O Show de Truman

O Show de Truman Andrew Niccol...




Resenhas - O Show de Truman


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Lili Machado 15/10/2012

Truman Burbank é o homem mais famoso da televisão. Só que ele não sabe.
O Truman Burbank protagonizado por Jim Carrey no cinema, é o homem mais famoso da televisão. Só que ele não sabe.
Ele é a estrela de um realityshow/documentário de 24 horas de sua vida, apresentadas sem interrupção, por uma emissora de televisão, com alcance mundial.
Todos que o cercam são atores e ele é prisioneiro deste paraíso.
Esta é a estória de sua fuga.
Este roteiro impresso oferece o que não pudemos ver no cinema: a estória por trás dos bastidores e toda uma trama anterior ao momento que se inicia no filme.
Christof (Ed Harris), um documentarista promissor e idealista, vencedor de vários Oscars e preocupado com os sem-teto, conspira com uma empresa para criar uma cidade falsa, cheia de atores, e com uma criança que nunca suspeita do que realmente estão fazendo com a cabeça dela.
Por exemplo, fizeram com que Truman tivesse medo de água, de forma que ele nunca se aventurasse a nadar para longe de casa.
Christof tenta criar um mundo perfeito para Truman. Uma vida sem emoções reais ou perigosas, cercado dos melhores seres humanos que puderam ser contratados.
Mas descobre-se que uma vida sem emoções verdadeiras, incluindo dor, tristeza ou medo, não pode existir.
Todas as ruas e personagens possuem o nome de atores e atrizes famosos do cinema norteamericano. Referências ao cinema podem ser encontradas o tempo todo.
Todo o roteiro é iconográfico. Eu mesma já vi o filme mais de 10 vezes, e descubro novos simbolismos a cada vez que assisto.
Seguindo a linha de raciocíneo de George Orwell (1984 – resenha no blog: http://scifinowlilimachado.wordpress.com/2012/07/14/1984-george-orwell/ ) e Aldous Huxley (Admirável mundo novo – rsenha no blog: http://scifinowlilimachado.wordpress.com/2012/04/07/admiravel-mundo-novo-brave-new-world-aldous-huxley/ ), o roteiro é aberto a várias interpretações – é o que o torna interessante.
É um alívio descobrirmos que continuamos nossa vida normal, após sua leitura.
O roteiro é tocante e emotivo; contemplativo e provocante – nos faz lembrar da perde de liberdade em nossa cultura completamente preenchida pela mídia; e do privilégio de nossa privacidade – até quando?
O roteiro/filme é uma constante lembrança da alienação e da falsidade de nossa sociedade centrada em tudo que é comercial.
Vou mais longe – será que esse mundo em que vivemos, qual Matrix, não passa do palco de um reality show cósmico em que somos peças de um vídeo-game estelar? – Ui! Viajei...
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