Rafael.Nicastro 07/04/2021
Cristo vive e está no meio de nós!
Iniciei o ano querendo me aprofundar na pessoa de Jesus Cristo, por isso, optei por ler algum escrito do maior teólogo vivo. Posso dizer que a trilogia superou minhas expectativas!
Na verdade, embora os três livros pareçam ter sido escritos realmente como livros distintos, os mesmos elogios e (raríssimas) críticas que eu poderia fazer são os mesmos (que estão em resenhas dos livros anteriores), o que mostra o caráter de unicidade da obra.
Sobre seu conteúdo, Bento XVI mostra a todo cristão que é possível, sim, ter a mesma fé dos primeiros cristãos. Não é porque o homem moderno é cético que o nascimento virginal, as curas, a transfiguração e a ressurreição não aconteceram. Como ele mesmo deixa claro no livro sobre a infância: estamos falando de Deus e, se cremos que ele pode o mais, que é criar o universo do nada, obviamente, ele pode o menos, como tornar reais os milagres citados.
Os capítulos iniciais e finais foram, para mim, os que mais chamaram atenção. Na verdade, em ambos os capítulos, utiliza-se a mesma fórmula: mostrar como os eventos narrados afetaram o povo da época e continuam gerando efeitos na humanidade.
O último capítulo, inclusive, trata da ressurreição e esclarece várias dúvidas que os cristãos precisam enfrentar quando querem explicar de forma mais racional a sua fé para aqueles que não a compreendem. Pode-se dizer que é fundamental a todo cristão.
Além do conteúdo do livro, o grande aprendizado que obtive nesses meses com o Papa Emérito ensinando sobre Cristo foi uma forma mais efetiva de explicar a fé para o homem moderno. Este não quer aprender simplesmente porque autoridades deram ensinamentos ou porque a sociedade crê nestes ensinamentos há muito tempo: ele quer aprender a partir dele mesmo, a partir de suas dúvidas, de suas dores, de seus sentimentos. É uma forma mais individualista (ou egoísta) de aprender. Porém, quem quer transmitir a fé, precisa adequar a mensagem a seus destinatários. Ler este livro é uma boa lição sobre como fazê-lo. Geralmente, quando Bento descrevia um acontecimento narrado na Bíblia e perguntava: "mas o que isto significa?", pode-se ter certeza de que toda explicação que seguia após levantada a questão é uma verdadeira mina de ouro para quem quer aprender e pregar sobre Jesus neste período em que vivemos.
Esta trilogia vale não só como uma leitura profunda, mas também como uma verdadeira enciclopédia que deve ser consultada e revisitada.