Marcos606 08/08/2023
O primeiro a estudar o fenômeno dos ritos de passagem foi o etnólogo folclorista Arnold van Gennep (Les Rites de Passage, 1909). Arnold van Gennep considera que quando um indivíduo passa de um status para outro, é a mudança que causa desordem e que precisa ser controlada e canalizada por precauções especiais. Ele acredita que a sociedade ficaria mais frágil durante essas transições, assim como os indivíduos. Os ritos têm a função de organizar as transições e acompanhá-las. Arnold van Gennep exala um método comparativo e uma estrutura semelhante a todos os ritos de passagem que são organizados em uma sequência cerimonial.
De acordo com van Gennep, o rito de passagem geralmente ocorre em três etapas:
Separação (o indivíduo fica isolado do grupo); A margem, também chamada de fase de marginalização (momento em que ocorre a efetividade do ritual, longe do grupo, muitas vezes com ritos de inversão); A agregação também chamada de reintegração (retorno ao grupo).
Do ponto de vista psicológico, as três fases podem ser interpretadas como: A separação do indivíduo do grupo e da situação anterior equivale a uma morte simbólica; A marginalização representa uma espécie de gestação simbólica; A reintegração do indivíduo no grupo e em uma nova situação social constitui um renascimento.