"Ana Paula" 18/12/2013Como vocês já devem ter percebido, eu adoro um romance espírita. Sempre que possível, tento ler algo do gênero, e depois que conseguimos a parceria com a Editora Petit, fiquei ainda mais acessível a estes livros, então, vou tentar, pelo menos 2 vezes ao mês, postar uma resenha deste gênero para vocês. Há quem diga que não gosta do gênero, mas é porque ainda não leu nada assim, além do romance, ás vezes obvio, ás vezes mais escondido, temos também o relato de desencarnados, que na maioria das vezes é muito simples e direta, não dificulta em nada a leitura e NÃO dá medo! Juro!
A Casa do Bosque é um livro que sempre desejei ler, por sua capa linda e pela sinopse curiosa. Já li outros livros psicografados pela Vera Lúcia (pra quem não sabe, a série Violetas na Janela é psicografado por ela) e gostei muito, mas este é o primeiro que leio do Espírito Antônio Carlos. Achei o livro um tanto corrido, Antônio Carlos nos narra a história de Olívia, que ao desencarnar, foi socorrida e hoje busca ajuda para os Espíritos que ficaram no plano terreno e para os encarnados convivem com eles. Leandro é um homem que nunca parou em nenhum emprego, depois de se envolver com a mulher de um bandido, arruma um emprego para procurar alguns papéis na Casa do Bosque, não pensa duas vezes, ele precisa fugir do local onde mora e como esse sítio é afastado de tudo, vai pra lá em busca desses documentos. Mal sabe ele que o mesmo está prestes a encontrar o amor de sua vida e terá a chance de começar do zero. A Casa do Bosque é habitada por duas mulheres, Celina e Diva, e por vários Espíritos que insistem em continuar no local. Celina tem afinidade para ver e escutar os mesmo, mas não se deixa levar pelos maus elementos que a cercam, é uma mulher forte e segura de si. O sonho de Diva é deixar aquele lugar e ir morar com os filhos na casa de sua irmã, mas ela tem medo de sair dali e parar de receber o dinheiro que seu falecido sogro dá a ela para ficar no local. Ambas escondem um segredo que não contam a ninguém; ninguém visita a casa, todos na cidade vizinha dizem que lá é assombrado... Será que Leandro conseguirá adentrar a casa e descobrir seus segredos?
"-De fato-, prosseguiu Olívia-, acontecimentos tristes nos marcam mais, porque gostamos de ser vítimas."
Confesso que esperava mais deste livro. A leitura é leve e a história dos personagens é muito sofrida. Ambos estão pagando nesta encarnação, o que fizeram em outras, e todos eles terão a chance de se redimir e serem felizes. O que não me fez gostar mais do livro, foi a correria nos acontecimentos, vou dar um exemplo que esta bem no começo do livro, então não é spoiller: O Leandro não é um cara mau, mas logo no começo, percebemos que o mesmo vive de oportunidades, de repente ele está todo apaixonado, sabendo tudo sobre a doutrina Espírita. Isso me incomodou, porque me foi passado uma característica do personagem e segundos depois parecia que era outra pessoa sabe? E isso não acontece só em um momento, também ha outros episódios parecidos. Fora isso, eu adorei essa leitura, uma história que realmente vale a pena ser lida e passada adiante.
A narrativa de Antônio Carlos, além de corrida, é muito boa e simples. Fácil de entender. A capa é muito bonita, eu particularmente adoro ela! A diagramação é simples mas com destaques em itálico quando são os Espíritos que estão narrando. Os capítulos são curtos e com títulos que já nos adiantam o que acontecerá neles. Todos os livros que li da Petit, são com folhas brancas, mas isso não me incomoda, apesar de eu preferir folhas amarelas, como o livro é pequeno, as folhas brancas não me atrapalharam em nada a leitura.
Enfim, se você gosta de um livro que fala um pouco sobre a Doutrina Espírita, ou mesmo esta curioso para ler algo do gênero, este livro é super indicado para você começar.
"Nós, infelizmente, ainda não sabemos usar nosso livre arbítrio, o fazemos ainda de forma imperfeita e inconstante, oscilando entre o bem e o mal. Quando nos desarmonizamos com o bem, criamos um débito, e aí sentimos ou iremos sentir a culpa. E a culpa exige uma pena que, se não for repara com ações do bem, com amor, será resgatada pelo sofrimento. Isso para manter nosso equilíbrio e o equilíbrio do planeta em que vivemos, porque, se aumentássemos nossos débitos indefinidamente, o desiquilíbrio seria muito grande, desestabilizaria a todos que aqui vivem. Mas, pela bondade do Criador, esse sofrimento também ensina, fazendo, quase sempre, nos tornarmos melhores."
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