Meu amor é um anjo

Meu amor é um anjo Iris Figueiredo




Resenhas - Meu amor é um anjo


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Swan 23/07/2012

http://bempramente.blogspot.com.br/2012/07/resenha-meu-amor-e-um-anjo-varias.html
Minha opinião? Já comentei aqui, milhares de vezes, aliás, que adoro o tema sobrenatural. Este tema tem se tornado cada vez mais popular e, justamente por isso, é que julgo essenciais a criatividade e a originalidade, para que não tenhamos sempre mais do mesmo.
Neste livro nos são apresentados 9 contos, de autoras diferentes, cada uma demonstrando, numa diversidade de cenários e situações, uma visão particular sobre relacionamentos com anjos. São contos curtos, de narrativa instigante, que proporcionam uma leitura fluida e rápida. Em poucas horas, fui de momentos conturbados nos anos 1960, até momentos de badalação na época atual, passando por momentos de realidade virtual, uma poética mistura mitológica e acontecimentos puramente cotidianos, exceto, é claro, pelo fato de um ser alado estar sempre presente em cada um deles. Gostei de todos os contos, uns mais que os outros, é claro, mas todos têm seu charme e prendem a atenção do início ao fim.
Sob uma análise mais técnica, o livro merece nota 10, pois o trabalho realizado nele foi excelente. Não há erros ortográficos, a diagramação é ótima, o tamanho da letra e a distribuição dos parágrafos são ideais. Sem falar que em todo início de capítulo, a página é diferenciada, contendo linhas horizontais, como as de um caderno, além da presença de um lindo parzinho de asas dentro de um coração. Ahh, outro detalhe que não posso deixar de comentar é o tipo de papel utilizado, o Pólen Bold, cujo toque é deliciosamente agradável, o que contribui mais ainda pra dar um ar leve e prazeroso à leitura.
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Psychobooks 01/12/2011

Vou fazer a resenha dos contos uma a uma. Claro que não serão tão compridas quanto às de um livro comum. Vou analisar a forma com que cada autora expressou o tema proposto, a narrativa, e claro, a criatividade. No final faço um apanhado geral da coerência de toda a antologia. Bora lá?
Nas Asas da Noite – Anna Lizz: Anna apresentou a história de Alice e Oliver entre 1968 e 1969. O foco do livro – amor proibido + anjo – foi abordado de forma leve, não senti uma conexão tão grande com eles logo de cara. A narrativa foi feita em terceira pessoa, o que dá a oportunidade de visitar o pensamento de cada um dos personagens. Gostei bastante do final, mas o conto em si não me chamou tanto a atenção:

“A garota correu entre os sepulcros caiados e fechou o portão atrás de si assim que deixou as terras santas de cemitério”.
Página 15

A História de Zelda – Eliana Martins: Mais uma vez a narrativa foi feita em terceira pessoa. Eliana apresenta Zelda, uma menina reclusa, ligada a jogos de RPG e que se afasta da família constantemente. O amor proibido tem a forma de Caliel. Achei o romance pouco focado e a leitura não flui de forma agradável. Esse conto teve o enfoque “Jovem Adulto” com uma pegada de autoajuda.

“(…) no jogo ela era Zelda, a princesa. Fora dele, era Gizelda, o peixe fora d’água”.
Página 33
Entre a Luz e a Escuridão – Flávia Côrtes: Flávia contou a história de Clara, uma menina também introspectiva e com tendências suicidas e Daniel, seu anjo da guarda. Clara vê sua vida mudar ao encontrar Daniel durante suas férias em um pousada. Toda a sua vida é reavaliada a partir desse encontro. Gostei bastante da forma que a autora apresentou seus personagens e a construção deles. Todo o conto é focado nos dois, não dando espaço para que personagens secundários ganhem espaço na trama. O enredo flui de forma natural e a escrita é envolvente. Fiquei com vontade que a história fosse mais longa, acho que tem grande potencial para um livro Jovem Adulto. O final é surpreendente e cativante!

“Se era difícil ser diferente, pior seria render-se e adaptar-se ao coletivo, que tanto desprezava”.
Página 50
Um Cara com o Colin Firth – Julianna Steffens: A Ju conseguiu unir uma história superfofa e sensível com um humor enxuto e bem-colocado. O conto narra as trapalhadas de Elizabeth – a Bete – que recebeu esse nome porque sua mãe é uma aficionada por literatura e fã de “Orgulho e Preconceito”. O romance é apresentado gradualmente, de forma bem natural. O anjo em questão é Elijah e ele tem todas as características do homem perfeito, daqueles que fazem qualquer uma suspirar. A Ju é fã de Chick-lit, e tem um blog de resenhas superlegal – o LostInChickLit. Seu amor por esse tipo de literatura ficou claro durante toda a leitura. Gostei também que ela conseguiu deixar toda a história bem atual, comentando o tempo todo sobre séries, livros e filmes que fazem parte do nosso cotidiano. Terminei a leitura com um suspiro. O arremate foi perfeito. O nome do conto e o ator citado acompanham toda a narrativa de uma forma divertida.

