Resenhas - O Corcunda de Notre-Dame

Millene 10/04/2021

Notre Dame sem tanto Corcunda
É um livro grande e interessante. Tem muita coisa triste acontecendo mas não é aquela tristeza que te deixa com lágrimas nos olhos, é mais tristeza e raiva pelas injustiças.

São muitos personagens, muitos mesmo. E o Quasimodo aparece bem pouco até um pouco depois da metade do livro ai eu fui procurar o motivo (porque pra mim não gaz sentido ele aparecer pouco e ter o nome no título) e descobri que o titulo original é só "Notre Dame de Paris" e por algum motivo X, quando traduziram pro inglês é que incluíram ele no nome.

Faz sentido o nome ser só da Catedral porque da pra notar que nenhum dos personagens tem foco o suficiente pra ser protagonista. Ao contrário da Catedral que é o espaço principal da história.

Outra coisa interessante é que as pessoas são bem humanas, ninguém é 100% bom mas tampouco 100% vilão. Uma hora alguém salva uma pessoa pra no minuto depois fazer algo moralmente horrível, e o contrário também acontece, eu achei incrível!

Pra mim, parece que não tem bem uma história principal mas tudo que parece aleatório nas primeiras 600 páginas, consegue se unir pra chegar no evento principal do fim da história.

Fiquei desapontada com alguns personagens, como a Esmeralda mas isso é só da ilusão que eu criei por causa do desenho da Disney.
Não espere nada como a versão Disney, a não ser o Frollo, a Disney representou bem ele.

Como eu disse, é trágico mas da pra rir em algumas partes.
É muito bom, é daqueles clássicos que quando você lê, consegue entender a fama toda.

Abiridim 13/04/2021

Apaixonado por Victor Hugo
Assim como acredito que seja o caso da grande maioria dos interessados nesse livro, conheci a obra pelo desenho da Disney, filme esse que evitei por boa parte da vida até que uma pessoa muito importante para mim me disse "como assim você nunca assistiu ? É lindo e é totalmente a sua cara!" E bem, uma hora e meia depois eu estava aos prantos a agradecendo pela recomendação. Um mês depois ela me deu o livro de presente e parti para a leitura com as expectativas no topo.

Não espere o otimismo e companheirismo que vemos na sua versão animada, o livro embarca na miséria da alma mostrando conflitos internos vindo a tona, como a procura da jovem Esmeralda pelos pais e pelo amor ou o celibatismo de Frollo que o corrompe e trás a tona seu pior lado. Se você acha que vai chegar aqui conhecendo os personagens, achou totalmente errado já que todos são bem diferentes em suas indoles sendo necessária uma reapresentação de cada um, além de personagens super interessantes que só aparecem por aqui, como Jehan e Pierre.

A história é genial, Victor Hugo cria uma trama que prende a atenção do leitor com momentos de grande tensao, e embora seja um clássico a leitura é de fácil compressão sendo uma leitura gostosa e ao mesmo tempo rica, afinal Hugo gosta de impor seus ideais em suas obras e nesse livro não é diferente.

Embora seja uma prosa gostosa tive um problema com a fluidez, esse sendo o motivo para eu ter ficado ao menos 2 meses nessa leitura, a história faz pausas abruptas quando em seus melhores momentos para fazer longas observações sobre diversos assuntos, o ápice para mim foram 2 capítulos seguidos que somados dão 30 paginas completamente focados na arquitetura de notre dame e de Paris, por não ser uma leitura que me agrada li essa parte devagar e com muito esforço, assim como algumas outras.

Mas dito isso ainda recomendo fortemente esse romance histórico, a história é magnifica e cheia de camadas, com ensinamentos e um final de tirar o fôlego (embora o plot twist ali já fosse previsível na metade da história) não é atoa que Notre Dame de Paris tenha ganhado diversas adaptações através dos anos, é um clássico com um sucesso mais do que merecido. Serei eternamente grato pela pessoa que colocou essa obra no meu caminho.

Por fim um aviso a todos, se você se importa com spoilers, NÃO LEIA O PREFÁCIO ANTES DE LER O LIVRO, tem um puta spoiler ali do final.

