personagens, mas também as tradições de uma raça, com suas sutilezas e encantos. Eu amo John Blacktorn e Mariko-san!!
comentários(0)comente



Pelegrino 08/12/2009

Para quem deseja conhecer um pouco da cultura samurai, essa novela é o caminho, revelando não somente a cultura japonesa, bem como a estrutura de pensamento e vida do Japão.
comentários(0)comente



Diego.Guzzi 29/10/2009

O tamanho podem desencorajar alguns, mas e uma leitura interessante na transformacao sutil do navegador inglês num samurai japonês, alem de mostrar os bastidores do poder e das intrigas no Japão Feudal alem de seus costumes e pensamentos.
comentários(0)comente



Jumpin J. Flash 01/09/2009

Bem escrito e de boa leitura
Interessante história sobre a ascensão de Toranaga ao xogunato, sob o ponto de vista de um marinheiro inglês isolado no Japão feudal. Destaco a boa noção que o livro dá sobre as dificuldades da navegação na época das grandes descobertas. Eu nunca tinha escutado falar no uso de "portulanos", diários de navegação que podiam levar a portos e entrepostos comerciais — segredo comercial defendido com unhas e dentes e força militar.
comentários(0)comente



Marcos 16/07/2009

O oriente visto pela ótica ocidental
Este livro, na minha opinião, complementa "Musashi". Enquanto este último é escrito por orientais, o primeiro explica aspectos culturais importantes, que nos fazem admirar esta cultura tão bela.

A estória gira em torno de Blackthorne, um piloto das companhias holandesas perdido com sua tripulação no Japão. A partir daí é possível acompanhar toda a evolução do personagem e como ocorreu a adaptação a uma cultura tão diferente da sua. Intrigas políticas, amores e combates dão todo o ar de aventura que a série necessita.

É também uma aula de história. Além de entender como era o Japão feudal, os personagens são inspirados em personalidades históricas.

Recomendado.
comentários(0)comente



Djair 08/06/2009

Um livro Glorioso
Li há cerca de uns 20 anos, mas continua até hoje vívido e como um dos meus favoritos. Sr. Oshiba, Anji Sam, enfim... Muitos falam hoje do "A arte da guerra" como um livro fundamental, acho que para quem leu Xógum aquele chega a ser dispensável, muitos acharam que nada tem a ver esta analogia, que são livros de estilo completamente diferentes, óbvio já que Xógum é um romance épico, mas as artimanhas políticas ali presentes, e desenrolar de jogos de poder são a meu olhar perfeitos ensinamentos de guerra.
comentários(0)comente



71 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5