“E como vocês podem imaginar, atender as “flores de formosura” é tão agradável quanto depilar a virilha com cera quente”.
Página 68
O Último Percurso de um Anjo – Eugénia Taubosa: O conto mais poético e sensível. Eugénia contou a história de Joel, uma anjo que acorda depois de um sono secular e ao recobrar sua consciência sai em busca de sua próxima missão. Tudo é novo para o anjo desperto. Ao sobrevoar uma cidade litorânea e perceber a aproximação de uma tromba d’água vai salvar turistas incautos; essa ação muda seu destino completamente. Foi o único conto que envolveu outro ser mitológico, achei o conto muito bem-apresentado e o romance suave e na medida certa. Há a figura de um narrador contando a história e conversando conosco durante todo o tempo.

“Carinhosamente, o Anjo a envolveu com as longas asas deixando que uma imensa onda de ternura transbordasse livremente (…)”
Página 96
Aetherealily – Lidia Zmim: Preparem-se para ler o conto mais original da antologia! A Lidia distorceu completamente a realidade da palavra “anjo” e levou sua história para o futuro. Um futuro regado à alta-tecnologia, autômatos e realidade virtual. A narrativa é em terceira pessoa, acompanhamos Anna e seu alter ego virtual Ichigo. A garota é introspectiva e prefere a realidade virtual, vivendo como Ichigo e lutando contra demônios ao lado de Jeliel, seu anjo defensor. Gostei bastante da fluência na escrita da autora, quando o conto chegou ao seu desfecho a palavra “genial” veio à minha mente. MARAVILHOSO!!

“Ichigo é silenciada pelo ato brusco de Jeliel, que a toma nos braços, abrançando-a com força, os ombros tremendo”.
Página 108
Abandono – Andréia Szcypula: A narrativa é feita em primeira pessoa, ora sob a perspectiva de Raquel, ora sob a perspectiva de Enkeli, o anjo. Num dia, ao voltar da escola, Raquel sofre um acidente na frente de um casarão, a partir desse dia começa a ter sonhos inexplicáveis com Enkeli, um anjo mal-educado e irônico. O conto não me prendeu… Raquel não me convenceu e achei o desencadeamento um pouco corrido e sem sentido…

“(…) Raquel não sabia a razão, mas estranhou que Enkeli tivesse uma barba cerrada e uma pequena cicatriz acima da sobrancelha (…)”
Página 121
Contagem Regressiva – Iris Figueiredo: Esse foi o conto mais melancólico e também o mais tocante do livro. Como o nome revela, Luna tem apenas um dia para se despedir de seu grande amor, o anjo sem nome que a protege desde pequena. Iris foi a autora que soube melhor dosar a relação carnal entre os personagens, o amor entre os dois não é platônico. A dose de sensualidade é no ponto exato. Como no conto anterior, as perspectivas dos personagens se revezam, adorei a forma como a narrativa pegava ora a visão de um personagem de um fato e ora a visão do outro do mesmo fato. Como no conto da Flávia, senti essa história como o final perfeito para um livro maior e melhor elaborado. A narrativa me agradou muito e ficaria superfeliz de poder conhecer a história completa de Luna e seu anjo. Com o conto da Julianna eu gargalhei, o da Iris me fez chorar. Perfeito!

“(…) Eu não poderia ser inteiramente o que ela precisava, mesmo que continuasse a protegê-la. (…)”
Páginas 135 e 136
As Memórias Póstumas e Glamourosas de Nanda – Larissa Naufel: Esse conto final começou bem divertido e dinâmico. Nanda morreu aos 19 anos e agora tem a função de ser anjo da guarda, vem à Terra para sua primeira missão: deve evitar que um garoto cometa o suicídio e tem apenas uma noite para isso. Gostei bastante porque já estava sentindo falta de uma “anja” na história. Todos os contos tiveram como foco a paixão de uma mulher por um anjo; eu estava realmente me perguntando ao perceber que atingia o final do livro se isso continuaria assim. Não considerei essa história como um romance propriamente dito, o tema “Meu Amor é um Anjo” ficou deturpado nessa narrativa. Gostei do começo, perdi um pouco o interesse no meio mas o final voltou a me prender.

“Ali estava eu, como que parada num bosque onde duas estradas divergiam (…)”
Página 153
Essa foi a primeira antologia que li em anos. Acho que meu último livro de contos foi algum da coleção “Para Gostar de ler”, confesso que tinha um certo pré-conceito por achar que as histórias não se desenvolvessem bem e que o livro em si não me prenderia.
A leitura foi para mim uma grata surpresa, chorei, ri, me encantei, me surpreendi… Foi bem divertido ver um tema único dado à mulheres tão diferentes ser desenvolvido e o resultado obtido ser uma antologia tão bem montada. Percebi alguns erros na revisão, alguns problemas de concordância em alguns contos e um inclusive sem acentuação em algumas palavras… Seria interessante que esses problemas fossem resolvidos nas próximas edições.

Link: http://www.psychobooks.com.br/2011/07/resenha-meu-amor-e-um-anjo.html
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