Guilherme Girotto 18/04/2021

Notre-Dame de Paris
Inicialmente, gostaria dizer que me sinto enfeitiçado pela cidade medieval de Paris, não por ter vivido nela, ou por escutar acontecimentos referentes nas aulas de história, mas por ter sido magicamente descrita por Victor Hugo na obra “Notre-Dame de Paris”, e encantar a todos com sua pureza e inconsequência de caráter social, típica do século XV.
É um livro um tanto quanto enganador se visto através de meus olhos, até porque não assisti o filme da Disney “O Corcunda de Notre Dame(1996)”, que de acordo com outros leitores é uma história bem diferente da contada no livro, mas, imaginei através do título traduzido para o português “O Corcunda de Notre-Dame”, que o personagem principal da trama fosse Quasímodo(O corcunda), e sendo assim fui surpreendido pelo fato do personagem ter um papel antagonista, no decorrer do livro.
Aliás, é muito difícil identificar um único protagonista na história, em seu decorrer, são citados com mais foco em alguns momentos, Pierre Gringoire(O poeta), Esmeralda(A cigana “egípcia”), Arcebispo Frollo(O vilão), e a que para mim, é a verdadeira protagonista da história: A catedral de Notre-Dame, a qual é o centro da cidade, e que Victor Hugo dedicou dois ou três capítulos especificamente à ela, detalhando sua arquitetura e criticando o homem por tamanhas monstruosidades de degradação direcionadas ao coração da Île de la Cité.
No geral é uma história fantástica com um final trágico, e que consegue transmitir ao leitor, toda uma ambientação característica da Idade Média, concluo dizendo que vale a pena essa leitura, não por sua autoria, ou por sua relação histórica romântica, e sim por sua grandiosidade lírica e gradual.

Carol 19/04/2021

Incrível.
Falar de Victor Hugo por aqui é inevitável, eu, particularmente, sou fã da escrita e de como as divagações dele colaboram para enriquecer o cenário da história propriamente dita e como essa história se torna um aula. E uma observação, esquece tudo o que assistiu no filme da Disney, esse romance não tem um final feliz.

Enfim, aqui em O Corcunda de Notre Dame é narrada a história de Quasimodo, Esmeralda, Claude Frollo, Capitão Phoebus e Pierre Gringoire e como seus caminhos se cruzam sob os olhos da imponente e majestosa Catedral de Notre Dame, que digo de passagem, não deixa de ser também uma personagem nessa história.

Quasimodo, o corcunda sineiro da grande Notre Dame, surdo e disforme, resolve sair no dia em que está rolando uma festividade popular na cidade de Paris, escondido de Claude Frollo, o arquidiacono da Igreja, e por uma triste coincidência é eleito o Papa dos Bufos (O Papa dos Bobos em algumas edições), que a grosso modo é a premiação da pessoa mais feia de Paris. E é em decorrência disto que conhece a jovem cigana Esmeralda. No desenrolar desse acontecimento, Quasimodo e Frollo se apaixonam pela bela cigana, que por hora, é apaixonada pelo Capitão Phoebus, o que desperta no padre uma ira que o consome e o faz perder a cabeça e cometer atos cruéis.

Uma história avassaladora que nos ensina sobre como nossos julgamentos podem ser errôneos e precipitados. Uma narrativa impecável sobre até que ponto o ser humano está disposto a ir para agradar a si mesmo e ao seu próprio ego. Uma verdadeira aula sobre o que para nós está acima do bem e do mal.

Não é nem de longe um romance com final feliz, mas ainda assim é uma leitura fantástica.

Sianyar 20/04/2021

Só queria falar que Victor Hugo tem o prêmio de destruidor do meu coração.
A obra literária é maravilhosa! Porém, eu tinha outra concepção desta história, parte da culpa pela animação da Disney, parte da culpa pelo balé "Esmeralda". Claro que ao ler uma história, devemos colocar essas expectativas de lado, porém "O Corcunda de Notre Dame" sempre foi uma das minhas histórias favoritas desde a infância, então isso foi bem desafiante para mim.
Gostaria aqui de relatar alguns pontos que foram descontruídos em minha cabeça:
1) Esmeralda não é uma personagem forte e segura, mas sim uma criança ingênua.
2) Phoebus é um canalha que abusa da ingenuidade da Esmeralda. De capitão heroi ele não tem nada! Merecia um final mais trágico!
3) O Quasímodo consegue ser sensível e ao mesmo tempo, violento.
4) Frollo personifica tudo de mais asqueroso em um ser humano, NOJO DESSE PSICOPATA.

Não levo essas descontruções como algo negativo. Na verdade, já esperava que seria uma obra trágica. Acho que me acostumei com a escrita de Victor Hugo e consegui prever todos os acontecimentos da história, até a triste cena do Quasímodo e Esmeralda no final.

Apenas acrescento: Que legado esta obra! E que honra poder lê-la!

Hugo 20/04/2021

Em um livro marcante e original Victor Hugo narra com propriedade a monarquia de seu tempo.

Tania.Hermelino 22/04/2021

Terminei de ler esse incrível romance, cujo personagem central não é o quase um monstro, digamos assim, Quasimodo. Composto por alguns personagens de peso, Quasimodo é só um entre tantos nessa trama contada na Paris da idade média, onde o autor passa diversos pontos de vista sob a sociedade da época, demonstrando o poder da coroa, da igreja, da nova classe burguesa que se formava e no meio disso tudo o populacho. Cloude é na minha opinião o pior dos vilões, embora demonstre alguma humanidade como quando adotou Quasimodo, livrando-o da morte. O autor narra tb a decadência da própria catedral que estava sendo destruída em virtude das várias revoltas que existiam na época, sendo a igreja o foco central, já que ficava bem no centro da Ile de Cité. Sem contar os detalhes passados da Paris da idade média...muito bom

Reis 23/04/2021

Através da Paris gótica nós somos apresentados a uma série de personagens, desde membros da alta nobreza e do clero, até a mais baixa escória que compõe a sociedade da época, sendo levados com eles aos mais supremos delírios da angústia, paixão e preconceito, todos se dirigindo a um ponto culminante de terrível dor, que faz revoltar o leitor, um fim tão sinistro quanto a própria igreja que é tema.

Annali.Rocha 24/04/2021

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bluemoon 28/04/2021

Ai Victor Hugo...
Esse livro é de extrema qualidade.
No começo você já percebe que não é tanto sobre a história, mas sobre Notre-Dame e a arquitetura de Paris. Também fala sobre a idade média e Reis e feudos e muitas outras coisas...
Tem que ter uma certa paciência pra terminar essas partes, mas todos os pensamentos e como a estória se desenrola em torno deles são muito interessantes.
Um dos meus livros favoritos até agora.

Poliana 28/04/2021

A arquitetura da tragédia
As descrições arquitetônicas de Paris e de um povo que achava graça e feiura numa linha bastante tênue.
Victor Hugo criticou o povo, a Igreja e a realeza, isso tudo me fez pensar em como de alguma forma não há apenas um vilão quando coisas ruins acontecem, cada um foi cúmplice.
A história demorou a engrenar, mas quando o fez me deixou bastante curiosa sobre o destino dos personagens, e não esperava de jeito nenhum que fosse tão cru.

Marcelo.Queiroz 01/05/2021

História e ambientação bem construídas de forma envolvente e surpreendente. Relaciona ricamente a ficção com a realidade da época retratada. Personagens interessantes de personalidades próprias. Ótimo final!! Leitura recomendada!! ?

Giselle 04/05/2021

Clássico! Tendo como pano de fundo a romântica Paris, e com apreço especial a Igreja Notre Dame, este romance vai girar em torno dos personagens Quasímodo, Claude Frollo, Esmeralda, Phoebus, entre outros. Impressionante como a trama vai se formando e os personagens vão tendo entrelaçadas suas histórias!

Beca 09/05/2021

O corcunda de Notre Dame
Um romance que retrata uma justiça arbitrária e surda, clero corrupto e vil, sociedade desigual cheia de ignorância, miséria e superstição além de momentos únicos de demonstração de amor que merecem ser lidos.

Graça 12/05/2021

PERFEITO
Primeiro contato que eu tenho com um livro do Victor Hugo, antes eu já tinha visto o desenho e as duas versões musicais da história (o da Broadway e Notre Dame de Paris), mas nenhum me preparou pra escrita.
Antes eu queria esclarecer algumas divergências que me deixaram incomodada na versão da Broadway e uma delas é o fato de terem romantizado a relação entre Phoebus e Esmeralda como no desenho, a ausência do Gringoire e terem colocado o Jehan como pai do Quasímodo(?????). De longe a mais fiel sem dúvida é Notre Dame de Paris, e as músicas são lindas também, principalmente a do Gringoire.
Uma coisa que eu li quando pesquisei sobre a obra era que a maioria achava que o Claude não era o verdadeiro vilão e sim a Fleur-de-Lys e isso é completamente absurdo, OS verdadeiros vilões são Claude e Phoebus.